PREFEITURA DE TRINDADE

SARGENTO EDYMAR

21 janeiro 2014

Metrô-SP: propina da Alstom foi paga em parcelas

 A Alstom dividiu em parcelas o pagamento de propina para obter um contrato de US$ 45,7 milhões (R$ 52 milhões em valores da época) com a EPTE (Empresa Paulista de Transmissão de Energia) em 1998, durante o governo de Mário Covas (PSDB), segundo documento da própria companhia francesa. O secretário na época da assinatura do contrato era o tucano Andrea Matarazzo. Ele nega ter discutido o contrato, firmado para a construção de três subestações de energia.
As datas de repasse do suborno acompanharam o fluxo de liberação dos valores do contrato por parte da estatal paulista. O documento indica que à época de sua elaboração, em meados de 1999, o pagamento de propina à diretoria financeira da EPTE tinha sido dividido em quatro parcelas, de dezembro de 1998 a setembro de 1999.
O suborno de 3% à Secretaria de Energia também aparece com anotações de que foi parcelado. Ao lado do percentual, o equivalente a R$ 1,56 milhão, há a informação de que já teria sido pago 30%.  O papel aponta ainda que a direção da Alstom pretendia fazer um desembolso em outubro de 1999 para "melhorar o clima" com o cliente. O cronograma está em documento apreendido pela polícia francesa na sede da multinacional em Paris e revelado ontem pela Folha. (Da Folha de S.Paulo - Mário Cesar Carvalho e Flávio Ferreira)

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