Diante da sede com que o PMDB foi ao pote na eleição para presidente da Câmara, o governo pedirá aos aliados e ao PT que deixem os peemedebistas falando sozinhos por enquanto. A intenção é tratar desse tema apenas em janeiro, de forma a não misturar as paixões partidárias no parlamento com a composição do governo para o segundo mandato.
A ideia do Executivo de adiar para janeiro a disputa pela presidência da Câmara e do Senado tem só um probleminha: o PT. Os petistas temem que, se deixarem correr solto, o líder do PMDB, Eduardo Cunha, feche muitos acordos, e o PT termine sem espaço. Em política, vale a máxima “quem chega primeiro bebe água limpa”.
Se Eduardo Cunha se mostrar um candidato viável, alguns petistas bem próximos da presidente Dilma Rousseff vão tentar convencê-la de que é melhor fechar com o peemedebista do que deixar ele rumar para os braços da oposição. O argumento a ser usado será o de que, enquanto líder da bancada do PMDB, ele cumpre muito mais acordos do que o atual presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves.(Denise Rothenburg - Correio Braziliense)
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