PREFEITURA DE TRINDADE

SARGENTO EDYMAR

18 julho 2023

MPPE alerta Prefeitura de Serrita quanto aos gastos de verbas públicas da Missa do Vaqueiro

 

Diante da constatação de que serviços públicos básicos essenciais estão sendo postergados por alegação de incapacidade financeira do município de Serrita, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) alertou a Prefeitura local quanto aos vultuosos gastos com a realização da 53ª Missa do Vaqueiro. Em recomendação emitida ao Poder Executivo de Serrita, o MPPE solicitou o fornecimento de vários documentos, incluindo planilha de todos os gastos com a festividade.

Por meio da Promotoria de Justiça de Serrita, o MPPE pediu, ainda, a comprovação de que as despesas com o evento estavam previstas no planejamento orçamentário do município, bem como a comprovação de que a Lei Orçamentária Anual ou Lei de Crédito Adicional previam despesas desse montante. Informações sobre despesas, restos a pagar, dívida mobiliária e fundada, entre outros aspectos relacionados à gestão financeira da cidade de Serrita também foram solicitadas.

A recomendação do MPPE levou em consideração, dentre outros pontos, os diversos procedimentos extrajudiciais instaurados na Promotoria de Justiça de Serrita envolvendo demandas relacionadas à Prefeitura, nas mais distintas áreas. Há, ainda, ações civis públicas ajuizadas perante o Poder Judiciário contra o município de Serrita para garantir tratamentos de saúde, fornecimento de leite, além de serviços de fisioterapia, fonoaudiologia e psicologia à população que necessita.

O MPPE também recomendou que a Prefeitura faça a atualização imediata de seus portais de transparência, divulgando informações sobre licitações e contratações públicas, em conformidade com a Lei de Acesso à Informação. Foi solicitado, ainda, que sejam adotadas as devidas providências para cumprir as exigências da Lei Estadual nº 15.818/16, que determina a instalação de placas informativas sobre o evento, garantindo o acesso à informação, alinhando-se às diretrizes do princípio da publicidade e da transparência na gestão pública. A recomendação foi publicada integralmente no Diário Oficial eletrônico do MPPE do dia 14 de julho de 2023.

17 julho 2023

Nova Unidade Básica de Saúde e reforço do Mais Médicos em Araripina são anunciados pelo prefeito Raimundo Pimentel


 Em um vídeo divulgado nas redes sociais na tarde desta segunda-feira (17), o prefeito de Araripina, Raimundo Pimentel, anunciou a implantação de uma nova Unidade Básica de Saúde (UBS) no centro da cidade e a chegada de 25 médicos do programa Mais Médicos, do Governo Federal.

O novo equipamento de saúde será situado na Praça de Dr. Pedro, com o intuito de atender a população do centro da cidade e de desafogar a demanda no Centro de Saúde Dr. José Araújo Lima, proporcionando um atendimento mais acessível e eficiente. "Estamos trabalhando para que a saúde de nossa população seja sempre uma prioridade. Com a nova UBS, esperamos proporcionar um atendimento de qualidade e mais acessível para nossos cidadãos", afirmou o prefeito Pimentel.

A chegada dos profissionais do Mais Médicos é vista como uma conquista importante para a cidade de Araripina. Esse programa, implementado pelo Governo Federal, busca ampliar a presença de médicos nas regiões mais carentes do país, beneficiando especialmente municípios do interior e periferias das grandes cidades.

"O Programa Mais Médicos tem sido fundamental para fortalecer a assistência médica em nosso país, principalmente em áreas com maior necessidade. Estamos gratos por receber esses 25 profissionais e tenho certeza que farão a diferença em nosso atendimento à saúde", ressaltou Pimentel.

A nova UBS e o reforço da equipe médica chegam em um momento oportuno para Araripina, ampliando a cobertura e a qualidade do atendimento à saúde na cidade. Ambas as medidas mostram o compromisso do município em promover uma saúde de qualidade para sua população.

Assista ao vídeo: https://www.instagram.com/reel/CuzwjaHrdiD/?igshid=MzRlODBiNWFlZA%3D%3D

HABITAÇÃO - ENTENDA COMO VAI FUNCIONAR O NOVO PROGRAMA MINHA CASA, MINHA VIDA

 


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou a lei que cria o novo programa Minha Casa Minha Vida. Uma das principais marcas do governo petista, a medida havia sido extinta pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para dar lugar ao Casa Verde e Amarela, e foi recriada em fevereiro deste ano, passando por aprovação do Congresso Nacional.

O programa é voltado para famílias residentes em áreas urbanas e que tenham renda mensal de até R$ 8 mil e famílias que vivem em zonas rurais com renda anual de até R$ 96 mil. Benefícios como Bolsa Família e auxílio-doença não entram no cálculo. Será organizado em seis categorias de renda.

Entre as principais mudanças no projeto está o retorno do financiamento para a Faixa Urbana 1, voltada para renda bruta familiar mensal até R$ 2.640. Essa modalidade havia sido extinta pelo programa anterior. Agora, metade dos financiamentos deverá ser autorizado para esse grupo. Houve também o aumento no valor máximo do imóvel que pode ser adquirido, redução dos juros e acréscimo no subsídio para financiamento.

Gerido pelo Ministério das Cidades, pasta comandada por Jader Filho, a iniciativa tem como meta entregar mais 8 mil unidades até o final deste ano e retomar 21,6 mil obras. Até 2026 o objetivo é contratar mais 2 milhões de moradias. Segundo o ministro, construtoras já apresentaram propostas de empreendimentos para a primeira faixa de renda, que somam 287 mil casas. "Isso mostra a demanda reprimida que havia", destacou. Para Filho, as novas condições do programa habitacional "democratizaram o crédito" para financiamentos das novas casas.

O programa permitirá também a construção em terrenos distantes dos centros urbanos. "Tem que ser próximo de equipamentos como postos de saúde, escolas, creches, transporte público, entre outros. Também não será permitida a construção de mais de 750 unidades em um mesmo condomínio, pois foi observado que os menores residenciais criam uma sensação de pertencimento a quem habita nesses locais", detalhou o ministro.

O governo aumentou ainda os descontos oferecidos aos que acessam o financiamento com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). O valor máximo passou de R$ 45,7 mil para R$ 55 mil para os beneficiários das Faixas 1 e 2. Além disso, com o novo programa, a Caixa Econômica Federal não será mais o único banco a ser utilizado nas transações.

Outra novidade é a possibilidade de aquisição de moradia urbana usada e a inclusão de famílias em situação de rua no programa. De acordo com o governo, as habitações poderão ser oferecidas ainda sob forma de cessão, doação, locação, comodato, arrendamento ou venda.

Imóveis abandonados

Segundo o Censo 2022, divulgado no último mês, o País tem 11 milhões de casas e apartamentos vagos, um aumento de 87% em doze anos. Enquanto isso, a falta de habitação chega perto das 6 milhões de unidades, segundo dados da Fundação João Pinheiro. Ao citar esse cenário, o presidente Lula defendeu que os imóveis da União, sem uso, sejam destinados a programas de habitação popular.

"Só o INSS [Instituto Nacional do Seguro Social] tem 3 mil casas, terrenos e prédios. Por que a gente não distribui isso pro povo? Em vez de levar o povo pra morar a 20 km do centro da cidade, leva o povo para onde já tem asfalto, escola, energia elétrica, linha de ônibus", afirmou o presidente.

Lula também voltou a defender casas populares maiores. As novas contratações devem ter ao menos 40 metros quadrados, com varanda e espaços de lazer, mas o petista afirmou que almeja expandir os parâmetros do programa. "Já estamos com 40m², já melhorou. Mas o movimento popular tem feito casa de 60m², já tem feito apartamento com elevador. Parece que pobre nasceu destinado a morar em prédio de só quatro andares e só pode subir de escada e não de elevador", afirmou.

Por Rafaela Gonçalves - Correio Braziliense

Com acordo Mercosul-UE travado, Lula chega a Belgica para ‘aprofundar relações’ com a Europa

 


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarcou neste domingo, 16, em Bruxelas, capital da Bélgica, onde participará de uma cúpula entre os países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e do bloco europeu. Em suas redes sociais, o petista declarou que sua missão nesta nova viagem — a décima em pouco mais de sete meses de mandato — “será um aprofundar relações entre as regiões”.

Entre as pautas da reunião não está o acordo entre Mercosul e UE, mas Lula pretende falar sobre o assunto em reuniões bilaterais. Uma das reuniões já confirmadas é com Ursula von der Leyen, presidente do Conselho Europeu, com quem Lula já se reuniu no Brasil e reforçou sua contrariedade com as colocações de sanções no acordo.

Os novos dispositivos incluem punições em caso de descumprimento de medidas, principalmente ligadas à preservação ambiental. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil e o Mercosul, bloco do qual Lula é presidente temporário, preparam uma resposta aos europeus. Internamente, o governo brasileiro avalia que esse dispositivo não tem preocupação ambiental. Seria apenas uma forma de proteger o mercado europeu do crescimento do agronegócio brasileiro. O presidente ficará em Bruxelas até quarta-feira, 19.

Polícia Civil confirma embriaguez e porte ilegal de arma por desembargador

 

A Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) confirmou que o desembargador Cláudio Jean Nogueira, 68 anos, estava sob efeito de álcool e portando arma de fogo.

Segundo a assessoria de comunicação da PCPE, em reprodução do NE 10, ele foi “autuado por dano/depredação, posse ilegal de arma e condução de veículo embriagado”. As informações são do blog de Nill Junior.

Ainda serão concluídas perícias e feito um relatório final. O carro que ele dirigia colidiu com a fachada da Delegacia de Afogados da Ingazeira.

Por conta da Lei Orgânica da Magistratura Nacional, o Desembargador Cláudio Jean Nogueira não pode ser preso. Daí não procede a informação de prisão em flagrante.

Houve despacho instaurando inquérito pelos crimes de alcoolemia, porte ilegal de arma e dano qualificado. Os autos foram remetidos para o Tribunal de Justiça. Foi instaurado Inquérito Policial por Portaria.

Um detalhe que o blog apurou é que além da pistola ele portava uma caneta com capacidade de disparo de projéteis de calibre 22. A caneta como arma de fogo é análoga a arma de fogo de uso restrito, em decorrência do Art. 16, parágrafo 1°, inciso II, da Lei 10.826/2003.

O Tribunal de Justiça de Pernambuco informou que “tomou conhecimento da ocorrência e aguarda o envio das informações da Polícia Civil de Pernambuco. Ao receber a peça, o TJPE tomará as medidas cabíveis dentro de suas atribuições legais

Michelle Bolsonaro fala em ‘desejo no coração de chegar à Presidência’

 

A  ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro falou neste sábado (15) sobre o “desejo de chegar à Presidência da República”. A declaração foi dada durante evento do PL Mulher em João Pessoa, na Paraíba.

Na oportunidade, ela contou que desde os 14 anos fazia política pública “sem saber” com trabalhos voluntários. Michelle Bolsonaro também relatou ações em que participou durante o governo Jair Bolsonaro, como por exemplo a inclusão de pessoas com deficiente visual de um olho no Benefício de Prestação Continuada (BPC), pensão vitalícia para crianças com microcefalia, além de criação de política para educação de surdos. As informações são da Jovem Pan.

“Pude ver com os meus olhos a realidade das pessoas que mais precisam. Deus me forjou naquele momento para poder cuidar dessas pessoas. E o desejo no meu coração de chegar à Presidênci”, disse. Nos últimos dias, a ex-primeira-dama tem intensificado a sua atuação na política por meio do PL Mulher, que é voltado para a participação feminina. 

Michelle é considerada uma das sucessoras do marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro, na disputa pela Presidência da República em 2026, já que ele está inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

‘O Brasil votou pela democracia’, diz Alckmin ao defender Alexandre de Moraes

 

O vice-presidente Geraldo Alckmin saiu em defesa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, agredido por brasileiros na última sexta-feira (14) no Aeroporto Internacional de Roma, na Itália. 

Em suas redes sociais, Alckmin rechaçou a “força desrespeitosa e agressiva dos atos”, afirmando que o “Brasil votou pela democracia” em outubro de 2022. As informações são do O Tempo.

“Inadmissíveis as agressões ocorridas contra o ministro Alexandre de Moraes. Manifesto toda minha solidariedade ao ministro e a sua família, e repudio a forma desrespeitosa e agressiva dos atos perpetrados. O Brasil votou pela democracia. O clima de ódio e desrespeito provocados por alguns não pode continuar”, diz o post. 

Na última sexta-feira, um grupo de brasileiros hostilizou o ministro por causa de sua atuação em questões contrárias relacionadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele chegou a ser chamado de “bandido, comunista e comprado”. Além de xingamentos contra Moraes e seus familiares, uma das pessoas chegou a agredir fisicamente o filho do ministro.

Identificados 

Alex Zanatta Bignotto, identificado como um dos três brasileiros envolvidos na agressão à família do ministro Alexandre de Moraes, prestou depoimento na Delegacia da Polícia Federal de Piracicaba (SP) e negou a prática do crime.

Andreia Mantovani e o empresário Roberto Mantovani Filho, cujo envolvimento no caso foi apontado pela Polícia Federal, foram intimados a depor pela manhã, mas alegaram que tinham uma viagem prevista e, por isso, não seria possível comparecer à delegacia. O depoimento deles está previsto para terça-feira (18), também em Piracicaba.

Homem presta depoimento à PF em Piracicaba e nega ter hostilizado Alexandre de Moraes

 

Alex Zanatta Bignotto, identificado como um dos três brasileiros envolvidos na agressão à família do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prestou depoimento na Delegacia da Polícia Federal de Piracicaba (SP) e negou a prática do crime na manhã deste domingo (16).

Ao sair do local, o advogado de Bignotto afirmou que o cliente nega todas as acusações. “Ele em absoluto fez qualquer ofensa ao ministro, mas nós estaremos esclarecendo isso nos autos e tudo será muito bem esclarecido no curso das investigações”, disse Ralph Tórtima Stettinger Filho.

Por outro lado, a TV Globo apurou que, durante o depoimento, o suspeito contou que houve uma confusão e ele teria sido ofendido pelo ministro.

Stettinger também vai representar Andreia Mantovani e o empresário Roberto Mantovani Filho, cujo envolvimento no caso foi apontado pela Polícia Federal.

Ainda conforme apuração da TV Globo, ambos foram intimados a depor pela manhã, mas alegaram que tinham uma viagem prevista e, por isso, não seria possível comparecer à delegacia.

O depoimento deles está previsto para terça-feira (18), também em Piracicaba.

Agressões

A família do ministro foi hostilizada na sexta-feira (14), no Aeroporto Internacional de Roma, na Itália. As agressões aconteceram por volta das 18h45 no horário local (13h45 no horário de Brasília) e tiveram início após Andreia Mantovani chamar Moraes e “bandido, comunista e comprado”.

Em seguida, Roberto Mantovani Filho gritou e agrediu fisicamente o filho do ministro, acertando um golpe no rosto do rapaz. Com o impacto, os óculos do filho de Moraes chegaram a cair no chão.

Após a agressão, Roberto, Andreia e Alex Zanatta prosseguiram com os xingamentos. Moraes estava na Itália para realizar uma palestra na Universidade de Siena.

Inquérito policial

A PF acionou o adido da polícia em Roma neste sábado (15) para as tratativas com a polícia italiana. As imagens poderão ser obtidas seguindo um acordo de cooperação internacional.

Os envolvidos na ação foram identificados pela Polícia Federal e abordados ao desembarcarem no Brasil na manhã de ontem, com base em reconhecimento facial.

Segundo o Código Penal, os crimes praticados por brasileiros, embora cometidos no estrangeiro, ficam sujeitos à lei brasileira. Os três responderão a inquérito policial, que foi instaurado no sábado. O inquérito vai apurar acusações de agressão, ameaça, injúria e difamação.

Lula chega na Bélgica para Cúpula Celac-União Europeia

 

Da Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou neste domingo (16), em Bruxelas, capital da Bélgica, onde participará da Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e da União Europeia. Ao todo, cerca de 60 líderes estrangeiros dos países componentes dos blocos são esperados para o encontro, que ocorrerá oficialmente na segunda (17) e na terça-feira (18).

A delegação brasileira levará à cúpula propostas de estímulo à cooperação mútua nas áreas ambiental, energética e de defesa, além do combate à fome e aos crimes transnacionais. A última vez em que a cúpula foi realizada foi em 2015.

Embora não figurem entre os principais temas da 3ª Cúpula Celac-União Europeia, as negociações para conclusão do acordo de livre-comércio entre os países do bloco europeu e do Mercosul podem ser objeto das conversas. Compõem o Mercosul a Argentina, o Brasil, o Paraguai e o Uruguai.

Segundo o Itamaraty, Lula levará ao evento o posicionamento brasileiro em relação às últimas exigências do bloco europeu para aprovar a assinatura do tratado – que incluem, entre outros pontos, a previsão de multas em caso de descumprimento de obrigações ambientais.

A agenda oficial de Lula divulgada pelo governo federal prevê reuniões e encontros com líderes políticos e empresariais europeus.

O presidente brasileiro terá encontros com o rei da Bélgica, Philippe Léopold Louis Marie, e com o primeiro-ministro do país anfitrião, Alexandre De Croo. Também já foram confirmados compromissos com os representantes da Áustria e da Suécia.

Na segunda-feira, Lula participa do Fórum Empresarial União Europeia – América Latina, pela manhã. À tarde, ocorre a sessão de abertura da Celac. No dia seguinte, ocorre a Cúpula da Celac-União Europeia. O retorno a Brasília está previsto para quarta-feira (19).

TJPE afirma que tomará as medidas cabíveis após desembargador bater carro em poste e invadir delegacia

 

Neste domingo (16), após o desembargador Cláudio Jean Nogueira, que dirigia um carro oficial do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), bater em um poste e invadir a área da Delegacia de Polícia Civil de Afogados da Ingazeira, no Sertão do Pajeú, o TJPE informou que tomará as medidas cabíveis.

“O Tribunal de Justiça de Pernambuco informa que tomou conhecimento da ocorrência e aguarda o envio das informações da Polícia Civil de Pernambuco. Ao receber a peça, o TJPE tomará as medidas cabíveis dentro de suas atribuições legais”, destacou o TJPE por meio de nota enviada ao blog.

O episódio está provocando uma grande repercussão no Estado, especialmente no meio jurídico. Veja como ficou o poste em frente à delegacia no qual o desembargador bateu:

Ainda não se sabe o que aconteceu no momento que o desembargador bateu no poste e invadiu, com o carro oficial do TJPE, parte da delegacia de Afogados da Ingazeira. O fato foi registrado na manhã de hoje. Cláudio Jean foi ouvido pelo delegado plantonista, que deve enviar detalhes sobre o ocorrido para o Tribunal de Justiça de Pernambuco. Não há informações sobre feridos. 

Dados do Censo pressionam Câmara por nova divisão de vagas

 

As novas estimativas de população dos estados, divulgadas há duas semanas na prévia do Censo 2022, devem pressionar a Câmara dos Deputados a recalcular a divisão do número de cadeiras por estado para as eleições de 2026.

Projeção realizada a pedido da Folha de S. Paulo pelo Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) aponta para mudanças na atual distribuição das 513 cadeiras das Câmara, com perdas de vagas em sete estados e ganhos em outros sete.

O Rio de Janeiro lideraria a perda de assentos na Câmara, caindo de 46 para 42 vagas. Bahia, Rio Grande do Sul, Piauí e Paraíba perderiam 2 vagas cada um. Já os estados de Pernambuco e de Alagoas teriam menos 1 cadeira na Câmara.

Por outro lado, as bancadas de Santa Catarina e Pará cresceriam, com mais 4 vagas para cada estado. O Amazonas ganharia mais 2 vagas, enquanto Minas Gerais, Ceará, Goiás e Mato Grosso teriam um assento a mais cada. Os demais estados e o Distrito Federal manteriam o mesmo número de vagas.

A Constituição Federal determina que a representação na Câmara dos Deputados deve ser proporcional à população de cada estado. Mas os constituintes definiram o mínimo de 8 e o máximo de 70 deputados por unidade da federação.

O número de cadeiras por estado, contudo, não é alterado desde dezembro de 1993, ano em que ocorreu o último redesenho das vagas na Câmara a partir da aprovação de uma lei complementar. Não houve atualização do tamanho das bancadas a partir dos dados dos Censos de 2000 e 2010.

Em 2013, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) chegou a emitir uma resolução sobre a redistribuição das vagas por estado na Câmara com base no Censo anterior, realizado em 2010.

No ano seguinte, porém, o STF (Supremo Tribunal Federal) declarou que a resolução era inconstitucional e definiu que caberia à própria Câmara fazer esta divisão por meio de lei complementar, o que nunca aconteceu.

“Mexer em questões regionais sempre tem um aspecto político muito forte. Quem ganha vai pressionar para mudar o cálculo, quem perde vai trabalhar para manter tudo como está”, avalia Neuriberg Dias, analista político e assessor do Diap.

Na esteira dos dados do novo Censo, o deputado federal Rafael Pezenti (MDB-SC) protocolou nos últimos dias um projeto de lei complementar que altera a representação dos estados e do Distrito Federal na Câmara dos Deputados a partir da legislatura que inicia em fevereiro de 2027.

A proposta prevê ainda um mecanismo permanente de reconfiguração das bancadas, de forma que um novo projeto de lei complementar se tornasse desnecessário a cada Censo.

Pezenti justifica a proposta argumentando que há uma sub-representação na Câmara Federal dos estados cuja população mais cresceu nos últimos 30 anos e que é preciso corrigir as distorções.

O estado de Santa Catarina, por exemplo, possui uma população de 7,7 milhões de habitantes segundo o Censo de 2022 e apenas 16 deputados federais. O tamanho da bancada é inferior ao de estados com menor população, caso do Maranhão, que tem 6,8 milhões de moradores e 18 deputados federais.

“Só quero fazer justiça e garantir que os estados tenham uma representação mais igualitária. O voto do catarinense não pode valer menos do que o dos eleitores de outros estados”, argumenta Pezenti, lembrando que o menor número de deputados também representa menos recursos em emendas.

Ele reconhece que o tema é espinhoso por mexer diretamente nos interesses dos parlamentares que devem tentar a reeleição em 2026. Mas se diz otimista e destaca que quem sai perdendo no recálculo é minoria: os sete estados que perderiam vagas têm 172 deputados.

Os estados cujas bancadas cresceriam somam 141 votos e outros 200 são de unidades da federação que não teriam mudanças no tamanho. O projeto precisa de maioria simples para ser aprovado.

A expectativa, contudo, é de forte oposição das bancadas dos estados que teriam redução, caso de Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco.

Coordenador da bancada federal do Rio de Janeiro, o deputado federal Áureo Ribeiro (Solidariedade) questiona a confiabilidade dos dados do Censo 2022 e diz ver dificuldades para uma redistribuição das vagas: “É um tema muito sensível, seria um consenso muito difícil de construir”.

O deputado federal Carlos Veras (PT), um dos coordenadores da bancada de Pernambuco, diz não acreditar na possibilidade de alteração na composição por estado. “A última modificação é de 1993, o que revela a dificuldade de o tema ser apreciado na Câmara dos Deputados.”

Outro possível obstáculo para colocar o projeto em pauta pode ser o próprio presidente da Câmara, Arthur Lira (PP). Isso porque o estado de Alagoas seria um dos prejudicados com o recálculo: a bancada do estado seria reduzida de 9 para 8 deputados federais.

O deputado Rafael Pezenti diz acreditar que Lira não vai colocar os próprios interesses à frente da vontade do plenário, caso se construa uma maioria favorável ao projeto.

A bancada catarinense já começou a discutir estratégias para convencer os líderes dos partidos e tentar emplacar o projeto no retorno do recesso parlamentar.

Na avaliação do cientista político Cláudio André de Souza, professor da Unilab (Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira), o Congresso não deveria postergar o recálculo das vagas: “Quanto maior a defasagem, mais brusca será uma possível mudança no futuro”.

Caso a proposta seja aprovada, haverá aumento do quociente eleitoral e maior competição em 2026 nos estados em que o número de cadeiras for reduzido. Com isso, diz Souza, a tendência é de maior dificuldade para pequenos partidos nas disputas legislativas destes estados, o que pode impulsionar novas federações partidárias.

A mudança também tende a dar maior força às bancadas de estados com perfil mais conservador, caso de Santa Catarina, Mato Grosso e Goiás. Por outro lado, haveria uma perda de seis deputados na bancada nordestina, que nas últimas legislaturas tem se alinhado mais aos governos de esquerda.

Uma possível alteração no tamanho das bancadas federais dos estados também se refletiria nas Assembleias Legislativas. O número de vagas segue a mesma proporção da Câmara dos Deputados, mas com um mínimo de 24 e um máximo de 94 deputados estaduais.

Governo prepara MP com programa para reduzir filas do INSS

 

O governo federal deve publicar na próxima semana uma medida provisória que cria um programa de enfrentamento às filas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Segundo o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, peritos, supervisores médicos e outros servidores do órgão vão receber um bônus para trabalhar em dois turnos e, assim, reduzir o estoque de solicitações que aguardam há mais de 45 dias por uma solução.

O bônus a ser pago pelo governo deve levar em consideração cada análise adicional de processos administrativos e cada perícia médica feita a mais. Ao R7, o ministro disse que o programa vai durar aproximadamente um ano. De acordo com Lupi, o governo espera que até dezembro seja possível reduzir para no máximo 45 dias o prazo de análise dos pedidos por benefícios previdenciários.

“Nós temos, hoje, uma quantidade de 800 mil novos pedidos a cada mês. Esses do requerimento inicial estamos conseguindo atender. Mas são quase 1,8 milhão que estão aguardando na fila. Não tem como resolver essa situação se não for com um pagamento extra”, afirmou Lupi.

A fila para benefícios do INSS chegou a 1.794.449 requerimentos em análise em junho. Desse total, 596.699 pessoas aguardavam perícias médicas, e 1.197.750, análise administrativa. Atualmente, 64% das pessoas que estão na fila esperam mais do que os 45 dias para serem atendidas. 

No início desta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reclamou da quantidade de pessoas que aguardam um parecer do INSS e disse que teria uma reunião com Lupi para discutir uma solução.

“Não há nenhuma explicação, a não ser: ‘Ah, eu não posso me aposentar porque não tem dinheiro para pagar’. Se for isso, a gente tem que ser muito verdadeiro com o povo e dizer por que tem essa fila. Se é falta de funcionário, a gente tem que contratar funcionário. Se é falta de competência, a gente tem que trocar quem não tem competência”, disse o presidente em uma live nas redes sociais.