PREFEITURA DE TRINDADE

SARGENTO EDYMAR

23 fevereiro 2024

Magistrado ou político?

Embora tenha feito um discurso, ontem, na posse como ministro do Supremo Tribunal Federal, de que limitará sua ação como magistrado e não como ator político, Flávio Dino, que passa a substituir Rosa Weber na corte máxima da justiça brasileira, precisa mostrar na prática que não será novo Alexandre de Moraes.

Nem também um novo Gilmar Mendes. Tanto o carequinha quanto o decano adoram um holofote e dão pitacos em tudo, da mesma forma como Dino agiu como ministro da Justiça. O novo ministro Flávio Dino vai herdar um acervo de 340 processos em tramitação, entre ações e recursos.

Um dos casos que passarão às mãos do novo ministro envolve as conclusões finais da CPI da Covid do Senado e tem como um dos alvos o ex-presidente Jair Bolsonaro. O ex-presidente foi acusado pelo colegiado de incitação ao crime porque teria estimulado a população a se aglomerar, não usar máscara e não se vacinar. À época, a Advocacia-Geral da União rebateu as conclusões da comissão.

As ações e os recursos que inicialmente vão ficar sob a relatoria do futuro ministro eram da ministra Rosa Weber, que se aposentou em outubro. Esse procedimento segue as regras internas do tribunal. O conjunto de processos conta com 105 recursos e 235 ações. Deste total, a maior parte dos procedimentos trata de temas de Direito Administrativo. Também fazem parte do conjunto 43 ações constitucionais – aquelas que discutem a validade de leis diante da Constituição. 

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