PREFEITURA DE TRINDADE

SARGENTO EDYMAR

08 agosto 2018

Indicar Janot foi um erro de seu governo, diz Dilma

Dilma avalia que aceitar indicação de Janot foi um erro de seu governo
Ex-presidente, que agora é pré-candidata ao Senado, falou para estudantes da UFMG
Carolina Linhares – Folha de S.Paulo
"Mas a Dilma vai entrar por aqui?", perguntava um jovem entre as dezenas deles que se amontoavam na porta do auditório da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais na noite desta terça-feira (7). 
À espera de uma palestra da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que inaugura o curso "O impeachment de Dilma Rousseff como golpe de estado", os jovens pressionavam para entrar no auditório lotado, obstruindo completamente a circulação e a passagem. 
"Só se ela passar pela janela", respondeu outro. A ex-presidente entrou por uma porta lateral e somente depois que a confusão do lado de fora se resolveu. Para ocupar corredores do local, público precisou forçar a abertura da porta. 
Outras três salas com telas para transmissão da palestra também lotaram. A fila chegou a dar volta no prédio da faculdade. 
Foi o primeiro evento público de Dilma após ter sua candidatura ao Senado confirmada em convenção no domingo (5). Ela integra a chapa do governador Fernando Pimentel (PT), que tenta reeleição em Minas. 
"Não imaginava que teria um público tão grande", disse o professor Thomas Bustamente, da Faculdade de Direito, responsável pelo curso. Os cerca de 130 matriculados tiveram preferência para entrar no auditório, que comportou cerca de 500 pessoas.
O curso vale créditos de disciplina optativa para alunos da UFMG, mas é aberto ao público em geral. Serão 30 palestras com professores de direito, sociologia, educação e economia da UFMG para dar a resposta científica, segundo Bustamante, de por que o impeachment foi um golpe. 
"Não encontrei até agora nenhum argumento jurídico, teórico e moral para dizer que não foi golpe", disse o professor, justificando a falta de opiniões contrárias em seu curso. "As justificativas jurídicas do impeachment são inexistentes. Estamos a um passo de perder a democracia. É preciso evitar que aconteça de novo."
Após ser ovacionada em sua chegada, Dilma discursou por uma hora e vinte minutos, sendo vez ou outra interrompida por aplausos e risadas, num discurso repleto de ironias. 
Mesmo tratando de temas sérios, ela arrancava risos. "O golpe foi misógino. O homem é uma pessoa forte. Eu não, eu era dura. Eu era uma mulher também frágil, porque eles não têm o menor compromisso com a lógica", disse. A plateia gargalhou. "E era uma pessoa obsessiva e compulsiva que obrigava todo mundo em volta de mim... a trabalhar", completou em tom de sarcasmo. 
Afirmando ter sido condenada por mudanças em 0,3% do Orçamento, Dilma criticou a mídia e a Operação Lava Jato. Nesse momento, sem mencionar o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, disse ter sido um erro nomeá-lo.
"Eu acredito que talvez nós tenhamos cometido um erro, que foi aceitar a indicação, pelo Ministério Público, de tês candidatos a procurador e, entre os três, o mais votado nós indicaríamos", disse.
Dilma afirmou também que o impeachment teve o objetivo de enquadrar o Brasil, inclusive geopoliticamente, porque era um país com condições de desenvolvimento, estatais fortes e política externa independente, próxima da América Latina, da África e dos BRICS. 
"Ou seja, na contramão de tudo que é o receituário do processo de hegemonia dos Estados Unidos e mesmo da Europa", disse. 
A petista voltou a condenar as reformas e o teto de gastos do governo Michel Temer (MDB) e defendeu a inocência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo ela, o povo percebeu que o novo governo, de homens ricos e brancos, era um retrocesso: "uma parte da derrota deles é que não provaram que não era golpe".
Falando sobre a necessidade de subsídios e enveredando por explicações econômicas, Dilma foi aplaudida novamente ao dizer que "se existe uma coisa fake news no Brasil é a meritocracia". 
Certa hora, após algumas digressões e esquecimentos, Dilma mencionou até o ator Danny Glover, tentando lembrar o nome de outra pessoa. "É um grande ator, fez Máquina Mortífera, né? Mas o que vocês não sabem é que ele é assessor do Bernie Sanders [político americano progressista]." A plateia se divertiu. 
Ao final, Dilma foi cercada por estudantes em busca de uma selfie e, apesar dos esforços de sua equipe, foi perseguida por eles até entrar no carro e bater a porta, carregando flores. 

Lula soberano. É ele mesmo

Mônica Bergamo – Folha de S.Paulo
O formato do programa eleitoral do PT, que irá ao ar a partir do dia 31, já gera divergências no partido. O grupo que resistia à indicação de Fernando Haddad como vice acha que as primeiras propagandas devem mostrar exclusivamente a imagem de Lula.
Só assim, argumentam os favoráveis à tese, a legenda evitará que a candidatura do ex-presidente seja esvaziada antes da hora —ou seja, antes de setembro, prazo final para a substituição dele na cabeça da chapa.
Mesmo sem a participação de Lula no debate, a TV Bandeirantes deu ao PT sete credenciais para que convidados do partido ocupem lugares na plateia.
E Haddad, que pretendia participar do debate, foi convidado para dar entrevista ao programa “Canal Livre”, da Band, no dia 19. Ele já tinha sido chamado por coordenar o programa do petista.
A confirmação da chapa Haddad-Manuela D’Ávila (PCdoB) gerou preocupação no PSOL. Os dois teriam boa inserção no eleitorado jovem, universitário e de esquerda —justamente o campo em que o presidenciável do partido, Guilherme Boulos, poderia crescer.

Resignação: Lula mesmo fora dos debates

Na tentativa de não fragilizar ainda mais a campanha pelo registro de Lula na corrida eleitoral, o PT desistiu de recorrer à Justiça para obrigar emissoras de TV e órgãos de imprensa a aceitarem Fernando Haddad (PT) como representante do ex-presidente em debates.
A avaliação de que a montagem da chapa com Haddad de vice e Manuela d’Ávila (PC do B) no banco de reservas expôs a instabilidade eleitoral de Lula fez dirigentes do PT voltarem a dizer que ele prevê chegar até o fim da disputa sub judice, levando a batalha pela candidatura ao STF.  (Folha Painel)

Lula cai entre eleitores fiéis, mostram números do PT

Eles já estariam buscando o 'candidato de Lula' por duvidarem da viabilidade do ex-presidente
Mônica Bergamo – Folha de S.Paulo
O PT recebeu análises de especialistas que detectaram um crescimento no número de eleitores de Lula que já não acreditam que ele será candidato.
De acordo com essas informações, o eleitorado pró-PT começou a se mover sozinho, em busca de um “candidato do Lula”, independentemente de o partido apresentar um nome para substituí-lo. O grupo que declara voto espontâneo no ex-presidente, portanto, começou a minguar.
Os dados chegaram à direção da legenda no sábado, quando os petistas discutiam a possibilidade de indicar um vice na chapa de Lula com perspectivas reais de substituí-lo. Fernando Haddad acabou sendo o indicado.
As mesmas análises mostram que o ex-presidente mantém a capacidade de transferência de voto verificada em pesquisas já divulgadas. Quando Haddad e o ex-governador da Bahia Jaques Wagner foram testados como candidatos apoiados por Lula, chegaram a emparelhar com os primeiros colocados.

Vice de Bolsonaro agride sua árvore genealógica

Josias de Souza
Morrer é um exercício que, às vezes, exige vocação. A candidatura de Jair Bolsonaro, por exemplo, revela-se vocacionada para o suicídio. A cada novo gesto, o candidato parece enviar uma coroa de flores para si mesmo. Ao escolher o general Mourão como vice de sua chapa, Bolsonaro jogou sobre o seu projeto político algo muito parecido com uma pá de cal.
No poder, o melhor vice presidente é a ociosidade. Na campanha, o candidato a vice  mais conveniente é aquele que agrega valor à chapa. Há uma célebre canção cuja letra ensina que ''a vida é arte, errar faz parte''. Mas Bolsonaro cultiva uma arrogância destruidora. Quanto mais erra, mais o candidato persiste no erro.
Bolsonaro escalou as pesquisas trombeteando uma agenda em que homossexuais índios e quilombolas são equiparados a marginais e vagabundos. Parou de subir. Mourão, seu vice, atribuiu os males do Brasil à herança ibérica, à “indolência” dos índios e à “malandragem” dos africanos. Num país 100% feito de miscigenação, o general conseguiu ofender todo mundo. Tomado pela aparência, o vice de Bolsonaro é um racista sui generis, do tipo que não mandou examinar sua árvore genealógica.

07 agosto 2018

Gonzaga Patriota propõe Exército à frente da execução de grandes obras públicas do país


O parlamentar afirma que o objetivo do projeto é acabar com a “relação espúria” entre governos e empreiteiras
Assessoria de imprensa / Foto: divulgação
Um Projeto de Lei Complementar (PLP) 453/17, em tramitação na Câmara dos Deputados, pretende entregar ao Exército a execução de grandes obras e serviços de engenharia ligados à infraestrutura. A proposta é de autoria de Gonzaga Patriota (PSB-PE). Segundo o texto, o Exército executará, preferencialmente e sem licitação, obras acima de R$ 15 milhões paralisadas, abandonadas ou em atraso superior a um ano; as de infraestrutura de transportes e de geração e transmissão de energia acima de R$ 15 milhões; e aquelas em geral acima de R$ 150 milhões.
O PLP 453/17 determina ainda que o Exército treinará soldados especialistas para a execução das obras e serviços de engenharia. O texto em discussão na Câmara altera a Lei Complementar 97/99, que trata do emprego das Forças Armadas.
Gonzaga afirma que o objetivo do projeto é acabar com a “relação espúria” entre governos e empreiteiras, propiciando a construção da infraestrutura básica no País. Ele disse que a Operação Lava Jato mostrou a existência de um grande esquema de corrupção envolvendo político e um cartel de empreiteiras, com prejuízos para a sociedade.
Na avaliação do deputado, a transferência das grandes obras para o Exército traz um duplo benefício: primeiro, aproveita a experiência que os militares possuem na execução de grandes obras, principalmente de infraestrutura. Depois, permite o treinamento de soldados, que podem sair da corporação com profissões como de pedreiro, carpinteiro e serralheiro. “Essa é a possibilidade de milhares de jovens cidadãos incorporados ao Exército saírem da corporação já com uma profissão e, assim, aumentarem suas chances de emprego no mercado de trabalho privado”, argumenta.
Tramitação
Antes de ir para o Plenário da Câmara, o PLP 453/17 será analisado pelas comissões de Relações Exteriores e de Defesa Nacional; Finanças e Tributação.

06 agosto 2018

Gonzaga Patriota prestigia convenção da coligação “Frente Popular de Pernambuco”

O deputado federal Gonzaga Patriota marcou presença no evento da coligação “Frente Popular de Pernambuco” que oficializou, neste domingo (5), a candidatura do atual governador Paulo Câmara (PSB) à reeleição, nas eleições 2018. A convenção ocorreu no Clube Internacional do Recife. A atual deputada federal Luciana Santos (PCdoB) foi apresentada como vice da chapa. O deputado federal Jarbas Vasconcelos (MDB) e o senador Humberto Costa (PT) completam a chapa concorrendo ao Senado.
Recepcionado como governador reeleito, Paulo Câmara chegou na Convenção do PSB em Pernambuco, com a área lotada por correligionários, amigos, pré-candidatos e assessores. Mais de 20 mil pessoas estiveram presentes na convenção com direito a orquestra de frevo e clima de Carnaval fora de época.
Na ocasião, Patriota confirmou sua candidatura, mais uma vez, a deputado federal e mostrou força e ânimo para encarar o processo eleitoral. “Agradeço o esforço e empenho dos nossos filiados e amigos que marcaram presença, apoiando à reeleição de Paulo Câmara. Foi dada a largada e tenho certeza que não faltam disposição e força para a gente lutar e correr atrás para que Pernambuco continue avançando”, disse.  
Além do PSB, outros 11 partidos compõem a chapa: SD; PPL ,PMN, PSD, PR,PP, PCdoB, PT, MDB, Patriota e PRP.

Saiba quem são os candidatos a presidente nas Eleições 2018

Convenção nacional do PT escolheu Lula para candidato a presidente
Convenção nacional do PT escolheu Lula para candidato a presidenteFoto: Agência Brasil
Após meses de negociações, barganhas, acordos e expectativas, ocenário eleitoral está praticamente definido. Com o final das convenções partidárias, que se encerraram no domingo (5), o brasileiro já sabe quem são os 14 presidenciáveis e os seus vices, e poderá, a partir de agora, ficar atento às suas propostas e postulações. Os registros das candidaturas têm que ser feitas até o dia 15 deste mês. Há informações sobre a possibilidade de a candidata do PCdo B, Manuela D'Áviladesistir de concorrer. Caso isso se confirme, haverá 13 candidatos à eleição para presidente da República no dia 7 de outubro.

Na linha de frente das pesquisas de opinião, dois nomes lideram a preferência dos brasileiros: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o capitão militar Jair Bolsonaro (PSL). Mesmo preso, Lula, que teve seu nome indicado no último sábado (4) pelo PT, vai tentar concorrer ao cargo. Sua candidatura depende da lei da Ficha Limpa, e tem que ser referendanda pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

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O vice do petista deve ser o ex-ministro Fernando Haddad, indicado na noite do domingo por meio de uma carta enviada por Lula à Executiva Nacional da sigla. Contrariando sua assessoria jurídica, inicialmente, Lula era o único presidenciável que havia optado por não indicar o vice, o que poderia lhe trazer mais problemas, pois sua decisão iria de encontro às recomendações feitas pelo TSE

Na carta, Lula também cogitou a possibilidade de Manuela d'Ávila (PCdoB) compor a chapa, deixando a decisão para a executiva do PT. No caso de Lula, existe um "plano B" em curso para substituição do seu nome, que seria, exatamente, o de Haddad. Outro candidato que lidera as pesquisas - e as polêmicas - é o capitão Jair Bolsonaro (PSL), que, somente no domingo, anunciou o seu vice. Ele apresentará uma chapa "verde-oliva", pois será acompanhado do general da reserva Antonio Hamilton Mourão (PRTB). 

Mourão já causou frisson pelas declarações políticas, como a que sugeriu que os seus "companheiros do Alto Comando do Exército"entendem que uma "intervenção militar" poderá ser adotada se o Judiciário "não solucionar o problema político. Hoje, Mourão admite que foi infeliz na afirmação

Bem posicionada junto à opinião pública, Marina Silva (Rede) foi outra que demorou a definir seu companheiro de chapa, o verdeEduardo Jorge (PV). Apesar da boa aceitação junto ao eleitorado, ela tem poucos aliados. Marina concorre pela terceira vez à presidência da República. Em 2014, assumiu a vaga do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em acidente aéreo durante as eleições. 

Outra opção forte é o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PDSB), que tem como vice a senadora Ana Amélia (PP-RS). Veterano na política, o tucano conta com uma das chapas mais estruturadas, seja em termos de aliança - inclusive com o apoio do bloco conhecido como centrão -, seja em termos de inserção nos guias eleitorais: terá cerca de 5 minutos e meio diários. O senador Álvaro Dias (Podemos) é outro nome que desponta entre os veteranos da política. Seu companheiro de chapa é o ex-presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, que desistiu de ser candidato à presidência e se aliou a Dias.


   Soluções caseiras

Inicialmente cotado como candidato preferencial do PSB - que acabou optando pela neutralidade e favorecendo o PT nacional - o ex-governador Ciro Gomes (PDT) não conseguiu reunir em torno de si o apoio esperado. Apesar de ter lançado sua candidatura no último dia 20, primeiro dia útil das convenções, acabou optando por uma solução caseira para compor sua vice, que será ocupada pela senadora Kátia Abreu (PDT), ex-ministra de Dilma e sua aliada fiel no processo de impeachment.

O ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (MDB), que carrega o peso de ser o "candidato de Michel Temer", também encontrou no seu partido uma solução: seu parceiro de chapa será Germano Rigotto (MDB-RS). A comunista Manuela D´Ávila (PCdoB) optou por um parceiro na área sindical. O escolhido para seu vice é o sindicalista Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil . Outro candidato no campo da esquerda é o líder do Movimento dos Trabalhadores sem Teto, Guilherme Boulos (PSOL). Ele terá como vice a militante indígena Sônia Guajajara

Outros candidatos que estão no páreo são João Amoêdo (Novo) - que terá como vice o cientista político Christian Lahbauer - ; José Maria Emayel - que seguirá com o pastor Hélvio Costa; e Vera Lúcia (PSTU), que terá como parceiro o professor e ativista Hertz Dias. O filho do ex-presidente João Goulart, João Goulart Filho será o candidato do PPC e o Cabo Daciolo é o cabeça de chapa do Patriota.

Paulo Câmara sobre apoio a Lula: ‘Unimos as esquerdas de Pernambuco’

Paulo defende que é preciso ‘resgatar’ as prioridades defendidas pela gestão federal do PT entre 2003 e 2011
JC Online / Sérgio Bernardo/JC Imagem
No lançamento da coligação da Frente Popular, neste domingo (5), no Recife, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), fez questão de confirmar o apoio da chapa à candidatura presidencial de Lula, justificando que está na hora de resgatar as prioridades defendidas PT, quando o ex-presidente esteve à frente do governo Federal entre os anos de 2003 e 2011. O socialista ainda criticou a atual gestão do Governo Temer afirmando que o atual presidente “não olha para os estados mais pobres”.
“Unimos a esquerda de Pernambuco e agora vamos trabalhar por um Estado mais justo, mais igual”, defendeu. Questionado sobre as propostas para os próximos quatro anos, Paulo explicou que as de 2014 (quando concorreu ao cargo do Executivo) ainda são muito válidas para o Estado, visto que a crise no Brasil os teria impedido de concretizá-las.
“Temos muito o que fazer por Pernambuco e vamos fazer um debate com transparência falando o que tem que ser dito, dizendo o que conseguimos fazer nos últimos anos e o que a gente pretende para os próximos quatro anos”, explicou.
coligação Frente Popular anunciou, neste domingo (05), sua chapa majoritária, que será encabeçada pelo atual governador Paulo Câmara (PSB), com a deputada federal Luciana Santos (PCdoB), na vice, o deputado federal Jarbas Vasconcelos (MDB) e o senador Humberto Costa (PT) concorrendo às vagas ao Senado. A convenção estadual do PSB ocorreu no Clube Internacional do Recife. A coligação é formada por PSB, PT, MDB, PCdoB, PSD, PR, PP, Solidariedade, PPL, PMN, Patriotas e PRP.

Encontro nacional do PT mantém Marília Arraes fora da disputa

Essa foi a instância do partido que, na última quarta-feira (1º), aprovou o acordo com o PSB, que minou a postulação da petista
Por Jamildo Melo / Foto: reprodução
Ao analisar os recursos contra a retirada da candidatura da vereadora do Recife Marília Arraes (PT) ao Governo de Pernambuco, o encontro nacional do PT, neste sábado (4), em São Paulo, apontou que cabe à executiva nacional decidir sobre o assunto. Essa foi a instância do partido que, na última quarta-feira (1º), aprovou o acordo com o PSB, que minou a postulação da petista encaminhou o partido em Pernambuco pelo apoio à reeleição do governador Paulo Câmara (PSB).
Mais cedo, na convenção que homologou a candidatura do ex-presidente Lula à presidência, militantes petistas e integrantes do partido, como Eduardo Suplicy, candidato ao Senado em São Paulo, defenderam o nome de Marília. Após o discurso do governador do Piauí, Wellington Dias, foram anunciados os candidatos aos governos estaduais pelo partido, sem citar Marília Arraes. Depois disso, militantes gritaram “Pernambuco” e “Marília”.
A executiva estadual do partido tem uma reunião neste domingo (4), às 11h. No mesmo dia, os socialistas confirmam a candidatura de Paulo Câmara.
Entenda o caso
Após meses de negociações conturbadas e vai e vem na articulação, a executiva nacional decidiu na última quarta-feira (1º), por 17 votos a oito em reunião em Brasília, fechar o acordo com o PSB. Para isso, aceitou retirar a candidatura de Marília Arraes e apoiar Paulo Câmara em Pernambuco.
No mesmo dia, a executiva estadual se reuniu e decidiu manter o encontro de delegados nessa quinta-feira (2). Entre os delegados locais, ela obteve maioria. Apesar disso, no diretório nacional, nesta sexta-feira, foram 57 contra o recurso apresentado por dez petistas, incluindo o pernambucano Múcio Magalhães, aliado dela, 29 favoráveis ao pedido de reconsideração.
Marília Arraes foi a São Paulo para tentar persuadir os delegados nacionais a reverter a decisão da executiva, mas não conseguiu. O diretório ainda decidiu, por 59 a 28 votos, manter a tática eleitoral de apoiar o PSB e o PCdoB.