PREFEITURA DE TRINDADE

SARGENTO EDYMAR

15 agosto 2023

Haddad diz que ligou para Lira e teve conversa ‘excelente’, após falar em entrevista que Câmara não pode ‘humilhar’ Senado e Executivo

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse, hoje, que ligou para o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para esclarecer fala, que segundo ele, foi interpretada como uma crítica à Casa. A declaração veio depois de o ministro afirmar, em entrevista gravada na última sexta (11) e exibida hoje, que a Câmara dos Deputados “está com poder muito grande e não pode usar esse poder para humilhar o Senado e o Executivo”.

Segundo Haddad, o trecho não foi uma crítica à atuação da Câmara. “As minhas declarações foram tomadas como crítica à atual legislatura. Na verdade, eu estava fazendo uma declaração sobre o fim do chamado presidencialismo de coalizão. […] Eu defendi, durante a entrevista, que essa relação fosse mais harmônica e que pudesse produzir os melhores resultados”, afirmou a jornalistas.

O ministro disse ter acordado a declaração à imprensa em telefonema a Lira. De acordo com Haddad, a conversa com Lira “foi excelente” e afastou o tom crítico à Casa. “Não vamos fazer disso um cavalo de batalha. Primeira providência que tomei foi ligar para o presidente Arthur Lira e esclarecer o contexto das minhas declarações. Minhas declarações não dizem respeito à atual legislatura. Eu sou só elogios para a Câmara, para o Senado e Judiciário. Nós não teríamos chegado aqui sem a concorrência dos Poderes da República”.

Em publicação nas redes sociais, Arthur Lira afirmou que manifestações “enviesadas e descontextualizadas não contribuem no processo de diálogo e construção de pontes tão necessários para que o país avance”. Lira disse, ainda, que é “equivocado pressupor” que a articulação para apoio em propostas na Casa “revela a concentração de poder na figura de quem quer que seja”.

“A formação de maioria política é feita com credibilidade e diálogo permanente com os líderes partidários e os integrantes da Casa. Essa missão é do governo, e não do presidente da Câmara, que ainda assim tem se empenhado para que ela aconteça”, escreveu.

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