Pesquisa do instituto Atlas Intel, divulgada ontem, mostra que o antibolsonarismo supera o antipetismo no País. No levantamento, a maior parte dos entrevistados se diz petista (31,2%) ou antibolsonarista (16,5%), enquanto 32% dizem ser bolsonaristas e apenas 8,6% antipetistas. Ademais, 11,4% dos entrevistados disseram que não se enquadravam em nenhuma dessas opções e apenas 0,2% responderam que não sabiam. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Os resultados mostram que o sentimento antipetista, explorado pela direita desde o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016, e usado para eleger Jair Bolsonaro (PL) como presidente, em 2018, hoje, é menor do que os que rejeitam o movimento partidário defendido pelo ex-capitão. A pesquisa mostrou, ainda, que a polarização política é avaliada como o principal ponto de conflito no País. Ao menos 53% dos brasileiros classificaram como “muito forte” a polarização entre pessoas que apoiam partidos diferentes.
De acordo com a amostra, apenas 23% da população prefere um candidato não alinhado a Lula ou a Bolsonaro. Essa conclusão é reforçada pelas respostas aos “partidos de preferência” dos entrevistados: 34,6% dizem preferir o PT enquanto 25,1% declararam predileção pelo PL. O PSDB, partido histórico brasileiro, tem atualmente apenas 2,3% da preferência do eleitorado nacional.
A pesquisa também revela um “espaço limitado e uma desvantagem estrutural para candidatos de centro nas corridas eleitorais. No entanto, centristas que logrem chegar ao 2º turno aumentam suas chances de derrotar um candidato extremista”.
O levantamento seguiu uma metodologia intitulada Atlas Random Digital Recruitment, ou RDR, segundo a qual os entrevistados são recrutados organicamente durante a navegação de rotina na web em territórios geolocalizados em qualquer dispositivo (smartphones, tablets, laptops ou PCs).
Nenhum comentário:
Postar um comentário