Essa foi a instância do partido que, na última quarta-feira (1º), aprovou o acordo com o PSB, que minou a postulação da petista
Por Jamildo Melo / Foto: reprodução
Ao analisar os recursos contra a retirada da candidatura da vereadora do Recife Marília Arraes (PT) ao Governo de Pernambuco, o encontro nacional do PT, neste sábado (4), em São Paulo, apontou que cabe à executiva nacional decidir sobre o assunto. Essa foi a instância do partido que, na última quarta-feira (1º), aprovou o acordo com o PSB, que minou a postulação da petista encaminhou o partido em Pernambuco pelo apoio à reeleição do governador Paulo Câmara (PSB).
Mais cedo, na convenção que homologou a candidatura do ex-presidente Lula à presidência, militantes petistas e integrantes do partido, como Eduardo Suplicy, candidato ao Senado em São Paulo, defenderam o nome de Marília. Após o discurso do governador do Piauí, Wellington Dias, foram anunciados os candidatos aos governos estaduais pelo partido, sem citar Marília Arraes. Depois disso, militantes gritaram “Pernambuco” e “Marília”.
A executiva estadual do partido tem uma reunião neste domingo (4), às 11h. No mesmo dia, os socialistas confirmam a candidatura de Paulo Câmara.
Entenda o caso
Após meses de negociações conturbadas e vai e vem na articulação, a executiva nacional decidiu na última quarta-feira (1º), por 17 votos a oito em reunião em Brasília, fechar o acordo com o PSB. Para isso, aceitou retirar a candidatura de Marília Arraes e apoiar Paulo Câmara em Pernambuco.
No mesmo dia, a executiva estadual se reuniu e decidiu manter o encontro de delegados nessa quinta-feira (2). Entre os delegados locais, ela obteve maioria. Apesar disso, no diretório nacional, nesta sexta-feira, foram 57 contra o recurso apresentado por dez petistas, incluindo o pernambucano Múcio Magalhães, aliado dela, 29 favoráveis ao pedido de reconsideração.
Marília Arraes foi a São Paulo para tentar persuadir os delegados nacionais a reverter a decisão da executiva, mas não conseguiu. O diretório ainda decidiu, por 59 a 28 votos, manter a tática eleitoral de apoiar o PSB e o PCdoB.
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