Se não mudar ao longo da campanha o cenário amplamente favorável à reeleição do prefeito de Petrolina, conforme pesquisa postada acima, com certeza Miguel Coelho (MDB) deve sair das urnas de novembro com o maior índice estadual de votação do Estado e um dos maiores do País no primeiro turno. Ao mesmo tempo, pavimentará o caminho para o Governo do Estado em 2022 pelo bloco de oposição, representando de fato a abertura da cortina da renovação dos quadros estaduais majoritários.
Com quem converso em Petrolina, seja formador de opinião ou gente simples mesmo do povo, há um sentimento geral de que Miguel caiu na graça da população e consolidou um perfil de gestor moderno, aplicado e ousado. Transformou a cidade num verdadeiro canteiro de obras sem descuidar do social, dos pequenos e médios produtores e trabalhadores do campo. Jovem, renovou a forma de se comunicar com a população pelas redes sociais.
Tem fama de trabalhador e notável articulador. Historicamente, o eleitor sabe reconhecer o gestor alinhado e comprometido com a cidade e seus problemas ao longo do processo eleitoral. É regra e não exceção: governo bem avaliado, seja no plano federal, estadual ou municipal, emplaca a reeleição sem nenhum risco. Com Miguel, provavelmente hoje o mais popular do Estado, não será diferente. Com ele no comando da Prefeitura, a cidade mudou e a população manifesta uma enorme satisfação, conforme atesta a mesma pesquisa.
Além da boa gestão, que colocará em julgamento, Miguel conta com o fator sorte. Não surgiu nos últimos anos uma liderança para medir forças com ele em termos de renovação. Seus adversários que vão tentar derrotá-lo não têm densidade ou empatia com o eleitorado. É o caso, por exemplo, de Odacy Amorim, pré-candidato do PT, enquadrado naquilo que se habituou classificar de fadiga de material, produto vencido na prateleira, que o freguês olha e não tem interesse na compra.
Quem de fato poderia incendiar a disputa, o ex-prefeito Júlio Lóssio, preferiu a estratégia de dar visibilidade ao filho Julinho, pré-candidato do PSD, pensando em elegê-lo deputado estadual, em 2022. Quanto ao vereador Gabriel Menezes, pré-candidato do PSL, me parece bom na resistência dialética, na formulação de propostas e tem coragem de expor as feridas de Miguel e de sua gestão, mas faltam-lhe grupos e apoios para a empreitada.
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