Gabriela Cid, esposa do tenente-coronel e ex-ajudante de ordens da Presidência Mauro Cid, sugeriu que Jair Bolsonaro (PL) orientou conversas para que caminhoneiros invadissem Brasília em protesto ao resultado das eleições vencidas por Lula (PT).
Nesta sexta-feira (16), o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), levantou o sigilo do relatório da Polícia Federal com análise do conteúdo encontrado nos celulares de Cid e de Gabriela. O militar está preso desde o início do mês passado por determinação de Moraes, no âmbito de inquérito sobre a atuação de milícias digitais. As informações são do Estado de Minas.
No dia 2 de novembro de 2022, três dias após o pleito, Gabriela trocou mensagens com Ticiana Villas Bôas, filha do ex-comandante do Exército Eduardo Villas Bôas. As duas conversam sobre os protestos promovidos por apoiadores de Bolsonaro em diferentes pontos do país.
A filha de Villas Bôas comentou que o Exército brasileiro “tinha que mandar alguém falar com os cabeças dos caminhoneiros e dizer quais (sic) tem que ser a reivindicação deles”. “Estão falando em intervenção federal”, respondeu Gabriela. “Mas tem que ser impeachment, novas eleições com voto impresso”.
Ticiana disse que isso não ocorreria, que até “segunda ordem a coisa [o processo eleitoral] foi democrática” e que as consequências do uso do artigo 142 da Constituição, que define o papel das Forças Armadas, seriam muito ruins.
E prosseguiu dizendo que os caminhoneiros tinham que parar, “sem obstruir [estradas]”, insistindo que alguém teria que falar com eles, orientá-los.
“Sim! Foi o que pediu o presidente. E acho que todos que podem tem que vir para Bsb [sigla em referência a Brasília]”, disse Gabriela. “Invadir Brasília como no 7 de set [setembro] e dessa vez o presidente com toda essa força agirá”.
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