* Simone de Sá
Faço parte de uma maioria que decidiu cursar Direito no início da juventude por ter o sonho de, através da sua atuação, contribuir com a concretização da Justiça nos próximos anos e que, já durante o curso, ao estagiar em escritórios de advocacia, percebeu que o que tanto ouvia naquele momento sobre a precarização da classe, a exploração cotidiana sofrida pelos advogados, era verdade. Diante dessa realidade, concluir o curso de Direito e iniciar a carreira advocatícia era uma exceção apenas para os mais destemidos.
Faço parte de uma maioria que acompanhou durante todo o seu curso de Direito a Ordem dos Advogados de Pernambuco não como uma instituição que visa atuar em favor da futura classe, mas como um mero obstáculo a ser transpassado ao concluir o curso.
De uma maioria que ao ser aprovada no exame antes referido, teve seu primeiro encontro com a Ordem no dia do juramento, junto com os seus familiares e que na solenidade ficou decepcionada por o então presidente utilizar quase a todo o tempo dedicado àquela importante solenidade para fazer campanha do seu grupo, ao relatar todas as supostas ações que teriam realizado em favor da classe.
Faço parte de uma maioria que já começou a sua carreira sem muitas expectativas, sem esperanças em relação à atuação da OAB-PE. Que via os componentes da instituição em contato com os advogados (genericamente) apenas nas eleições ou nas publicações das revistas das instituições relatando sua atuação, mesmo que não sentida concretamente. Que em outros momentos os via nos meios de comunicação ou em grandes eventos sociais de forma elitizada, ao lado de poucos e reconhecidos juristas da região, bem distante de nós, a maioria.
Faço parte de uma maioria que se encontrou, se reconheceu e que a partir disso passou a ter força para exigir uma realidade diferente.
Que luta por uma Ordem dos Advogados no seu Estado e que aja em favor do advogado em si, independente da sua área de atuação, de ser do interior do Estado ou da capital, da sua classe econômica, da sua influencia política, que atue, dessa forma de forma horizontal.
Que luta por uma Ordem dos Advogados no seu Estado e que aja em favor do advogado em si, independente da sua área de atuação, de ser do interior do Estado ou da capital, da sua classe econômica, da sua influencia política, que atue, dessa forma de forma horizontal.
De uma maioria que reconhece como valor fundamental da igualdade de gênero, concretizando essa paridade desde a composição de sua chapa. Que em coerência com o que diz, faz.
De uma maioria que exige a existência de "olhos" para jovens advogados, entregues cotidianamente no mercado, com descontos pífios em suas anuidades, o que inviabiliza a sua adimplência perante os cofres da OAB-PE.
De uma maioria que busca a otimização dos gastos e a implementação da menor anuidade do País, no valor de R$ 600,00 no próximo triênio para os advogados pernambucanos, a exceção daqueles que possuam de zero a cinco anos de inscrição, que obterão 50% de desconto, passando a ter uma anuidade de apenas R$ 300,00 no mesmo período, como incentivo aos que estão iniciando a profissão.
De uma maioria que anseia lutar pelas prerrogativas da advocacia, essenciais para a garantia de uma atuação independente que estão sendo violadas em vários fóruns e cidades por servidores, autoridades judiciais e policiais, em função da atual estrutura da OAB-PE, que não protege, nem defende os nossos direitos. Isso, por meio de uma Comissão de Prerrogativas profissionalizada, com a contratação de advogados para se apresentar com uma procuração do Conselho Estadual perante toda e qualquer autoridade arbitrária, fazendo com que o advogado ofendido e desrespeitado não se exponha individualmente.
De uma maioria suprapartidária e democrática que quer a participação de todos, feita a partir de todos, pois a Ordem É Para Todos!
É tempo de mudança. É Hora de Mudar.
Faço parte e agora represento a maioria que quer e vai eleger Jefferson Calaça para presidente e Raíssa Braga para vice-presidência da OAB-PE.
* Integrante do movimento A Ordem É Para Todos
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