PREFEITURA DE TRINDADE

SARGENTO EDYMAR

17 janeiro 2024

Juntos pela Segurança: Raquel Lyra entrega novas viaturas auto resgate para reforçar operações do Corpo de Bombeiros


Foto: divulgação

Veículos entregues à Corporação irão reforçar o atendimento de ocorrências em todas as regiões do Estado

 O serviço de socorro de urgência no Estado recebeu mais um reforço nesta terça-feira (16). A governadora Raquel Lyra entregou ao Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco (CBMPE) 12 novas viaturas de auto resgate. Com um investimento de R$ 5,7 milhões, a gestão estadual está renovando a frota de veículos. A entrega das chaves foi realizada em cerimônia no Palácio do Campo das Princesas com a presença da vice-governadora Priscila Krause. Desde o início da gestão, a governadora anunciou o investimento de R$ 23 milhões para o Corpo de Bombeiros e para a Defesa Civil do Estado. Também fazem parte da reestruturação das forças operacionais o concurso que será realizado no próximo dia 21 de janeiro, ofertando 600 vagas para graduação inicial de Soldado e 60 para o posto de 2º Tenente.
 
“O Juntos pela Segurança envolve uma série de investimentos das forças operacionais do Estado. A Secretaria de Defesa Social tem investido muito junto às corporações para identificar o que é prioridade. Até março entregaremos 20 novas viaturas de auto resgate, atendendo a Região Metropolitana do Recife, Zona da Mata, o Agreste e o Sertão. Com isso, garantimos mais dignidade e condições de trabalho para o nosso efetivo. Estamos trabalhando unindo recursos do Estado e do governo federal, permitindo a reestruturação da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco”, ressaltou Raquel Lyra.
 
Além dessas 12 viaturas, seis foram entregues em julho e outras duas serão entregues até o próximo mês de março, completando 20 novas viaturas. Do aporte total de R$ 5,7 milhões investidos, há recursos estaduais e federais. As novas viaturas irão expandir a cobertura operacional do serviço de atendimento pré-hospitalar do Sertão ao Litoral do Estado, além do Arquipélago de Fernando de Noronha, beneficiando toda população pernambucana.
 
“Essas viaturas são utilizadas principalmente para os atendimentos em sinistros de trânsito e outros tipos de acidentes em que há a necessidade de uma intervenção especializada e em caso de necessidade de uma regulação com o serviço médico para saber para qual hospital destinar o paciente. Dessa maneira, iremos proporcionar maior agilidade e disponibilidade no atendimento à população”, destacou o secretário da Defesa Social, Alessandro Carvalho.
 
Serão beneficiados os municípios de Caruaru (1 viatura) e Garanhuns (1), no Agreste; Vitória de Santo Antão (1), na Zona da Mata; Petrolina (1), Salgueiro (1) e Serra Talhada (1), no Sertão, além do Arquipélago de Fernando de Noronha (1). Para atender a população da Região Metropolitana (RMR), serão entregues cinco viaturas ao Grupo de Atendimento Pré-Hospitalar (GBAPH), sediado em Olinda, responsável pelo serviço de resgate na região.
 
“Esse reforço é muito importante porque nós tínhamos uma frota relativamente envelhecida. Então essas viaturas irão servir para atender algumas cidades que não dispunham da atividade, tinham bombeiros, mas não tinham viaturas de atendimento e, agora, passam a contar”, apontou o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Luciano Fonseca.
 
O prefeito de Moreno, Edmilson Cupertino, comemorou a entrega, já que o município será atendido pelas ambulâncias destinadas à RMR. “A gente tem que parabenizar e agradecer à governadora por esse trabalho que ela está fazendo. Essas ambulâncias vão ser muito importantes, não só para Moreno como para Pernambuco. Só tenho a agradecer”, disse.
 
Estiveram presentes na cerimônia no Palácio do Campo das Princesas os deputados Izaías Régis, Socorro Pimentel e João de Nadegi. Também participaram os secretários estaduais Hercílio Mamede (Casa Militar), Daniel Coelho (Turismo), Zilda Cavalcanti (Saúde), Túlio Vilaça (Casa Civil), e os designados Flávio Oliveira (Justiça e Direitos Humanos) e Carlos Braga (Assistência Social).
 
Comando Militar do Nordeste
 

Após a entrega das viaturas, a governadora Raquel Lyra recebeu, no Palácio do Campo das Princesas, o Comandante Militar do Nordeste (CMNE), General de Exército Kleber Nunes de Vasconcellos, e o General Maurilio Miranda Netto Ribeiro, que assumirá o comando do CMNE a partir da próxima sexta-feira (19) em cerimônia com a presença do presidente Lula. A chefe do Executivo estadual agradeceu ao General Vasconcellos pelo compromisso e dedicação durante o comando e deu as boas-vindas ao General Ribeiro. 

“Saio realizado”, diz padre José Nilton após missão cumprida na Paróquia de Araripina

 


Foto: reprodução

Por Cidinha Medrado para o blog

Desde setembro de 2018, o padre José Nilton tem sido uma figura inspiradora e atuante na paróquia Imaculada Conceição de Araripina. Sua gestão foi marcada por um intenso trabalho social e pela promoção de novas construções e projetos de evangelização. O padre despertou o interesse da população para a área social e dedicou seu tempo e esforços para transmitir a mensagem de compaixão aos necessitados. Além disso, ele realizou diversas atividades religiosas, como missas e momentos de oração, que fortaleceram a fé católica na comunidade.

Transferência para a paróquia Nossa Senhora do Carmo em Ouricuri

Recentemente, a Diocese de Salgueiro anunciou que o padre José Nilton seria transferido para administrar a paróquia Nossa Senhora do Carmo, na cidade de Ouricuri. Essa notícia foi recebida com misto de emoções em Araripina, onde muitos fiéis e comunidades expressaram apoio, lembrando-se com carinho das contribuições do padre. Durante sua última entrevista ao programa Araripina Urgente, o padre expressou sua gratidão às comunidades locais, aos amigos, à imprensa e às pastorais por todo o apoio dado aos seus projetos. “Eu saio realizado e consciente de dever cumprido”, disse ele.

Impacto durante a pandemia e presença na vida das pessoas

O padre José Nilton também destacou a importância do apoio recebido durante a pandemia da COVID-19. Mesmo enfrentando algumas dificuldades, ele contou com o suporte de empresários, comunidades e famílias para ajudar aqueles que estavam sofrendo. Sua presença foi fundamental para levar uma palavra de conforto às pessoas que perderam entes queridos e estavam passando por momentos difíceis. Além disso, o padre ressaltou o impacto positivo de projetos sociais, como o encontro realizado na Serra do Inácio, que proporcionaram apoio espiritual e evangelização às pessoas carentes. A missa campal se tornou uma prática frequente em Araripina, devido à grande participação da comunidade, que já não cabia mais dentro da igreja.

A gestão do padre José Nilton em Araripina deixará boas recordações e um legado de dedicação e compromisso com a comunidade católica. Sua transferência para Ouricuri marca o início de uma nova jornada, na qual ele certamente continuará a impactar vidas e espalhar a mensagem de amor e compaixão.

Alckmin na contramão da velha política

 

Por Magno Martins – exclusivo para a Folha de Pernambuco

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), estabeleceu uma diretriz de corte de gastos em sua gestão, indo na contramão até mesmo do presidente Lula (PT), que elevou despesas em seu gabinete e estrutura. Em 2023, Alckmin reduziu 75,34% das despesas administrativas em relação ao ano passado, e 64,12% na comparação com a média dos quatro anos da gestão anterior (2019-2022), segundo um levantamento feito pelo jornal Folha de São Paulo.

As despesas administrativas incluem gastos com energia elétrica e fornecimento de água e esgoto ao Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente, que sofreram redução, em 2023, de 20,83% e 15,90%, respectivamente, em comparação a 2022, segundo dados do gabinete de Alckmin.

O vice-presidente também conseguiu diminuir as despesas com diárias de servidores, reduzidas em 84,58%, e passagens aéreas, reduzidas em 75,22% em relação a 2022. O corte de despesas aconteceu também por enxugamento em 37,2% do quadro de pessoal.

Em contrapartida, no fim do ano passado, as viagens de Lula e Janja drenaram R$ 96,2 milhões do orçamento do Ministério das Relações Exteriores (MRE). Em junho de 2023, sobrou até para a embaixada brasileira em Paris (França) bancar R$ 728 mil por 17 quartos no luxuoso Hotel Intercontinental Paris Le Grand, isso para fingir redução de gastos em cartões de crédito corporativos.

O petista usou o primeiro ano do seu terceiro mandato para viajar e “recuperar a imagem do Brasil no exterior”. Ele percorreu 24 países em 62 dias, mas o saldo de suas andanças é considerado nulo por muitos. As viagens só resultaram em uma elevação de 76% dos gastos com viagens para os cofres do País.

16 janeiro 2024

TRINDADE - Dra. CONCEIÇÃO BARROS ASSUME COMANDO MUNICIPAL DO UNIÃO BRASIL COM AVAL DE SOCORRO E RAIMUNDO PIMENTEL

 


Mais uma movimentação na dinâmica política do Araripe: a ex-vereadora de Trindade, Dra. Conceição Barros, assumiu a presidência municipal do União Brasil com o apoio da deputada estadual Socorro Pimentel e do prefeito de Araripina, Raimundo Pimentel.

O desdobramento já era esperado desde a parceria firmada entre o grupo de oposição de Trindade com o casal Pimentel, que tem se consolidado como maiores lideranças políticas da região. Nas próximas eleições, Dra. Conceição irá compor chapa junto ao ex-vereador Zé Capacete na corrida pela Prefeitura de Trindade.

“Estamos felizes e honrados em ter um nome de referência, como Dra. Conceição, no comando do nosso partido em Trindade. Sua experiência e influência serão cruciais para avançarmos com o nosso trabalho, sempre voltado para o bem-estar de nossa população” disse Socorro Pimentel.

“Esse novo cenário demonstra o nosso compromisso e a vontade de fazer mais pelo Araripe. Dra. Conceição Barros tem todas as credenciais necessárias pra fazer um grande trabalho pelo povo de Trindade e terá todo o respaldo do nosso partido”, concluiu Raimundo Pimentel.

Assessoria - Dep. Socorro Pimentel

Crise: Técnicos de Enfermagem da Santa Casa de Misericórdia do Recife paralisam atividades por falta de pagamento

 


Os técnicos de enfermagem que trabalham na Santa Casa de Misericórdia, no Recife, paralisaram suas atividades nesta segunda-feira (15/01) para reivindicar o salário de dezembro do 2023 que ainda não foi efetuado pela instituição. A categoria promete atividades no período da tarde.

Para chamar a atenção da sociedade, os trabalhadores realizaram atos em frente ao Hospital e no trecho da Avenida Cruz Cabugá. Com cartazes e palavras de ordem, reivindicaram respeito e valorização.

O presidente do Sindicato Profissionaldos Auxiliares e Técnicosde Enfermagem (Satenpe), Francis Herbert, apresentou algumas pautas e aguarda um posicionamento da administração.

Lula e Silvio Costa Filho sancionam PL da praticagem

 

O presidente Lula e o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, sancionaram, hoje, as regras para a atividade de praticagem no país. Profissão antiga e bastante requisitada nos tempos de hoje, a praticagem é a atividade de condução de grandes embarcações durante as manobras de atracação e desatracação dos portos. Com a assinatura do Projeto de Lei (PL), o Governo Federal reconhece a importância dos profissionais para o setor e reforça a segurança das estruturas portuárias, favorecendo a competitividade dos portos brasileiros.

A sanção do PL 757/2022 ocorreu durante cerimônia realizada no Palácio do Planalto. Na ocasião, Costa Filho comemorou a regulamentação da atividade e reforçou a importância que os profissionais representam para o modal marítimo brasileiro. Atualmente, os portos no país são responsáveis por mais de 95% de nossa balança comercial.

“O PL sancionado hoje pelo presidente Lula representa um grande marco para o setor portuário e é uma medida essencial para garantir segurança jurídica e estabilidade regulatória aos serviços e profissionais que se dedicam integralmente para atender às demandas que existem nos nossos portos. Temos a absoluta certeza de que essa lei representará mais um grande avanço no desenvolvimento do nosso sistema portuário, pois tornará o modal mais seguro e competitivo, de modo a favorecer o setor produtivo e a economia brasileira, atraindo mais investimentos e a geração de novos empregos”, indicou Costa Filho.

Vice-presidente da Associação Internacional de Práticos Marítimos e diretor do Conselho Nacional de Praticagem (Conapra), Ricardo Falcão ressalta que as novas regras assinadas pelo presidente Lula estão alinhadas às práticas vigentes nos principais mercados mundiais, como França, EUA, Alemanha, China, Coreia do Sul. “Existe um padrão mundial de funcionamento da atividade, com isso o profissional ganha uma estabilidade de funcionamento, um arcabouço jurídico muito mais forte. É o padrão que o mundo todo opera”, afirmou Falcão.

O serviço de praticagem tem como objetivo a preservação do meio ambiente, a segurança da navegação, a salvaguarda da vida humana e a proteção dos portos. Entre os pontos essenciais que o PL garante está o fomento à navegação de cabotagem, pois traz de forma mais objetiva e concreta a possibilidade da autoridade marítima de habilitar comandantes brasileiros de navios de bandeira brasileira a executarem manobras sem a necessidade de práticos.

Antes mesmo de assumir ministério, Ricardo Lewandowski é alvo de oposição em comissão na Câmara

 

Com a posse marcada para o início de fevereiro, o escolhido para comandar o Ministério da Justiça, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, deve ser convidado para ir à Câmara dos Deputados no mesmo mês que inicia seu trabalho no governo federal. Por se tratar de um convite, a presença não seria obrigatória.

Antes mesmo de assumir a pasta, Lewandowski desperta curiosidade entre deputados da oposição que integram a Comissão de Segurança Pública. A iniciativa que deve ser protocolada por Sanderson (PL-RS) visa questionar o ministro sobre quais estratégias serão aplicadas no ministério para combater o crime organizado. O encontro deve ocorrer na volta das atividades legislativas na Câmara dos Deputados.

Tido como mais moderado e articulador, o iminente ministro é visto com bons olhos pela oposição que espera ter mais diálogo e receptividade em comparação com Flávio Dino. Apenas no ano passado, Dino foi alvo de ao menos 71 requerimentos de convocação e, nas reuniões que esteve presente, protagonizou embates com parlamentares da base do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A expectativa com Lewandowski é diferente. Por este motivo, deputados da bancada da bala já vem pleiteando aproximação. É o caso de Sargento Portugal (Podemos-RJ) e Sargento Gonçalves (PL-RN), que defendem um “diálogo permanente” com o ex-ministro do STF.

“Tivemos uma péssima experiência no último ano com Flávio Dino à frente do ministério. Esperamos que o novo ministro tenha um comportamento oposto ao de seu antecessor. Queremos dialogar e esperamos que sejamos ouvidos pelo novo ministro da Justiça e Segurança Pública”, diz Sargento Gonçalves.

15 janeiro 2024

Araripina: Professor universitário comete suicídio

 


Uma triste notícia tomou conta de Araripina na tarde deste domingo (14). O conceituado e conhecido professor Elenilson, da Faculdade de Ciências Agrárias do Araripe (Faciagra), cometeu suicídio. Ele era formado na própria Faciagra e há décadas dedicava-se a repassar seus conhecimentos aos novos alunos da faculdade.

Como professor e engenheiro agrônomo, Elenilson participou ativamente do encontro dos estudantes da Faciagra, que ocorreu neste final de semana na chácara do empresário Bertinho, inclusive, na manhã de hoje, chegou ao local com a esposa e a cunhada.

Não há informações de como o professor Elenilson tirou a própria vida. Ele deixa esposa e uma filha. O mundo universitário araripinense está de luto.

Lewandowski é o batom na cueca

 

O Governo Lula é um conluio com o Supremo Tribunal Federal, uma vergonha. A nomeação de Ricardo Lewandowski para o Ministério da Justiça é o chamado batom na cueca. É pagar a fatura de tudo que ele fez em favor do PT e de Lula, especialmente, antes de se aposentar. Uma simples consulta ao Google e a charada é matada facilmente.

Como ministro do STF, nomeado por Lula em 2006, Lewandowski coleciona decisões favoráveis ao petista e ao Partido dos Trabalhadores nos 17 anos que ocupou uma cadeira na alta corte de justiça do País. Beneficiou investigados no escândalo do mensalão e na Operação Lava Jato. Aposentado do STF em abril deste ano, Lewandowski conhece Lula desde quando o presidente era sindicalista, na década de 70, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista.

No STF, a decisão mais relevante foi a declaração de parcialidade de Sérgio Moro, enquanto juiz responsável pela Lava Jato, na condução de casos contra o atual presidente. O voto favorável dele, ao lado de Gilmar Mendes e Cármen Lúcia na Segunda Turma, em 2021, permitiu que Lula se candidatasse à Presidência em 2022.

Lewandowski foi o revisor do julgamento do escândalo do mensalão e votou, em 2012, para que o ex-ministro da Casa Civil de Lula, José Dirceu, e o ex-presidente do PT, José Genoino, fossem absolvidos da acusação de corrupção passiva. O então ministro do STF argumentou que não existiam provas que atestassem que Dirceu comandou o esquema de pagamento de propina a parlamentares em troca de apoio ao governo petista, e que as acusações haviam sido mais políticas do que só estritamente jurídicas.

No caso de Genoíno, Lewandowski afirmou que o ex-presidente do PT teria assinado empréstimos de um banco para a sigla por conta da sua função como presidente de partido. Quando estava em São Paulo votando nas eleições municipais daquele ano, Lewandowski respondeu que estava recebendo as críticas pelo voto de absolvição de Dirceu e Genoíno com tranquilidade.

“Cumpri o meu dever e acho que as críticas fazem parte do processo democrático. O juiz vota de acordo com sua consciência, com as leis e com a Constituição e presta contas à sociedade. Estou com a consciência tranquila”, disse. Apesar do posicionamento favorável de Lewandowski aos réus petistas, Dirceu foi condenado a dez anos e dez meses de reclusão e Genoíno, a seis anos e 11 meses de prisão.

Queda de contribuição previdenciária de PMs inativos e pensionistas é aprovada em comissão da Câmara dos Deputados

 

A Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados aprovou nesta semana a redução da contribuição previdenciária de policiais militares inativos e pensionistas.

A proposta visa rever o impacto da Reforma da Previdência nas contribuições dos agentes de segurança pública. Devido à reforma do sistema de proteção social dos militares, a alíquota da contribuição de ativos e inativos das pensões militares aumentou para 10,5% da remuneração total, ao passo que os pensionistas, anteriormente isentos, passaram a fazer um recolhimento de, ao menos, 10,5% do benefício total. As informações são do jornal Extra.

A mudança é proposta por um substitutivo do projeto de lei (PL) n° 1.451, de 2023, que restringe a incidência da contribuição previdenciária de policiais militares inativos e pensionistas apenas ao que exceder o teto do Regime Geral de Previdência Social, atualmente em R$ 7.087,22.

“Todos devem colaborar para a Reforma da Previdência, mas nesse caso é necessária uma readequação das alíquotas”, declarou o relator, ex-deputado federal Prof. Paulo Fernando. 

O projeto original é do deputado federal Cabo Gilberto Silva (PL-PB). “Os estados, de forma seletiva, estão aplicando o que melhor lhes convém, descontando dos inativos a alíquota previdenciária sem garantir a integralidade e a paridade dos vencimentos”, escreveu o parlamentar na justificativa do substitutivo.

O texto altera a Lei das Pensões Militares e ainda precisa ser analisado pelas comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Se aprovado nesses colegiados, será enviado ao Senado Federal.

Senado quer discutir autonomia financeira do BC em fevereiro

 

O Senado se prepara para discutir em fevereiro a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 65 de 2023, que dispõe sobre a autonomia financeira do BC (Banco Central). Na prática, o texto busca desvincular o orçamento da autoridade monetária da União.

A autoria é do senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), que conseguiu a assinatura de outros 41 senadores. Para uma PEC começar a tramitar, é necessário que seja apoiada no mínimo por 27 senadores ou 171 deputados. O texto também pode ser levado ao Congresso pelo presidente da República ou por mais de 50% das assembleias legislativas. As informações são do Poder360.

Vanderlan Cardoso afirmou ao Poder360 neste sábado (13) que conversará com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre o tema antes do início do ano legislativo. O senador declarou que a proposta é “o complemento da autonomia, da independência do Banco Central”.

O congressista disse que os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania) da Casa Alta, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), deram aval para a discussão da proposta.

No texto, Cardoso declara que os recursos obtidos com senhoriagem – que é o lucro a partir da emissão de moeda – “mais do que cobre o custo do Banco Central do Brasil”. Taxas e multas aplicadas contra instituições financeiras também seriam canalizadas para a autoridade monetária.

A ideia é que o Banco Central passe a ficar com recursos para manejar a realização de concursos e concessão de bônus para os funcionários da autarquia. “A necessidade de recursos financeiros para o cumprimento de sua missão institucional exige alteração do arcabouço legal. A proposta de evolução institucional do Banco Central do Brasil prevê a garantia de recursos para que atividades relevantes para a sociedade sejam executadas sem constrangimentos financeiros, tanto para a instituição quanto para o Tesouro Nacional”, diz trecho da PEC.

A proposta está na CCJ do Senado. O relator é o senador Plínio Valério (PSDB-AM), autor da proposição que assegurou a independência operacional ao BC.

Insatisfação

Na quinta-feira (11), os funcionários do BC realizaram uma paralisação de 24 horas. A categoria reivindica melhorias na carreira, como a equiparação a outras categorias semelhantes.

De acordo com o Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central), menos de 30% do quadro funcional da autarquia compareceu ao trabalho. Diante do impasse, o Ministério da Gestão e Inovação marcou uma rodada de negociação com representantes da categoria para 8 de fevereiro.

O Sinal é contra a PEC da independência financeira do Banco Central. Em nota, criticou o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto. “Ressalta-se a preocupação com a falta de diálogo e o alegado açodamento autoritário do presidente do BC na abordagem de questões relevantes, como a Proposta de Emenda Constitucional da Independência do Banco Central. Os servidores reivindicam uma discussão mais ponderada e equitativa sobre propostas de grande magnitude que afetam diretamente a instituição e sua relação com autoridades do governo e agentes do mercado”, disse o sindicato.

Guerra Israel-Hamas completa cem dias sob risco ainda maior de escalada

 

Desde que atacou brutalmente Israel em 7 de outubro do ano passado, o grupo terrorista Hamas contava com a ignição de um conflito de maiores proporções no Oriente Médio a partir da previsível retaliação dura de Tel Aviv contra a Faixa de Gaza, que comandava desde 2007.

Cem dias depois da mais recente guerra entre o Estado judeu e um ente árabe, o objetivo não se confirmou da forma prevista pelo Hamas, mas nem por isso o risco de uma escalada da guerra no âmbito regional está descartado. Ao contrário. As informações são da Folha de S. Paulo.

O foco, contudo, não é o Irã, como temiam analistas. O Estado persa, por toda a retórica inflamada e o apoio a prepostos regionais como o Hamas, não parece disposto a ir a vias de fato e enfrentar os Estados Unidos, que viriam em socorro a Israel em caso de um ataque e mostraram os dentes militares para provar isso.

A coisa muda de figura em duas outras frentes. A mais importante, no norte de Israel, onde forças de Binyamin Netanyahu têm enfrentado, diariamente desde o início da guerra em Gaza, o Hezbollah, grupo fundamentalista apoiado por Teerã e aliado dos terroristas palestinos.

A briga é antiga e remonta à invasão israelense do Líbano em 1982, que na prática deu origem à agremiação liderada pelo xeque Hassan Nasrallah. O empate técnico no mais recente embate direto entre os rivais, em 2006, deixou aberta a possibilidade de uma revanche.

Com a nova crise, Israel tem feito ultimatos ao Hezbollah para que deixe a faixa neutra determinada pela ONU no sul do Líbano, retraindo-se para além do rio Litani. Tel Aviv fez esse movimento, respeitando a ainda contestada Linha Azul.

Nasrallah fala grosso, mas na prática tem evitado uma guerra aberta. “O Hezbollah precisa da causa palestina para justificar a recusa em desmantelar sua ala militar”, afirma Hilal Khashan, professor de ciência política da Universidade Americana de Beirute. No Líbano, o grupo também é um importante partido político.

O grupo se apoia no formidável arsenal de mísseis e foguetes, que Khashan estima em até 200 mil, para manter uma posição pública de força. “Mas o arsenal intimida mais em teoria do que na prática”, diz o professor, lembrando que a maioria das armas tem pouca precisão, e as que têm precisam ser retiradas de depósitos secretos e posicionadas em lançadores.

“Isso as expõem a ataques israelenses, já que o Hezbollah não tem uma defesa antiaérea decente”, afirmou Khashan. Isso, somado ao temor de os Estados Unidos fazerem valer suas ameaças de atacar quem interferir na guerra em Gaza, tem mantido os libaneses na defensiva.

O tempo, avalia o acadêmico, “está chegando ao fim”. Ele considera que, com a redução anunciada nas operações ao norte de Gaza por Israel e ações como assassinato de um líder do Hamas em Beirute, o cenário está armado para um tira-teima.

Com uma capacidade de engajamento de Tel Aviv aprimorada ao norte, algo que não era possível com a ação intensa contra o Hamas nos primeiros meses da guerra, é possível que Netanyahu já não tema a abertura de uma nova frente de combate total.

Por outro lado, é incerto o apoio da opinião pública israelense a uma guerra declarada pelo país. Apesar de Netanyahu ter suporte apenas marginal hoje, ele lidera um combate que lhe foi imposto pelo mega-ataque de 7 de outubro, de resto um vexame político e militar debitado de sua conta. Iniciar uma nova ação é outra história.

Já numa terceira frente da guerra, a escalada já é uma realidade. Antes considerado um teatro secundário, o mar Vermelho virou o centro de preocupações mundiais com o apoio dado ao Hamas pelos rebeldes pró-Irã houthis do Iêmen. Via de 15% do comércio marítimo mundial, a região viu o trânsito cair até 40% devido aos ataques a embarcações acusadas de ligação com Israel.

Na sexta (12), os EUA e o Reino Unido deixaram de agir reativamente com sua força-tarefa naval e lançaram ataques contra posições do grupo no país árabe, do qual ele domina uma boa porção no oeste, junto às costas do mar Vermelho. Neste sábado (13), Washington repetiu o feito, ainda que em menor escala.

Os houthis ensaiaram uma reação pontual e prometeram vingança, deixando em aberto a possibilidade de uma escalada ainda maior na violência. O presidente Joe Biden jura que não quer se envolver mais, mas que os bombardeios foram essenciais para deter mais ataques rebeldes.

Parece uma tática de enxugamento de gelo. O arsenal de mísseis houthis, com material antigo chinês e mais moderno do Irã, parece bastante disponível para novas ações. Aqui, menos do que algum risco existencial a Israel, a questão é a aposta dos rebeldes em trazer os EUA para a briga.

Isso pode elevar a animosidade, já grande em países árabes e de maioria muçulmana, como a Turquia, contra Washington. Isso já seria uma vitória estratégica do Irã —sem que o país dos aiatolás tenha de disparar um tiro, mesmo demonstrando limites estratégicos na crise.

Não lateral, há a questão da Cisjordânia, o território parcialmente governado pela Autoridade Nacional Palestina, rival do Hamas. Ali, as mortes e prisões de moradores têm sido diárias, na busca por elementos radicais, e a tensão é a maior em anos.

Concorre para o atoleiro a indefinição pública de Israel acerca de seus objetivos e, na hipótese de desmantelar o Hamas em Gaza, sobre o que ocorrerá com o território obliterado e seus 2,3 milhões de habitantes.

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, falou superficialmente sobre devolver o controle político da Faixa aos palestinos, excluindo o Hamas, mas sem deixar claro a quais palestinos eles se referia.

Biden enviou quatro vezes seu secretário de Estado, Antony Blinken, para sinalizar que está preocupado com isso. Até aqui, não recebeu mais do que evasivas israelenses em troca, e esse prolongamento aumenta a fatura que os conflitos subjacentes à destruição de Gaza cobrarão dos EUA.

Gallant havia previsto no início do conflito uma guerra de três meses. Já se passaram dez dias do prazo, e a solução é tão elusiva quanto antes.