PREFEITURA MUNICIPAL DE TRINDADE

18 maio 2022

Congresso é iluminado com as cores do arco-íris no Dia Internacional de Combate à LGBTIfobia


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A fachada do Congresso Nacional recebeu nesta terça-feira (17) uma projeção de cores com a temática LGBTQIA+. O prédio ficou colorido em vermelho, laranja, amarelo, verde, azul e roxo, em alusão ao Dia Internacional de Combate à LGBTIfobia, que ocorre sempre em 17 de maio.

Trata-se da data na qual foi retirada a homossexualidade da lista internacional de distúrbios mentais pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A iluminação temática foi proposta pela liderança do Psol. Bancadas de outros partidos de oposição também apoiaram a iniciativa.

No ano passado, o Brasil teve ao menos 316 mortes de forma violenta de pessoas LGBTQIA+, um aumento de 33,3% em relação ao ano anterior, segundo o levantamento do Observatório de Mortes e Violências contra LGBTI+, divulgado na última quarta-feira.

O estudo elaborado a partir de uma parceria entre a Acontece Arte e Política LGBTI+, a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA) e a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT).

Entre os crimes recorrentes no ano passado estão homicídios (262 casos, representando 82,91% do total) e latrocínios (23, o que corresponde a 7,28% dos casos). Isso significa dizer que cerca de cinco pessoas LGBTQIA+foram assassinadas no país a cada semana.

Senado aprova volta do despacho gratuito de bagagem

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O Senado aprovou a Medida Provisória (MP) 1089/2021, que disciplina o transporte aéreo no país e que foi editada pelo governo com o intuito de atrair investidores e desburocratizar o setor. Os senadores mantiveram o trecho incluído na Câmara que retoma o despacho gratuito de bagagem de até 23 quilos em voos nacionais e de até 30 quilos em voos internacionais. O texto volta à Câmara para nova análise.

O relator da MP no Senado, Carlos Viana (PL-MG), retirou do relatório a retomada do despacho gratuito de bagagem. Na defesa da retirada do trecho, ele utilizou o argumento de que retomar a franquia de bagagem pode aumentar os preços das passagens e, da mesma forma, o despacho pago pode reduzir os preços.

Viana sustentou o mesmo entendimento do início da cobrança de bagagem, após aproximadamente cinco anos de vigência dessa regra e sem reduções significativas terem sido observadas. Ele atribuiu a não redução dos preços à crise gerada pela pandemia e também à guerra entre Rússia e Ucrânia.

“Se hoje os preços estão elevados é porque o setor passa por um momento extremamente crítico, tentando se recuperar após a maior crise da história, que vivemos nos últimos dois anos, enfrentando a cotação do dólar em níveis recordes, e ainda tendo que lidar com os impactos atuais do aumento do preço do combustível, gerado pela guerra na Ucrânia”, afirmou em seu relatório.

Zenaide Maia (Pros-RN) criticou a decisão de Viana e a MP de uma maneira geral. Para ela, enfraquece o Estado em benefício do mercado das aéreas. “Na hora que é para as empresas terem lucro, o estatal é que tem que responder por isso. Financiar, abrir espaço para crédito, fazer renúncias fiscais. Mas na hora de diminuir o preço das passagens ou não cobrar a bagagem, aí não é para interferir porque eles são privados”.

Carlos Portinho (PL-RJ) divergiu da colega e seguiu o raciocínio de Viana. “Manter o texto da Câmara vai fazer com que, no futuro, paguemos um preço maior”. Para Fábio Garcia (União Brasil-MT), as aéreas usam os dispositivos legais para lucrar mais.

“Quando eu era deputado federal, em 2017, acreditei nas companhias aéreas quando disseram que se permitisse que se cobrasse pela bagagem, elas diminuiriam o preço da passagem aérea. E isso não foi verdade. E agora dizem que se a gratuidade for concedida, irão aumentar o preço da passagem. Não entendo a lógica”, afirmou o senador por Mato Grosso.

Um destaque apresentado pelo PSD, porém, propunha retirar a emenda de Viana, restituindo o trecho aprovado na Câmara sobre bagagens. Por 53 a 16, o destaque foi vencedor e a franquia de bagagens foi mantida, tal qual foi decidido pelos deputados.

DOIS POLICIAIS RODOVIÁRIOS FEDERAIS SÃO MORTOS A TIROS NA BR-116, EM FORTALEZA-CE

Dois agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF-CE) foram mortos a tiros na manhã desta quarta-feira (18), na BR-116. Os crimes ocorreram próximo ao viaduto da Avenida Oliveira Paiva, no Bairro Cidade dos Funcionários, em Fortaleza-CE.

Um criminoso também foi baleado por "uma equipe de outra força de segurança", segundo a PRF-CE. O homem não resistiu aos ferimentos. 

Todos eles tiveram os óbitos atestados ainda no local pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

Equipes da PRF-CE, da Polícia Militar e um helicóptero da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) estão no local da ocorrência.

O trânsito na alça do viaduto foi bloqueado. Há intensa movimentação de forças de segurança e de motoristas na região.

Fonte: Diário do Nordeste

16 maio 2022

Tadeu Alencar tem agenda intensa no Sertão do Araripe com visita a Ouricuri, Bodocó e Araripina

O Deputado Federal Tadeu Alencar viveu dois dias intensos no Sertão do Araripe neste final de semana, visitando suas bases eleitorais, parceiros políticos, amigos e moradores das cidades que representa. O parlamentar esteve no Araripe para participar das comemorações dos 119 anos de Ouricuri ao lado do Prefeito Ricardo Ramos, da primeira dama, Karol Barros, Secretários e Vereadores e aproveitou para passar também por Bodocó e Araripina.
“Eu, que venho desse sertão tão conhecido, considero que estar no Araripe é sempre gratificante e recobra as energias, pois as minhas raizes aqui estão. Sentir o carinho do povo e, acima de tudo, ver o desenvolvimento das cidades que contam com o apoio do nosso mandato nos deixa animados para seguir fomentando essa parceria e continuar lutando pelo desenvolvimento da região”, comentou Tadeu, que participou das festividades dos 119 anos de Ouricuri.

“Sempre que posso estou aqui no Araripe e em Ouricuri, mas estar aqui no aniversário da cidade já virou uma tradição para mim. E mais uma vez pude ver o dinamismo da cidade e da gestão do Prefeito Ricardo Ramos, que cumpre muito bem o seu papel de gestor público. Foram muitos momentos importantes, com diversas inaugurações presenteando os ouricurienses”.

Outra cidade visitada por Tadeu foi Bodocó, onde encontrou o Prefeito Otávio Pedrosa na abertura do 17º Campeonato de Futebol de Bodocó - acompanhado também dos vereadores e da equipe do governo municipal - que voltou a ser realizado depois de 5 anos e movimentou a cidade neste final de semana. Outra agenda em Bodocó foi uma visita aos amigos Danilo Rodrigues, ex-Prefeito, e Klevinho Xavier, para conversas sobre política e a conjuntura.
Por fim, Tadeu passou o domingo em Araripina para mais uma visita ao Hospital Santa Maria ao lado da Irmã Fátima e da diretora geral do hospital, Dra. Suela Delmondes. Também acompanharam a visita os médico Carlos Antonio e Jean Saraiva, o suplente de vereador Alcebiades Modesto e Danilo Rodrigues.
“Mais uma oportunidade de ver o bom funcionamento do Hospital de Araripina, tão bem gerido pelo Instituto Medianeiras da Paz e pela Irmã Fátima, assim como também  o é o Hospital Regional de Ouricuri. É uma satisfação para o meu mandato apoiar esses dois equipamentos e também fazer parte da iniciativa de construção do Hospital do Câncer de Araripina. Também visitamos o Padre José Nilton, da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição, que vem fazendo uma ação importante para a região, com a construção de um Centro de Reabilitação amplo e moderno para o acolhimento de dependentes químicos. Também uma boa causa que passa a contar com nosso apoio”.

ARARIPINA, TRINDADE E SALGUEIRO - "OPERAÇÃO TRATOS" É DEFLAGRADA E SEIS PESSÃOS SÃO PRESAS PELAS POLÍCIAS CIVIL E MILITAR

A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou na sexta-feira 13/05, mais uma Operação de Intervenção Tática, denominada “Tratos”, vinculada a DINTER II, AIS-24 200ª Circunscrição Araripina-PE, com o objetivo de dar cumprimento a 06 (seis) mandados de prisão, sendo o primeiro pelo crime de estupro expedido pela Juíza Titular da Vara Única da Comarca de Trindade e os outros cinco mandados de prisão por crime de tortura, expedidos pelo Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de Araripina.

A ação pontual teve o objetivo de combater o cometimento de infrações penais violentas em especial os crimes sexuais, já que no próximo dia 18/05, é alusivo ao combate aos crimes de natureza sexual e também o combate aos crimes de tortura, vez que ambos os tipos penais são considerados hediondos no ordenamento jurídico.

O mandado de prisão pelo crime de estupro foi cumprido pela equipe Malhas da Lei da 24ª DESEC em conjunto com policiais militares da 9ª CIPM. Três mandados foram cumpridos em Salgueiro, com a colaboração de policiais da 23ª DESEC. Os outros dois por policiais da 200ª Circunscrição Policial em Araripina. Segundo a Delegada Seccional Dra. Katiana Muniz, e o Delegado Municipal de Araripina, Dr. Valdo Verçosa, na execução da operação, foram empregados cerca de 20 policiais, sendo doze policiais civis e oito policiais militares. A operação foi coordenada pela 24ª Delegacia Seccional de Araripina, vinculada a DINTER 2.

Por Fredson Paiva

Fonte – Polícia Civil de Pernambuco/ 24ª DESEC/ Araripina

Fonte – Fredson Paiva

Seminário debate proposta de classificação econômica para profissionais de beleza

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A Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados promove um seminário nesta segunda-feira (16) sobre o Projeto de Lei Complementar 49/22, que define novos códigos no sistema de Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), para os profissionais de beleza.

As mudanças contemplam pessoas e empresas que prestam serviços de bronzeamento natural e artificial e de design de sobrancelhas, cílios, micropigmentação e depilação.

A deputada Celina Leão (PP-DF), autora do PLP 49/22, lembra que, segundo dados encaminhados pelo Conselho Nacional dos Profissionais da Beleza, há hoje mais de 120 mil prestadores de serviços de bronzeamento artificial em atividade no país.

“Nossa intenção é criar duas novas subclasses na CNAE, que abrangeriam os prestadores de serviços de bronzeamento artificial e de design, micropigmentação, depilação e limpeza de sobrancelhas ou cílios. Essa pequena, mas relevante, alteração é de grande importância para o reconhecimento dessas categorias, além de facilitar enormemente o registro dessas empresas visando ao cumprimento de suas obrigações legais”, disse Celina Leão.

Hora e local
O seminário acontece no auditório Nereu Ramos, a partir das 14 horas.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Consumo de ovos no Brasil: crescimento e dificuldades de produção


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Inflação com níveis nunca vistos, alimentos com preços em constante crescimento, incluindo as carnes. Esses são alguns motivos para que os brasileiros consumam, ainda mais, os ovos no seu dia a dia. Alimento principal na mesa de muitos, o ovo vem aumentando, em média, 10% ao ano há 14 anos. Em 2007, o consumo médio era de apenas 120 ovos por pessoa, já em 2022 esse consumo subiu para 262, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (Abpa). 

Em Pernambuco, o consumo per capita de ovos era de 300 em 2021. Este ano, houve um aumento considerável na quantidade, porém, também houve uma redução de alojamento e a produção de ovos diminuiu, sendo assim, menos produtos estão sendo ofertados, de acordo com a Associação Avícola de Pernambuco (Avipe). No país, a produção (em bilhões de unidades) em 2022 é de 56.200

Dificuldades de produção

Conforme a alta demanda de ovos entre os brasileiros, os custos de produção também aumentaram. 

“Desde o início da pandemia os preços de milho e soja aumentaram demais, passando o saco do milho de R$ 40 para R$108 e a soja de R$ 1.400 para R$ 3.100 a tonelada. Esses insumos representam 70% dos custos da ração. Portanto, o setor de postura já convive com margens negativas há 17 meses, obrigando o setor a fazer descartes no plantel e assim adequando a produção à nova realidade de consumo. Nesse ano nós ficamos obrigados a reduzir o plantel em todo o Brasil porque não estávamos conseguindo pagar os custos”, destacou o vice-presidente da Avipe, Lula Malta. 

A exportação é um grande desafio para a cadeia produtiva. “Com a globalização nós passamos a competir não só aqui no Nordeste. Quando veio a exportação de milho e soja, nós pagamos o preço em dólar, mas quando vendemos o produto é em real. Toda a nossa cadeia produtiva está vinculada à exportação, devido a esses custos. Quando se começa a vender muito milho e soja para o exterior isso afeta bastante o setor produtivo nosso”, pontuou Lula. Segundo a Abpa, a exportação (em toneladas) de ovos no país passou de 6.250 em 2020 para 10.200 em 2022

De acordo com Lula, o ovo é um alimento completo e com o passar dos anos, o consumo foi crescendo gradativamente. 

“O setor de ovos vem crescendo muito desde 2007, porque antes existia o preconceito que o ovo fazia mal. Então a partir das recomendações médica e nutricional esse tabu foi quebrado. Ele é um alimento muito completo, então a população foi aderindo ao consumo e veio esse crescimento acima do normal ficando muito próximo ao Canadá, aos Estados Unidos e à Europa. O ovo só perde para o leite materno e é acessível com várias maneiras de preparo. Com isso, vem a facilidade e a rapidez do seu preparo”, pontuou Malta. 

Inflação e o consumo de ovos 

A inflação oficial do Brasil, um dos maiores motivos da substituição na mesa dos brasileiros, teve a sua prévia divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), subiu 1,73% em abril, a maior variação mensal do indicador desde fevereiro de 2003 (2,19%). O número também é a maior variação para um mês de abril em 27 anos, desde 1995, quando o índice foi de 1,95%. 

Na pesquisa, o setor de alimentação e bebidas teve alta de 2,25% e impacto de 0,47 p.p. O setor teve o segundo maior aumento nos dados de abril. 

De acordo com o conselheiro do Centro de Apoio aos Pequenos Empreendimentos de Pernambuco (Ceape) e do Conselho Regional de Economia de Pernambuco (Corecon-PE), Rafael Ramos, com as significativas restrições orçamentárias, também vêm as substituições ou até mesmo o corte definitivo de certos alimentos

“Em momentos difíceis como esses em relação a questão do preço, passamos por restrições significativas. A gente tem a inflação basicamente generalizada, muito focada também na alimentação e a partir do momento que a gente tem uma inflação de alimentos, as famílias passam a buscar substitutos”, disse o economista. 

Fonte: Folha-PE

Economia da China se retrai com lockdowns sobre fábricas e varejistas

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A atividade varejista e industrial da China caiu bruscamente em abril, uma vez que os lockdowns contra a covid-19 confinaram trabalhadores e consumidores em suas casas e afetaram gravemente as cadeias de abastecimento, lançando uma sombra sobre as perspectivas para a segunda maior economia do mundo.

Em março e abril, foram impostos lockdowns totais ou parciais nos principais centros do país, incluindo Xangai, atingindo a produção e o consumo e aumentando os riscos para aquelas partes da economia global fortemente dependentes da China.

As vendas no varejo despencaram 11,1% em abril em relação ao ano anterior, a maior contração desde março de 2020, mostraram dados da Agência Nacional de Estatísticas nesta segunda-feira (16), um declínio mais acentuado do que o previsto em pesquisa da agência de notícias Reuters.

Produção em queda

A produção das fábricas caiu 2,9% em relação ao ano anterior, contrariando expectativa de aumento e marcando o maior declínio desde fevereiro de 2020, já que as medidas contra o vírus afetaram as cadeias de abastecimento e paralisaram a distribuição.

Analistas agora advertem que a atual retração da China pode ser mais difícil de ser superada do que a observada durante o início da pandemia do coronavírus no começo de 2020, sendo improvável que as exportações aumentem e com as autoridades limitadas em suas opções de estímulo.

“O resultado final é que, embora o pior já tenha passado, acreditamos que a economia chinesa terá dificuldades para voltar à sua tendência pré-pandemia”, disseram analistas da Capital Economics.

Os investimentos em ativos fixos, com os quais Pequim conta para sustentar a economia à medida que as exportações perdem impulso, subiram 6,8% nos primeiros quatro meses do ano, em comparação com um aumento esperado de 7,0%.

Entregadores de aplicativos entram no radar dos pré-candidatos à Presidência

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Apontada como uma alternativa para quem perdeu emprego e renda na pandemia, a prestação de serviço por aplicativos de entregas e transporte tornou-se tema recorrente da pré-campanha à Presidência. Os quatro pré-candidatos mais bem colocados nas pesquisas reconhecem problemas na relação entre trabalhadores e plataformas e propõem como solução desde o descanso remunerado até a regulamentação da profissão.

Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), o país tem 1,4 milhão de pessoas que trabalham no ramo. São, em sua maioria, homens negros, entre 19 e 30 anos, e que ganham menos de um salário mínimo por mês.

Não por acaso, os presidenciáveis já começaram a estudar medidas para incorporar em seus planos de governo. Em ato no 1º de maio, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu descanso semanal remunerado, férias e seguridade social para a classe. O petista quer se espelhar no modelo da Espanha, que, em 2021, tornou os entregadores assalariados.

O presidente Jair Bolsonaro (PL), que busca a reeleição, prepara um pacote de medidas para regulamentar a atividade. A ideia é criar uma modalidade de contrato que mantenha a flexibilidade de trabalho, mas inclua obrigações às empresas, como contribuição à Previdência. Em janeiro, o presidente sancionou um projeto de lei que forçou os aplicativos a oferecerem, na pandemia, seguro contra acidentes e assistência financeira para os infectados pela Covid-19.

Em terceiro na corrida presidencial, Ciro Gomes (PDT) defende apoiar a criação de cooperativas e de aplicativos próprios. Segundo ele, é preciso propiciar acesso a linhas de financiamento para startups do setor, além de melhorar taxas por quilômetro rodado das plataformas. Já o ex-governador João Doria (PSDB) é favorável a medidas de proteção aos profissionais e contra a oscilação de renda.

Do ponto de vista ideológico, a classe dos entregadores e motoristas de aplicativos é tida como heterogênea, não sendo viável uma adesão em massa a qualquer candidatura, afirma Rafael Grohmann, coordenador do projeto Fairwork Brasil, vinculado à Universidade de Oxford. Por isso mesmo, o segmento vem sendo disputado por diferentes espectros políticos:

— É um público que é uma síntese do mundo do trabalho no Brasil — afirma Grohmann. — E grande parte desse interesse eleitoral vem em linha com a percepção pública de que é preciso melhorar a situação desses trabalhadores que ganharam importância na pandemia. Em São Paulo, 93% acham que os aplicativos devem oferecer condições de trabalho mais justas.

Também dedicado ao assunto, Ricardo Festi, pesquisador de sociologia do trabalho da Universidade de Brasília (UnB), diz que a alta rotatividade nesse tipo de serviço torna difícil entender até as reivindicações dos trabalhadores:

— Até hoje nenhuma pesquisa conseguiu identificar uma amostra clara. Mas sabemos que há uma divisão entre um setor que defende regulação trabalhista e CLT e outro que prefere ser classificado como autônomo.

Fonte: Folha-PE

Feminicídios em Pernambuco caem 72% no mês de abril de 2022


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Os crimes contra a vida das mulheres estão em queda em Pernambuco. Em abril deste ano, houve uma redução de 72,7% no número de vítimas de feminicídio. Foram três casos no mês passado, enquanto no mesmo período de 2021 haviam sido 11. No somatório do ano, a diminuição também foi significativa: -43,6% (22 em 2022, contra 39 no conjunto do ano passado). Quando analisamos os Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) contra mulheres de uma forma geral, incluindo a condição de gênero e todas as demais motivações, o recuo também se verificou no mês e no acumulado. Em abril deste ano, houve 20 mortes, contra 25 no quarto mês do ano anterior (-20%). Já no somatório, houve oscilação negativa de 2,3% (84 em 2022, contra 86 em 2021).

“Temos uma taxa de resolução de 95,5% dos casos de feminicídio neste primeiro quadrimestre, ou seja, quem comete esse crime bárbaro é rapidamente identificado e apresentado ao sistema de Justiça em Pernambuco. E nossa meta é chegar ao final do ano com 100% de conclusão dos inquéritos, com a indicação de autoria. Em conjunto com a Secretaria da Mulher e demais secretarias e órgãos integrados no Pacto pela Vida, trabalhamos intensamente para que a rede de proteção esteja atenta para acolher a mulher que rompe o silêncio e procura ajuda. Feito o registro em uma delegacia, e isso é fundamental, começa o trabalho de Polícia Judiciária, com a investigação e a solicitação de medidas protetivas. A Patrulha Maria da Penha, por sua vez, garante o cumprimento dessas medidas. A pronta resposta e a eficiência dessa cadeia são um instrumento poderoso de combate à impunidade e contribuem para inibir novos episódios, encerrando o ciclo de agressões”, enfatiza o secretário de Defesa Social, Humberto Freire.

MENOS VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E ESTUPROS – Muitas vezes precedente de casos de feminicídio, a violência doméstica contra a mulher foi outro indicador que apresentou curva descendente em Pernambuco no intervalo entre janeiro e abril deste ano. No quadrimestre mais recente, 12.906 vítimas prestaram queixa em delegacias de Polícia Civil, contra 14.193 no ano passado, representando -9,07% este ano. De maneira semelhante, as vítimas de estupro procuraram menos as delegacias nesse período em 2022, com 738 registros contra 869 em 2021 (-15,07%).

PANORAMA DOS CVLIs – Em todo o Estado, 313 pessoas foram vítimas de CVLI em abril último, o que representa 2,62% a mais do que os 305 casos registrados no quarto mês do ano passado. Entre as regiões, houve diminuição na Zona da Mata, onde esse tipo de crime caiu de 60 para 53 no mês (-11,67%), e no Sertão, com queda de 9,76% (de 41 para 37 homicídios). Em estabilidade, o Agreste registrou 64 homicídios, igual número do abril antecedente. Já no Recife, houve aumento de 8,33% (de 60 para 65), assim como nos demais municípios da Região Metropolitana (RMR), que saiu de 80 para 94 ocorrências (17,5%). No somatório de janeiro a abril em Pernambuco, a diferença ficou em 12,89%, pois os casos passaram de 1.133 para 1.279. A capital reduziu de 209 para 201 no período, isto é, -3,83%. Variação de 3,53% na Zona da Mata (de 227 para 235) e de 4,26% no Sertão (de 141 para 147). Na RMR, as mortes violentas passaram de 322 para 382 (18,63%), enquanto o índice do Agreste elevou-se em 34,19%, passando de 234 para 314 vítimas.

“Já refizemos o planejamento do nosso conjunto de ações no âmbito do Pacto pela Vida, redirecionando e otimizando esforços operacionais, e já percebemos o recuo dos homicídios em relação à média dos três primeiros meses de 2021. Temos ciência e confiança dos resultados que podemos alcançar a partir das metas e, principalmente, do compromisso das polícias Militar, Civil, Científica, Corpo de Bombeiros, servidores da SDS e órgãos vinculados com a proteção da população. O objetivo, é fundamental ressaltar, não é baixar estatísticas, porque vidas não são números, mas salvar vidas e prevenir sofrimento de familiares e amigos. Somente este ano, mais de 1.600 armas foram apreendidas e 532 homicidas foram presos. Em geral, são pessoas ligadas a grupos de tráfico de drogas, que matam e morrem pelo controle da venda de entorpecentes. A desarticulação dessas quadrilhas, em todas regiões do Estado, trará mais tranquilidade”, diz Humberto Freire.      

QUADRIMESTRE FECHA COM -3,55% NOS CRIMES DE ROUBO – O primeiro quadrimestre deste ano de 2022 finalizou com queda de 3,55% nos Crimes Violentos contra o Patrimônio (CVPs), diminuindo de 17.457 em 2021 para 16.837 em 2022. Significa dizer que, de um ano para outro, 620 crimes do gênero foram evitados no intervalo de janeiro a abril. No quarto mês do ano, houve registro de 4.289 roubos, contra 4.215 do mesmo período do ano passado, uma variação de 1,76%.

A Região Metropolitana teve a maior redução no acumulado do ano. Foram -9,51% boletins de ocorrências devido a roubos, tendo caído de 5.784 (2021) para 5.234 (2022). Em seguida vem a Zona da Mata, com -7,51%, diminuindo de 1.478 para 1.367. A redução no Agreste foi de 3.229 para 3.163, ou seja, -2,04%. No Sertão, o quantitativo de CVPs retraiu de 994 para 985, o que equivale a -0,91%. O Recife variou de 5.972 para 6.088, uma mudança de 1,94%.

Levantamento do governo mostra que 26% das casas de favelas não têm banheiro


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A casa é pequena. Em dois cômodos cedidos pelo tio, Luciene Barbosa Clemente, de 39 anos, se esforça para acomodar a família. São três filhos morando sob o mesmo teto na comunidade do Jacarezinho, Zona Norte do Rio: um quarto e uma sala, sem conforto.

O imóvel não tem banheiro estruturado. De forma improvisada, uma pia e um vaso sanitário foram colocados na área externa. Sem luz, sem encanamento e sem esgoto, a água vem do balde. Precariedade que, segundo um levantamento feito pelo governo do estado em comunidades do Rio, repete-se em 26% das casas dos entrevistados, onde não há estrutura formal de banheiro, com vaso sanitário, chuveiro e pia. Além disso, um a cada quatro domicílios tem mais de três moradores por quarto.

Os dados fazem parte de um censo feito com moradores de 17 comunidades que serão atendidas pelo programa Na Régua, iniciativa da Secretaria estadual de Infraestrutura e Obras e da Subsecretaria de Habitação em parceria com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). O projeto oferece vistorias para assistência técnica e melhorias habitacionais. A meta é assistir 10 mil famílias com serviços de impermeabilização contra infiltrações, pintura, assentamento de revestimentos e instalação hidrossanitária.

Luciene está desempregada e conta com a ajuda de trabalhos informais para sustentar os filhos.

— Eu quero ganhar um pouco mais de dignidade, ter pelo menos um banheiro em casa. Mas estou desempregada e nada nunca foi fácil. A minha vida é assim: aos trancos e barrancos eu vou empurrando com a barriga — lamenta Luciene, que convive com infiltrações que causam goteiras e destroem os poucos móveis.

Extrema pobreza

Até agora, o Na Régua já atendeu 2.842 residências. Para determinar as comunidades beneficiadas pelo projeto, foram utilizados os índices de desenvolvimento social estabelecidos pelo Instituto Pereira Passos (IPP). Nessas regiões, o censo de inadequação vem sendo realizado desde novembro do ano passado. Como no caso de Luciene, 72% dos domicílios visitados são chefiados por mulheres, e 29% abrigam famílias em situação de extrema pobreza (renda per capita de até R$ 100).

São atendidas e priorizadas aquelas que tenham renda mensal de até três salários mínimos, possuam um único imóvel e residam há pelo menos três anos no local. Se a renda da família for de três a seis salários mínimos, o programa presta assistência técnica gratuita e acompanhamento com engenheiros e arquitetos, e os custos da obra são dos moradores.

A dona de casa Meyre Quintão, de 51 anos, mora na comunidade Cinco Bocas, em Brás de Pina, com o marido e a filha. A casa, construída pelo pai, tem infiltrações em três cômodos sem telhas sobre a laje. Segundo Meyre, o projeto amenizaria os problemas respiratórios da filha, a adolescente Marcelly , de 17 anos:

— Fiquei desempregada e não tive mais como ajeitar a casa. As paredes são danificadas, com mofo. Os tetos da cozinha e do banheiro pingam quando chove.

Até o momento, o projeto atende as comunidades da Mangueira, Providência, Cajueiro, Serrinha, Buriti/Congonhas, Marcílio Dias, Brás de Pina, Acari, Rocinha, Parque Maré, Vila Kennedy, Tijuquinha e Jacarezinho, na capital fluminense; além do Morro do Kisuco, Morro da Paz e e Vila Coimbra, em Queimados; e da favela Dom Bosco, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

Nesses territórios, foram instalados escritórios com profissionais de arquitetura, engenharia, ciências sociais e humanas, além de técnicos de nível médio e agentes comunitários. Eles serão responsáveis pela elaboração dos projetos, gerenciamento das reformas e acompanhamento.

— Considerando que parte das nossas cidades tem uma grande parcela de população vivendo em casas autoconstruídas, não temos dúvidas da importância de estender o projeto para outros territórios do estado. O grande desafio do projeto agora está justamente na definição das regiões e famílias a serem beneficiadas, frente à desigualdade e ao número crescente de pessoas ainda invisíveis às políticas públicas municipais e estaduais — explica o secretário de Infraestrutura e Obras, Rogério Brandi.

Fonte: Folha-PE

Distrito Federal: 1ª primeira parcela e cota única do IPTU vencem hoje

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O prazo para pagamento da primeira parcela e da cota única do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) 2022 e da Taxa de Limpeza Pública (TLP) no Distrito Federal começa nesta segunda-feira (16).

O IPTU poderá ser pago em até seis cotas e o desconto para pagamento da cota única passou de 5% para 10% em relação a 2021. As parcelas não podem ser inferiores a R$ 20 e, se a soma do valor do IPTU com o da TLP for  inferior a R$ 40, o pagamento deverá ser feito em cota única.

A alíquota do imposto é de 0,30% para imóveis residenciais edificados; de 1% para imóvel não residencial edificado e para imóvel residencial portador de alvará de construção; e de 3% para terrenos sem edificações ou com edificações em construção ou demolição, condenadas ou em ruínas.

De acordo com informações da Secretaria de Economia do Governo do Distrito Federal, o IPTU deve ser pago por 554.965 contribuintes e a TLP por 556.175. Os boletos foram enviados pelos Correios, mas quem tem direito a desconto da Nota Legal deve emitir o documento para pagamento pela internet no site receita.fazenda.df.gov.br

Negociação de débitos

Contribuintes que possuem débitos com o Governo do Distrito Federal podem procurar a Receita do DF ou as agências de atendimento para regularizar as pendências.

Arrecadação

A secretaria estima que serão arrecadados mais de R$ 222 milhões com a primeira cota do IPTU e cerca de R$ 37 milhões com a taxa de limpeza. Em 2021, foram arrecadados R$ 132.690.115.81 com a primeira cota do IPTU e R$ 26.405.888,88 com a TLP.

Fonte: UOL

Indústria deve qualificar 9,6 milhões de pessoas até 2025

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O Brasil precisará qualificar 9,6 milhões de pessoas até 2025 para atender necessidades projetadas pelas indústrias, de forma a repor inativos, atualizar funcionários ou preencher as novas vagas programadas para o setor. É o que prevê o Mapa do Trabalho Industrial 2022-2025, divulgado hoje (16) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Deste total, dois milhões precisarão de qualificação visando formação inicial para a reposição de inativos ou para o preenchimento de novas vagas. Os 7,6 milhões restantes serão via formação continuada para trabalhadores que precisam se atualizar para exercer funções.

Segundo a CNI, “isso significa que 79% da necessidade de formação nos próximos quatro anos serão em aperfeiçoamento”.

Cadeia produtiva

De acordo com a entidade, essas projeções têm por base a necessidade de uso de novas tecnologias e mudanças na cadeia produtiva que tanto influenciam – e transformam – o mercado de trabalho. Assim sendo, acrescenta a CNI, cada vez mais o Brasil precisará investir em aperfeiçoamento e requalificação.

O levantamento hoje divulgado, feito pelo Observatório Nacional da Indústria, tem por finalidade identificar demandas futuras por mão de obra e orientar a formação profissional de base industrial no país.

As áreas com maior demanda por formação são transversais (que permitem ao profissional atuar em diferentes áreas, como técnico em segurança do trabalho, técnico de apoio em pesquisa e desenvolvimento e profissionais da metrologia, por exemplo), metal mecânica, construção, logística e transporte, e alimentos e bebidas.

Patamar de rejeição dos candidatos à Presidência é o mais alto desde a eleição de 1989

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Em meados de anos eleitorais, um dado além das intenções de voto dos pré-candidatos é fundamental para medir os ventos que sopram sobre a opinião pública: a rejeição. Neste ano, a menos de cinco meses do primeiro turno, os patamares de quem diz “não votar de jeito nenhum” nos postulantes só se igualam aos de agosto de 1989, ano em que o país voltou a ter eleições diretas após a ditadura militar.

Levantamento do Globo a partir do banco de dados do Centro de Estudos de Opinião Pública (Cesop/Unicamp), Datafolha, Ibope e Ipec revela que, pela primeira vez, um dos dois pré-candidatos mais bem colocados na preferência popular, o presidente Jair Bolsonaro (PL), ultrapassa a barreira dos 50% de rejeição em meados do ano eleitoral.

Os dados mostram também que o ex-presidente Lula (PT), pré-candidato ao Planalto, atingiu, em março de 2022, 37% de rejeição na pesquisa mais recente do Datafolha, passando a ex-presidente Dilma Rousseff, que detinha o recorde da sigla em período semelhante da fase pré-eleitoral. Lula está em patamar numericamente superior aos 34% de agosto de 2018, quando estava preso em Curitiba.

Apesar de níveis que, em outras eleições, seriam proibitivos, a rejeição a Bolsonaro não anula sua competitividade. Do mesmo modo, ainda que em patamares menos elevados, a reprovação a Lula também não significa alto risco de derrota.

Um dos fatores mais relevantes para essa coincidência entre rejeição e intenção de voto é que ambos são extremamente conhecidos pela população e estabeleceram o cenário inédito, desde a redemocratização, de um presidente tentando a reeleição contra um ex-presidente. Apesar de os entrevistados responderem que não votariam “de jeito nenhum” em certo candidato, no dia a dia da opinião pública há possibilidades, sim, de votar no seu rejeitado.

— As rejeições não são estáticas e vão mudando ao longo da campanha para mais ou menos, em função das informações que eleitores recebem e dos fatos que ocorrem. O candidato terá o amor e o ódio, depende da eficácia da campanha — explica Márcia Cavallari, CEO do Ipec, empresa fundada por ex-executivos do Ibope, acrescentando. — Além disso, existe outra forma de medir rejeição, a que investiga o potencial de voto.

A técnica citada por Márcia geralmente é incluída na parte final dos questionários. Após perguntas sobre intenção de voto, o profissional do instituto acrescenta questões individuais sobre cada político. O raciocínio de quem responde passa a ser diferente, uma vez que ele avalia um por um em vez de todos simultaneamente.

— Ao responder um por um, o entrevistado não está buscando ser coerente com ele mesmo, a avaliação é sobre cada político. Esses dados são importantes. Por exemplo, conseguimos cruzar os votos que chamamos de preferenciais, quando mais de um candidato é escolhido no “com certeza votaria”, e os exclusivos, dos respondentes que só escolheram um político para votar sem dúvidas — diz Márcia.

Diretor do Cesop/Unicamp, o cientista político Oswaldo do Amaral explica que rejeição e identificação são duas variáveis que caminham juntas e espelham tanto exposição quanto o próprio protagonismo de cada político na vida pública. Em um cenário de eleição com rejeição alta, portanto, a avaliação sobre o atual governo será de fundamental importância. 

Fonte: Folha-PE

Preço médio de veículos usados tem 1ª queda após 21 meses seguidos de alta

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O preço médio de veículos usados no Brasil sofreu, em abril, a primeira queda após 21 meses consecutivos de alta. Já entre os veículos novos foi registrada a 20ª alta seguida. É o que apontam os dados divulgados esta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Conforme o levantamento do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, os preços médios de automóveis usados caíram 0,47% na passagem de março para abril. O resultado interrompeu uma sequência de alta iniciada em julho de 2020.

Já os preços médios dos automóveis novos subiram 0,44% na mesma comparação, mantendo a trajetória de alta de preços iniciada em setembro de 2020.

No ano, os carros novos ficaram 4,86% mais caros, enquanto os preços dos usados subiram 3,36%. Em 12 meses, a alta também foi maior entre os novos: 17,58%, ante 15,48% entre os usados.

Crise no setor

De acordo com o pesquisador André Almeida, analista da pesquisa realizada pelo IBGE, este movimento nos preços é reflexo da crise enfrentada pelo setor automobilístico diante da pandemia do coronavírus.

“Com a pandemia, ocorreu um desarranjo das cadeias globais de produção e, por conta disso, houve falta de peças para a produção de automóveis. Aos poucos, a indústria busca se ajustar ao novo cenário de mercado.

A indústria automotiva sofre há meses com falta de peças e componentes eletrônicos, que tem obrigado empresas como Volkswagen a conceder férias coletivas em fábricas para ajuste na produção, apontou a Reuters.

Movimento esporádico

Para o pesquisador André Braz, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, a queda de preços dos automóveis usados observada em abril pode ter sido pontual.

“Acho que essa queda de preços apurada em abril é um movimento esporádico. Não dá pra concluir só por um mês que essa queda dos preços seja efeito de juros sobre a demanda, por exemplo”, disse.

Com a fila para entrega de veículos novos cada vez maior diante da crise enfrentada pelas montadoras, a demanda pelos veículos usados aumenta cada vez mais. Diante disso, lembrou Braz, o movimento natural dos preços deveria ser de alta, não de queda.

“O preço é sensível à demanda. Então, se a demanda está subindo, os preços também deveriam aumentar”, apontou.

Um dos fatores que poderiam explicar essa queda de preços registrada em abril, segundo Braz, é do chamado efeito-calendário – abril teve menor número de dias úteis que março.

“Pode ser que as concessionárias tenham feito algumas promoções para não deixar o consumo cair durante os dois feriados e, na média, os preços tenham caído um pouco. Um só mês de queda não aponta para uma tendência de queda”, enfatizou o economista.

Braz ponderou, no entanto, que a sequência de alta de juros mantida pelo Banco Central para tentar frear a inflação no país tende, nos próximos meses, a pressionar a queda de preços dos veículos.

“Se os juros estão mais altos, está ficando mais caro financiar um carro. Isso faria com que a demanda esfriasse e, com isso, os preços recuariam”, apontou o economista do Ibre/FGV.

O efeito dos juros sobre a demanda ainda não foi observado no IPCA. Segundo Braz, isso é evidenciado pelo índice de difusão do IPCA, que passou de 76,13% em março para 78,25% em abril. Tal indicador reflete o espalhamento da alta de preços entre os 377 produtos e serviços pesquisados pelo IBGE.

“Se mais produtos estão ficando mais caros e essa alta é maior que a do mês anterior, então ainda não podemos falar em pressão de juros sobre a demanda”, concluiu.