PREFEITURA MUNICIPAL DE TRINDADE

23 agosto 2023

Marina se fragiliza e pode entrar na reforma

 

Por Magno Martins – exclusivo para a Folha de Pernambuco

Na reforma ministerial que Lula anuncia na próxima semana, após o giro pela África do Sul, o Ministério do Meio Ambiente ainda não está entre as pastas que sofrerão mudanças, mas pode ser incluída, a depender do bom humor da ministra Marina Silva e da sua disposição de continuar no Governo como uma espécie de rainha da Inglaterra.

Ontem, ela sofreu uma grande derrota: A Advocacia-Geral da União (AGU) deu parecer técnico favorável à exploração de petróleo na bacia da foz do Amazonas. O documento contraria a posição de Marina e reforça a posição do Ministério de Minas e Energia. As duas Pastas travam um embate dentro do governo Lula sobre a possibilidade de explorar petróleo na região.

No entendimento da AGU, a Avaliação Ambiental de Área Sedimentar (AAAS) não é indispensável e não pode impedir a realização de licenciamento ambiental de empreendimentos de exploração e produção de petróleo e gás natural. A exigência de uma avaliação prévia ambiental, o AAAS, foi usado pelo Ibama para negar o pedido da Petrobras para prospectar novos poços na foz do Amazonas.

A manifestação da AGU é uma resposta a uma solicitação do Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, vinculada ao processo para perfuração localizado na chamada Margem Equatorial, a 175 quilômetros da foz do Rio Amazonas, no norte do país.

Em maio, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) negou licença para a perfuração do poço no bloco. O órgão argumentou, entre outros pontos, que era necessária realização de estudos de caráter estratégico (AAAS) na bacia da foz do Amazonas. O MME discordou da avaliação e pediu o parecer técnico da AGU.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já defendeu o empreendimento e disse querer “continuar sonhando” com a exploração de petróleo na região. Marina Silva já disse que o processo de exploração de petróleo na região é “complexo”, mas defendeu que a última palavra sobre autorização ambiental é do Ibama.

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