Em Belo Jardim, a 185 km do Recife, o ex-prefeito José Ivan Monteiro (DEM) - vice-prefeito que assumiu durante o período da campanha do ano passado em razão de licença requerida pelo prefeito Marcos Coca Cola (DEM) - recorreu a recursos federais destinados à construção de creches e obras de saneamento para pagamento de pessoal, um flagrante desrespeito à lei.
Alterar o destino de verba federal tipifica crime. Coca Cola, por sua vez, antes de passar o cargo ao vice, cometeu outro flagrante delito: sacou R$ 1,2 milhão do Fundo Previdenciário do Município – Belo Jardim-Prev – para completar a folha de servidores.
Acionado pelo Ministério Público, Coca-Cola foi obrigado a restituir o valor, dividindo a quantia em sete parcelas, entre os meses de outubro de 2010 e janeiro de 2011. Mesmo assim, o fundo está com um rombo de R$ 2,9 milhões, referentes a contribuições abatidas do salário dos servidores entre setembro e dezembro do ano passado, incluindo o benefício do 13º salário, que não foram repassados ao Belo Jardim-Prev.
Quanto às verbas federais, a gestão passada sacou R$ 121.259,13 em 21 de setembro do ano passado e mais R$ 420 mil no mesmo dia, quantia proveniente de convênios celebrados com o Ministério da Educação. Sacou mais R$ 121.259,13, em 21 de setembro do ano passado, de um convênio com o Ministério das Cidades para obras de saneamento. Resultado: nem as creches saíram do papel nem tampouco a rede básica de esgotos.
Um aviso afixado na porta do hospital avisa sobre a falta de médicos
Na tentativa de derrotar velhos aliados, o novo prefeito João Mendonça saiu do DEM e se filiou ao PSD, e acabou por herdar uma tremenda herança maldita. “O deputado Mendonça Filho era quem mandava e desmandava no município. O prefeito aqui era ele”, diz o ex-vereador Valdemir Cintra, atual secretário da Juventude.
Na verdade, Cintra se refere a processos direcionados para deixar o município numa situação de ingovernabilidade. O grupo de Mendonça Filho deixou a folha de pessoal da área da saúde em atraso, o que representa cerca de R$ 300 mil. Celebrou um acordo trabalhista com 800 servidores, pelo qual o município terá que desembolsar R$ 350 mil a.m. durante 16 meses.
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