PREFEITURA DE TRINDADE

SARGENTO EDYMAR

06 novembro 2018

Bolsonaro: atirar para todos os lados o tempo todo

Helena Chagas - Blog Os Indispendentes
Presidentes recém-eleitos costumam ser tão fortes que conseguem fazer o Congresso votar coisas do arco da velha, como até mesmo o confisco da poupança dos cidadãos. No presidencialismo à brasileira, todo governante que assume sabe que deve aproveitar esse período de graça, que pode chegar a seis meses e, na melhor das hipóteses a um ano, para comprar as brigas mais difíceis e votar propostas espinhosas e impopulares. O que não dá para fazer, em momento algum, é comprar todas as brigas ao mesmo tempo com todo mundo.
Em sua primeira semana como presidente eleito, Jair Bolsonaro e equipe, talvez querendo mostrar que, diferentemente de outros, irão cumprir suas promessas de campanha, atiraram para todos os lados.
Desagradaram setores opostos, como o agribusiness e os ambientalistas, com o junta e separa das pastas da Agricultura e do Meio Ambiente; irritaram os representantes da indústria com a extinção do Ministério da Indústria e Comércio e outras afirmações sobre sua dependência do Estado; preocuparam os setores exportadores e os principais parceiros comerciais do Brasil com o anúncio de um cavalo-de-pau na política externa: alinhamento aos Estados Unidos, distanciamento da China, opção por Israel em detrimento da Palestina, fim do Mercosul…
Mas se Bolsonaro não escolher bem suas brigas, ou ao menos estabelecer uma ordem de prioridade para elas, corre o risco de queimar muito mais rapidamente do que o normal o estoque de gordura adquirido na eleição, acelerando o desgaste que, mais dia menos dia, atinge qualquer um que ousa se sentar naquela cadeira do terceiro andar do Planalto.

Bolsonaro defende ideia de filmar os professores

Josias de Souza
Jair Bolsonaro concedeu uma longa entrevista a José Luiz Datena, da Band. Conversaram por quase duas horas. A certa altura, o repórter quis saber a opinião do novo presidente sobre a ideia de filmar professores que façam suposta “doutrinação” política em sala de aula. Bolsonaro aprovou e estimulou a iniciativa: “Não tem problema nenhum, pode filmar.”
Deve-se a proposta de gravar professores à deputada estadual eleita Ana Caroline Campagnolo (PSL), de Santa Catarina. Ela pediu nas redes sociais que estudantes catarinenses filmem e denunciem professores que façam “queixas político-partidárias em virtude da vitória do presidente Bolsonaro”.
A Justiça mandou a deputada eleita pelo partido do presidente retirar da internet as mensagens que incitavam os alunos a realizar filmagens em sala de aula. Para Bolsonaro, porém, “o professor tem que se orgulhar e não ficar preocupado” com a hipótese de ser gravado. “Só o mau professor é que se preocupa com isso daí”, declarou.
A posição de Bolsonaro é lamentável e promissora. Deve ser lamentada porque não fica bem um presidente da República jogar alunos contra professores, estimulando a adoção de uma espécie de ‘macarthismo’ escolar. Pode ser uma boa promessa pelas perspectivas que se abrem.
Considerando-se que Bolsonaro acha que “não tem problema nenhum” filmar servidores públicos no exercício de suas funções, decerto instalará uma câmera no gabinete presidencial. O exemplo, como se diz, vem de cima.
Os contribuintes em dia com a Receita Federal adorarão acompanhar os despachos presidenciais em tempo real. E Bolsonaro se orgulhará de ser levado à vitrine, pois só um mau presidente da República se preocuparia com isso daí.

FHC a Bolsonaro pelo Twitter: "Cruz credo"

Por causa de foto postada no Twitter
Jornal do Brasil
O presidente Fernando Henrique Cardoso usou sua conta pessoal no microblog Twitter, na manhã desta segunda-feira, 5, para "bater boca" com o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). "A desinformação é péssima conselheira, sobretudo vinda dos poderosos", disse FHC
A postagem foi resposta a uma foto postada neste domingo, 4, pelo capitão da reserva, em sua página oficial na mesma rede social, na qual o ex-presidente tucano aparece segurando o livro "Prisioner of The State - The Secret Journal of Chinese Premier Zhao Ziyang".
Sem legenda, a foto postada por Bolsonaro rendeu comentários de seus seguidores de que FHC era adepto do comunismo, já que o livro trata de Zhao Ziyang, ex-líder comunista deposto da liderança do Partido Comunista da China em 1989 por se opor aos massacres ocorridos na Praça da Paz Celestial. Ele faleceu em 2005, aos 85 anos.
Além de dizer que a desinformação é péssima conselheira, FHC diz em seu post: "Na foto do Twitter do presidente eleito eu apareço lendo um livro de ex-premier da China, deposto e preso, em que critica o regime. Isso aparece como 'prova' de que sou comunista. Só faltava essa. Cruz, credo!"
A desinformação é péssima conselheira, sobretudo vinda dos poderosos: na foto do Twitter do Pr eleito eu apareço lendo um livro de exPremier da China, deposto e preso, em que critica o regime. Isso aparece como”prova” de que sou comunista. Só faltava essa. Cruz, credo!

Nomes da equipe de transição de Bolsonaro

Indicados, todos homens, receberão salários que irão variar de R$ 2.585 a R$ 16.215
A equipe do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), deu início à fase de transição de governo em Brasília, nesta segunda-feira (5). 
O presidente Michel Temer nomeou uma equipe de 28 nomes indicados por Bolsonaro para compor o gabinete de transição de governo.
A lista dos indicados, todos homens, que receberão salários que irão variar de R$ 2.585 a R$ 16.215, foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União. Do total, cinco foram designados sem remuneração. 
Veja os nomes que compõem a lista de transição: 
ECONOMIA
ARTHUR BRAGANÇA WEINTRAUB
Professor da Unifesp e especialista em direito previdenciário
Salário: R$ 13.036,74
ROBERTO DA CUNHA CASTELLO BRANCO
Ex-diretor da Vale e ex-conselheiro da Petrobras
Salário: R$ 9.926,60
CARLOS VON DOELLINGER
Economista da UFRJ
Salário: R$ 9.926,60
BRUNO EUSTÁQUIO FERREIRA CASTRO DE CARVALHO
Diretor do PPI
Salário: R$ 9.926,60
SÉRGIO AUGUSTO DE QUEIROZ
Procurador da Fazenda Nacional
Salário: R$ 9.926,60
CARLOS ALEXANDRE JORGE DA COSTA
Ex-diretor do BNDES
Salário: R$ 9.926,60
PAULO GUEDES
Economista e anunciado como ministro da Fazenda
Salário: R$ 16.215,22
ABRAHAM BRAGANÇA WEINTRAUB
Professor da Unifesp e especialista em direito previdenciário
Salário: R$ 13.036,74
JONATHAS ASSUNÇÃO NERY DE CASTRO
Diretor do PPI
Salário: R$ 9.926,60
WALDERY RODRIGUES JUNIOR
Coordenador da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda
Salário: sem remuneração
ADOLFO SASCHIDA
Pesquisador do Ipea
Salário: sem remuneração
MARCOS CINTRA
Economista e ex-deputado
Salário: sem remuneração
ALEXANDRE YWATA
Ex-diretor do Ipea
Salário: sem remuneração
MILITARES
PAULO ROBERTO
Tenente-coronel dos Bombeiros
Salário: R$ 9.926,60
AUGUSTO HELENO RIBEIRO PEREIRA
General e anunciado como ministro da Defesa
Salário: R$ 16.215,22
LUIZ TADEU VILELA BLUMM
Coronel do Corpo de Bombeiros
Salário: R$ 9.926,60
WALDEMAR GONÇALVES ORTUNHO JUNIOR
Coronel reformado do Exército
Salário: R$ 9.926,60
POLÍTICOS E OUTROS
MARCOS AURÉLIO CARVALHO
Empresário e sócio-fundador da agência digital AM4
Salário: R$ 9.926,60
MARCOS CÉSAR PONTES
Astronauta e anunciado como ministro da Ciência e Tecnlogia
Salário: R$ 13.036,74
LUCIANO IRINEU DE CASTRO FILHO
Engenheiro especialista em energia
Salário: R$ 9.926,60
PAULO ANTÔNIO SPENCER UEBEL
Ex-secretário municipal de Gestão de São Paulo
Salário: R$ 9.926,60
GUSTAVO BEBIANNO ROCHA
Advogado e ex-presidente do PSL
Salário: R$ 16.215,22
GULLIEM CHARLES BEZERRA LEMOS
Vice-presidente do PSL
Salário: R$ 13.036,74
ANTÔNIO FLÁVIO TESTA
Cientista político da UnB
Salário: R$ 9.926,60
ONYX LORENZONI
Deputado federal do DEM-RS
Salário: R$ 16.581,49
PABLO TATIM 
Secretário da Secretaria-Geral da Presidência da República
Salário: sem remuneração
EDUARDO CHAVES VIEIRA
Salário: R$ 9.926,60
ISMAEL NOBRE
Salário: R$ 9.926,60

Rusgas diplomáticas de Bolsonaro custam caro

Rusgas diplomáticas de Bolsonaro custam caro

Josias de Souza
No seu desejo de seguir as pegadas de Donald Trump, Jair Bolsonaro coleciona contenciosos internacionais antes mesmo de pendurar no ombro a faixa presidencial. O novo presidente brasileiro compra briga com a China e com os mundos árabe e muçulmano. O problema é que o Brasil não tem a força dos Estados Unidos. E quem não é forte precisa ser pelo menos diplomático. Sob pena de perder relevância política e, sobretudo, dinheiro.
O governo do Egito cancelou visita de quatro dias que o chanceler brasileiros Aloysio Nunes faria ao país entre quinta-feira e domingo. Alegou-se em cima da hora que autoridades egípcias tiveram problemas de agenda. Isso é lorota. Trata-se na verdade de uma reação ao anúncio feito por Bolsonaro de que vai transferir a embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém.
Aloysio Nunes viajaria em missão comercial. Pelo menos duas dezenas de empresários brasileiros já estavam no Egito para se incorporar à comitiva do chanceler. O gesto dos egípcios é prenúncio da encrenca que se forma nos mundos árabe e muçulmano, grandes consumidores de carne e frango do Brasil. Atacada por Bolsonaro durante a campanha, a China, nossa maior parceira comercial, também olha para Brasília com um pé atrás. No afã de macaquear Trump, Bolsonaro não se deu conta de que a diplomacia, como o nome indica, só funciona quando é macia.

Moro: Não me vejo como político

O futuro ministro da Justiça, o juiz Sérgio Moro, afirmou hoje, em um evento em Curitiba que não há “demérito na política” e que ocupará um “cargo técnico”.
“Meu objetivo não é perseguir cargos, serei um técnico dentro do Ministério da Justiça. Não me vejo ingressando na política, não me vejo como político verdadeiro”, ressaltou. 

Gilmar: corrupção marca 30 anos da Constituição

O ministro Gilmar Mendes, afirmou hoje que “os vários episódios de corrupção” serão – de uma certa forma - uma marca dos 30 anos de vigência da Constituição Federal de 1988.
Gilmar participou do evento “Balanço Geral dos 30 Anos da Constituição Federal”, em Brasília, promovido pela editora Fórum.

PSB reafirma oposição a Bolsonaro

O presidente do PSB, Carlos Siqueira, afirmou há pouco que a legenda fará oposição ao governo Jair Bolsonaro (PSL).
“Fomos colocados na oposição pelo resultado eleitoral, porque não apoiamos o candidato que ganhou.
O candidato que ganhou pensa diametralmente o oposto que pensamos”, ressaltou.

01 novembro 2018

Gonzaga Patriota destaca redução do número de homicídios em Pernambuco

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Em pronunciamento na tarde desta quarta-feira (31), o deputado federal Gonzaga Patriota (PSB) destacou a redução do número de homicídios relativo ao mês de setembro em Pernambuco.
“Queremos parabenizar o Governo do Estado, através do governador Paulo Câmara, e do secretário Antônio de Pádua pelos expressivos resultados na área de segurança pública, mas principalmente parabenizar os pernambucanos que tem procurado enfrentar essa crise com muito trabalho, responsabilidade e determinação”, avaliou Patriota.
Em setembro de 2018, Pernambuco registrou um total de 320 ocorrências de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), o que representa uma redução de 22% em relação a setembro de 2017, quando foram registrados 411 desses crimes. Com isso, o Estado já conta com dez meses consecutivos de redução de homicídios quando se compara com o mesmo período do ano anterior. No consolidado dos nove meses, a redução também chega aos 22%. No total, foram 3.232 homicídios registrados pelas polícias entre os meses de janeiro e setembro de 2018, enquanto no mesmo período do ano passado, haviam sido contabilizadas 4.143 ocorrências.
Observada em todas as regiões do Estado, a redução atingiu a marca de 39% no Agreste, que contabilizou um total de 53 homicídios, neste ano, contra 87 em setembro do ano passado. Logo em seguida, vem a Região Metropolitana do Recife (exceto a Capital) com uma redução de 21,5%. Nesses 14 municípios aconteceram 91 casos no mês passado, contra 116 em 2017. Na Zona da Mata e no Sertão, a redução chegou a 6% e 5,5%, respectivamente. Na Mata, foram 78 CVLIs em setembro (contra 83 no ano passado), enquanto os municípios sertanejos somaram 51 ocorrências (contra 54 em setembro passado).

Maioria do STF mantém suspensão de ações policiais nas universidades

As decisões da Justiça Eleitoral em diversos estados foram questionadas no STF pela Procuradoria-Geral da República (PGR)
Sessão plenária do STF
Sessão plenária do STFFoto: Nelson Jr./SCO/STF
maioria dos ministros Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta (31) manter a decisão da ministra Cármen Lúcia que suspendeu decisões da Justiça Eleitoral que determinaramações policiais e de fiscalização eleitoral nas universidades públicas durante as eleições.

Corte julga nesta tarde se referenda a liminar proferida pela ministra na semana passada. Até o momento, seguiram a relatora no entendimento seis ministros, entre eles os ministros Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin. Faltam os votos dos ministros Marco Aurélio, Rosa Weber, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello.

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As decisões da Justiça Eleitoral em diversos estados foram questionadas no STF pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Segundo a procuradora-geral, Raquel Dodge, as decisões ofenderam os princípios constitucionais da liberdade de expressão e de reunião. 

Após as decisões proferidas pelos juízes eleitorais, os tribunais regionais eleitorais (TREs) informaram que decisões foram proferidas para coibir a propaganda eleitoral irregular a partir de denúncias feitas por eleitores e pelo Ministério Público Eleitoral (MPE).

Defesa de Temer recorre de decisão que manteve indiciamento pela PF

Em manifestação enviada a Barroso, que é o relator do caso no STF, os advogados do presidente alegam que a PF não teria competência para indiciar Temer
Michel Temer
Michel TemerFoto: Reprodução
A defesa do presidente Michel Temer recorreu nesta quarta (31) contra a decisão individual do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), que negou pedido para anular indiciamento no inquérito sobre o suposto favorecimento da empresa Rodrimar S/A na edição do chamado Decreto dos Portos (Decreto 9.048/2017), assinado em maio do ano passado pelo presidente. 

A defesa pediu à Corte que Barroso reconsidere a decisão ou que o caso seja julgado pelo plenário do STF. Não há previsão para o julgamento. Na primeira decisão sobre o caso, o ministro disse o indiciamento está previsto em lei e não há impedimentos sobre sua incidência sobre qualquer ocupante de cargo público.

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Em manifestação enviada a Barroso, que é o relator do caso no STF, os advogados do presidente alegam que, devido ao foro por prerrogativa de função garantido ao presidente da República, a PF não teria competência para indiciar Temer.

Para os advogados, o indiciamento é ilegal e provoca repercussão na honorabilidade de Temer e “reflexos na estabilidade da nação". Na mesma petição, a defesa afirmou que Temer não praticou os fatos que lhe foram atribuídos no relatório final da investigação, enviado ontem pela PF ao ministro Barroso.

Para Ciro, Moro é 'politiqueiro' e é melhor que fique na Justiça do que no STF

O presidente eleito Bolsonaro se reunirá nesta quinta-feira (1) com Moro para convidá-lo oficialmente para o cargo de ministro
Ciro Gomes (PDT) cumpre agenda em Caruaru
Ciro Gomes (PDT) cumpre agenda em CaruaruFoto: Anderson Stevens/Folha de Pernambuco
Crítico de Sergio Moro, o ex-governador cearense Ciro Gomes(PDT) afirmou que o juiz federal é "politiqueiro" e que, portanto, deveria aceitar o convite para o comando do Ministério da Justiça para "assumir logo a política".
Em entrevista à Folha de S.Paulo, a primeira concedida por ele desde a vitória de Jair Bolsonaro, o terceiro colocado na disputa presidencial considerou na terça-feira (30) que o cargo ministerial é mais adequado ao magistrado do que uma vaga no STF(Supremo Tribunal Federal).