A presidente Dilma Rousseff quer ser “mais Dilma” no segundo mandato. Apesar de fazer um apelo pelo diálogo e de prometer “ouvir mais” o Congresso Nacional, após ser reeleita com 51,64% dos votos, ela deu sinais de que pretende enfrentar as crises na seara política e as turbulências na economia sem ceder a pressões do PT e do PMDB, nem se importar com o cenário de 2018.
Antes de viajar para um descanso de quatro dias na Bahia, Dilma abriu um sorriso ao ler nos jornais que poderia encaixar o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles no Ministério da Fazenda. “Eu vou fazer isso, é?”, perguntou ela, rindo, a um ministro do PT. Dilma não dá indícios de que vá ceder a reivindicações de partidos por ministérios.
A sugestão da troca de Guido Mantega por Henrique Meirelles foi feita pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Dilma no início do ano passado, quando o titular da Fazenda passou a ser alvo de fortes críticas vindas de todos os lados. A presidente resistiu porque nunca gostou de Meirelles.
Com o apoio do ex-ministro Antonio Palocci, removido da Casa Civil em 2011, Lula tentou emplacar de novo, nos últimos dias, o ex-presidente do Banco Central, mas Dilma não aceitou a indicação. O ex-presidente também sugeriu para o cargo o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, e o ex-secretário executivo da Fazenda Nelson Barbosa, hoje colaborador do Instituto Lula. Nelson Barbosa é o preferido do PT, mas, se a escolha ficar restrita a essa lista, Dilma tem mais simpatia por Luiz Carlos Trabuco.
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