Em conversa com este colunista, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, confirmou, ontem, que está encerrando sua missão de dirigente partidário em maio, quando a legenda socialista escolherá o seu sucessor, que tem tudo para ser o prefeito do Recife, João Campos. “Não vejo ambiente de bate-chapa”, disse.
Para ele, há um sentimento geral entre as principais lideranças nacionais do PSB de que o partido precisa se renovar. “E João tem todas essas credenciais. É um jovem político, mas bastante amadurecido pela experiência de gestor bem-sucedido no Recife”, observou Siqueira.
Entre os nomes nacionais do PSB que tenderiam a entrar numa disputa com João pelo comando do partido se incluem o ex-governador de São Paulo, Márcio França, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, e o senador cearense Cid Gomes, mas nenhum desses manifestou, pelo menos até o momento, interesse em brigar pela presidência do partido.
João assume a presidência nacional, portanto, pela vontade unânime dos líderes nacionais na legenda. Quanto a Siqueira, vai continuar colaborando com o partido, mas diz, sem nenhuma vaidade, que já cumpriu o seu papel. “Na verdade, eu só queria ficar dois mandatos. Veio o terceiro por uma razão que fugiu ao meu controle”, disse.
Segundo ele, o partido deve oficializar o prefeito recifense como novo presidente do diretório nacional no congresso do partido, marcado para maio, em Brasília. Dentre as missões de João, atrair mais gente de peso para o partido, aumentar a bancada na Câmara e no Senado, que se reduziram bastante, e coordenar o processo interno de discussão do posicionamento da legenda na sucessão de Lula, em 2026.
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