PREFEITURA MUNICIPAL DE TRINDADE

06 maio 2014

Após depoimento, suspeito de atirar privada que matou torcedor vai para o Cotel

Polícia chegou ao rapaz de 23 anos após informações do Disque-Denúncia

Suspeito vai responder a processo por homicídio qualificado e pode pegar de 12 a 30 anos de prisão
Atualizada às 19h15
Everton Felipe Santiago Santana, de 23 anos, foi autuado em flagrante por ter participado do arremesso das privadas que resultou na morte do torcedor do Sport, Paulo Ricardo Gomes da Silva, 26. Após ser encontrado por policiais militares, ele prestou depoimento no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e foi encaminhado ao Centro de Observação e Triagem Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima. O suspeito vai responder a processo por homicídio qualificado e pode pegar de 12 a 30 anos de prisão.
O advogado do rapaz, Adelson José da Silva, falou sobre o depoimento e confirmou a confissão de Everton. “Ele informou que já estava disposto a se entregar, mas ele estava temendo pela vida dele. Passou algumas mensagens para a família, dizendo que não queria que o abandonassem se ele fosse preso algum dia, para que ele tivesse um suporte”, afirmou.
    Ainda de acordo com o defensor, Everton admitiu não ter nenhuma motivação para cometer o crime e confirmou que teve a participação de outros dois rapazes. “Ele confessou a participação, disse que não tinha motivo nenhum nem intenção. Ele não deu detalhes de como participou, só disse que assistiu ao jogo e depois do jogo teve aquela confusão entre as torcidas e se juntou aos outros dois e fez o que fez”, acrescentou. Adelson também adiantou que vai pedir liberdade provisória, para que seu cliente responda pelo crime fora da prisão.
    Suspeito é encaminhado ao Cotel
    Sobre os outros dois rapazes que teriam participado do crime, o advogado disse que nem procurou saber, pois só tem compromisso em defender Everton. Já a delegada Gleide Ângelo não se pronunciou e só o deverá fazer nesta terça-feira (06), quando a Secretaria de Defesa Social (SDS) promete dar entrevista coletiva.
    O suspeito foi abordado na tarde desta segunda-feira (05) na escola em que trabalhava como auxiliar de serviços gerais, em Ouro Preto, Olinda. Os policiais que o conduziram ao DHPP afirmaram que chegaram ao rapaz através de informações repassadas ao Disque-Denúncia e tiveram como prova conversas do suspeito com outras duas pessoas no aplicativo de mensagens WhatsApp instalado no celular do possível autor do crime. Na conversa, os outros dois suspeitos pediam para não serem entregues, caso algum dos três fosse pego.

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