O SENAI Pernambuco, através do Instituto SENAI de Tecnologia (IST MPP) está realizando uma série de consultorias técnicas no polo gesseiro da cidade de Grajaú – Maranhão em parceria com o SENAI Maranhão e o SINDIPREMOLDADOS (Sindicato das Indústrias de fabricação de peças, ornatos, estruturas de cimento, gesso e amianto no Estado do Maranhão).
08 julho 2025
Instituto SENAI de Tecnologia realiza consultorias no polo gesseiro de Grajaú, no Maranhão
O SENAI Pernambuco, através do Instituto SENAI de Tecnologia (IST MPP) está realizando uma série de consultorias técnicas no polo gesseiro da cidade de Grajaú – Maranhão em parceria com o SENAI Maranhão e o SINDIPREMOLDADOS (Sindicato das Indústrias de fabricação de peças, ornatos, estruturas de cimento, gesso e amianto no Estado do Maranhão).
Visita de Lula à Favela do Moinho foi articulada com ONG ligada ao PCC
Uma agenda do presidente Lula (PT) e da primeira-dama Janja da Silva no centro de São Paulo, no fim do mês passado, foi viabilizada após reuniões do governo com a Associação da Comunidade do Moinho.
Documentos obtidos pela coluna mostram que a sede da entidade foi usada para guardar drogas para o PCC. A presidente da ONG é irmã do antigo “dono” do tráfico na favela, o traficante Leonardo Monteiro Moja, o “Léo do Moinho”.
Segundo o Ministério Público de São Paulo, a favela é controlada pelo grupo criminoso e o acesso costuma ser restrito a não moradores.
O ministro Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência) esteve na entidade dois dias antes da visita do presidente e da primeira-dama Janja da Silva, para negociar a agenda oficial de Lula na favela.
O presidente anunciou um acordo de realocação das cerca de 900 famílias que vivem na área. O terreno, pertencente à União, deve ser transformado em um parque.
Procurado, o ministro afirmou que sua reunião com a associação teve como única pauta a apresentação da solução habitacional para as famílias da favela do Moinho. E que “o diálogo com lideranças comunitárias é parte fundamental da atuação de qualquer governo comprometido com políticas de inclusão social, habitação e valorização da cidadania”.
A Secretaria-Geral da Presidência da República é a pasta responsável pela relação do governo com os movimentos sociais. Macêdo balança no cargo desde o início do ano, quando Lula ensaiou uma reforma ministerial que poderia incluir a substituição dele pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP).
O presidente tem dado mostras de insatisfação com Macêdo por conta da falta de público nos eventos com movimentos sociais. Os dois, contudo, são amigos – Macêdo é o único ministro que já esteve com Lula nas férias dele, na Base Naval da Restinga da Marambaia, no Rio.
A Associação da Comunidade do Moinho é presidida por Alessandra Moja Cunha, irmã de Leonardo Monteiro Moja, o Léo do Moinho, apontado como líder do tráfico local, preso em agosto de 2023. Alessandra foi condenada por homicídio e cumpriu parte da pena em regime fechado.
Lula e Janja visitaram a comunidade e posaram para fotos com representantes da Associação. O presidente anunciou um acordo de realocação das cerca de 900 famílias que vivem na área. O terreno, pertencente à União, deve ser transformado em parque.
De acordo com a Receita Federal, a Associação está registrada no número 20 da Rua Doutor Elias Chaves – o mesmo endereço onde, em agosto de 2023, a Polícia Civil apreendeu drogas supostamente destinadas ao centro da capital. A operação, chamada Salus et Dignitas, resultou também na prisão de Léo do Moinho.
O mesmo endereço também figura na agenda oficial de Márcio Macêdo, divulgada pela própria Secretaria-Geral.
Conforme a denúncia do MP-SP, obtida pelo Metrópoles, o local armazenava cinco tijolos de cocaína, “608 porções de cocaína na forma de crack” e 98 porções e três tijolos de maconha. O endereço fica próximo ao campo de futebol da comunidade, onde ocorrem eventos da Associação.
A presidente da entidade, Alessandra, tem 40 anos e é irmã de Jefferson e Leonardo. Outros membros da família também foram denunciados por vínculos com o PCC. Em algumas reuniões com o governo federal, a Associação foi representada por Yasmin Moja, filha de Alessandra e sobrinha de Léo do Moinho. Desde o fim de 2023, representantes do governo se reuniram ao menos cinco vezes com a entidade.
A condenação de Alessandra por homicídio refere-se à morte de uma mulher a facadas, em 2005. Na ocasião, ela e a irmã também tentaram matar um homem, que sobreviveu.
Em maio, Alessandra publicou nas redes sociais um vídeo de uma reunião com representantes do governo, realizada na sede da Associação. No vídeo, ela menciona a “ministra Kelli”, em referência à secretária-executiva da Secretaria-Geral da Presidência, Kelli Mafort, número dois da pasta comandada por Márcio Macêdo.
Na mesma data, Kelli e outros integrantes do governo visitaram a favela e conversaram com moradores. Também participaram representantes dos ministérios dos Direitos Humanos, das Cidades, da Gestão e Inovação em Serviços Públicos e da Justiça. A pasta das Cidades enviou o secretário-executivo Hailton Madureira de Almeida.
No vídeo publicado, moradores gritam: “Salva o Moinho!” e “Moinho resiste!”. Parlamentares do PT e do PSOL também estiveram presentes, segundo relatos.
Como mostrou o Metrópoles, moradores da Favela do Moinho têm sofrido ameaças do grupo de Léo do Moinho ao aceitar a ajuda para mudar para outro local.
Trump não ajuda Bolsonaro a atrair novos eleitores

A manifestação do presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump (Partido Republicano), ontem (7), em defesa do ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro (PL) animou a militância de extrema-direita no país. Trump disse que “o Brasil está fazendo uma coisa terrível” contra o ex-mandatário, o que considera uma “caça às bruxas”.
A postagem em rede social já era esperada. Eduardo Bolsonaro (PL), filho do capitão, articula-se pessoalmente, há meses, com parlamentares norte-americanos o acesso a Trump e sua fala pública em apoio ao pai.
Embora reforce a narrativa de perseguição ao ex-presidente, a declaração de Trump não deve ter efeito prático nas intenções de voto para 2026, por vários motivos. O primeiro é a própria inelegibilidade de Bolsonaro. Inevitavelmente, ele terá de apoiar outro nome, não contando, assim, com o engajamento direto de Trump.
Um segundo motivo é a robustez dos processos contra o capitão na Justiça brasileira. Independentemente de a bolha bolsonarista gostar ou não, há embasamento contra Bolsonaro nos processos por tentativa de golpe e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Pouco importa a opinião de Donald Trump diante dos fatos.
A publicação de Trump também surge num momento de virada da esquerda brasileira, que finalmente tem conseguido vencer a extrema-direita nas redes sociais. Ao se aproximar das pautas da maioria, como a redução da jornada de trabalho — com a derrubada da escala 6×1 — e a defesa da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, a esquerda reconstrói seu diálogo com a população, preocupada em melhorar de vida.
Do ponto de vista narrativo, enquanto a esquerda oferece mudanças reais no cotidiano dos brasileiros, a extrema-direita se concentra em anistia e defesa de Bolsonaro — pautas que não alteram em nada a rotina dos trabalhadores, da classe média, dos microempreendedores, dos autônomos, das mulheres sobrecarregadas e de quem busca uma chance.
Nem o presidente dos Estados Unidos mudará essa realidade. Ele, aliás, está bem distante do povo brasileiro e prefere assim: dificulta a entrada de estrangeiros nos EUA e não perde oportunidade de mandá-los de volta. Além dos motivos citados, há ainda o desgaste da polarização. Cientistas políticos entrevistados por este blog são categóricos: a fala de Trump nada mais é do que “pregação para convertidos”.
Lula defende desdolarização dos Brics: “Não tem volta”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta segunda-feira (7), que a desdolarização do comércio entre países do Brics “é uma coisa que não tem volta” e que será implementada aos poucos.
Lula disse ainda que o Brics é “uma coisa nova no mundo” e que os países mais desenvolvidos dominaram as instituições internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI). Disse ainda que o bloco “não tem porteira fechada” para a entrada de novos países.
“É uma coisa que não tem volta. Isso vai acontecendo aos poucos, e vai acontecendo até que seja consolidado”, respondeu Lula ao ser questionado sobre a desdolarização durante coletiva de imprensa após a Cúpula dos Brics, no Rio de Janeiro. As informações são do Correio Braziliense.
Um dos principais objetivos do bloco é a criação de um sistema para realizar comércio entre os países membros usando as próprias moedas locais, sem depender do dólar norte-americano.
Esse é um dos maiores motivos para as críticas do governo de Donald Trump aos Brics. O republicano ameaçou nas redes sociais, na noite deste domingo (6), taxar em 10% quaisquer países que “se alinharem às políticas do Brics”.
Questionado sobre essa ameaça, Lula minimizou. “Na reunião dos Brics, ninguém tocou nesse assunto. Ou seja, como se não tivesse ninguém falado. Não demos nenhuma importância para isso”, comentou.
Brics não tem “porteira fechada”
O chefe do Executivo disse ainda que o Brics é “uma metamorfose ambulante”, e que os países do bloco ainda estão aprendendo como se organizar sem “repetir o erro dos outros”. Também afirmou que o bloco surgiu em um momento no qual os países mais desenvolvidos dominam os órgãos internacionais.
“Se você vê o absurdo que é o mundo… Você veja o FMI: embora os Brics representem, sabe, metade do PIB (Produto Interno Bruto) do mundo, o Brics só tem 18% no FMI de representatividade”, disse Lula, citando o poder de voto na instituição financeira.
Ele admitiu ainda que o bloco pode considerar a entrada de outros países no futuro. Criado originalmente por Brasil, Índia, Rússia e China – e com a entrada da África do Sul logo depois – o Brics já possui 11 países membros e dez parceiros, após um processo de expansão realizado nos últimos anos.
“É uma coisa que surgiu de nós, de baixo para cima. E temos a sorte de termos países importantes. E outros vão entrando. Nós não temos porteira fechada, quem quiser entrar, diz que quer entrar e nós vamos avaliar. E, na hora que a gente avalia, a gente faz o convite”, declarou ainda o presidente Lula.
Waldemar Borges questiona novo pedido de prazo do governo para uso de empréstimo

O deputado estadual Waldemar Borges voltou a questionar a condução do Governo de Pernambuco na aplicação de recursos oriundos de empréstimos autorizados desde 2023 pela Alepe. Segundo o parlamentar, foi publicado no último sábado, 5 de julho, no Diário Oficial do Estado, o extrato do quarto termo aditivo ao contrato firmado entre o Estado e a Caixa Econômica Federal, com um novo pedido de prorrogação do prazo para utilização do saldo de R$ 1,1 bilhão.
Para o parlamentar, o pedido confirma a incapacidade do governo de executar os investimentos no tempo previsto e desmonta a narrativa de que a Assembleia Legislativa estaria atrasando obras importantes por não aprovar com urgência novos financiamentos solicitados pela gestão. “Como havíamos previsto, caiu por terra a narrativa que alguns tentavam construir de que a Assembleia estaria prejudicando a execução de obras importantes para o Estado ao não aprovar com urgência os últimos empréstimos encaminhados pelo Poder Executivo”, declarou o deputado.
Waldemar ressalta que o valor do empréstimo poderia já ter sido aplicado em obras estruturantes como o Arco Metropolitano e a duplicação da BR-232. “A governadora atesta mais uma vez, através desse quarto termo aditivo, a incapacidade de sua gestão para conseguir gastar recursos autorizados há dois anos, que já poderiam ter viabilizado essas obras no prazo previsto inicialmente no contrato”, criticou.
O deputado também questionou a falta de transparência quanto ao novo prazo solicitado pelo governo e informou ter encaminhado ofício pedindo a íntegra do termo aditivo. “Inclusive, como não está explícito no extrato que foi publicado quanto tempo a mais o governo está pedindo, eu já solicitei por ofício a íntegra desse termo aditivo para descobrir quanto tempo o governo ainda vai precisar para utilizar esse recurso”, afirmou.
E concluiu com um apelo direto à gestora estadual: “Quanto tempo, governadora? Quanto tempo a mais a senhora vai precisar para aplicar esse recurso? Pernambuco tem o direito de pelo menos receber essa informação. E quer receber logo, porque Pernambuco tem pressa”, ironizou, utilizando o mesmo jargão que a governadora vem usando em suas redes sociais e propagandas políticas.
Corpos se acumulam no IML de Caruaru porque Raquel se nega a pagar diária extra de R$ 200

Minha cunhada Socorro Martins, de 56 anos, vítima de um grave acidente na BR-232 entre Belo Jardim e Sanharó na noite de ontem, ainda não teve seu corpo liberado pelo IML de Caruaru, prolongando o sofrimento de nossa família. Segundo Áureo Cisneiros, presidente do Sinpol-PE, o instituto atende 92 municípios com apenas quatro agentes de medicina legal, o que inviabiliza os atendimentos.
“Falta de efetivo, né? Não tinha agente de medicina legal lá; o médico só supervisiona, quem faz o serviço é o agente”, afirmou Cisneiros. Ele explicou que a governadora Raquel Lyra se recusou a autorizar o pagamento da diária extra de R$ 200 por plantão de 12 horas — valor sem correção há oito anos, equivalente a R$ 16 por hora — e que, sem peritos disponíveis e sem cotas do Programa de Jornada Extra de Segurança (PJES), duas perícias de homicídio ficaram pendentes entre os dias 1º e 4 deste mês.
A APEMEPE reforça em nota que a demora decorre da falta de agentes de medicina legal e não de médico-legista, e convoca a Secretaria de Defesa Social a adotar medidas urgentes, como a contratação imediata de novos agentes, a liberação de cotas do PJES e a revisão dos valores de jornada extra, para restabelecer a capacidade operacional e evitar novas paralisações. Confira a íntegra da nota:
A APEMEPE (Associação dos Agentes de Perícia Criminal e Agentes de Medicina Legal da Polícia Civil de Pernambuco) lamenta profundamente a demora na liberação dos corpos no IML de Caruaru em 7 de julho de 2025 e se solidariza com familiares e amigos que enfrentam esse momento de dor.
Esclarecemos que a situação decorre não da ausência de médico-legista, mas da falta de agentes de medicina legal. O único servidor escalado para o plantão adoeceu, e não há recursos do Programa de Jornada Extra de Segurança (PJES) para cobrir emergencialmente a escala.
Este cenário reflete a defasagem estrutural no efetivo. Embora haja concurso público em andamento, apenas 76 dos 220 aprovados seguirão para o curso de formação, sendo que os excedentes serão desclassificados por cláusula editalícia que impede seu aproveitamento, mesmo diante da clara necessidade de servidores. A APEMEPE já protocolou diversos alertas à Secretaria de Defesa Social sobre esse grave problema de planejamento e continuidade dos serviços.
Além disso, o número atual de servidores previsto em lei é insuficiente para atender à demanda crescente, intensificada pela interiorização dos serviços de perícia. Sem medidas concretas, quem mais sofre é a população.
Reforçamos nosso compromisso com a valorização da categoria e com um atendimento digno à sociedade.
Moraes mantém prisão de réu por tentativa de bomba no aeroporto de Brasília

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), manteve a prisão preventiva de Alan Diego dos Santos Rodrigues, condenado pelo ataque com bomba próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília, em dezembro de 2022. A decisão foi publicada no Diário de Justiça desta segunda-feira (7).
A medida atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que também solicitou a prisão de outros dois envolvidos no crime. Alan Diego foi preso em 26 de junho, no estado de Mato Grosso.
A defesa do réu havia pedido liberdade provisória ou substituição da prisão por medidas cautelares, o que foi rejeitado. A PGR também se manifestou contrariamente à soltura.
Segundo Moraes, a denúncia apresentada contém “indícios suficientes” da participação direta de Alan no episódio. “Os elementos colhidos pela investigação apontam que Alan Diego, ao ser conduzido em um veículo no banco do carona, depositou o artefato explosivo no eixo esquerdo do caminhão-tanque e, na sequência, fez duas ligações por orelhão, o que revela evidente risco à ordem pública representado pela sua liberdade”, escreveu o ministro.
Condenação e nova denúncia
Alan Diego e outros dois acusados já haviam sido condenados a 5 anos e 4 meses de prisão em regime fechado pela 10ª Vara Federal do Distrito Federal.
O caso foi posteriormente remetido ao STF após o Ministério Público do DF e Territórios transferi-lo à PGR. Uma nova denúncia foi apresentada, desta vez incluindo acusações mais amplas, como tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e crimes previstos na Lei Antiterrorismo (Lei 13.260/2016).
Procurada, a defesa do réu informou que está “analisando a denúncia e os documentos apresentados para definir as próximas medidas a serem tomadas”.
“A manutenção da prisão preventiva, medida excepcionalíssima, configura constrangimento ilegal, em descompasso com os princípios da presunção de inocência e da proporcionalidade. Conforme o artigo 316 do Código de Processo Penal, a prisão preventiva poderá ser revogada se não mais subsistirem os motivos que a determinaram”, informou a advogada Thaiane Blanch Benites em nota.
Lula diz que ameaça de taxação de Trump não preocupa nações do Brics

A ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de taxar em 10% países que se alinhem ao Brics não foi foco de preocupação da reunião de cúpula do bloco, segundo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O encontro de líderes dos 11 países membros e dez nações parceiras, no Rio de Janeiro, terminou nesta segunda-feira (7).
“Na reunião do Brics ninguém tocou nesse assunto, ou seja, como se não tivesse ninguém falado. Não demos nenhuma importância a isso”, disse Lula, em entrevista ao fim do encontro de líderes. As informações são da Agência Brasil.
O presidente avaliou que a declaração de Trump – feita em seu perfil em uma rede social – foi irresponsável.
“Sinceramente, eu nem acho que eu deveria comentar, porque eu não acho uma coisa muito responsável e séria o presidente da república de um país do tamanho dos Estados Unidos ficar ameaçando o mundo através da internet”, acrescentou.
Defesa da soberania
Lula disse, ainda, que os países são soberanos e que, se os Estados Unidos impuserem tarifas, os outros têm o direito de fazer o mesmo.
“Existe a lei da reciprocidade”, destacou Lula. “Respeito é muito bom. A gente gosta de dar e gosta de receber. E é preciso que as pessoas leiam o significado da palavra soberania. Cada país é dono do seu nariz”.
O presidente Lula comentou ainda as declarações de Trump sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo o presidente dos EUA, Bolsonaro está sofrendo uma caça às bruxas e ele deve ser deixado em paz.
“Esse país [o Brasil] tem leis. Esse país tem regra. Esse país tem um dono chamado povo brasileiro. Portanto, deem palpite na sua vida e não na nossa”, finalizou.
A reação do STF ao post de Trump em defesa de Bolsonaro

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) minimizaram qualquer efeito da postagem de Donald Trump em defesa de Jair Bolsonaro para a corte ou em processos envolvendo o ex-presidente.
A coluna falou com cinco magistrados do tribunal e todos compartilharam a opinião de que o STF não deve responder a qualquer manifestação de Trump.
— Os reflexos são na esfera política e já houve resposta do presidente Lula. Não vejo consequência para o Supremo — disse um magistrado à coluna da jornalista Bela Megale. As informações são do Jornal O Globo.
A leitura dos ministros é que uma manifestação como essa “já estava na conta” do atual contexto e que não terá efeito algum sobre o julgamento de Jair Bolsonaro e seus aliados no caso da trama golpista.
Outro dos magistrados destacou que o Judiciário brasileiro, diferentemente do americano, que não puniu Trump por incitar a invasão do Capitólio, está atuando no caso da trama golpista e do 8 de janeiro “como fazem as democracias responsáveis”.
Em sua postagem nesta segunda-feira, Trump afirmou que o Brasil está “fazendo uma coisa terrível” contra Bolsonaro e que tem acompanhado a “caça de bruxas contra ele”. Disse ainda que “o único julgamento que deveria estar acontecendo no momento é o julgamento pelos eleitores do Brasil, que se chama eleição”.
Questionado sobre a publicação de Trump por repórteres durante encerramento do encontro dos Brics, Lula disse:
— Não vou comentar essa coisa de Trump e o Bolsonaro. Tenho coisas mais importantes para comentar do que isso. Esse país tem leis, regras e um dono chamado povo brasileiro, portanto dê palpite na sua vida, e não na nossa.
O presidente já havia emitido uma nota afirmando que “a defesa da democracia no Brasil é uma responsabilidade dos brasileiros”. “Somos um país soberano e não aceitamos interferência ou tutela de quem quer que seja. Temos instituições sólidas e independentes. Ninguém está acima da lei — sobretudo aqueles que atentam contra a liberdade e o Estado de Direito”, escreveu o presidente.
03 julho 2025
PT define nomes para compor CPMI do INSS

O Partido dos Trabalhadores (PT) definiu os nomes da bancada que vão compor a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar descontos irregulares em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
O colegiado só será instalado em agosto, depois do recesso parlamentar. A presidência da CPMI ficará com o senador Omar Aziz (PSD-AM), e o deputado relator ainda não foi definido. As informações são do Metrópoles.
Os nomes escolhidos pelo PT para compor a CPMI são:
- Alencar Santana (PT-SP) e Paulo Pimenta (PT-RS) como titulares;
- Rogério Correia (PT-MG) e Orlando Silva (PCdoB-SP) como suplentes.
Depois de o presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (União-AP), ter lido o requerimento da CPMI em sessão conjunta das duas Casas, os líderes partidários precisam indicar os nomes de cada bancada.
Tanto parlamentares governistas quanto de oposição articulam os melhores nomes para duelar durante a condução dos trabalhos, a fim de não perder o domínio da narrativa. Há, desde que estourou um escândalo, uma troca de acusações entre governo e oposição sobre a responsabilização dos envolvidos.
Fraude no INSS
O escândalo do INSS foi revelado pelo Metrópoles em uma série de reportagens publicadas a partir de dezembro de 2023. Três meses depois, o portal mostrou que a arrecadação das entidades com descontos de mensalidade de aposentados havia disparado, chegando a R$ 2 bilhões em um ano, enquanto as associações respondiam a milhares de processos por fraude nas filiações de segurados.
As reportagens do Metrópoles levaram à abertura de inquérito pela Polícia Federal (PF) e abasteceram as apurações da Controladoria-Geral da União (CGU). No total, 38 matérias do portal foram listadas pela PF na representação que deu origem à Operação Sem Desconto, deflagrada em 23/4 e que culminou nas demissões do presidente do INSS e do ministro da Previdência, Carlos Lupi.
Emparedado no Congresso, Planalto reage e articula “superfederação”

Após sofrer consecutivos revezes no Congresso e ver uma nova crise entre Poderes no horizonte, o Planalto retomou nesta semana uma ofensiva em busca de partidos para agregar numa superfederação de esquerda, visando à eleição de 2026. Esse tipo de aliança impulsiona, justamente, a formação de bancadas para o Legislativo, onde o PT do presidente Luiz Inácio Lula da Silva patina com uma base de apoio incerta e infiel, a despeito do loteamento de ministérios e cargos na máquina pública abrigando o Centrão.
O assunto foi levantado na última terça-feira (1º/7) por interlocutores do Planalto com lideranças partidárias. A vontade de formar uma superfederação foi comunicada aos líderes do PCdoB e PV, que já estão numa aliança formal com o PT, e a legendas como PSB e PDT. Segundo lideranças ouvidas pelo Metrópoles, o pedido de negociação não foi mal recebido, mas tampouco entusiasmou. As informações são do Metrópoles.
O PSB é o partido do vice-presidente Geraldo Alckmin e comanda os ministérios da Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e o do Empreendedorismo (MEMP). Uma aliança formal com o PT, porém, é vista como impraticável. Os socialistas reconhecem ser o elo mais fraco num eventual acordo e temem encolher no processo decisório diante do maior tamanho dos petistas em número de parlamentares.
PT e PSB já tentaram uma aliança em 2022, mas não deu certo. Para os socialistas pesa, também, a negociação já avançada com o Cidadania para uma federação. O acordo já está encaminhado pelas cúpulas dos partidos e deve ser anunciado em breve.
Já com o PDT a história é semelhante, mas ainda há um distanciamento ideológico maior que com o PSB. Enquanto os socialistas se afastaram do Centrão e se aproximaram da esquerda, os pedetistas fizeram um movimento contrário. Essa cisão foi ampliada com a demissão do presidente da sigla, Carlos Lupi, do Ministério da Previdência Social. Ele deixou a pasta em meio ao escândalo da farra no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), e a bancada desembarcou da base do presidente Lula.
A superfederação com partidos aliados seria uma alternativa para o presidente Lula ampliar sua base de apoio no Congresso, que tem lhe imposto derrotas. Somente no mês passado, o Legislativo decidiu aumentar a conta de luz dos brasileiros e sustar o reajuste do IOF. Como reação, o Planalto acionou o Supremo Tribunal Federal (STF). Caso a Corte intervenha a favor do Executivo, uma nova crise entre os Poderes será deflagrada.
Desafios de uma federação
A vontade de formar uma superfederação é frequentemente externada por Lula a aliados. A ideia encontra ressonância em ala expressiva do PT, que aguarda o processo de eleição interna para definir seu novo presidente. A expectativa é que, confirmando-se o ex-prefeito de Araraquara Edinho Silva como novo cacique da sigla, ele possa conduzir as conversas para fechar um acordo.
Uma federação é uma aliança formal, registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ela substituiu as antigas coligações e obriga as siglas federadas a atuarem como uma só por quatro anos. Ou seja, os partidos federados precisam decidir em conjunto candidatos, sem possibilidade de rompimento.
Uma federação ajuda os partidos a elegerem mais deputados federais, estaduais e vereadores, pois permite a soma dos votos proporcionais. Ao mesmo tempo, esse tipo de aliança engessa a escolha de um nome para concorrer nas eleições majoritárias. Quem deseja concorrer ao cargo de prefeito, senador ou governador precisa negociar com todos os partidos federados sua candidatura, o que pode afastar nomes competitivos.
Polícia Civil cumpre mandados da operação “Ovos de Ouro” no Grande Recife

A Polícia Civil (PC) desencadeou, na manhã desta quinta-feira (03), a operação “Ovos de Ouro”. O Grupo de Operações Especiais (GOE) cumpre nove mandados de prisão e 14 de busca e apreensão.
Em nota à imprensa, a PC informa que a investigação já corria desde outubro de 2023, com o objetivo de desarticular organização criminosa que atua no tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. As informações são do JC.
Operação “Ovos de Ouro” teve apoio das PCs de outros 3 estados
Foram empregados 60 agentes da Polícia Civil na execução da operação, vinculada à Diretoria Integrada Especializada (DIRESP). Outros detalhes operacionais e atualizações da execução ainda não foram divulgados.
As investigações foram feitas com o apoio operacional do Comando de Operações e Recursos Especiais (CORE/PCPE) e das Polícias Civis de Alagoas, Rio Grande do Norte e Amazonas.


