PREFEITURA MUNICIPAL DE TRINDADE

20 janeiro 2020

SOU PRÉ-CANDIDATO A PREFEITO DE ARARIPINA E NÃO ABRO NEM PRO TREM AFIRMA BRINGEL FILHO





PCC realiza fuga em massa em prisão no Paraguai, e 75 escapam

O Primeiro Comando da Capital (PCC) tem forte atuação no Paraguai por causa do tráfico de drogas
Sacos de areia encontrados em cela, após fuga de integrantes do PCC no Paraguai
Sacos de areia encontrados em cela, após fuga de integrantes do PCC no ParaguaiFoto: Reprodução
Setenta e cinco presos, a maioria membros do PCC (Primeiro Comando da Capital), fugiram na madrugada deste domingo (19) de uma prisão em Pedro Juan Caballero, no Paraguai.

A facção brasileira tem forte atuação no Paraguai, devido a tráfico de drogas.
De acordo com a imprensa do país, foi encontrado um túnel que ligava um dos pavilhões, voltados a presos da facção criminosa brasileira, à área externa da prisão.

O governo paraguaio, no entanto, considera que parte dos criminosos possa ter fugido durante a semana sem usar o túnel. Os responsáveis pela prisão já foram afastados.

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"Foi encontrado um túnel e acreditamos que esse túnel foi um recurso enganoso para legitimar ou maquiar a liberação dos presos. Há cumplicidade com as pessoas de dentro da prisão e esse é um fenômeno que acontece em todas as penitenciárias", afirmou o ministro do Interior do país, Euclides Acevedo, em nota publicada em site do governo.

De acordo com ele, o país está em alerta máximo, pois os presos são de grande periculosidade. Segundo ele, entre os 75 presos -e não 91, como divulgado inicialmente pela imprensa paraguaia- a maioria é de integrantes do PCC.

O governo informou que 40 presos são brasileiros e os demais, paraguaios. O ministro afirmou que é possível que alguns dos detentos tenham fugido para o Brasil.

No começo da tarde, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou que trabalha com as forças de segurança para impedir a entrada dos criminosos no Brasil, e que, caso sejam capturados, serão levados a presídios federais.

"Estamos trabalhando junto com as forças estaduais para impedir a reentrada no Brasil dos criminosos que fugiram de prisão do Paraguai. Se voltarem ao Brasil, ganham passagem só de ida para presídio federal", escreveu Moro no Twitter.
A ministra da Justiça do Paraguai, Cecilia Pérez, ordenou a destituição do diretor da penitenciária e de outros funcionários.

A suspeita é que a facção criminosa tenha comprado a sua fuga -circulam informações, segundo a ministra, de que o pagamento pode ter sido de US$ 80 mil.
A ministra da Justiça afirmou que colocará seu cargo à disposição. "A responsabilidade política do ministério é minha", disse, em coletiva de imprensa. "O presidente tomará a decisão".

Em uma das celas do presídio foram encontrados cerca de 200 sacos de terra, retirada para que o túnel fosse feito.

Pedro Juan Caballero

No ano passado, sob o argumento de que há "níveis críticos de violência" e ações da facção criminosa PCC na região, o Ministério Público Federal decidiu fechar o seu prédio em Ponta Porã (MS), na fronteira do Brasil com o Paraguai, e transferir suas atividades para a cidade de Dourados (MS), a 120 km de distância.
A decisão partiu do Conselho Superior do MPF e foi acompanhada pelo CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público).

Segundo o MPF, o prédio fica a 350 metros da fronteira seca com Pedro Juan Caballero, no Paraguai, "palco de numerosas ações de diversos grupos criminosos organizados, em especial, do PCC [Primeiro Comando da Capital]".

Em 2016, um traficante brasileiro que era chefe do narcotráfico na região foi morto em um ataque em Pedro Juan Caballero que envolveu até o uso de metralhadora antiaérea. A polícia ligou a ação ao PCC, que buscava se estabelecer no território.

O órgão público funcionava desde 2003 e hoje conta com três procuradores da República, 15 servidores, seis estagiários e oito empregados terceirizados. Com 92,5 mil habitantes, Ponta Porã é o quinto maior município de Mato Grosso do Sul.

Do canto do axé, um exemplo de cidadania

Não conhecia nem nunca imaginei que a cantora e musa do movimento musical afro brasileiro, Margareth Menezes, fosse tão identificada com a marca do social na Bahia, só comparável a Carlinhos Brown, com sua famosa escola do mais autêntico ritmo próprio do País - o da  nação axé.
Negra, de vozeirão incomparável, premiada internacionalmente, encarnação pura da simplicidade, Maga, tratada assim pela legião de fãs no Brasil, anda pelas ruas da Ribeira fazendo cultura. Retira jovens dos seus morros, barracos e alpendres para serem gente na vida.
Enquanto aprendem uma arte para dela viver,  jovens, entre 16 e 24 anos, exibem no espaço Iaô, na própria Ribeira, alegria e felicidade. Puxados de um mundo cão, no qual o caminho acaba, infelizmente, nas drogas, esses jovens de todas as etnias batem ponto na chamada Fábrica Cultural, de Margareth e Jaqueline Azevedo, diretora do pedaço e braço direito da cantora, para o encontro rumo ao caminho do futuro.
A Fábrica Cultural é uma ONG mantida pela Maga sem fins lucrativos há 15 anos. De voz bela, estrela de coração de anjo, como definiu o poeta Sebastião Dias, prefeito de Tabira, a rainha do axé abriu o seu espaço para ensinar todos os ritmos baianos a uma geração que promete não deixar morrer nunca a cultura afro baiana.
O Mercado Iaô na rua, durante o carnaval baiano, é outra marca da Maga. O espaço, que nos últimos anos lotou a Ribeira, com shows dela e convidados, este ano não será realizado por falta de recursos. 
Diretora da Fábrica Cultural, e sócia de Margareth Menezes, Jaqueline Azevedo garante que os fãs de Maga não ficarão abandonados no verão. 
No próximo dia 8, ela é uma das atrações do projeto Concha Negra (Teatro Castro Alves) ao lado de Afrocidade e Luedji Luna. O Mercado IAÔ gera trabalhos diretos e indiretos para centenas de pessoas, como bem promove arte, cultura, lazer e informação para a população de Salvador e da Bahia.
"Estamos esperançosas que, no próximo ano, consigamos realizar muitas edições no verão", diz Margareth. Segundo ela, o Mercado IAÔ surgiu como uma proposta de ocupação de um espaço com múltiplas linguagens.
Para projetar música, teatro, poesia, artes plásticas, gastronomia, artesanato e ideias criativas, reforça ela.
A Associação Fábrica Cultural atua há mais de 15 anos na Bahia, nos eixos estratégicos de Educação, Cultura e Sustentabilidade. Tem outros projetos, como o Aprendiz em Cena, que qualifica 120 jovens na área teatral, pela lei do Jovem Aprendiz, ou seja, com carteira de trabalho assinada. Em 2019, a instituição foi credenciada como organização gestora da qualificação, fomento e comercialização do Artesanato da Bahia. 
Na arte teatral, a Maga foi buscar o que existe de melhor para transferir ensinamentos aos jovens aprendizes: o ator global e diretor de teatro, Jackson Costa, baiano formado na faculdade de teatro da Universidade Federal da Bahia.
Jackson ganhou fama com trabalhos importantes na televisão brasileira, como as novelas globais “Pedra sobre Pedra, “Renascer”, “Paraíso” e “Amor à vida”, entre outras. "Esse trabalho da Maga é sensacional e quando procurado para ensinar teatro me doei de corpo e alma", revela o ator-professor.
Maga, o coração de anjo, bem que poderia viver só dá música e pouco se lixar para trabalho social. Afinal, é famosa. Conquistou dois troféus Caymmi, dois troféus Imprensa, quatro troféus Dodô e Osmar, além de ter indicada para o GRAMMY Awards e GRAMMY Latino. 
A Maga ganhou notabilidade nos palcos da vida na interpretação da canção Dandalunda. Já fez mais de  20 turnês mundiais, e é considerada pelo jornal estadunidense Los Angeles Times, como a "Aretha Franklin brasileira".
Ainda pequena, Margareth, começou a cantar no coral da igreja local e, após conhecer Silas Henrique iniciou sua carreira artística, inicialmente como atriz, ganhando em 1985 o prêmio de "melhor intérprete" em "Banho de Luz". Posteriormente, começou a se envolver com a música, apresentando-se em bares, até que é ovacionada ao lado da Orquestra do maestro Vivaldo da Conceição.
Em 1987, gravou o seu primeiro single, lançado como LP, ao lado de Djalma de Oliveira, "Faraó (Divindade do Egito)", vendendo mais de 100 mil cópias. Após isso, Menezes deu início a sua carreira bem-sucedida, lançando 14 álbuns sendo que dois desses, Ellegibô e Kinda, alcançaram o topo da Billboard World Albums, enquanto Pra Você e Brasileira Ao Vivo: Uma Homenagem Ao Samba-Reggae, recebeu indicações ao Grammy Latino e Grammy Awards.
Em 2010, lançou  Naturalmente. Ela ainda lidera o movimento "Afropop Brasileiro", que visa preservar e promover a cultura afro-brasileira. Todos os anos, a cantora leva seu trio elétrico, um dos mais tradicionais, às ruas de Salvador.
O trabalho que abraçou no espaço do bem querer e do bem fazer a faz feliz e a engrandece. "Não poderia ser feliz sem fazer algo pelo meu povo, minha rica nação afro baiana", diz, com os olhos marejados. O leitor percebe, portanto, que a Maga é desprovida e cumpre, nas horas vagas do seu canto, o papel de cidadã exemplar.
Viva Margareth Menezes! Viva a Maga!

Meta do CO2 do Brasil está ameaçada

Impacto do clima em áreas protegidas ameaça meta de CO2 do Brasil. Cientista mapeou fragilidade de terras indígenas e unidades de conservação, que podem absorver menos carbono.
Queimadas próximo a reserva indígena Uru-Eu-Wau-Wau, em Rondônia Foto: Gabriel Monteiro / Agência O Globo
O Globo - Por Rafael Garcia
A ameaça da mudança climática às áreas protegidas do Brasil pode comprometer os esforços do país para reduzir suas emissões de CO2, afirma o ecólogo David Lapola, da Unicamp.
Após mapear a fragilidade de terras indígenas e unidades de conservação diante do aquecimento global, o cientista diz que a crise do clima provavelmente já está causando distorções nas emissões que o Brasil reporta internacionalmente. Isso porque a quantidade de CO2 que a floresta Amazônica consegue absorver, na avaliação do cientista, pode já estar sendo afetada.
O problema ocorre porque, ao relatar as suas emissões de gases do efeito estufa, o Brasil subtrai a remoção de CO2 do ar que, supostamente, está sendo feita pela floresta em crescimento nas áreas protegidas. Em 2018, por exemplo, o país emitiu 1,9 gigatonelada de CO2, sobretudo com desmatamento, mas reportou apenas 1,4 gigatonelada, porque descontou 0,5 de remoções.
O aquecimento global em si, porém, implica uma grande incerteza sobre esse valor, porque não se sabe exatamente quanto as florestas continuarão crescendo se a emissão de CO2 continuar subindo.
A alta concentração de CO2, por si só, é benéfica para a floresta, porque aumenta a quantidade de carbono disponível no ar, que a planta captura via fotossíntese e usa para produzir biomassa vegetal. É o fenômeno que cientistas chamam de “fertilização de carbono”. Ninguém sabe bem ainda, porém, se essa vantagem será anulada por problemas que a mata vai enfrentar no clima, como estresse hídrico e eventos como grandes incêndios.
Experimentos de “fertilização de CO2” já mostraram que, em florestas de clima temperado, é possível que as plantas se beneficiem do CO2. Numa floresta tropical como a Amazônia, porém, fatores como a pobreza de nutrientes no solo podem impedir a mata de capturar todo o carbono que se espera.

BNDES encerra linha de R$ 4 bilhões para segurança

O repasse biliionário não liberou sequer um real. Lançado em 2018, programa esbarrou em falta de interesse, entraves burocráticos, desinformação e mudança nos governos estaduais.
Foto: Gabriel Monteiro / Agência O Globo
O Globo - Por Marco Grillo
Uma ação do BNDES que previa o repasse de R$ 4 bilhões para estados e municípios investirem em segurança pública foi encerrada, depois de um ano e meio, sem liberar sequer um real. A nova gestão do banco decidiu mudar o eixo de atuação na área, trocando a oferta de recursos bilionários por ações direcionadas, cujos resultados possam ser acompanhados mais de perto.
Lançado em maio de 2018, ainda no governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), o programa BNDES Pró-Segurança Pública tinha o objetivo de oferecer crédito para que estados e municípios comprassem equipamentos de segurança. A lista do que poderia ser adquirido foi determinada pelo Ministério da Justiça. O projeto, no entanto, fracassou após não ser endossado por governadores e prefeitos.


Entraves burocráticos — como a demora de um ano na publicação de uma portaria para regulamentar o programa — e de comunicação atrapalharam o desempenho.

Fuga de presos: desconexão entre Brasil e Paraguai

Análise: Fuga de integrantes de facção revela desconexão entre Brasil e Paraguai
Ações de combate ao crime na fronteira entre os dois países são objeto de queixas
Foto: Terceiro / Agência O Globo
O Globo - Por Chico Otavio
RIO - A fuga da penitenciária de Pedro Juan Caballero expõe o descompasso entre os governos do Brasil e do Paraguai no combate às organizações criminosas que atuam na fronteira.
Autoridades paraguaias se queixam de que o país vizinho alega falta de vagas para rejeitar sempre a extradição de presos brasileiros pertencentes a uma das principais facções criminosas nacionais.
No Brasil, porém, a fuga reforça a suspeita de que as instituições paraguaias estão contaminadas pela corrupção. Os presos abriram um túnel, mas poderiam facilmente ter escapado à luz do dia pela porta da frente do presídio.
Em novembro, na “Operação Patrón”, a força-tarefa da Lava Jato do Rio de Janeiro identificou uma extensa lista de agentes e autoridades paraguaias que teriam recebido propina para fazer vista grossa ao megaesquema de tráfico de cocaína e pasta-base envolvendo o empresário brasiguaio Antônio Joaquim da Mota, o Tonho, em Pedro Juan Caballero. Tonho foi acusado de dar cobertura à fuga do doleiro Dario Messer. Essa operação, na qual foi pedida a prisão de Horário Cartes, ex-presidente paraguaio, abriu uma crise diplomática e aprofundou as desconfianças mútuas na tentativa de definir estratégias conjuntas.

"Se houve sabotagem, foi de forma contínua", diz delegado

Cervejaria Backer
Reportagem do "Fantástico" mostrou que 500 mil litros da bebida estão parados na Cervejaria Backer
Cervejaria Backer em Belo Horizonte, Minas Gerais Foto: DOUGLAS MAGNO / AFP
O Globo
O delegado responsável pelas investigações na cervejaria Backer, Flávio Grossi, da Polícia Civil de Minas Gerais, disse à reportagem do “Fantástico” que foi ao no domingo que “se houve uma sabotagem, ela foi realizada em longo prazo, de forma contínua”.
Segundo ele, que disse não descartar nenhuma linha de investigação no momento, isso justificaria o fato de vários lotes terem sido contaminados com o dietilenoglicol em tempos diferentes — a substância foi parar em 32 lotes de 11 rótulos produzidos pela Cervejaria Backer, em Belo Horizonte.
Devido aos riscos à saúde humana, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciaram a interdição de todas as cervejas produzidas pela empresa com data de validade igual ou posterior a agosto de 2020.
Na fábrica
O “Fantástico” também entrou na fábrica da Backer e constatou que 500 mil litros estão parados dentro das instalações da marca, que tem 70 tanques de fermentação e 140 funcionários.
Segundo a reportagem, em 2019, a Backer produziu cinco milhões de litros de cerveja para suas 18 marcas. A Belorizontina, onde inicialmente foi detectada a substância tóxica, representava 70% das vendas.
Na última quinta-feira, foram confirmadas outras duas mortes em decorrência do consumo da cerveja contaminada. Ao todo, são quatro mortes e 15 pessoas internadas em estado grave.
A síndromenefroneural, como é chamada a intoxicação provocada pela ingestão do dietilenoglicol, começa com sintomas como mal-estar e dores abdominais. Logo, os rins param de funcionar, e o paciente não consegue mais urinar.
Depois aparecem sintomas neurológicos, como problemas de visão e paralisia facial, que pode evoluir e chegar a todo o organismo. Nos casos mais graves, a pessoa só respira com a ajuda de aparelhos.
Uma das vítimas, o professor universitário Cristiano Mauro Assis Gomes, de 47 anos, teve os primeiros sinais de recuperação registrados na reportagem do “Fantástico”. Internado desde o dia 23 de dezembro do ano passado, ele chegou a perder todos os movimentos do corpo, mas já conseguia mexer as pernas na cama do hospital.
— Ele sempre foi praticante de atividade física diária, uma pessoa muito forte mesmo, e você vê ele ali numa cama de CTI, um sofrimento do outro mundo, não podendo mais falar, se mexer — diz sua mulher, Flávia Schayer Dias, que mantém as esperanças: — Hoje eu tenho a certeza que ele vai sair curado, apesar de a equipe médica, alguns médicos virem falar que ele realmente vai ficar com sequela, eu tenho certeza de que ele não vai. Existe milagre.

Guedes participa hoje da abertura do Fórum em Davos

Foto: José Cruz/Agência Brasil
Por Agência Brasil
Representante do governo brasileiro no Fórum Econômico Mundial, que reúne líderes, chefes de Estado e empresários em Davos, na Suíça, o ministro da Economia, Paulo Guedes, participará nesta segunda-feira (20) à noite (horário local) da abertura do evento. De terça-feira (21) a quinta-feira (23), o ministro falará em painéis e terá encontros com presidentes de multinacionais.
Segundo o Ministério da Economia, as apresentações de Guedes se concentrarão em dois aspectos: a redução do déficit fiscal no primeiro ano de governo e o aprofundamento das reformas estruturais que, segundo ele, ajudarão a economia a recuperar-se e acelerará a criação de empregos.
O ministro chegou à Suíça na sexta-feira (17) e passou o fim de semana em Zurique, sem compromissos oficiais. Na quinta-feira (16), Guedes participou de reunião na Mont Pelerin Society, na Universidade de Stanford, na Califórnia. A entidade é conhecida como um centro de pensamento de ideias liberais. Ele partiu dos Estados Unidos diretamente para o Fórum Econômico.
O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, não participará da edição deste ano do encontro em Davos. O BC não informou os motivos para a decisão. No ano passado, Campos Neto, que só tomou posse no comando do Banco Central em março, dois meses depois do Fórum Econômico Mundial, integrou a delegação brasileira na condição de convidado.
Da Suíça, o ministro deverá ir para Nova Délhi, capital da Índia, onde se encontrará com o presidente Jair Bolsonaro, que visitará o país asiático entre os dias 24 e 27. O Ministério da Economia ainda não confirmou se Guedes emendará as duas viagens. Caso vá à Índia, o ministro só retornará a Brasília no dia 28. Segundo o Itamaraty, a viagem terá como destaque a assinatura de 10 a 12 acordos comerciais entre Brasil e Índia.
O presidente Jair Bolsonaro tinha anunciado, no início do mês, que iria ao Fórum Econômico. Segundo o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, o cancelamento da viagem não foi provocado exclusivamente por questões de segurança. Aspectos econômicos, políticos e internacionais, como o agravamento das tensões no Oriente Médio, contribuíram para a decisão.

14 janeiro 2020

Durante recesso parlamentar, Gonzaga Patriota intensifica visitas nos municípios

O deputado federal Gonzaga Patriota (PSB) tem aproveitado o recesso parlamentar de janeiro para intensificar suas visitas aos municípios pernambucanos. O socialista tem feito uma agenda digna de período eleitoral e já rodou mais de 1.500 km em apenas um dia e neste final de semana o ritmo não foi diferente, Patriota passou por Floresta, Itacuruba, Petrolândia, Caraibeiras, Inajá, Manari, Itaíba, Águas Bela, Tacaratu, Garanhuns e Palmares.
“Enquanto alguns deputados vão para praia, viajam, eu aproveito esse momento para ficar mais perto dos meus eleitores e fazer uma prestação de contas do meu mandato. Tenho emendas parlamentares em todos esses municípios visitados e acho importante esse momento para ouvir as demandas dos cidadãos” disse. 

Em Floresta e Itacuruba o deputado se reuniu com os vereadores Joãozinho Carvalho para tratar sobre as eleições municipais. Em Petrolândia, Patriota participou de uma reunião com o médico, empresário e pré-candidato a prefeito Dr. João Gonçalves Lopes, diretor do Hospital e Maternidade do Instituto Beneficente do Vale do São Francisco (IBVASF). O encontro foi organizado pelo líder comunitário Pica-pau do Projeto Fulgêncio. Além desse compromisso, Patriota ainda se reuniu com os vereadores Louro do Vidro e o professor Evaldo para juntos buscarem projetos para Petrolândia. 

Já em Caraibeiras, o deputado se encontrou com o vereador Sarto e sua filha Larissa para discutirem sobre a conjuntura política atual. Um grande momento da agenda aconteceu em Inajá, onde mais de 40 lideranças políticas participaram de um almoço que contou com a presença do Padre Luciano, presidente da Fundação Pró-Vida. 
As atividades continuaram em Manarí onde o deputado se reuniu com o vereador e presidente da Câmara, José Eraldo e seu irmão Manoel Contador. “Recebi quase 800 votos na última eleição em Manarí por causa do empenho e dedicação desses dois amigos que me apoiaram”, comentou Patriota que ainda fez visitas em Itaíba e Águas Bela.
Em Garanhuns, o deputado comemorou o retorno da vereadora Bethânia da Ação Social ao Partido Socialista Brasileiro. Ela disputará a reeleição para o legislativo municipal e, assim como Gonzaga, vai apoiar o nome de Sivaldo Albino para prefeito de Garanhuns. 
No domingo, Patriota esteve em Palmares onde visitou Agenor das Bicicletas e Maxwell, ambos apoiaram o deputado na última eleição e o ajudaram a conseguir 432 votos na cidade.

Governo prevê gastar R$ 9,7 bi para zerar fila do INSS neste ano

Em média, 900 mil novos requerimentos entram por mês no INSS. Em novembro, 2,3 milhões de pedidos de benefícios sociais e previdenciários compunham o estoque
Previdência Social
Previdência SocialFoto: Antonio Cruz / Agência Brasil
O Ministério da Economia prevê que, após tomar medidas para reduzir a fila de espera por aposentadorias e pensões, devam ser desembolsados R$ 9,7 bilhões neste ano. O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) não tem conseguido responder aos pedidos dentro do prazo legal -45 dias.

A demora em uma resposta prejudica, por exemplo, idosos à espera da aposentadoria. Em média, 900 mil novos requerimentos entram por mês no INSS. Em novembro, 2,3 milhões de pedidos de benefícios sociais e previdenciários compunham o estoque. Esse número vem sendo reduzido lentamente.

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Para combater os atrasos, o governo prepara mais uma força-tarefa, já que a lançada em agosto não atingiu o objetivo de zerar a fila em dezembro. O novo plano deve ser apresentado nesta quarta-feira (15), segundo o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho.

Ao formular o Orçamento de 2020, a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, calculou que o total de recursos previstos seriam gastos depois que medidas para atacar o represamento no INSS fossem adotadas. A projeção de aumento de despesas da Previdência Social não deixa clara quando a fila seria zerada.

A nota técnica do governo, porém, estima uma redução contínua do estoque ao longo do ano, chegando 285 mil em agosto. Depois deste mês, não há mais estimativas. Nesta segunda-feira (13), Guedes e Marinho discutiram medidas para solucionar o problema do atraso na análise dos pedidos ao INSS.

As ações precisam de recursos do Orçamento e mudanças na estrutura organizacional e, por isso, segundo Marinho, é necessário um respaldo técnico e jurídico para a força-tarefa. "A gente está conversando com o ministro, e estamos validando as propostas e possibilidades internamente e quarta-feira [15] a gente conversa", disse o secretário.

Do lado do INSS, a ideia é reforçar o quadro de funcionários para analisar os pedidos de benefícios. Está em estudo a contratação de servidores temporários, a ajuda de militares em reserva ou mesmo a realocação de pessoal de outros órgãos, como a Infraero (estatal que cuida da gestão de aeroportos). O plano do governo é acelerar o processo para que o sistema de concessão de aposentadorias seja logo ajustado de acordo com a reforma da Previdência, em vigor desde novembro.

É um desafio colocar o sistema para funcionar com as novas regras de concessão de aposentadorias, pensões e outros benefícios. A Dataprev (empresa pública que cuida do sistema da Previdência Social) ainda não se adaptou à reforma, apesar de a reformulação nas regras ter sido aprovada pelo Congresso em outubro. Ainda não há prazo para completar essa atualização.

Já foram duas tentativas frustradas de zerar a fila do INSS. A primeira foi ainda em 2018, durante o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB). A mais recente -apresentada pela atual gestão do INSS em agosto passado- também falhou. A meta era acabar com a espera até dezembro. Os dois planos foram focados em tentar aumentar a produtividade dos servidores do INSS.

Em 2018, foi criada a Central de Análise nas Gerências-Executivas. Servidores puderam trabalhar de forma remota, mas com dedicação exclusiva para analisar pedidos de benefícios. No ano passado, o presidente do INSS, Renato Vieira, apresentou uma ampla estratégia.

Nela, foi instituído o programa de dispensa de horário dos servidores, que passariam a ser cobrados pela quantidade de análises no mês em vez da jornada tradicional de trabalho. Os funcionários que ultrapassassem a meta receberiam uma bonificação. Para quem optasse pelo teletrabalho (trabalho remoto), também foi estabelecida uma meta. O plano previa maior rigidez para gratificação por desempenho e um reforço no número de servidores.

Desde o ano passado, servidores do INSS estão trabalhando na análise de um tipo específico de requerimento, por exemplo, aposentadoria rural. A ideia é acelerar a concessão de benefícios. Procurado, o INSS não deu explicações sobre o fracasso da força-tarefa do ano passado, que tentou acabar com a espera de pedidos de aposentadoria e também do BPC (benefício assistencial pago a idosos carentes e deficientes).

A moderna Salvador ganha novo Centro de Convenções

O velho e batido Centro de Convenções de Salvador desabou de um dia para a noite, inesperadamente. Já tinha dado o que tinha de dar ao longo de tantos anos. A cidade não cruzou os braços e ficou choramingando. Pelo contrário, com cerca de R$ 100 milhões de recursos próprios arrecadados no município, o prefeito ACM Neto (DEM) ousou e construiu um novo e  equipamento já com data marcada para inauguração: próximo dia 26.
"A Bahia precisava e a Prefeitura que mais trabalha no Brasil fez! Marque aquele @ quem precisa saber dessa novidade", escreveu em suas  redes sociais o gestor municipal mais aprovado do País, ao comunicar a entrega do Centro de Convenções para o dia 26. Segundo ele, será administrado pelos franceses da GL Events por 25 anos. 
O Centro de Convenções de Salvador fica na Boca do Rio, no antigo Aeroclube, bem próximo ao atual. O espaço contará com duas praças de exposição, seis escadas rolantes, seis elevadores, oito auditórios moduláveis de 800 metros quadrados. 
A estrutura terá também seis salões de 522 metros quadrados, 12 salas de 236 metros quadrados, 28 espaços de reuniões móveis para virar camarotes, tanto para os eventos externos - como os shows voltados para o mar - quanto os internos. 
No segundo piso contará com um restaurante que, por enquanto, funcionará apenas durante eventos e será gerenciado pela própria GL Events. Na parte voltada para o mar, onde acontecerão grandes shows, a divisão entre a calçada e a ciclovia da orla não terá muro, e sim um gradil para preservar a mirada azul da praia. O estacionamento terá 1,4 mil vagas.
O Centro abrirá as portas para receber diversos eventos, já este ano, como o Congresso Nacional de Hotéis; a Feira SuperBahia e Convenção Baiana de Supermercados, Atacados e Distribuidores; Bienal do Livro e o Festival Afropunk.
Sobre o poder da Prefeitura quanto ao uso do Centro de Convenções para a realização de eventos, o prefeito explica que a gestão municipal tem direito de ocupar o equipamento em determinados períodos do ano. 
“Se a Prefeitura, que é dona do equipamento, investiu e produz eventos na cidade, utilizará dessa prerrogativa contratual. O objetivo não é só oferecer o equipamento para o mercado, é fazer com que de fato ele seja ocupado”, diz ACM Neto.
Até 2024, a GL Events tem mais de 30 eventos no radar para o equipamento. A empresa ficará a cargo dos custos de manutenção, assim como captação e contratação dos eventos. A partir de agora, caberá à GL também definir as tarifas de locação das dependências. A empresa é a mesma administradora de espaços como o Riocentro e a Jeunesse Arena, no Rio de Janeiro, e a São Paulo Expo.
Para fazer a gestão, a GL Events se comprometeu a investir R$ 10 milhões em outorga fixa. A primeira foi paga com a assinatura do contrato. A próxima será após seis meses de concessão. Além disso, após seis anos, a nova gestora deve pagar uma outorga variável equivalente a 5% da receita bruta no período, devendo investir mais R$ 14 milhões.
Em formato de pomba, símbolo presente na bandeira de Salvador, o Centro de Convenções possui duas “asas”, a Norte e a Sul, formada por pavilhões com climatização e sistema contra incêndio.
O sistema de ar-condicionado faz parte do planejamento de preservação das estruturas, porque evita a entrada da maresia, segundo o engenheiro fiscal Gustavo Muccini, responsável pela fiscalização do andamento da construção. "Para evitar a salinização, que é muito intensa nessa região, todo o ar insuflado para dentro é filtrado e dessalinizado”, esclarece.
Além disso, a fachada passou por um processo de impermeabilização, o piso de mármore do foyer dos pavilhões já está no lugar e toda a pintura interna foi entregue no fim do ano passado. As redes de água, esgoto e cabos de dados também já estão completas.
Segundo o secretário de Cultura e Turismo, Cláudio Tinoco, o Centro de Convenções possui 50 espaços ao todo, quase todos moduláveis para dar flexibilidade à diversidade de eventos que a estrutura se prepara para receber.
Com 37 mil metros quadrados de área  construída, o equipamento possui três pisos e será a terceira maior estrutura municipal do tipo no País, com capacidade para 14 mil pessoas na parte interna e 20 mil na área externa. 
Para esta última parte, foi escolhido o piso intertravado, com maior permeabilidade para areia da praia. O acesso para carros será no piso térreo e o de pedestres, no nível mais elevado, próximo da Avenida Octávio Mangabeira.

Salvador tem trânsito quase sem engarrafamento

Depois de conhecer o aeroporto de Salvador, modelo nacional em função da concessão à iniciativa privada, através de um grupo francês, foi possível fazer uma peregrinação pela cidade de metrô, ônibus e carro para comprovar se de fato as notícias de que o seu trânsito flui fácil não eram fake news. Foi uma tarde inteira. Em nenhum momento, nem mesmo nas horas de rush, enfrentei engarrafamentos.
E por que, ao contrário do Recife, o trânsito de Salvador engarrafa pouco ou quase nada? Tão logo assumiu, em 2013, o prefeito ACM Neto (DEM) priorizou abrir viadutos, construir pontes, buscar parcerias com o Governo do Estado, através do metrô, e criar alternativas para outros meios de transportes, como bicicletas.
Diferente da capital pernambucana, as ciclovias em Salvador são abertas nos canteiros das grandes vias da cidade, que se estendem da Av. Paralela ao centro, bem como pela Orla da capital.
Só são abertas faixas de ciclovias nas laterais quando não é possível intervenções nos grandes canteiros. No último ano da sua gestão, o democrata comemora a ampliação das opções de atendimento da rede de transporte por meio da integração ônibus-metrô-ônibus com apenas uma tarifa e aumento da frequência dos ônibus nas linhas e a redução do tempo de espera nos pontos de ônibus.
Também diferente do Recife, o metrô baiano funciona a contento, depois de ficar parado por 14 anos, a espera de uma decisão política, tomada pelo Prefeito ACM Neto em 2013 em consenso com o ex-governador Jacques Wagner (PT).
Saindo do aeroporto em direção ao centro é visível a olho nu o canteiro de obras da maior intervenção no trânsito de Salvador, cuja primeira etapa já tem um viaduto em funcionamento: o BRT (Bus Rapid Transit) Salvador, sistema rápido de transporte público que já existe em mais de 200 cidades de todos os continentes.
Em Salvador, este sistema moderno e de alta capacidade, com tecnologia 100% nacional, vai começar a atender bairros aonde o metrô não chega, beneficiando milhares de pessoas que precisam de um transporte público de qualidade. O projeto, quando totalmente concluído em 2021, vai ligar os dois principais polos econômicos da capital: o Centro antigo e a região do Iguatemi (centro moderno da capital).
As vias que ligam esses dois pontos passam pelo meio da cidade, que não comportam mais o crescimento do número de veículos nas ruas. Por isso, para a implantação do BRT, a Prefeitura constrói viadutos, elevados, ciclovias e linhas exclusivas para melhorar a vida dos usuários do transporte público e, ao mesmo tempo, desafogar o trânsito nesta região.
Segundo levantamento feito em pesquisa realizada sobre Origem/Destino, a área onde o BRT vai passar é uma das mais críticas em mobilidade urbana em Salvador. Já são cerca de R$ 100 milhões investidos na implantação do primeiro trecho ligando o Loteamento Cidade Jardim ao Shopping da Bahia. O segundo trecho ligando do loteamento Cidade Jardim à Estação da Lapa já se encontra em fase final de licitação.
Nas obras que visitei, encontrei um viaduto sendo erguido no sentido Parque da Cidade-Lucaia e outro na direção Parque da Cidade-Iguatemi. As estruturas estão sendo erguidas para viabilizar faixas exclusivas de transporte, automóvel e ciclovia, para acabar de vez com o engarrafamento no local. Já o viaduto na região do Walmart, que abrigará a estação do BRT, vias expressas e uma ciclovia, está com 47% das vigas instaladas.
Também estão sendo erguidas as sustentações que serão instaladas nas imediações do Cidadela. Esse primeiro trecho do BRT Salvador inclui ainda as obras do viaduto a ser feito nas proximidades do Shopping da Bahia. Uma das propostas do BRT é eliminar semáforos da região, o que promete fazer com que o fluxo no trânsito flua com maior facilidade.
Com 2,9 km de extensão, o trecho 1 do BRT permitirá, por exemplo, que os passageiros dos ônibus possam sair do final da Garibaldi (sentido Rio Vermelho), passar por uma das vias expressas e chegar ao início da Avenida Paralela sem passar por nenhuma sinaleira.
Os elevados estão em obras para passar por cima de cruzamentos e dos semáforos que permanecerem, não sendo permanentes ao longo da via, como acontece com o metrô na Avenida Bonocô. A Prefeitura de Salvador pretende implantar seis novas linhas de BRT até o ano de 2025, além da ligação entre a Estação da Lapa e a rodoviária, passando pelas avenidas Vasco da Gama, Juracy Magalhães e ACM, em um trajeto diferente do metrô.
Os veículos do BRT terão capacidade para transportar 31 mil passageiros por dia e reduzirá até 42% do tempo, em relação ao ônibus comum. A expectativa é que o percurso entre a Estação da Lapa e a região da rodoviária seja feito em até 16 minutos. Ao apagar das luzes de 2019, o prefeito entregou 70 novos coletivos com ar-condicionado como parte do programa de melhoria do atual sistema.
Já os ônibus do BRT poderão ser do tipo articulado, com até 23 metros de comprimento e climatizado, com capacidade para até 170 pessoas. O BRT terá capacidade de beneficiar até 31 mil pessoas por hora, em horários de pico. Os veículos do BRT operarão a uma velocidade comercial de 25 a 40 km/h. Os tempos de percurso serão significativamente reduzidos se comparados aos atuais níveis de operação.
Além da revolução do sistema BRT, que Recife renega, depois de investir R$ 400 milhões, Salvador faz a integração do seu trânsito com um novo conceito de terminal de passageiros: a chamada Estação Lapa, concedida em 2015 à iniciativa privada, com investimentos da ordem de R$ 20 milhões. Um ano após, em 2016, a nova estação foi entregue totalmente requalificada, contemplando 500 mil pessoas que passam diariamente pelo local.
O maior terminal de passageiros do Nordeste tem banheiros climatizados, escadas rolantes, elevadores, sistema de combate a incêndio, central de monitoramento por câmera, sistema de sonorização e muitos serviços outros que garantem conforto e comodidade dos usuários. A estação Lapa tem uma área de 43.635 metros quadrados e conta com a operação de 48 linhas, com a circulação de 174 coletivos por hora.
Pelo terminal, transitam 509 ônibus que pertencem a 107 linhas do transporte público da cidade. As obras foram executadas pelo consórcio Nova Lapa, que venceu o processo de licitação para administrar o terminal durante 35 anos. “A estação estava abandonada, destruída, não funcionava. O subsolo era uma fedentina. A estação não oferecia conforto para ninguém”, revela o prefeito ACM Neto.
Segundo o secretário de Mobilidade de Salvador, Fábio Mota, painéis eletrônicos instalados na estação mostram o tempo de previsão para a chegada dos ônibus e a indicação da plataforma em que passam cada uma das linhas de ônibus. O principal diferencial da estação, segundo ele, é a estrutura de acessibilidade para os usuários. “Nós temos mais de 2 km de piso tátil, corrimão infantil e para adultos. Nenhuma estação do País tem os equipamentos de acessibilidade que temos hoje”, afirmou. O terminal também recebeu esquema de segurança, com atuação de 74 funcionários e cerca de 100 câmeras de monitoramento, além de iluminação com 450 lâmpadas.