Por Juliana Albuquerque – repórter do Blog
A seleção interna para gestores e adjuntos de escolas da rede estadual de ensino, cujo edital foi aberto em outubro passado, tem gerado muitas críticas dos profissionais de educação que se inscreveram para participar do processo seletivo.
Em mais uma tentativa atrapalhada de imprimir sua marca às seleções conduzidas por sua gestão, o processo, além de divergir de edições anteriores, quando a eleição era feita de forma direta, tem sido marcado por uma série de erros que terminaram por prejudicar os candidatos.
Para se ter ideia, do dia em que o processo seletivo foi aberto, até a divulgação do resultado, foram dez erratas publicadas. Porém, mesmo diante do número de erratas, nada adiantou, já que o resultado não mudou, o que deixou muitos gestores que antes da seleção ocupavam o cargo eliminados da seleção.
O motivo para o indeferimento, porém, nada teve a ver com a capacidade técnica do gestor, mas por um problema presente no próprio sistema de inscrição, que impossibilitou que documentos como carteira de identidade, por exemplo, fossem devidamente enviados pelo sistema.
Outra coisa que chama atenção no processo seletivo é o número de vagas aquém do que a rede estadual de ensino precisa de gestor e de adjunto. Afinal, a rede conta com 1.058 escolas, portanto, ao invés de 897, número disponível no edital, seria necessária a abertura de vagas na mesma proporção de escolas.
Ontem, o assunto chegou ao plenário da Assembleia Legislativa, mais precisamente ao deputado Waldemar Borges, membro da Comissão de Educação da Casa, que revelou estar recebendo inúmeras críticas sobre a seleção. “As pessoas têm se queixado dos atropelos que essa seleção tem provocado. Muita gente sendo desclassificada sem razão, erros no sistema, enfim, há um caos instalado nessa seleção que a gente precisa se debruçar sobre ele”, afirmou o deputado.
O parlamentar afirmou, ainda, que pretende fazer indicação no sentido de o Governo do Estado constituir uma comissão, com representantes da Alepe e do Ministério Público, para que cada caso seja estudado minuciosamente. “Essas desclassificações podem ser mais um fruto desse bate cabeça gerencial que a gente tem visto se disseminar no estado de Pernambuco e que está presente também nesse certame”, declarou.
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