PREFEITURA MUNICIPAL DE TRINDADE

04 fevereiro 2021

Anderson do Molejo é acusado de estupro por jovem de 21 anos

 O boletim de ocorrência foi revelado pelo colunista do programa A Tarde É Sua (RedeTV!) Alessandro Lo-Bianco


Um jovem de 21 anos acusa o cantor do grupo Molejo Anderson Leonardo, 48, de tê-lo estuprado no dia 11 de dezembro de 2020 após o vocalista prometer levá-lo a uma reunião e entrar em um motel no Rio de Janeiro. O boletim de ocorrência foi revelado, nesta quarta-feira (3), pelo colunista do programa A Tarde É Sua (RedeTV!) Alessandro Lo-Bianco. O cantor nega veementemente o crime.

Segundo relatado à polícia, Anderson Leonardo seria empresário da vítima, que tenta carreira de MC, e teria chamado o jovem para uma conversa em particular. Antes de chegar ao local, o vocalista teria dito que pararia o carro para que eles pudessem comer, mas em vez disso, o ludibriou a entrar em um hotel.

Ao chegar ao quarto, o cantor teria tirado as roupas e teria dado dois tapas na cara do jovem, que chorava e dizia ainda ser virgem. Ainda segundo relato à polícia, o rapaz afirmou que o cantor teria tomado seu celular e o teria desligado. Em seguida, Anderson Leonardo o teria violentado sexualmente, sem usar camisinha.

Segundo relato do jovem no boletim de ocorrência, o vocalista ainda teria proferido diversos palavrões e xingamentos e que, em determinado momento do abuso, ele teria desmaiado. Ao acordar, o jovem disse que Anderson Leonardo o teria obrigado a fazer sexo oral. "Se me morder eu te mato", teria dito o cantor.

Machucado e constrangido, o MC diz ter tomado banho e pedido para ir embora. Anderson Leonardo teria dito que não sabia se era "sorte ou azar" ter tido relação com o jovem aos 48 anos após ser pai aos 47. Os dois teriam deixado o local e o jovem teria sido abandonado na rua. À polícia, o jovem disse que teria a cueca usada no dia em que houve o abuso com manchas de sangue e, também, com sêmen do cantor.

CANTOR NEGA O OCORRIDO

Em resposta por meio de suas redes sociais, o cantor Anderson Leonardo nega veementemente o ocorrido. De acordo com nota, ele foi surpreendido com a notícia e não tem qualquer conhecimento sobre o assunto, já que não foi intimado.
O cantor diz ainda que "lamenta profundamente as declarações envolvendo seu nome, refutando qualquer ato de violência contra quem quer que seja, negando categoricamente à acusação completamente falsa de agressão sexual".

O artista ressalta que em mais de 30 anos de vida pública jamais teve seu nome ligado a qualquer ato criminoso ou que viesse a desabonar ou macular a sua imagem e carreira. A nota afirma que Anderson "conhece a suposta vítima, mas jamais praticou os atos veiculados na imprensa". Diz também que tem conhecimento que a suposta vítima já esteve presente em diversas apresentações artísticas dele, "o que demonstra que a narrativa publicada nunca ocorreu".

PE anuncia retomada gradual do ensino presencial

 

O governador Paulo Câmara anunciou, hoje, o início do ano letivo do ensino médio na rede pública estadual a partir de amanhã. Segundo ele, as escolas estaduais estão preparadas para receber professores e alunos, adotando todos os protocolos de segurança e higiene, mas o Estado também vai continuar oferecendo a opção das aulas remotas às famílias que preferirem não enviar seus filhos para o ensino presencial. O Governo do Estado também está liberando as prefeituras para retomarem as aulas presenciais da rede municipal de maneira gradual e cumprindo todos os protocolos, a partir do dia 22 de fevereiro, estendendo-se semana a semana até o dia 15 de março, com a volta da educação infantil.

“O retorno gradual, feito no ano passado, mostrou que quando são observadas as regras de distanciamento, higiene e uso de máscara, é possível retomar as atividades sem colocar em risco a saúde das pessoas”, disse Paulo Câmara. “Sabemos bem a importância da volta às aulas presenciais para as famílias. Também estamos conscientes de que manter crianças e adolescentes fora das escolas penalizou, sobretudo, as mães e os próprios estudantes num cenário de isolamento social”, acrescentou.

O cronograma de retomada foi traçado de acordo com os protocolos validados pelo Comitê Estadual de Enfrentamento à Covid-19 e foi dividido em quatro etapas, com início a partir do dia 22 de fevereiro, quando professores do Ensino Fundamental e servidores devem retornar para adequação das escolas e capacitação. Em seguida, os estudantes do nono, oitavo, sétimo e sexto ano do Ensino Fundamental retornam no dia 1º de março. O calendário seguirá com os estudantes do quinto, quarto, terceiro, segundo e primeiro ano do Ensino Fundamental voltando no dia 08 de março. Por fim, haverá a volta dos alunos do Infantil, cujo retorno está previsto para o dia 15 de março.

“O retorno da rotina escolar, assim como todas as atividades liberadas dentro do nosso plano de convivência com a Covid-19, deve ser encarado como uma conquista, que só será mantida se cada um de nós nos comprometermos com as condutas que vão evitar uma nova aceleração da doença”, reforçou Paulo Câmara.

O secretário de Educação e Esportes, Marcelo Barros, destacou que a decisão de voltar às aulas presenciais, no modelo híbrido, foi pautada na importância que a educação tem não apenas na vida das crianças e jovens, mas no desenvolvimento do Estado como um todo. “O ano de 2020 foi desafiador, mas conseguimos vencê-lo com planejamento, paciência, criatividade e confiança nos protocolos estabelecidos. A pandemia ainda não acabou. Precisamos agora seguir com projetos e protocolos definidos e sendo traçados para nos acostumarmos com esse novo momento", disse.

O gestor da pasta destacou, ainda, que o Governo de Pernambuco seguirá oferecendo o programa “Conecta Aí”, lançado no ano passado e que patrocina dados de internet dos estudantes da rede pública estadual para que eles possam acessar gratuitamente o material disponibilizado na Plataforma Educa-PE, no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e no Google Classroom. Ao acessar essas plataformas, os estudantes não gastam dados dos celulares.

Bolsonaro lista prioridades em abertura do Legislativo

 

Agência Câmara

Ao ler sua mensagem ao Congresso Nacional, o presidente Jair Bolsonaro fez um pequeno balanço das atividades do seu governo e citou algumas das prioridades para este ano, como a PEC do Pacto Federativo, a revisão de subsídios, a reforma tributária, a independência do Banco Central e a reformulação do mercado de câmbio. A leitura ocorreu durante a sessão de abertura do ano legislativo, hoje.

A lista completa de propostas prioritárias já foi divulgada pelo Palácio do Planalto e conta com 19 projetos selecionados em tramitação na Câmara dos Deputados e com 15 propostas no Senado Federal.

Pandemia

Sobre o enfrentamento da pandemia de Covid-19 em 2020, Bolsonaro disse que o governo adotou duas premissas básicas: salvar vidas e proteger empregos. Ele lembrou que todos os órgãos passaram a direcionar seus esforços para combater a pandemia, com a ajuda do Parlamento na aprovação de leis necessárias.

“Vários procedimentos e políticas públicas foram criadas, como o auxílio emergencial, para ajudar a população mais vulnerável. Mais de 10 milhões de empregos foram preservados com o programa de proteção ao emprego, e a Lei Aldir Blanc socorreu o setor de cultura”, afirmou.

Bolsonaro disse que as despesas totais pagas foram de R$ 524 bilhões para essas medidas, sem a criação de novos impostos.

Quanto ao plano de vacinação contra a Covid-19, ele reafirmou que o governo está trabalhando na infraestrutura para a campanha nacional de vacinação e que estão reservados R$ 22 bilhões para comprar vacinas.

Política externa

Dentre as matérias aprovadas pelos parlamentares em 2020, o presidente da República lembrou da nova Lei de Falências, das mudanças no Código de Trânsito, do novo Fundeb e da carteira de trabalho digital.

Bolsonaro citou ainda realizações do Executivo em vários setores, como Defesa, agricultura, meio ambiente, ciências, regularização fundiária, governo digital e transportes.

Na política externa, disse que o Brasil “está em um invejável patamar” em relação a outros países, citando a aproximação com os Estados Unidos e com países do Mercosul.

Bolsonaro disse que nunca “tratorou a imprensa” e afirmou desejar que os interesses do povo brasileiro se sobreponham a todos os outros. “Devemos ter espírito público para construirmos um País mais justo para todos, e o Congresso é fundamental para atingir esse objetivo”, afirmou.

Ministro acena para realizar São João

 

Em entrevista ao Frente a Frente, há pouco, direto de Brasília, o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, declarou que o Governo fará um grande esforço para vacinar a população brasileira até junho. Se tudo der certo, segundo ele, Caruaru pode realizar o São João ainda este ano. "Quero tocar sanfona ao lado do presidente na abertura do São João de Caruaru", disse.

A entrevista do ministro vai ao ar durante o programa, que começa às 18 horas, gerado pela Rede Nordeste de Rádio, que tem como cabeça de rede a Hits 103,1 FM, no Grande Recife. Se você deseja ouvir pela Internet clique no botão Rádio acima ou baixe o aplicativo da Rede no play store.

Mortes por doenças cardíacas sobem 132% durante pandemia

 

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De acordo com uma pesquisa realizada pelas universidades federais de Minas Gerais (UFMG) e Rio de Janeiro (UFRJ), em conjunto com o Hospital Alberto Urquiza e a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a pandemia de Covid-19 fez subir em 132% o número de mortes cardiovasculares, principalmente no Nordeste. O levantamento aponta que um dos principais motivos foi a falta de acesso aos tratamentos de saúde.

Além disso, muitos pacientes não mantiveram o acompanhamento de doenças, como diabetes e hipertensão, por medo do contágio da COVID-19.

Mesmo antes da pandemia, as doenças cardiovasculares já eram apontadas como a principal causa de morte no Brasil. De acordo com a SBC, são mais de 1.100 óbitos por dia, o que dá uma morte a cada 90 segundos. Por isso, os médicos alertam que, mesmo com a chegada da vacina, é essencial que a população mantenha os cuidados com a saúde.

Fonte: Carlos Britto

Celpe faz alerta sobre consumo de energia no verão

 

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O valor da conta de energia está diretamente associado ao hábito de consumo das pessoas. No verão, os consumidores de energia elétrica precisam estar mais atentos para não sentir no bolso os efeitos da elevação da temperatura. Nesta época do ano, a variação é justificada, principalmente, pela utilização de aparelhos de refrigeração para amenizar o calor.

Equipamentos como geladeiras e condicionadores de ar apresentam aumento de desempenho para compensar a alteração climática. Para evitar surpresas que podem comprometer o orçamento doméstico, a Celpe recomenda o uso eficiente de eletroeletrônicos. Neste mês, a atenção deve ser redobrada com a vigência da Bandeira Tarifária amarela estipulada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

O clima quente leva a maioria das pessoas a atenuar o desconforto das altas temperaturas acionando o condicionador de ar por mais tempo e abrindo mais vezes a geladeira, por exemplo. O resultado desse hábito pode ser a elevação no valor da conta de energia. Comportamentos eficientes na utilização da energia, além da atenção aos desperdícios, são essenciais para que o consumidor evite surpresas, sem, necessariamente, abrir mão do conforto.

“Com a chegada do verão é praticamente inevitável que haja um impacto na conta em função do maior consumo de energia para atenuar o calor. É um ciclo que verificamos todos os anos. Mas, é possível minimizar os efeitos na fatura de energia”, afirma a gerente de Eficiência Energética da Neoenergia, Ana Christina Mascarenhas.

A Celpe aconselha o consumidor a ter atenção no momento da compra de eletrodomésticos. É importante optar por produtos que apresentam o Selo Procel – que indicam os aparelhos mais eficientes e que consomem menos energia. É recomendável o uso de lâmpadas fluorescentes ou em LED, que chegam a economizar cerca de 80% de energia elétrica e têm durabilidade bastante superior às comuns.

Confira dicas para economizar energia:
– 
Aparelhos elétricos consomem mais quando o ambiente externo está mais quente, evite, também, utilizar climatizadores e condicionadores de ar por longos períodos. A orientação é ajustar o condicionador de ar para temperatura confortável (cerca de 23° C). Utilizar o timer (temporizador) ajuda a evitar o funcionamento desnecessário do equipamento;

– Após a refrigeração do cômodo, o consumidor pode recorrer aos ventiladores, para manter o clima agradável. É importante lembrar da limpeza regular desses equipamentos. Além de higiênica, a medida contribui para um desempenho mais econômico;

– No caso das geladeiras, quando em mau estado de conservação, os equipamentos chegam a representar 30% do consumo de uma residência. Além disso, freezers e geladeiras devem ser instalados em locais ventilados, com espaço mínimo de 15 centímetros de paredes e armários. É importante observar periodicamente a borracha de vedação que, uma vez ressecada, causa um grande desperdício de energia;

– Colocar o chuveiro elétrico na posição verão é mais uma dica de economia, quanto mais baixa a temperatura da água, menor o consumo;

– Fornos e ferros elétricos somente devem ser usados quando necessário. É importante otimizar esses equipamentos, para aproveitar o calor, evitando desligar e reaquecer o aparelho com frequência. 

Pernambuco teve terceiro maior tempo para abrir uma empresa no país em 2020

 

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Pernambuco fechou 2020 com saldo positivo de 66.055 empresas ativas, já que registrou 97.800 empreendimentos abertos contra 31.745 fechados no ano passado. O tempo médio de abertura de uma empresa no estado foi de quatro dias e sete horas, o terceiro maior do Brasil, atrás apenas de Bahia e Santa Catarina, que tiveram prazo médio de seis dias e 20 horas e três dias e 20 horas, respectivamente. Entre as capitais brasileiras, o Recife foi a que apresentou o maior tempo médio para abertura de uma empresa, com três dias e 16 horas. Em contrapartida, levando em consideração todos os munícios nacionais, Cupira, no Agreste de Pernambuco, foi o que teve o menor tempo para abrir uma empresa, com meia hora. Os dados são do boletim anual do Mapa de Empresas, do Ministério da Economia.

Na comparação com 2019, houve aumento no número de empresas abertas, mas também no resultado de empresas extintas em Pernambuco. Foram 96.013 empresas abertas e 38.028 empreendimentos fechados no ano anterior ao do balanço de 2020. No saldo do estado, foram 57.985 empresas ativas. Em 2019, o tempo de abertura de uma empresa também foi maior do que em 2020, precisando de quatro dias e 12 horas.

Em 2020, no estado, 87.094 das empresas abertas se enquadraram no perfil de microempresas. Já entre as atividades econômicas, a de comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios foi a que teve o maior número de empresas abertas no ano, chegando a 5.759. Cabelereiros, manicure e pedicure foi a segunda atividade, com 3.500 empresas abertas, seguida de promoção de vendas, com 3.308, e restaurantes e similares, com 3.039.

Em um recorte estadual apenas de dezembro, foram abertas 7.470 empresas e extintas 2.856, resultando em um saldo de 4.614. O tempo médio para abertura naquele mês foi de três dias e 11 horas. Entre as atividades, a de comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios teve o maior número de aberturas, com 403, seguida de promoção de vendas, com 294, e restaurantes e similares, com 287.

Brasil

No Brasil, houve crescimento de 6% no número de empresas abertas em 2020 em relação a 2019. Foram abertas 3.359.750 empresas e fechadas 1.044.696, resultando em um saldo positivo de 2,3 milhões de empreendimentos ativos. O tempo médio de abertura de empresas no país foi de três dias e quatro horas, abaixo do prazo registrado em Pernambuco. Goiás, entre os estados, foi o que apresentou menor tempo médio para abrir um empreendimento, em um dia e duas horas, seguido de Sergipe, em um dia e cinco horas.

Projeto prorroga por mais seis meses estado de calamidade pública

 

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O Projeto de Decreto Legislativo 566/20, de autoria do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), prorroga por seis meses a vigência do Decreto 6/20, que reconhece o estado de calamidade pública em razão da pandemia de coronavírus. A proposta tramita na Câmara dos Deputados.

O decreto, publicado em 20 de março do ano passado e que teve efeitos até 31 de dezembro, permite que o Executivo gaste mais do que o previsto e desobedeça às metas fiscais para custear ações de combate à pandemia.

Paulo Teixeira lembra que mesmo com o início do processo de vacinação, ainda não há perspectivas para imunização em massa da população, ao mesmo tempo que já estamos vivendo a segunda onda da epidemia.

“Sem alternativas, torna-se urgente a prorrogação imediata do Decreto Legislativo a partir de 1º de janeiro de 2021, tendo em vista que não há indicativos de que os índices econômicos e sociais venham a melhorar”, observou o deputado.

Farmacêuticas GSK e CureVac desenvolvem em conjunto nova vacina

 

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O laboratório farmacêutico britânico GSK e o concorrente alemão CureVac anunciaram que vão desenvolver em conjunto uma vacina contra o novo coronavírus, que esperam estar pronta em 2022.  

Em comunicado, as empresas dizem que têm como objetivo desenvolver “uma vacina que responda às variantes que possam surgir durante a pandemia”.

Neste momento, a investigação vai ter como “alvo” as variantes que já foram detectadas e outras que podem vir a surgir, afirma o documento divulgado hoje. (3)

No mesmo comunicado, o laboratório GSK (GlaxoSmithKline) acrescenta que, numa primeira fase, vai apoiar durante 2021 a produção de uma primeira vacina que já foi desenvolvida pela farmacêutica CureVac e que já se encontra na “fase 3” dos ensaios clínicos.

As duas empresas já têm vínculos estabelecidos, desde julho de 2020, quando a GSK adquiriu 10% do capital da biotecnológica alemã CureVac.

Os trabalhos vão começar de imediato, sendo que as empresas esperam ter resultados em 2022, desde que obtenham “luz verde” das autoridades sanitárias.

O acordo prevê um investimento da GSK na empresa alemã, que vai permitir aos britânicos obter os direitos da nova vacina para todos os países, exceto Alemanha, Áustria e Suíça.

“Nós pensamos que a próxima geração da vacina vai ser crucial na luta que continua contra a covid-19”, disse Emma Walmsley, diretora-geral da GSK.

Fonte: Agência Brasil

Resultado da pré-seleção do Fies já pode ser consultado na internet

 

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Com um dia de atraso, o resultado da pré-seleção para bolsas oferecidas pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) 2021 foi publicado na manhã desta quarta-feira (3). Os candidatos às 93 mil bolsas podem consultar o resultado no site do programa ou na instituição para a qual se inscreveu. 

Segundo o Ministério da Educação (MEC), serão disponibilizados R$ 500 milhões para as bolsas de financiamento estudantil. Os candidatos pré-selecionados deverão complementar sua inscrição entre os dias 3 e 5 de fevereiro de 2021.

De acordo com o MEC, os candidatos não selecionados integrarão uma lista de espera, podendo ser convocados a qualquer momento, até o dia 18 de março.

Agência Brasil entrou em contato com o MEC para saber o motivo do atraso na divulgação do resultado, mas ainda não obteve resposta. Nas redes sociais, os candidatos se queixaram do atraso no cronograma. 

Regras

A seleção para o Fies é feita com base nas notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Na edição deste ano, pode participar quem fez o Enem entre 2010 e 2019, obteve média acima de 450 e não zerou a redação. As notas de 2020 não poderão ser utilizadas devido ao adiamento das provas, que foram aplicadas somente em janeiro de 2021. Outro pré-requisito é ter renda familiar mensal bruta, por pessoa, de até três salários mínimos.

Financiamento

Criado em 1999, o Fies tem como meta facilitar o acesso ao crédito para financiamento de cursos de ensino superior oferecidos por instituições privadas. O programa é ofertado em duas modalidades desde 2018, por meio do Fies e do Programa de Financiamento Estudantil (P-Fies).

O primeiro é operado pelo governo federal, com juros zero, para estudantes que têm renda familiar de até três salários mínimos por pessoa. O percentual máximo do valor do curso financiado é definido de acordo com a renda familiar e os encargos educacionais cobrados pelas instituições de ensino.

Já o P-Fies tem regras específicas e funciona com recursos dos fundos constitucionais e dos bancos privados participantes, o que implica cobrança de juros.

84% dos brasileiros nunca checaram como empresas usam seus dados pessoais, diz pesquisa

 

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Mais de 84% dos brasileiros nunca entraram em contato com alguma empresa para checar como a companhia usa seus dados pessoais ou se utiliza essas informações de maneira responsável, aponta pesquisa feita pela OpenText. A média internacional é de 78%.
 
A pesquisa foi feita pela internet e ouviu 24 mil pessoas em 11 países. Foram 12 mil entrevistados em abril e maio de 2020 na França, Alemanha, Reino Unido, Espanha, Canadá, Cingapura e Austrália. Outras 12 mil pessoas foram ouvidas de 11 a 25 de novembro no Brasil, Índia, Japão e Itália. No Brasil, foram 2.000 entrevistados.

A garantia legal de acesso e transparência sobre o uso dos dados aos cidadãos foi trazida pela LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), implementada em setembro de 2020.
 
Com ela, o cidadão poderá exigir das empresas públicas e privadas informações claras sobre quais dados ela coletou, como os armazena e para quais finalidades os usa, além de poder pedir cópia desses dados e solicitar que sejam eliminados ou transferidos.
 
Ainda segundo a pesquisa da OpenText, 70% dos brasileiros não têm conhecimento nenhum ou têm apenas uma vaga ideia sobre o que essa lei trata.

Segundo o vice-presidente para a América Latina da companhia, Roberto Regente Junior, os números refletem a implantação ainda incipiente da LGPD.
 
“Outro dado importante da amostragem aponta que 38% dos entrevistados acredita que a adesão à LGPD vai acontecer, mas não agora. Toda essa percepção vem pela LGPD ser algo ainda muito novo. Muitas das pessoas e empresas ainda não têm noção de quais sanções serão aplicadas e como essa lei se desenrola”, disse.
 
Ainda segundo o levantamento, apenas 14,8% dos brasileiros afirmam confiar em empresas para manter seus dados pessoais seguros ou privados. Outros 49,2% dizem confiar mais em algumas companhias do que em outras.

Para Regente Junior, a preocupação em relação a como as empresas usam e armazenam dados tende a se intensificar ao longo deste ano, não apenas no Brasil, mas no mundo.
 
“A pandemia trouxe um novo significado do que significa trabalhar digitalmente. A vida, que já era digital do ponto de vista social e de conveniência, agora também passa a ser digital pelo lado profissional. Vários dados estão na mesma conexão ou, às vezes, até mesmo na mesma máquina”, afirmou o executivo.
 
Ainda segundo a pesquisa, a maioria dos brasileiros afirma que mantém seus dados seguros e com privacidade em aplicativos, contas de e-mails e redes sociais, adotando, por exemplo, configurações de privacidade e desligando funções de georreferenciamento.

Cerca de 61% afirmaram adotar tais medidas -acima da média internacional, de 57%. Além disso, 53% dos entrevistados afirmam que sabem, mais ou menos, quantas empresas usam, armazenam ou têm acesso aos seus dados pessoais, frente os 44% da média internacional.
 
Segundo Regente Junior, a expectativa é que cada vez mais a LGPD seja considerada uma bandeira corporativa importante.
 
“Assim como sustentabilidade e diversidade, os temas voltados para a LGPD e privacidade de dados precisam ser evoluídos e exigidos como carros-chefes entre as corporações, principalmente porque a responsabilidade com essas informações é muito grande e pode ter grandes efeitos na vida das pessoas quando não levadas a sério”, afirmou.

Abastecimento de oxigênio no Amazonas está equalizado, diz ministério

 

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O Ministério da Saúde informou, hoje (2), que a situação do abastecimento de oxigênio no Amazonas já é considerada normal: o consumo hospitalar diário de 80 mil metros cúbicos do gás está coberto, e há sobra de aproximada 8 mil metros cúbicos por dia.

Foi estabelecido um fluxo contínuo de chegada do gás por carretas vindas do Sul, Sudeste e Nordeste do país. Além disso, diariamente, dois voos da Força Aérea Brasileira (FAB) chegam a Manaus, carregados com o produto. De acordo com a assessoria de imprensa do ministério da Saúde, as ações executadas sob coordenação do ministro, Eduardo Pazuello, fazem parte de uma série de medidas para desafogar a rede hospitalar do estado.

Tanques

Ontem, foi iniciada operação para entregar, de avião, tanques isotérmicos com suplementação de oxigênio. Por via terrestre, é rotineira a chegada de carretas transportando tanques de oxigênio vindos da Venezuela, pela BR-174, e de outras regiões do Brasil, pela BR-319, contando com o auxílio de balsas para completar o trajeto, informou a assessoria do ministério.

Por via marítima/fluvial, o oxigênio é levado de navio para portos mais próximos, no caso é Belém (PA), onde o produto é envasado e embarcado em balsa para fazer o trajeto fluvial até Manaus. O carregamento de 90 mil metros cúbicos da operação realizada esta semana pela Marinha está sendo aguardado para chegada na capital do Amazonas nos próximos dias.

Usinas

O Ministério da Saúde e demais membros do comitê de crise elaboraram ainda um plano para implantação de 62 usinas destinadas ao crescimento da rede de abastecimento no interior. Desse total, 14 já se encontram em funcionamento e quatro estão em fase de implantação em Manaus e em outros municípios amazonenses. O plano contempla também a ampliação de mini usinas de oxigênio para a capital e o interior, visando reduzir a dependência das unidades de saúde do abastecimento externo.

Está também em andamento o processo de substituição da usina do Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), que gera 670 metros cúbicos de gás por dia, por outra mais robusta, com capacidade para produzir 2,4 mil metros cúbicos por dia. O ministro da Saúde acredita que, com a estabilização do oxigênio, será possível promover a abertura de novos leitos na unidade, para atender os pacientes de covid-19.

Com apoio do Ministério da Saúde e do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), a empresa White Martins, que fornece oxigênio para o Amazonas, também trabalha para expandir a planta de produção de oxigênio. Segundo a companhia, a ampliação da capacidade da unidade vai permitir elevar a produção em mais 6 mil metros cúbicos/dia. 

O @minsaude
 tem empenhado esforços para apoiar o atendimento da população no estado e equilibrar o abastecimento de oxigênio hospitalar. 14 usinas geradoras de oxigênio instaladas em Manaus e no interior do Amazonas já estão funcionando.

Diversas usinas de oxigênio instaladas em Manaus e no interior do Amazonas já estão funcionando. – Ministério da Saúde

Próximos passos

Os esforços, a partir de agora, serão direcionados para ampliar a oferta de leitos e sanar as filas de espera. Nessa primeira fase, a previsão é abrir mais 150 leitos clínicos e 50 UTIs no estado. 

Em paralelo, o ministério trabalha em conjunto com o Ministério da Defesa e o governo estadual com objetivo de viabilizar a transferência de pacientes para tratamento em outros hospitais do país. Já foram feitas, até o momento, mais de 430 transferências. Os pacientes estão sendo acomodados em leitos de hospitais universitários, disponibilizados pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) e pelos governos estaduais.

02 fevereiro 2021

Bolsonaro celebra vitória de Lira com foto nas redes sociais


 O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) publicou uma foto ao lado de seu aliado, deputado Arthur Lira (PP-AL), eleito na noite desta segunda-feira (1º) o novo presidente da Câmara dos Deputados.


"Arthur Lira é eleito (302 votos em 513 possíveis), em primeiro turno, para presidir a Câmara para o biênio 2021/22", escreveu Bolsonaro nas rede sociais, ao lado da fotografia.

Com o apoio do Palácio do Planalto, Lira foi eleito em primeiro turno para comandar a casa. Ele recebeu 302 votos e superou Baleia Rossi (MDB-SP), que recebeu o apoio de 145 parlamentares.

Bolsonaro também comemorou na noite desta segunda a vitória de Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que venceu a eleição para a presidência do Senado.
O êxito de Lira é uma vitória para Bolsonaro. O adversário do líder do centrão, Baleia Rossi, teve sua candidatura arquitetada pelo agora ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Maia é considerado um adversário pelo Planalto e é acusado por Bolsonaro e por seus aliados de ter travado a pauta governista no Congresso.

Saiba quem é Arthur Lira, novo presidente da Câmara que construiu base para Bolsonaro

 


O deputado federal Arthur Lira (PP-AL), 51, chega à presidência da Câmara após dois anos de articulação e graças ao apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para alcançar o posto mais alto da Casa.


Parlamentar de terceiro mandato e um dos expoentes do chamado centrão, Lira ensaiou uma candidatura em 2019, quando tentou montar um grupo de apoio para se contrapor a Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Naquela ocasião, porém, o deputado, líder do PP, falhou em arregimentar votos suficientes para vencer Maia, que presidiria a Câmara pela terceira vez.

Na época, Lira abriu mão de se lançar candidato, deixando o caminho livre para o deputado do DEM. Dirigentes do PP contam que a opção de Lira por desistir da candidatura passou por um acordo para que o seu partido pudesse comandar a Casa no biênio seguinte. Maia nega que tenha feito trato nesse sentido.

A ideia era formar um amplo arco de apoio a um nome do PP, o que não aconteceu depois que os parlamentares dividiram-se entre aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e independentes.

Lira já vinha trabalhando junto a deputados para se viabilizar candidato à presidência da Câmara e era considerado um nome competitivo. A grande virada na sua articulação que lhe assegurou a vitória no comando da Casa, no entanto, ocorreu em abril de 2020, quando Lira e seu partido aliaram-se ao governo.

O deputado ajudou a construir uma base de apoio a Bolsonaro que poderia barrar a abertura de um processo de impeachment e permitir a aprovação de matérias de interesses do Palácio do Planalto. Até aquele momento, Lira era um crítico do governo. Nos bastidores, reclamava que Bolsonaro tratava mal o Congresso, estimulava a base contra o Parlamento e não sabia negociar para aprovação de projetos.

O deputado foi favorável à reforma da Previdência, aprovada no primeiro ano de mandato do presidente, mas articulou pela retirada de trechos que alteravam o BPC (Benefício de Prestação Continuada) e mudanças na aposentadoria de trabalhadores rurais.

Naquele momento, ele atribuía ao ministro da Economia, Paulo Guedes, adjetivos nada elogiosos. Lira apelidou o ministro de "vendedor de redes", para dizer que ele falava muito, mas entregava pouco.

Menos de dois anos depois, Lira hoje é tratado por Guedes como importante aliado, capaz de ajudá-lo a tocar a agenda liberal que prega. Agenda que, aliás, não é defendida com tanto afinco pelo líder do PP. A base do mandatário no Congresso não veio a um preço baixo.

Pelo contrário. Bolsonaro teve de ceder diversos espaços em órgãos da máquina federal para indicados de parlamentares e concedeu bilhões em emendas e recursos extras para aliados.

Foi esse dinheiro, inclusive, que garantiu a Lira parte dos votos que ele teve na Casa, avaliam deputados. Para fazê-lo presidente, o Planalto deu ao deputado do PP a coordenação da distribuição das emendas parlamentares. Ele passou a privilegiar aqueles que o chancelaram.

O método de fazer política é semelhante ao de um antecessor de Lira na chefia da Câmara dos Deputados: Eduardo Cunha (MDB-RJ), que foi eleito presidente em fevereiro de 2015 e ficou até julho de 2016, quando enfrentou um processo de cassação do mandato.

Cunha deu lugar a Maia, que assumiu um mandato-tampão pela primeira vez. Foi o emedebista o responsável por deflagrar o processo de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Lira era um dos seus principais aliados. Ajudou a articular o afastamento da petista e votou contra a cassação do mandato de Cunha.

Sua eleição representa o retorno do centrão ao comando da Câmara. Para apoiá-lo, Bolsonaro não apenas contradisse o discurso anterior, crítico ao centrão, a quem atribuía apetite por cargos, fisiologismos e toma lá, da cá. Teve também que chancelar um nome que responde a processos na Justiça.

Lira é alvo de ação apresentada por sua ex-mulher Jullyene Santos Lins, que o acusa de injúria e difamação e diz que "o medo a segue 24 horas por dia". O deputado diz que, ao longo do tempo, as denúncias da ex-mulher "mostraram-se infundadas".

No STF (Supremo Tribunal Federal), há dois casos que envolvem o parlamentar. Em um deles, o deputado foi acusado de receber propina de R$ 106 mil do então presidente da CBTU (Companhia Brasileira de Transportes Urbanos) Francisco Colombo, em troca de apoio dado ao executivo para se manter no cargo.

A PGR (Procuradoria-Geral da República) denunciou o agora presidente da Câmara em 2018. Em 2020, a Primeira Turma do STF aceitou por maioria a denúncia. A conclusão do julgamento foi adiada após pedido de vista do ministro Dias Toffoli.

Já a Segunda Turma da corte aceitou denúncia contra o deputado pela acusação de organização criminosa no inquérito conhecido como "quadrilhão do PP", resultado da Operação Lava Jato.

Embora tenha acatado parecer da PGR, o Supremo ainda não abriu a ação penal contra Lira nesses dois casos. Ou seja, tecnicamente, o deputado não é réu e poderia assumir a Presidência da República em caso de ausência de Bolsonaro e do vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB).

Ainda no final do ano passado, Lira foi absolvido de acusações de prática de "rachadinha" pelo Tribunal de Justiça de Alagoas.
Conhecido por ser genioso, esquentado e "cumpridor de acordos", Lira já expressou a pessoas próximas que deseja disputar o governo de Alagoas e que ele pode concorrer ao cargo em 2022. O deputado tentará compor com a família do senador Renan Calheiros (MDB-AL). O filho dele, Renan Filho (MDB), é governador de Alagoas pela segunda vez e deve disputar o Senado em 2022.

A relação entre eles, porém, não é das melhores. Renan pai, por exemplo, declarou apoio a Baleia Rossi (MDB-SP) na disputa pela Câmara.

Antes de ser deputado federal, Lira foi vereador e deputado estadual em Alagoas. É filho de Benedito de Lira, ex-senador e prefeito de Barra de São Miguel eleito no ano passado.

Líder do Centrão, Lira é eleito presidente da Câmara após interferência de Bolsonaro

 


Em uma campanha marcada por interferência do Palácio do Planalto, com a promessa de emendas e oferta de cargos no governo em troca de votos, o deputado Arthur Lira (PP-AL), 51, líder do centrão, foi eleito nesta segunda-feira (1º) presidente da Câmara para um mandato de dois anos.


O resultado representa também a vitória do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre o agora ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ), que apostou em Baleia Rossi (MDB-SP) para tentar impedir a influência do governo no Congresso.

Lira recebeu 302 votos, o que foi suficiente para vencer a eleição já no primeiro turno –eram necessários a maioria dos deputados presentes. Baleia teve 145 votos.

Além da experiência do terceiro mandato e da fama de cumpridor de palavras, o alagoano contou com a decisiva ajuda da máquina pública para derrotar Baleia.

Um dos principais trunfos foi a promessa de emendas a deputados em troca de votos em Lira. O Executivo abriu o cadastro para inscrição de municípios em programas federais que terão verbas carimbadas por parlamentares.

Segundo as informações do governo, já foram cadastrados os pedidos de cerca de 600 municípios, que registraram demandas que giram em torno de R$ 650 milhões. Eles são relativos aos ministérios do Desenvolvimento Regional, do Turismo e da Agricultura.

Apesar da promessa, o dinheiro ainda precisa da aprovação do Orçamento ou de um projeto que abra crédito extra.

Além da promessa de emendas, o governo também acenou com cargos e até com a recriação de ministérios para acomodar indicados do centrão. Na sexta-feira (29), o próprio Bolsonaro afirmou que pretendia reconstituir os ministérios da Cultura, do Esporte e da Pesca.

A decisão, porém, estava condicionada à vitória de Lira na Câmara e de Rodrigo Pacheco (DEM-MG) no Senado. No sábado (30), Bolsonaro negou o que tinha dito um dia antes.

A aproximação de Lira com Bolsonaro se deu em um momento crítico do governo, em abril do ano passado, quando o presidente viu crescer o número de pedidos de impeachment após insuflar manifestações contra o Congresso e o STF (Supremo Tribunal Federal).

Para se blindar, Bolsonaro recorreu a partidos do centrão, negociando cargos em troca da formação de uma base informal na Câmara. Na época, Lira chegou a gravar um vídeo ao lado do presidente.

Em setembro, antes das eleições municipais, Lira levou a corrida eleitoral para o plenário da Câmara, que realizava votações remotas. Rompendo acordo firmado em fevereiro com o grupo de Maia, o líder do centrão pressionou pela instalação da Comissão Mista de Orçamento, a ser presidida por uma aliada, a deputada Flávia Arruda (PL-DF).

Pelo acordo de fevereiro, o comando do colegiado seria exercido por um aliado de Maia, deputado Elmar Nascimento (DEM-BA) –que, depois, bandearia para o lado de Lira.

Ao longo de sua campanha, formalizada no início de dezembro, Lira conseguiu atrair ex-aliados de Maia, como Marcelo Ramos (PL-AM) e Marcos Pereira (Republicanos-SP), apontados como potenciais nomes a serem escolhidos pelo então presidente da Câmara para sucedê-lo.

A plataforma de campanha de Lira girou em torno da promessa de uma Câmara "independente e harmônica". "Nossa candidatura é a opção de quem acredita que política é feita de compromisso e palavra", afirmou em uma rede social, em janeiro.

O candidato de Bolsonaro, no entanto, já deu sinais de que a harmonia que busca com o Executivo pode se traduzir em uma blindagem do presidente. Também em uma rede social, afirmou que "ninguém pode se comprometer ou torcer por um impeachment".

"Ele é um remédio institucional amargo. E é fruto de uma conjunção de fatores e não uma decisão unilateral do presidente da Câmara", escreveu.

Lira também demonstrou resistência em criar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar a condução do governo na pandemia de Covid-19.

Fora da Câmara, o novo presidente da Câmara é alvo de investigações. Em novembro, a Primeira Turma do STF formou maioria para manter Lira como réu acusado de corrupção passiva no processo em que é investigado por receber R$ 106 mil em propina. O julgamento foi suspenso.

Por causa disso, Lira não poderá assumir a Presidência da República em caso de ausência de Bolsonaro e do vice, Hamilton Mourão (PRTB). Em 2016, o STF decidiu que réus não podem ocupar o cargo.

O Ministério Público de Alagoas apresentou denúncia por suspeita de participação do parlamentar em um esquema de desvio de dinheiro da Assembleia Legislativa de Alagoas, no que foi chamado de Operação Taturana.

O líder do centrão também foi acusado de agressão física e ameaças por sua ex-mulher.

Em 2006, Jullyene Lins apresentou queixa por lesão corporal contra o então deputado estadual à Polícia Civil. Ela afirmou no depoimento que, após ficar sabendo que ela estava se relacionando com outro homem, depois da separação, Lira foi até sua residência e a agrediu com tapas, chutes, pancadas e "arrastada pelos cabelos, tendo sido muito chutada no chão".

Jullyene anexou fotos das lesões ao processo e o caso foi parar no STF. Depois, porém, Julyenne mudou a versão da história, assim como todas as testemunhas, e disse que fez a denúncia "por vingança". Em 2015, Lira foi inocentado do caso.

Ao jornal Folha de S.Paulo Julyenne disse que o deputado a pressionou e a ameaçou para que ela mudasse o depoimento que fez à Justiça.

A assessoria do deputado diz que "os processos que, de fato, vieram a julgamento contra o deputado foram arquivados e os próximos devem ter o mesmo desfecho devido a suas inconsistências. No STF, em relação à Lava Jato, três foram arquivados".

No caso da Operação Taturana, disse que a decisão que absolveu o deputado indica que a acusação, mesmo advertida pelo STF e Receita Federal, manteve irregularidades e ilegalidades na apuração e condução do processo.

Sobre as denúncias de sua ex-mulher, disse que "a própria Folha de S.Paulo conhece os resultados em favor do deputado e persiste em acusações requentadas, agredindo e desrespeitando sua família". Disse que a nomeação de sua equipe é transparente e pode ser consultada inclusive pela internet. Sobre a posse de arma, "trata-se de renovação de registro da arma, que seria destinada a um terceiro", respondeu.