Morreu na manhã deste domingo (3), o jornalista Claudio Julio Tognolli, aos 60 anos, em São Paulo. Ele estava internado no hospital Albert Einstein por conta de complicações depois de um transplante de coração realizado em 25 de janeiro deste ano.
O velório do jornalista iniciou às 18h de hoje, no Funeral Home, na rua São Carlos do Pinhal, 376, no bairro da Bela Vista, na capital paulista. Ele será cremado no mesmo local, à meia-noite. As informações são do Poder360.
Claudio Julio Tognolli nasceu em São Paulo em 23 de agosto de 1963. Era jornalista graduado pela USP (Universidade de São Paulo), com doutorado em Ciências da Comunicação pela mesma instituição. Foi vencedor do Jabuti de Literatura, em 1997, pelo livro “O Século do Crime”, que aborda a origem das grandes organizações criminosas no mundo. Tognolli também foi professor da ECA (Escola de Comunicação e Artes) da USP e integrante do ICIJ (International Consortium of Investigative Journalists, ou, em português, Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos).
O jornalista teve passagens por diversos veículos de comunicação brasileiros como os jornais Folha de S. Paulo e Jornal da Tarde; as revistas Galileu, Rolling Stone e Consultor Jurídico e as rádios CBN e Eldorado. Mais recentemente, passou também pela rádio Jovem Pan, onde fez parte dos programas “Morning Show” e “Os pingos nos Is”.
Tognolli foi fundador e integrante da 1ª diretoria da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), eleita na USP, em dezembro de 2002, da qual também participaram Marcelo Beraba (então presidente da entidade), Chico Otávio, José Roberto de Toledo, Fernando Molica, Suzana Veríssimo e Fernando Rodrigues –publisher deste Poder360. Durante essa diretoria, em 2003, a Abraji recebeu o Prêmio Esso de Melhor Contribuição à Imprensa.
Além de jornalista, Tognolli também era um músico exímio. Era uma virtuose ao tocar guitarra. Tinha uma rica coleção de vários desses instrumentos em seu último apartamento, na rua José Maria Lisboa, no Jardim Paulista, em São Paulo.
Em entrevista à revista Trip em 2010, o jornalista falou sobre sua relação com a banda de rock brasileiro RPM, que fez muito sucesso no país nos anos 1980 e da qual ele foi um integrante antes de o grupo ganhar fama. Na época, ele diz que preferiu manter seu emprego na editora Abril a participar do grupo.
“Não gostaria de ter tido essa vida de palco, de atenção em cima de mim. Meu único lamento é não ter tido mais tempo para me dedicar ao estudo da guitarra”, afirmou à Trip.
Ogladys Volpato Tognolli, mãe de Tognolli, conhecida como Nena Tognolli, havia morrido recentemente, aos 91 anos. A perda abalou o jornalista, que já estava com a saúde debilitada. Tognolli deixa Numa Rigueira Dantas Levy, 36 anos, sua 3ª mulher, e 2 filhos (Isadora, de 18 anos, e Joaquim, de 12 anos).
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