Dica é aproveitar saldo do 13º salário ou da restituição do Imposto de Renda para, antes de tudo, sanar débitos
Depois das comemorações de fim de ano, é chegada a hora de colocar na balança as contas e os rendimentos previstos. Para evitar surpresas, os educadores financeiros orientam começar o novo ano com o pé direito e com saldo positivo na calculadora. Por isso, nessa época é preciso realizar uma “faxina” financeira, diagnosticar a situação das contas e decidir o que fazer com o que restou do décimo terceiro salário. Levando em consideração que há períodos em que os gastos superam os ganhos, aFolhaconversou com alguns especialistas na tentativa de evitar que a euforia das comemorações extrapole o orçamento nos próximos meses.
De acordo com o analista financeiro e professor da Faculdade Boa Viagem (FBV), Roberto Ferreira, para não prolongar as dívidas, o interessante seria tentar quitá-las ainda com o 13º salário e com a restituição do Imposto de Renda (IR). “Se dispuser ainda desses valores, seria fundamental priorizar os gastos com taxas de juros mais elevadas, como o débito do rotativo do cartão de crédito e as despesas com cheque especial”, orientou.
Feito isso, o professor aconselhou que o total ou parte das dívidas fossem negociadas com os credores, o que daria margem para os devedores barganharem juros menores. Além disso, Ferreira salientou que existem gastos de praxe para o início do ano que não devem ser minimizados. “Para as famílias que têm despesas com educação, por exemplo, é interessante tentar antecipar parcelas ou pagar o semestre letivo para aproveitar o desconto oferecido”, alertou.
A tesoureira do Conselho Regional de Fonoaudiologia, Viviany Meireles, é exemplo que o começo do ano deve ser usado para se planejar. “Durante muito tempo fiquei no cheque especial por conta das despesas inesperadas e chegou uma hora que precisei pagar as dívidas pendentes e recorrer a planilha eletrônica para me organizar”, disse. Até dezembro de 2014, Viviany está com o planejamento completo e contou que até os gastos com o lazer possuem um teto de R$ 300 por mês.
Para as pessoas que não possuem mais a reserva do 13º salário, o professor do curso de Administração do Cedepe Business School (CBS), Gustavo Leandro, esclarece que uma alternativa para reverter o saldo negativo seria sacar a economia feita em poupança ou em renda fixa. Do contrário, ele disse que apenas o cartão de crédito e o empréstimo podem ser usados para regularizar a pendência. “Com ressalvas, desde que seja sem juros e que a linha de crédito seja com a menor taxa do mercado”, orientou. Ainda segundo Leandro, o cheque especial nunca deve ser usado como alternativa para quitação, pois se trata de uma linha de crédito com juros elevados.
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