PREFEITURA MUNICIPAL DE TRINDADE

01 junho 2023

Rosa Weber cita falta de mulheres em tribunais superiores no dia da indicação de Zanin ao STF

 

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, afirmou, hoje, que há um número “ínfimo” de mulheres na cúpula do Poder Judiciário e nos Tribunais Superiores. A fala ocorreu horas após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmar a indicação de Cristiano Zanin para ocupar uma vaga na Corte.

Indicado por Lula, Zanin vai ocupar a vaga deixada pelo ex-ministro Ricardo Lewandowski, que se aposentou do STF em abril. Cabe ao Senado Federal aprovar ou não o nome de Zanin para o STF. O advogado deverá passar por uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. Em seguida, os senadores votarão a indicação.

Parte dos aliados do petista, no entanto, criticam a indicação por não promover diversidade na Corte. Com a aprovação de Zanin, no campo de gênero, por exemplo, a Corte seguirá com somente duas mulheres – Rosa e Cármen Lúcia. Antes delas, também ocupou uma cadeira a ministra Ellen Gracie.

“No Brasil, nós temos muitas mulheres na base da magistratura, na Justiça em primeiro grau, mas o número decresce no intermediário. Na cúpula, nos tribunais superiores, o número é ínfimo”, disse. A ministra deu a declaração durante encontro com o presidente da Finlândia, Sauli Niinistö, na sede do STF, em Brasília.

Crítica recorrente da falta de representatividade feminina nos Poderes, Rosa Weber destacou, na reunião, que foi a primeira mulher da carreira da magistratura a chegar ao Supremo.

Em março, durante comemoração do Dia Internacional da Mulher, Rosa classificou a baixa presença feminina como um “déficit” para a democracia. “É preciso que se diga que o déficit de representatividade feminina significa um déficit para a própria democracia brasileira. Reverter essa disparidade histórica de representação é imperativo que nos desafia a todos. Homens e mulheres, partidos políticos. Sociedade civil e instituições do estado”, disse.

Na ocasião, a ministra disse que avançar na resolução das desigualdades significa aperfeiçoar a democracia “transformando um potencial direito em um direito efetivamente exercido”.

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