Por Juliana Albuquerque – repórter do Blog
A Justiça Eleitoral encerrou, hoje, o relatório sobre a ação que investiga a reunião que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teve com embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada, no dia 18 de julho de 2022, quando atacou as urnas eletrônicas e criticou ministros do STF. Com a conclusão, o ministro Benedito Gonçalves, relator do processo, solicitou a inclusão da ação que pode tornar Bolsonaro inelegível na pauta do Tribunal Superior Eleitoral.
Na ação, ajuizada pelo Diretório Nacional do PDT contra Jair Messias Bolsonaro (PL) e o candidato a vice, Walter Souza Braga Neto, ambos são acusados de prática de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação para fins eleitorais. Na época, Bolsonaro era candidato à reeleição e Braga Neto, candidato a vice-presidente da República.
A Procuradoria-Geral Eleitoral, contudo, ofereceu parecer no qual opina que seja declarada a inelegibilidade somente de Jair Messias Bolsonaro, em razão de abuso de poder político e de uso indevido dos meios de comunicação, e pela “absolvição do candidato a vice-presidente a quem não se aponta participação no caso”.
A petição é formalmente endereçada ao ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, ao qual o ministro Benedito Gonçalves afirma que “após a colheita de contrarrazões e admitido o inconformismo ora manifestado, sejam os autos encaminhados ao STF para competente julgamento”.
Assim se posiciona Walber Agra, autor da ação ajuizada pelo PDT: “Diante dos graves fatos que são imputados, reitera-se a plena confiança na Justiça Eleitoral e nos ministros do TSE, esperando, mais uma vez, que os parâmetros de Justiça sejam efetivados”.
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