O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) negou, hoje, ter recebido informações da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que pudessem beneficiá-lo. Em entrevista ao programa Estúdio i, da GloboNews, o parlamentar afirmou que a alegação é um “absurdo completo”. “Isso é uma história completamente fantasiosa. Nunca recebi relatório de Abin para que pudesse ser beneficiado de alguma forma”, afirmou.
Hoje, a Polícia Federal deflagrou uma operação para investigar suposto esquema ilegal de espionagem pela Abin, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). À época, a agência era comandada por Alexandre Ramagem, hoje deputado federal.
A operação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Na decisão, Moraes disse que a Abin foi usada para elaborar relatórios de defesa a favor do senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente.
“A utilização da Abin para fins ilícitos é, novamente, apontada pela Polícia Federal e confirmada na investigação quando demonstra a preparação de relatórios para defesa do senador Flávio Bolsonaro, sob responsabilidade de Marcelo Bormevet, que ocupava o posto de chefe do Centro de Inteligência Nacional – CIN, como bem destacado pela Procuradoria-Geral da República”, continuou o ministro.
No início do mandato de Bolsonaro na Presidência, Flávio foi acusado de recolher parte dos salários dos servidores de seu antigo gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, no período em que ele era deputado estadual. Posteriormente, a investigação foi anulada pelos tribunais superiores.
Na entrevista, o senador disse que não recebeu qualquer relatório da agência e que nenhum material do tipo foi usado pela defesa no caso. “Eu nunca recebi relatório nenhum e, ainda que tivesse recebido, isso aí é imprestável, minha defesa nunca usou isso para nada. Isso não teria nenhuma utilidade para mim, assim como não teve”.
“Minha situação jurídica foi resolvida com teses que não tem absolutamente nada a ver com qualquer material que a Abin pudesse produzir”, afirmou Flávio Bolsonaro.
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