PREFEITURA MUNICIPAL DE TRINDADE

15 dezembro 2020

Gonzaga Patriota critica novo texto aprovado do Fundeb

 

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Para o parlamentar, o novo texto reduz os repasses do fundo para redes de ensino públicas e prejudica a remuneração de profissionais da educação 

A Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei (PL 4372/20) que regulamenta o repasse de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) a partir do próximo ano. O texto aprovado tem pontos considerados polêmicos, como a inclusão de escolas privadas sem fins lucrativos e o ensino profissionalizante do Sistema S entre as instituições que podem ser beneficiadas com recursos públicos. Para o deputado federal Gonzaga Patriota (PSB), o projeto foi alterado e vai prejudicar a remuneração de profissionais da educação das redes públicas e reduzir o repasse para o ensino público. “Demos um passo à frente quando aprovamos o Fundeb, porém as alterações realizadas no texto amplia a precarização da educação e é uma ameaça ao cumprimento do piso nacional dos professores. O financiamento de profissionais das redes privadas com verbas do Fundeb representa um risco ao ensino público brasileiro que já é tão fragilizado”, avalia. 

O Fundeb financia a educação básica pública e é composto de 20% da receita de oito impostos estaduais e municipais e valores transferidos de impostos federais. Até 2026, o governo federal aumentará a complementação para esses fundos a cada ano, começando com 12% do montante até atingir 23%.

O texto do relator estabelece novos critérios para distribuir o dinheiro a regiões e a etapas do ensino que necessitam de mais apoio para superar desigualdades.

Na aprovação, a Câmara dos Deputados incluiu, por meio de emenda de destaque, a possibilidade de destinação de 10% dos recursos do Fundeb para instituições filantrópicas comunitárias, confessionais e para educação profissionalizante, inclusive promovida por entidades do Sistema S (Senai e Senac) – já financiadas pela taxação de 2,5% sobre a folha de pagamento das empresas brasileiras. Esses valores são recolhidos com os tributos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Soja em desacordo com moratória na Amazônia tem alta de 23% na safra 2019/20, diz associação

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A área plantada em desacordo com a Moratória da Soja na Amazônia cresceu 23% na safra 2019/20 na comparação com o ciclo anterior, chegando a 108,4 mil hectares. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (14) pela associação que representa a indústria (Abiove).

Por outro lado, a associação afirma que esse crescimento foi o menor de um ano para o outro desde a temporada 2012/13.

A área de soja em desacordo com a moratória, que restringe compras do grão pela indústria de áreas desmatadas após 2008, representa 2% do total cultivado de 5,4 milhões de hectares na região, de acordo com dados da Abiove.

Ainda segundo a associação, os dados mais recentes da moratória mostram que a soja não é um vetor importante de desmatamento da Amazônia.

A Moratória da Soja na Amazônia é um acordo entre tradings e indústrias que proíbe a compra do grão de áreas desmatadas na região após 2008. Mas o setor produtivo tentou, no ano passado, derrubar esse pacto.

Agricultores dizem que a Moratória da Soja desrespeita o direito legal do proprietário, de acordo com o Código Florestal, de utilizar 20% da área dentro da Amazônia para a produção de alimentos, seja a área desmatada antes ou depois de 2008.https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-37/html/container.html

Por outro lado, empresas exportadoras dizem que a medida pode trazer riscos para as exportações. O pacto é considerado por comerciantes, processadores da oleaginosa e entidades ambientais como importante para limitar o avanço da soja em nova áreas do Bioma Amazônico, preservando florestas.

Fonte: G1 

Congresso recebe iluminação laranja por prevenção do câncer de pele

 

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O Palácio do Congresso Nacional estará iluminado de laranja, de quarta-feira (16) a 31 de dezembro, em apoio à campanha Dezembro Laranja. Criado em 2014 pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, o movimento pretende estimular a prevenção e no diagnóstico do tipo de câncer mais comum no país e no mundo.

O câncer de pele ocorre quando as células da pele se multiplicam sem controle e pode ser classificado em dois tipos, ambos curáveis se descobertos em estágio inicial: o melanoma, mais raro e que pode levar à morte; e não melanoma, que é mais frequente e menos grave, mas que pode causar deformações no corpo.

Como identificar 
O câncer de pele não melanoma ocorre principalmente nas áreas do corpo mais expostas ao sol, como rosto, pescoço e orelhas. Apresenta-se sob a forma de manchas na pele que coçam, ardem, descamam ou sangram e também de feridas que não cicatrizam em quatro semanas.

Já o melanoma pode aparecer em qualquer parte do corpo, na pele ou mucosas, na forma de manchas, pintas ou sinais. O melanoma tem formato assimétrico, bordas irregulares, mais de uma cor, diâmetro superior a 6 mm e apresenta uma rápida evolução quanto ao tamanho, forma, cor ou espessura da mancha.

Fatores de risco e prevenção
Os fatores que aumentam o risco de câncer de pele são exposições prolongadas e repetidas ao sol, principalmente na infância e na adolescência; ter pele e olhos claros ou ser albino; e ter histórico familiar ou pessoal de câncer de pele.

A prevenção consiste em evitar exposição prolongada ao sol entre 10h e 16h e  usar proteção adequada. As tatuagens podem esconder lesões, portanto, merecem atenção.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Suspensão do CPF provoca dor de cabeça em contribuintes

 

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A Receita Federal garante que a maioria dos serviços do Fisco pode ser acessada pela internet, mas, quando o cidadão mais precisa de apoio, não consegue as informações adequadas às suas necessidades. Depois que o governo iniciou o pagamento do auxílio emergencial (em abril), as reclamações aumentam a cada dia.

Especialmente nos casos em que o contribuinte recebeu toda a primeira fase do auxílio emergencial (R$ 600), mas, sem saber o motivo, não consegue acessar a segunda (R$ 300) — porque seu CPF foi suspenso —, sem aviso prévio e sem detalhamento de como solucionar a pendência.

Foi o que aconteceu com as irmãs Andressa Marques Conforti, 36 anos, e Alessandra Marques Conforti Silva, 39. Andressa ficou sem emprego este ano, com um filho menor, Nicholas, 15, passou a receber R$ 1,2 mil de auxílio emergencial, e também ganhou a primeira parcela de R$ 300. Alessandra está há cinco anos desempregada. Recebeu regularmente os R$ 600 e mais um benefício de R$ 300. Parecia tudo certo. No entanto, em um sábado (21 de novembro), uma mensagem da Caixa, banco onde ambas têm conta, tirou o sossego das moças.


O banco bloqueou a conta e mandou regularizar os CPFs na Receita Federal em até 30 dias para evitar o encerramento. “Tentamos levantar a pendência e ligar para a Receita. Não conseguimos. Pelo site, o agendamento era somente para 12 de abril de 2021. A outra opção era ir a uma agência da Caixa, dos Correios, do Banco do Brasil ou da própria Receita”, explica Andressa. As duas foram aos Correios. Lá, o funcionário as orientou que procurassem a Receita — com atendimento restrito, das 9h às 13h.


“Ninguém nos dizia o motivo do bloqueio da conta ou do CPF. Sem a conta, não tínhamos como receber nada. Nem a Caixa, nem a Receita nos davam as razões”, conta Alessandra. Assim, pagaram transporte, aguardaram em uma fila por mais de 40 minutos do lado de fora da unidade e mais tempo em outra, do lado de dentro. E ouviram do Fisco a informação de que Andressa não entregou a declaração de Imposto de Renda de 2019 e Alessandra devia a de 2016. “Nunca recebemos um comunicado, um e-mail sequer da Receita. Tratam o pobre como barata, que sobrevive esperando o veneno ou a chinelada final”, queixa-se Alessandra.


Somente na quinta-feira, 26 de novembro, depois das filas nos Correios e na Receita, ambas receberam nova mensagem do banco avisando que a “situação cadastral do CPF não impede mais a movimentação da conta, que foi desbloqueada”. “Tinha muita gente na Receita reclamando. Pessoas de todas as idades esperando no sol e se aglomerando para saber detalhes que poderiam ser enviados sem esforço ao contribuinte”, conta Andressa.
Para o advogado Rogério Fontele, especialista em direito penal do escritório Maroccolo Borges Advogados Associados, a Receita atrapalha muito o contribuinte com uma burocracia desnecessária. “Uma pessoa com o CPF cancelado não tem acesso ao auxílio emergencial do governo. Muitas vezes, o CPF é cancelado por motivos tolos e sem uma investigação aprofundada”, explica. Foi o que ocorreu com o desenhista e modelo Angelico Andre Antunes, 31.

Ele descobriu que teve o CPF cancelado ao ser contratado para um evento no Rock in Rio de 2019. “Eu me mudei para o Rio de Janeiro e não fiz a troca do título de eleitor. Não sabia que após duas eleições o título era bloqueado e o CPF, também”, conta. Por sorte, resolveu a situação. “Refiz o título, tive que ir ao Ministério do Trabalho, mas três dias depois já estava tudo ok.”

O publicitário Danilo Soares, 30, não teve a mesma sorte. Soube que estava sem CPF ao tentar desbloquear um cartão para trabalhar. O motivo do cancelamento foi a não apresentação do IR 2019. Também não foi avisado até ter o CPF cancelado. Danilo está sem CPF há duas semanas. “Tive de largar o expediente e ir várias vezes à Receita. O procedimento é um absurdo. Não tenho um acesso digital em plena pandemia para saber o meu problema”, lamenta.


João Pedro França Teixeira, sócio do escritório Mota Ribeiro, Barbosa e França Advogados, explicou que o CPF somente é cancelado a “pedido” por falecimento, decisão judicial, administrativa ou de ofício. “Portanto, não pode a Receita, por mera liberalidade, cancelar o CPF de pessoas vivas, ainda que existam pendências cadastrais ou fiscais”, pontua. Segundo ele, os mais pobres estão mais passíveis a irregularidades por desconhecimento.

Fonte: DP

Obras de infraestrutura reduziram em 11% valor do frete agrícola

 

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Oitenta e seis obras prioritárias foram entregues em 2020 pelo Ministério da Infraestrutura. Segundo o balanço anual da pasta, divulgado hoje (14), 1.259 quilômetros (km) de estradas foram construídos ao longo do ano em todo o país, resultando em uma redução média de 11% no valor do frete agrícola, informou o ministério, tendo por base estudos da Empresa de Planejamento e Logística (EPL).

“Este ano de 2020 foi um ano extremamente desafiador porque nos deparamos com uma situação inesperada, que foi a pandemia. Tínhamos a preocupação de manter a logística funcionando, para que fizéssemos o melhor enfrentamento”, disse o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas ao apresentar, via online, o balanço. Segundo Gomes de Freitas, o Brasil está preparado, do ponto de vista logístico, para fazer a distribuição de vacinas.

Concessões

O  Presidente da República, Jair Bolsonaro,visita as obras do Aeroporto de Foz do Iguaçu-Cataratas
Presidente Jair Bolsonaro visita obras do Aeroporto de Foz do Iguaçu-Cataratas – Carolina Antunes/PR

Segundo o balanço, o setor aeroportuário foi beneficiado com a ampliação de vários aeroportos. Em especial os de Foz do Iguaçu (PR), Fortaleza (CE) e Campo Grande (MS). Além disso um novo terminal de embarque foi concluído no aeroporto de Navegantes (SC). A pasta acrescenta ter entregue também o Cais de Atalaia no Porto de Vitória (ES), seis portos de pequeno porte na região amazônica, além de ter feito a dragagem do Porto de Rio Grande.

O ano de 2020 contabilizará, ao seu final, a concessão de 12 ativos de infraestrutura, entre nove leilões e três inéditas renovações antecipadas. “Nosso foco é o investimento privado”, disse o ministro ao destacar os arrendamentos dos terminais portuários STS14 e STS14a, em Santos (SP) e a renovação antecipada dos contratos das ferrovias Malha Paulista, Vitória-Minas e Carajás.

Estão também previstos, ainda para 2020, os leilões de arrendamento dos terminais portuários PAR12 (Paraná), ATU12, ATU18 (Bahia) e MAC10 (Alagoas) – o que deve ocorrer na próxima sexta-feira (18). A expectativa do governo é de que esses empreendimentos resultem em cerca de R$ 31 bilhões em investimentos feitos pelo setor privado.

Pandemia

Brasil recebe mais 4 milhões de máscaras para combate ao coronavírus
Em julho, o Brasil recebeu 4 milhões de máscaras para combater o novo coronavírus – Divulgação/Ministério Infraestrutura

O Ministério da Infraestrutura destaca, entre as ações realizadas este ano, a participação na operação conjunta federal que trouxe ao país 960 toneladas de máscaras cirúrgicas e N95, para distribuição em todas as unidades federativas. “Durante três meses, 39 voos partiram da China em uma operação inédita de logística que cruzou 11 fusos horários diferentes para chegarem ao destino final”, informou a pasta.

“Foi uma vitória silenciosa, mantermos a logística funcionando durante a pandemia. Equipamentos foram transportados do exterior e distribuído”, disse o ministro ao garantir quer “o Brasil está preparado, do ponto de vista logístico, para fazer a distribuição de vacinas”.

Outro feito destacado no balanço divulgado hoje foi a sanção do novo Código de Trânsito Brasileiro, que entrará em vigor no dia 12 de abril. A expectativa é de que as mudanças simplifiquem e desburocratizem processos, reduzindo custos e investindo em medidas educativas.

BR do Mar

A aprovação pela Câmara dos Deputados do Protjeto de Lei (PL) 4.199/2020 – que institui o BR do Mar, programa do governo que busca aumentar a oferta e reduzir custos para a cabotagem (navegação entre portos do país) – é tida como “uma grande vitória” para o setor portuário. O projeto ainda está sendo analisado pelo Senado Federal.

Outro destaque apresentado no balanço do ministério foi a disponibilização da nova placa de identificação veicular, disponibilizada pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) a todas unidades federativas. “O modelo atual diminui o custo e traz itens de segurança mais eficientes, como o QR Code, que possibilita a rastreabilidade, dificultando a sua clonagem e falsificação”, justifica a pasta.

Previsões para 2021

Para 2021, o Ministério da Infraestrutura planeja conceder 52 ativos à iniciativa privada. A expectativa é de que, por meio de concessões, privatizações e renovações, R$ 137,5 bilhões sejam investidos em infraestrutura no país; e que quase R$ 3 bilhões sejam obtidos por meio de outorgas.

Entre as concessões previstas, há as de 23 aeroportos; 17 terminais portuários; duas ferrovias (FIOL e Ferrogrão) e uma renovação antecipada – além de onze lotes de rodovias e da “desestatização” da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa).

Aeroportos

O governo trabalha com a previsão de que a sexta rodada de concessões aeroportuária – que abrange 22 aeroportos divididos em três blocos – ocorra em março. Serão nove terminais da Região Sul, sete da Região Norte e outros seis no Centro-Oeste e Nordeste do país.

“Entre os principais, os aeroportos estão os de Manaus, Goiânia e Curitiba, que devem ancorar os blocos. Destaque especial também para o aeroporto de Foz do Iguaçu (PR), que vem passando por uma série de obras de modernização e ampliação e vai começar a receber voos internacionais. A cidade é o segundo destino internacional mais procurado, atrás apenas do Rio de Janeiro”, informa o ministério.

Estão também previstas a relicitação do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante/RN e a alienação da participação da Infraero nos aeroportos de Guarulhos/SP, Brasília/DF, Galeão/RJ e Confins/MG.

Setor portuário

Caminhões circulam na área do Porto de Santos (SP)
Caminhões circulam na área do Porto de Santos (SP) – Reuters/Paulo Whithaker/direitos reservados

O governo prepara o arrendamento de mais duas áreas importantes do Porto de Santos: os terminais STS08 e STS08A. A expectativa é de cerca de R$ 1,2 bilhão em investimentos nesses terminais que são voltadas ao armazenamento de granéis líquidos (combustíveis). O leilão está previsto para o primeiro trimestre de 2021, e o vencedor administrará os terminais pelo período de 25 anos.

Um “ativo de peso” que deve ir a leilão em 2021 é o da nova concessão da Via Dutra (BR-116), que liga São Paulo e Rio de Janeiro. Segundo o ministério, esse projeto abrangerá também a rodovia Rio-Santos (BR-101). A previsão é de que R$ 14,5 milhões sejam investidos no empreendimento, que será concedido por 30 anos ao novo operador.

Ferrovias

No setor ferroviário, o destaque do ministério é a concessão do primeiro trecho da Ferrovia Oeste-Leste (FIOL), que vai ligar Caetité, na Bahia, ao Porto de Ilhéus; e a Ferrogrão, ligando a produção do norte do Mato Grosso aos portos de Miritituba, no Pará.

Fonte: UOL

Enfermeira é primeira a ser vacinada contra covid-19 nos EUA

 

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Uma enfermeira que trabalha na unidade de terapia intensiva de um hospital de Nova York foi a primeira pessoa nos Estados Unidos a receber a vacina Pfizer/BioNTech contra covid-19 nesta segunda-feira (14), em um marco nos esforços norte-americanos para controlar o vírus.

Sandra Lindsay, que tratou na UTI alguns dos pacientes mais graves com covid-19 por meses, recebeu a vacina no Long Island Jewish Medical Center, no bairro do Queens, um epicentro inicial da pandemia de coronavírus nos EUA, o que provocou aplausos durante uma transmissão ao vivo com o governador de Nova York, Andrew Cuomo.

“Não senti nada diferente do que senti quando tomei qualquer outra vacina”, disse Lindsay. “Me sinto esperançosa hoje, aliviada. Sinto que a cura está chegando. Espero que isso marque o início do fim de uma época muito dolorosa da nossa história. Quero instilar a confiança pública de que a vacina é segura.”

Minutos depois de Lindsay receber a vacina, o presidente dos EUA, Donald Trump, escreveu no Twitter: “Primeira vacina aplicada. Parabéns, EUA! Parabéns, MUNDO!”

A vacina, desenvolvida pela Pfizer em parceria com a alemã BioNTech, obteve aprovação emergencial de reguladores federais na sexta-feira, depois de se mostrar 95% eficaz na prevenção da doença em testes clínicas de larga escala.

As primeiras 2,9 milhões de doses começaram a ser enviadas para centros de distribuição ao redor dos EUA no domingo, 11 meses depois de os Estados Unidos documentarem suas primeiras infecções por Covid-19.

Até esta segunda, o país registrou 16.286.343 casos da doença e 299.489 mortes.

Fonte: EBC

Sinais de massa falida

 

O prefeito eleito do Recife, João Campos (PSB), que comece a ficar com as barbas de molho: a situação financeira da Prefeitura a ser repassada por Geraldo Júlio é dramática, segundo servidores ouvidos ontem pela coluna. Deve exigir medidas corajosas, que passam pelo enxugamento imediato do quadro de pessoal e até uma possível moratória, a suspensão dos pagamentos dos fornecedores.

“João vai herdar uma massa falida”, chegou a classificar, assim, em tom de advertência, um servidor da elite concursada da Prefeitura, tentando despertar no prefeito eleito a necessidade de ficar alerta para a dura realidade que passará a administrar a partir de 1 de janeiro, quando toma posse. Além das finanças em frangalhos, João não tem, a princípio, horizontes promissores para captar recursos, capazes de garantir a execução prática dos projetos objetos de promessas na campanha.

O quadro dramático da Prefeitura não surpreende ninguém. Lá atrás, Geraldo já havia sinalizado nessa direção, passando recibo, quando, ferindo a Constituição, fez a cobrança antecipada do IPTU 2021. Segundo revelou um fornecedor em segredo, a Prefeitura só quitou quem devia, nos últimos meses, mediante o comprovante pago do IPTU do ano que vem. “Só foram quitadas as faturas em atraso quem apresentava esse pagamento”, disse esse mesmo fornecedor.

Como a transição é para inglês ver, de compadres, João só terá de fato a exata noção da extensão do buraco que herdará de Geraldo quando passar a despachar no Palácio Capibaribe. Aos interlocutores, entretanto, tem manifestado apreensão, até porque conta com um tempo exíguo para revelar-se bom gestor: os 365 dias de 2021. Afinal, 22 é ano de eleição e pouco ou quase nada se faz em período eleitoral

Se no seu horizonte os ventos do Governo Federal soprassem para o norte, João até teria chances de viabilizar algumas promessas, mas Bolsonaro tende apenas a fazer o de praxe, as liberações constitucionais. Recursos extras, nem pensar. O PSB, partido de João, é ferrenho opositor no Congresso e nessas horas não se separam o joio do trigo.

João discute parcerias com a Caixa Econômica Federal

 

O prefeito eleito do Recife, João Campos, se reuniu, na tarde de hoje, com o superintendente da Caixa Econômica Federal (CEF) em Pernambuco, Paulo Nery, e sua equipe, para discutir parcerias entre a Prefeitura e o banco público. Na ocasião, foi apresentada a carteira de operações de crédito já contratas pelo Executivo municipal, num valor aproximado de R$ 800 milhões com a CEF, e o andamento detalhado de cada iniciativa que foi celebrada. As informações são do Blog da Folha.

"As operações de crédito têm um papel muito importante na realização do investimento público, sobretudo em momentos de dificuldades fiscal. E a Caixa Econômica tem sido uma parceira fundamental para o Recife, por isso vamos unir esforços para poder viabilizar o que já foi contratado e apontar caminhos para assegurar novos projetos", frisou João.

Campos pontuou que essa primeira reunião com o comando da CEF no Estado foi o passo inicial da tarefa de acompanhar e analisar novas possibilidades de captação por parte da PCR e meios para otimizar o que já foi celebrado. "Temos que tornar mais eficiente ao máximo a carteira já existente", observou.

Durante a reunião, João Campos também ressaltou que a sua experiência como deputado federal irá contribuir com o processo de identificação de outras possíveis formas de financiamentos.

"O tempo que eu passei em Brasília, no Congresso Nacional, também foi importante pra eu conhecer a composição de um Orçamento Público, como é que ela se dá, quais são os caminhos. Não mediremos esforços para assegurar a melhoria da qualidade de vida da nossa população", indicou.


STF quer datas de início e fim do plano de vacinação

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) notificou o Ministério da Saúde, hoje, sobre o prazo definido pelo ministro Ricardo Lewandowski para que o governo defina as datas de início e término do plano nacional de vacinação contra a Covid-19.

Ontem, Lewandowski deu 48 horas para o governo complementar o plano de imunização, entregue ao STF na sexta (11) e divulgado no dia seguinte. O prazo começa a contar a partir da notificação e, por isso, vai até quarta (16).

"O Ministério da Saúde foi notificado nesta segunda-feira (14) da decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF). A pasta irá responder dentro do prazo determinado, que é de 48h", confirmou a pasta.

O documento entregue pelo Ministério da Saúde ao STF na última semana prevê a disponibilização de 108,3 milhões de doses para mais de 51 milhões de pessoas de grupos prioritários, divididos em quatro fases.

O plano, entretanto, não apresenta uma data para o início da vacinação dos integrantes desses grupos, que incluem profissionais de saúde e idosos, entre outros.


Jaboatão avança na análise de exames da Covid

O prefeito do Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira, anunciou, hoje, que o Laboratório Municipal Zeferino Veloso é a primeira unidade pública do Estado a realizar análise de exames sorológicos de IgG (infecção passada) para identificação da Covid-19. Os resultados saem em até 48 horas e os usuários podem recebê-los através do aplicativo De Olho no Exame. Para isso, o município adquiriu recentemente o equipamento de imunologia XPT Centauro, que está entre os mais modernos do mundo.

Além disso, a coleta do material sorológico foi ampliada de 30 para 99 pontos, nas Unidades de Saúde da Família (USF), Unidades Básicas de Saúde (UBS) e policlínicas, mediante solicitação médica. "Nossos esforços são voltados para manter a população segura. Desde o início da pandemia, estamos reforçando a realização de exames, e essa intensificação na rede pública de saúde é extremamente importante para identificar as pessoas doentes. E recomendar a quem apresentar sintomas que iniciem o processo de isolamento social. Só dessa forma poderemos evitar novas contaminações", comentou Anderson.

Para realizar o exame nas unidades de saúde do município, o usuário precisa agendar o teste pessoalmente. Para exames no Centro de Referência de Saúde do Trabalhador (Cerest), os contatos são através dos números: (81) 3233-6355 e 9.9975-1640 e também pelo email testatagem.cievsjaboatao@gmail.com. Nas unidades de saúde interligadas ao laboratório, o usuário receberá um login e senha, além de um QR-Code, para ter acesso aos resultados dos exames por meio do aplicativo De Olho no Exame.


23 novembro 2020

TSE alerta sobre mensagens falsas de anulação das eleições

 

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Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou, que circulam nas redes sociais mensagens falsas sobre a anulação das eleições em alguns municípios por suspeita de fraude na urna eletrônica.

Segundo o TSE, desde a implantação da votação por meio eletrônico, em 1996, nunca houve constatação de fraude no sistema de votação.PUBLICIDADE

Em nota, o tribunal reafirmou que o dispositivo tem 30 camadas de segurança para dificultar fraudes, os dados são transmitidos por uma rede privada, sem conexão à internet ou bluetooth, e lacres de segurança alertam sobre qualquer tentativa de violação dos dados.

Além disso, o resultado da votação pode ser conferido pelos partidos políticos por meio dos boletins de urna, o relatório impresso que indica os votos dados pelo eleitor para cada candidato. O documento é fixado na porta da seção eleitoral ao final do dia de votação.

O segundo turno das eleições será realizado em 29 de novembro. O pleito ocorrerá em 57 cidades espalhadas pelo país, das quais 18 são capitais.

Fonte: Edennevaldo Alves

Ocupação de leitos públicos de UTI para covid-19 chega a 92% no Rio

 

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A taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) para covid-19 pelo Sistema Único de Saúde (SUS) chegou a 92% na cidade do Rio de Janeiro, no dia de ontem (22). É a maior ocupação desde 12 de junho deste ano, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.

A ocupação dos leitos de tratamento intensivo, que chegou a baixar para 59% em meados de agosto, estava na faixa dos 80% desde o início de novembro.

Ainda de acordo com a secretaria, ontem, quando se atingiu 92% de ocupação, havia 499 pacientes em leitos de UTI do SUS, na cidade, de um total de 1.044 internados em hospitais municipais, estaduais e federais. A ocupação dos leitos de enfermaria do SUS na cidade, ontem, era de 69%.

Fonte: Agência Brasil

Inep disponibiliza cartão de confirmação do Revalida 2020

 

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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) disponibiliza, hoje (23), o cartão de confirmação da inscrição para o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida) 2020. O documento pode ser acessado pela Página do Participante, no Sistema Revalida.

As provas da primeira etapa do Revalida 2020 serão aplicadas no dia 6 de dezembro e, apesar de não ser obrigatório, o Inep recomenda que o participante leve o cartão impresso. O documento contém informações como número de inscrição, data, hora e local do exame e registra também se o participante deve contar com atendimento especializado, assim como tratamento pelo nome social, caso essas solicitações tenham sido feitas e aprovadas.

A aplicação das provas seguirá o horário de Brasília e acontece de manhã e à tarde. A abertura dos portões ocorrerá às 7h (manhã) e às 14h30 (tarde). Já o fechamento será às 7h45 (manhã) e às 15h15 (tarde). As provas começam às 8h (manhã) e às 15h30 (tarde). O término será às 13h (manhã) e 19h30 (tarde).

No total, 16.452 médicos se inscreveram para esta edição do exame e 15.498 inscrições foram confirmadas. Em 2020, o Revalida será aplicado em 13 cidades na primeira etapa: Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP).

Somente os aprovados na primeira etapa podem participar da segunda etapa. De acordo com o Inep, uma novidade nesta edição é que, se o médico formado no exterior reprovar na segunda etapa, poderá se reinscrever diretamente nessa fase, nas duas edições consecutivas. Anteriormente, era necessário realizar todo o processo desde o início. Cronograma, diretrizes e procedimentos da segunda etapa serão publicados, posteriormente, em edital próprio.

O exame é aplicado pelo Inep desde 2011 e tem o objetivo de verificar os conhecimentos, habilidades e competências requeridos para o exercício profissional adequado aos princípios e necessidades do Sistema Único de Saúde, em nível equivalente ao exigido dos médicos formados no Brasil. A revalidação do diploma é responsabilidade das universidades públicas que aderirem ao instrumento unificado de avaliação representado pelo Revalida.

Fonte: EBC

Mercado aumenta previsão de inflação e prevê queda menor do PIB

 

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O mercado financeiro prevê queda menor da economia e aumenta a estimativa de inflação para este ano. A previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 3,25% para 3,45%, de acordo com o boletim Focus, publicação divulgada todas as semanas pelo Banco Central (BC), com a projeção para os principais indicadores econômicos.

Essa foi a 15ª elevação seguida na estimativa. Para 2021, a projeção de inflação passou de 3,22% para 3,40%, na quinta elevação seguida. A previsão para 2022 e 2023 não teve alteração: 3,50% e 3,25%, respectivamente.

A projeção para 2020 está abaixo do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, tem centro de 4% em 2020, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,5% e o superior, 5,5%.

Para 2021, a meta é 3,75%, para 2022, 3,50%, e para 2023, 3,25%, com intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, em cada ano.

Selic

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 2% ao ano.

A expectativa das instituições financeiras é que a Selic encerre 2020 em 2% ao ano. A última reunião de 2020 do Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por definir a Selic, está marcada para dezembro.

Para o fim de 2021, a expectativa é que a taxa básica chegue a 3% ao ano. A previsão da semana passada era 2,75% ao ano. Para o fim de 2022, a previsão é 4,5% ao ano e para o fim de 2023, 6% ao ano.

Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica. Entretanto, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Quando a Selic é mantida, o Copom considera que ajustes anteriores foram suficientes para manter a inflação sob controle.

Atividade econômica

A previsão do mercado financeiro para a queda da economia brasileira este ano foi ajustada de 4,66% para 4,55%.

Para o próximo ano, a expectativa de crescimento passou de 3,31% para 3,40%. Em 2022 e 2023, o mercado financeiro continua a projetar expansão de 2,50% do PIB.

Dólar

A previsão para a cotação do dólar passou de R$ 5,41 para R$ 5,38, neste ano, e foi mantida em R$ 5,20 em 2021.

Fonte: EBC

Fraudes no setor de combustíveis provocam perda de R$ 23 bilhões por ano

 

Clipping

O mercado de combustíveis do Brasil, que está entre os seis maiores do mundo, perde quase R$ 23 bilhões por ano em fraudes. A cifra de R$ 7,2 bilhões em evasão fiscal é conhecida, mas a ela se somam R$ 15,7 bilhões em burlas quantitativas, com bombas adulteradas, e qualitativas, com misturas fora do padrão, que, além de provocarem danos aos veículos e prejuízos aos consumidores e ao erário, acabam com a concorrência. Este ano, a pandemia derrubou o consumo de gasolina e reduziu a fiscalização em 17%, porém, as irregularidades aumentaram. Segundo o Instituto Combustível Legal (ICL), as fraudes operacionais cresceram 4%, no país, de abril a julho de 2020, ante dezembro de 2019 a março de 2020.


PUBLICIDADEO diretor do ICL, Carlo Faccio, explica que a entidade mapeou as várias irregularidades cometidas no setor, que é o maior em arrecadação do país, responsável por 6% do Produto Interno Bruto (PIB). “A primeira linha de atuação é contra as fraudes tributárias. São R$ 7,2 bilhões de sonegação e inadimplência. No etanol, há possibilidade de recolher metade do tributo na distribuição, o que provoca perda da eficiência na arrecadação”, conta.


O setor chama de barriga de aluguel uma das fraudes mais praticadas. “O termo é usado para empresas de fachada. São constituídas, mas não têm nada de ativos. Em geral, são empresas que comercializam apenas etanol sem passar pela distribuição. É só um ambiente para emitir nota”, explica. As diversas burlas tributárias no setor são responsáveis por uma dívida ativa de mais de R$ 60 bilhões. “Muito por conta dos devedores contumazes, que abrem uma empresa sem intenção de pagar impostos. Isso ocorre porque, até entrar, um processo administrativo demora cerca de três anos e, depois de aberto, mais um ou dois. Ou seja, nesses cinco ou seis anos de atuação, a empresa soma R$ 1 bilhão de dívida. Quando os órgãos vão cobrar, não existe mais”, diz. “Depois que a dívida é tipificada e refinanciada, o índice de recuperação é de menos de 1%.”


Se resolvidas, as fraudes tributárias poderiam mitigar o problema de caixa de muitos estados quebrados, uma vez que o setor de combustíveis é o que o mais arrecada, por meio do principal tributo estadual, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Para isso, no entanto, Faccio ressalta que seriam necessárias a simplificação tributária e as revisões na legislação, para que as penas sejam mais severas e punitivas. “O crime organizado atua em três linhas: armas, drogas e combustíveis, porque o setor garante a lavagem de dinheiro. No Brasil, mais de 200 postos são do crime organizado ou da milícia”, revela.


No tanqueAlém dos crimes tributários, o setor ainda padece de fraudes operacionais, responsáveis por perdas anuais ainda maiores. Faccio lembra que são duas as principais burlas. “Na quantidade, quando a bomba é adulterada (serve menos do que mostra), e na qualidade, com misturas fora da conformidade, com álcool com mais água, metano e até nafta na gasolina”, assinala.

Segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), responsável pela fiscalização dos postos e checagem da qualidade, no ano passado, apenas 3% do combustível comercializado no país apontaram irregularidades, a partir de um coletivo de 86.144 mostras. Em 2019, ainda conforme a ANP, foram consumidos 120 bilhões de litros de combustíveis, o que significa que 1,6 bilhão estava fora dos padrões. “Em setembro deste ano, coletamos 6.728 amostras, com 1,9% de não conformidade”, diz Francisco Nelson, superintendente de Fiscalização do Abastecimento da ANP.


O diretor do ICL esclarece, contudo, que o consumo caiu durante a pandemia, por isso os números da ANP apontam queda. “Também houve redução na fiscalização”, acrescenta Faccio. De fato, Nelson admite uma queda de 17% nas operações. Para comprovar as irregularidades, o ICL criou a figura do cliente misterioso, que percorre os postos do país fazendo levantamentos de qualidade e quantidade. Entre abril e julho deste ano, os levantamentos apontaram alta de 4% nas irregularidades (veja quadro ao lado). “Depois de constatada a fraude, o ICL aciona os órgãos competentes, assim atuamos como força-tarefa.”


O diretor aponta outras irregularidades. “Como 45% da gaso-lina são tributos, ao misturar com nafta, cuja tributação é de 18%, o fraudador leva grande vantagem. Há quem misture água no álcool anidro e venda como etanol hidratado. Diesel sem biodiesel e até metanol, que é substância proibida, é misturada”, elenca. “As revendas movimentam alto volume. Em 24 horas, o produto já foi consumido. Isso possibilita que os grandes centros urbanos sejam o ambiente perfeito para as fraudes”, afirma Faccio.


Por isso, as falcatruas são mais frequentes em estados como Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná, embora ocorram por todo o país. “A pandemia juntou o ruim com o péssimo. Houve queda de consumo e redução de investimento em fiscalização, por restrição orçamentária e de pessoas nos órgãos fiscalizadores. À alta de 4% de aumento nas fraudes de qualidade e quantidade, vamos ter um salto nas tributárias, assim que o período for contabilizado”, estima o diretor.


Sem mágica

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do Distrito Federal (DF), Paulo Tavares, não tem números de Brasília. “Quando identificamos uma fraude, denunciamos, mas não conseguimos a divulgação da ANP sobre os dados locais. O fato é que não tem mágica no preço de gasolina. Quando é muito baixo pode indicar fraude”, diz.


Tavares considera a mudança promovida pela ANP na qualidade da gasolina um movimento positivo. “Com uma octanagem maior (gasolina mais pura), a tendência é ter menos fraude. Quanto maior a qualidade do produto, mais difícil fraudar”, explica. Brasília tem 320 postos, segundo o presidente do Sindicombustíveis. “Nosso sonho é a ANP vistoriar todos duas vezes por ano. Mas, isso não ocorre. Eles trabalham por amostragem. Porque os fraudadores praticam concorrência desleal e quebram os empresários corretos”, lamenta.


Pirataria e roubos em altaOutros crimes comuns são o roubo de carga e a interceptação do combustível nos dutos. “O Rio de Janeiro tem vários dutos que passam pela Zona Norte. Existem placas informando que a três metros de profundidade há dutos. Isso é um convite para os bandidos. Não à toa, em 2019, foram 268 perfurações. Em 2020, já são mais de 200. Se houver vazamento, o produto é altamente explosivo”, alerta o diretor do ICL.

Outra nomenclatura comum no setor é a batedeira clandestina: depósitos onde vários produtos são misturados sem conformidade. “O combustível adulterado é vendido para redes de postos do crime organizado. Hoje, os crimes são refinados. No caso de bombas adulteradas, são usados sistemas tecnológicos. Instalam chip na placa e cometem a fraude remotamente. Assim, nos veículos com tanque pequeno, as fraudes são menores. Nos tanques grandes, roubam mais”, detalha. Além disso, há pirataria no setor, com postos se apropriando de elementos visuais de marcas conhecidas para enganar os consumidores, que nem sempre estão atentos às fraudes.


Taxista desde 1974, Lázaro Jacinto, 73 anos e morador de Taguatinga, diz não saber se sofreu fraude. “Não tenho como saber se eles colocam a mais ou a menos, mas creio que o uso do carro e as situações como engarrafamento definem a rentabilidade do combustível”, afirma. “Nunca tive problema nem com gasolina nem com álcool, e, por isso, acredito que a qualidade é boa”, completa.


O colega de profissão Milton Castelo, 41, morador de São Sebastião, não teve a mesma sorte, pois o carro já apresentou dificuldade em ligar. “Estava quase sem combustível e resolvi abastecer em um posto da Asa Sul. No outro dia, o carro não quis ligar e isso durou dois dias. Percebi que poderia ter sido a qualidade da gasolina e nunca mais abasteci lá”, relata. O problema não voltou a se repetir depois que Milton passou a optar por postos confiáveis.


PenasO diretor da ANP, Francisco Nelson, orienta os consumidores a serem mais ativos para ajudar a agência no controle do mercado. “Todas as distribuidoras são obrigadas a informar a movimentação dos seus produtos, quanto vendeu, para quem e quando. Temos parceiros, como os órgãos fazendários e o Ministério Público. Isso compõe um banco de dados de denúncia.

Estimulamos o consumidor a buscar conhecer melhor o produto que vai consumir e adotar regras básicas, como pedir nota fiscal e testes de qualidade e de metrologia. É importante prestar atenção se há placa de identificação do posto, com autorização da ANP. E denunciar ao constatar irregularidades”, diz.

Fone: DP