PREFEITURA DE TRINDADE

SARGENTO EDYMAR

27 fevereiro 2024

Governadora vai às redes vender a falsa ideia de que trabalha pela Segurança Pública


 No dia em que Pernambuco contabilizou 412 mortes em menos de dois meses, 53 delas apenas no último fim de semana, a governadora Raquel Lyra foi às redes sociais, mais uma vez, tentar iludir os pernambucanos. Afinal, o ‘Juntos pela Segurança’ deveria cumprir o papel de combater constante à criminalidade no Estado, não ser fruto de encontro organizado às pressas na tentativa de transmitir a falsa sensação de que algo está sendo feito em prol da paz dos pernambucanos.

A Polícia Civil está sucateada, sem efetivo suficiente para combater o crime organizado, que na ausência de gestão em segurança pública, faz vítimas tão jovens, assim como em uma guerra civil. Nos mais recentes tristes episódios, ceifou a vida de Gael Lourenço França do Carmo, de apenas nove meses, assim como a de Jackson Kovalick Dantas da Silva, de 10 anos. Ambos na semana passada, no município de Itamaracá.

Em suas redes, a governadora vende a ideia de que está trabalhando. Disse, inclusive, que vai dobrar as vagas disponibilizadas no certame da Polícia Civil, que inicialmente previa 250 vagas para agente de polícia, 150 para escrivão e 45 para delegado, totalizando 445 vagas, para 890 no total.

Levantamento do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), porém, afirma que seriam necessárias um efetivo bem superior ao proposto pela governadora para cobrir o déficit da PCPE, que conta com mais de 6 mil cargos vagos, além de 1,4 mil policiais aptos a se aposentarem. De acordo com o presidente do Sinpol, Áureo Cisneiros, são necessárias 2.700 vagas, além da realização de outro concurso no final do ano e uma Polícia Civil estruturada e valorizada.  “A falta de estrutura e baixos salários são as principais razões para evasão na Polícia Civil de Pernambuco”, afirma Áureo Cisneiros.

O fato é que mesmo diante da ampliação das vagas do certame e a reivindicação do Sinpol de um novo processo seletivo para reduzir o déficit na PCPE, o processo não é rápido. Ele contempla várias etapas, que compreendem além das provas objetivas, discursivas, exames médicos, capacidade física, avaliação psicológica e investigação social, de outra fase, a do curso de formação. Ou seja, a estimativa é que esse reforço na segurança pública só chegue de fato às ruas, de fato, no segundo semestre de 2025. Até lá, quantas mortes já terão sido contabilizadas nas estatísticas da Secretaria de Defesa Social?

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