PREFEITURA DE TRINDADE

SARGENTO EDYMAR

13 agosto 2018

SURUBIM E TAQUARITINGA DO NORTE - OBRAS HÍDRICAS NO AGRESTE SETENTRIONAL AVANÇAM E AMPLIAM A OFERTA DE ÁGUA NA REGIÃO

 
Em agenda no Agreste Setentrional, na sexta-feira (10.08), o governador Paulo Câmara visitou duas importantes obras de abastecimento hídrico na região. A primeira delas foi a ampliação da produção do Sistema Jucazinho, no município de Surubim. Com um investimento de R$ 300 mil, a intervenção irá beneficiar cerca de 200 mil habitantes de 11 cidades. Em seguida, o chefe do Executivo foi acompanhar a retomada da produção do Sistema Mateus Vieira, em Taquaritinga do Norte. O equipamento irá abastecer cerca de 12 mil habitantes locais. 

"Estamos trabalhando para melhorar o abastecimento de água em todas as regiões de Pernambuco, principalmente nas áreas mais afetadas pela estiagem. Estamos conseguindo normalizar e reforçar o abastecimento das cidades do Agreste Setentrional, algumas delas vão receber água, praticamente, todos os dias. É uma mudança importante para o futuro que a gente quer", destacou o governador. "A volta da chuva, esse ano, garante uma capacidade de água maior. Mas também estamos preparados, caso ocorram novos períodos de estiagem, através de um planejamento bem feito junto à Compesa", ressaltou.

A intervenção na Barragem de Jucazinho contempla a instalação de conjuntos motobombas nas estações elevatórias, além da ampliação e melhorias da Estação de Tratamento de Água de Jucazinho. A finalidade é ampliar a oferta de água aos habitantes das 11 cidades, passando de 130 L/s para 260 L/s, ou seja, 100% de aumento. O sistema irá abastecer os municípios de Surubim, Casinhas, Vertente do Lério, Santa Maria do Cambucá, Frei Miguelinho, Vertentes, Toritama, Salgadinho, Bom Jardim, João Alfredo e Orobó.
O presidente da Compesa, Roberto Tavares, ratificou a importância da intervenção, principalmente no atendimento à Zona Rural dos municípios beneficiados. "As comunidades da Zona Rural sofrem muito com a estiagem, e a ampliação desse sistema em 100%, vai nos possibilitar levar água para essas áreas também. Então a gente fica muito feliz em poder concretizar mais essa importante ação", disse. 

O mesmo sentimento de satisfação foi compartilhado pela prefeita de Surubim, Ana Célia. "Para nós aqui do Agreste Setentrional a questão hídrica é muito importante. Surubim era abastecido 100% por caminhão-pipa quando assumi. Mas a parceria com o Governo do Estado foi fundamental para que a gente pudesse mudar essa realidade. Primeiro, trazendo água de Pedra Fina, depois com as Barragens de Sirigi e Jucazinho. Água é vida, é cidadania, é progresso. Então é das pessoas o direito de ter acesso à água", pontuou.

MATEUS VIEIRA - Após visitar a barragem de Jucazinho, Paulo seguiu para o município de Taquaritinga do Norte, onde vistoriou as obras de retomada da produção do Sistema Mateus Vieira. O equipamento voltou a abastecer os cerca de 12 mil taquaritinguenses, após três anos de colapso. A ação contemplou a instalação de conjuntos motobombas nas estações elevatórias, além de melhorias da Estação de Tratamento de Água de Mateus Vieira. 
O objetivo é restabelecer a oferta de água aos habitantes de Taquaritinga do Norte, por meio da Barragem Mateus Vieira, através de uma rede de distribuição. Ao todo, foram investidos R$ 150 mil. "A gente só tem a agradecer essa importante obra, que vai melhorar a vida do nosso povo e que mostra o compromisso do Governo do Estado com essa região", salientou o prefeito Lero.


Da ASCOM

Polícia incinera 20 kg de maconha em Araripina

A ação faz  parte da 11ª Deleacia de Repressão ao Narcotráfico (DPRN)
Por Roberto Gonçalves / Foto: Polícia Civil
A Polícia Civil de Araripina realizou na tarde desta sexta-feira (10), a incineração de 20 kg de maconha em uma fábrica de gesso, na zona rural do município.
A droga fazia parte de uma apreensão realizada na Câmara de Santa Cruz do Capibaribe, no agreste do estado.
A ação faz  parte da 11ª Delegacia de Repressão ao Narcotráfico (DPRN) com o apoio da 200ª Delegacia de Araripina.

Canal da transposição rompe próximo a Salgueiro; Ministério acredita em ato criminoso

Devido a atrasos e paralisações, a obra vem apresentando problemas na estrutura. Os engenheiros responsáveis já tinham sido alertados para essa possibilidade
Por Carlos Britto / Foto: reprodução
Ainda rende muitos comentários no Sertão Central o rompimento do canal da transposição do Rio São Francisco, entre o Distrito de Pau Ferro e o reservatório de Mangueira, na zona rural de Salgueiro (PE). O detalhe é que o presidente Michel Temer entregou, no último dia 3 de agosto, a terceira estação de bombeamento do Eixo Norte.
Devido a atrasos e paralisações, a obra vem apresentando problemas na estrutura. Os engenheiros responsáveis já tinham sido alertados para essa possibilidade.
As águas do canal estão desaguando no Riacho Grande, que passa pelo Distrito de Umãs, e segue até o município de Terra Nova (PE), Sertão do São Francisco.
Em nota enviada ao G1, o Ministério da Integração Nacional explicou que o rompimento “foi pontual” e que uma equipe técnica deverá recuperar os estragos em 48 horas, para o canal voltar à normalidade. O órgão ressaltou ainda que os técnicos deverão verificar toda a área com o objetivo de avaliar eventuais prejuízos a comunidades próximas. O Ministério acredita que o incidente pode ter sido fruto de um ato criminoso, já que policiais militares prenderam suspeitos de tentar desviar o curso d’água daquele trecho do canal para encher um reservatório nas redondezas. Em fevereiro deste ano, uma placa de concreto de uma das estações de bombeamento se desprendeu, causando rompimento. O fato aconteceu em Cabrobó, Sertão do São Francisco. (Com a colaboração de Sávio Barros/para o Blog)

Edsávio Coelho volta ao grupo de Tião do Gesso e declara apoio a reeleição de Augusto Coutinho e Roberta Arraes

O vereador do SD está alinhado com o partido e com o compromisso de solicitar ações aos deputados
Por Roberto Gonçalves / Foto: reprodução
O vereador do Solidariedade de Araripina Edsávio Coelho, anunciou nesta sexta-feira (10), que está de volta ao grupo político do ex-candidato a prefeito do município Tião do Gesso. De quebra, Edsávio disse também, que irá apoiar a reeleição do deputado federal Augusto Coutinho e a deputada estadual Roberta Arraes. Leia a nota da assessoria de imprensa do SD.
“O Solidariedade de Araripina mantém o compromisso de trazer benefícios para a população, marchando juntos em 2018 com o deputado federal Augusto Coutinho e a deputada estadual Roberta Arraes, que  assumiram a missão de direcionar emendas que venham atender o bem estar da população. O vereador Edsavio  Coelho está alinhado com o partido e com o compromisso de solicitar ações ao deputado  Augusto  Coutinho, que se prontificou em direcioná-las para  o município nos próximos 04 anos. Todos unidos por uma Araripina melhor.”

Rombo da Previdência quase quadruplica em 6 anos

Nos Estados
Déficit chega a R$ 93 bi, já supera gastos com saúde e é desafio para os novos governadores
Geralda Doca – O Globo
 Os governadores que serão eleitos em outubro encontrarão, no ano que vem, uma verdadeira bomba-relógio: o crescimento acelerado do rombo dos regimes próprios de previdência dos estados. Em 2017, o déficit com o pagamento de aposentadorias e pensões nos estados superou R$ 93 bilhões, segundo dados preliminares da Secretaria de Previdência obtidos pelo GLOBO. Em 2011, essa diferença entre as contribuições dos servidores e os pagamentos era de R$ 24,6 bilhões. Ou seja, o buraco do sistema quase quadruplicou em seis anos e já supera a soma dos gastos dos governos estaduais com saúde (R$ 90,3 bilhões) e segurança (R$ 73,4 bilhões) em 2017. O montante se aproxima de quase todo o investimento feito pelos estados em educação no ano passado: cerca de R$ 108 bilhões. Essa foi a primeira vez que o rombo superou as despesas estaduais com saúde.
Em seis anos, a despesa total dos estados com aposentadorias e pensões subiu 143%, de R$ 67,2 bilhões para R$ 163,6 bilhões. No período, a inflação foi de 53,8%.
Já a receita com as contribuições previdenciárias dos servidores e a parte patronal (do estado) cresceu menos, 64%, ampliando a defasagem. Passou de R$ 42,6 bilhões em 2011 para R$ 70 bilhões no ano passado.
Sem conseguir fechar a conta, os governadores são obrigados a completar o que falta para pagar os benefícios. Mas, com dificuldades financeiras, agravadas pela crise na economia, muitos passaram a atrasar o pagamento de servidores ativos, aposentados e pensionistas.
A situação é mais grave em Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.
O economista Fábio Giambiagi alerta que os novos governadores não escaparão de dificuldades financeiras, porque as despesas com previdência estão comprometendo parcelas crescentes dos orçamentos, reduzindo o espaço para o investimento em obras e serviços públicos:
— A situação é grave de modo geral. Em quase todos os casos, as despesas são maiores que as contribuições, o orçamento é contaminado pelas necessidades crescentes da previdência, e a perspectiva é que o fluxo de aposentadoria continue crescendo nos próximos anos.
PAGAMENTOS PARCELADOS
No Rio Grande do Sul, por exemplo, o rombo do regime de previdência em 2017, de R$ 10,5 bilhões, é três vezes maior que o gasto do estado com saúde e quase o dobro da despesa com segurança pública. O cenário de falta de dinheiro para manter os pagamentos já chegou ao estado. Os 320 mil servidores ativos e inativos do estado estão recebendo salários e benefícios de forma parcelada desde 2016. Realidade parecida com a de Minas Gerais e do Rio, que deixou parte de seus aposentados sem receber por três meses seguidos em 2017.
No Rio Grande do Norte, onde o quadro também é grave, ativos e inativos não receberam o 13º salário de 2017 até hoje. Os pagamentos mensais são parcelados desde o ano passado, disse o presidente do fundo de previdência, José Marlúcio Paiva. O rombo do sistema potiguar em 2017 foi de cerca de R$ 1,5 bilhão. Em Goiás, esse déficit supera R$ 2 bilhões, o que equivale a quase duas vezes as receitas mensais do estado. O pagamento da folha também é escalonado.
O secretário de Previdência do governo federal, Marcelo Caetano, explica que o crescimento dos gastos dos estados com aposentadorias é acelerado porque há grande contingente de servidores nas áreas de educação e segurança. Professores e policiais contam com aposentadorias especiais e podem requerer os benefícios mais cedo. Pesam ainda nessa conta as altas aposentadorias de servidores do Judiciário estadual, como juízes e membros do Ministério Público.
SOLUÇÃO VIA REFORMA
Para Caetano, a trajetória crescente do déficit dos regimes próprios dos estados tende a se aprofundar a cada ano diante do rápido envelhecimento da população — o número de aposentados e pensionistas aumenta enquanto o de pessoas em atividade diminui. Isso coloca nas mãos do governo federal a responsabilidade de fazer a reforma da Previdência, alterando as regras na Constituição, que abarca servidores federais, estaduais e municipais. As medidas que os estados podem adotar têm alcance limitado, como aumento de contribuição e instituição de fundos de previdência complementar para os novos servidores.
— Os estados necessitam de uma reforma mais estrutural e isso só pode ser feito por emenda constitucional — diz Caetano.
O caixa da União também é fortemente afetado por gastos com aposentadorias e pensões. Em 2017, considerando-se os servidores da União, o rombo atingiu R$ 86,2 bilhões. O presidente Michel Temer tentou aprovar uma reforma no Congresso, mas não teve capital político. Se tivessem sido aprovadas, as novas regras entrariam em vigor em 2018, resultando numa economia de quase R$ 90 bilhões apenas para a União por pelo menos dez anos.


Para o especialista Leonardo Rolim, consultor da comissão de Orçamento da Câmara, a reforma do governo federal é importante para os estados, mas os efeitos dela não são imediatos, porque as mudanças não podem ferir direitos adquiridos e há necessidade de uma transição.

Há razões de sobra para vetar aumento salarial do STF

Congresso: não há dinheiro nem ambiente político em período eleitoral para aprovar reajuste
Leandro Colon – Folha de S.Paulo
Soa ingenuidade torcer pelo bom senso de congressistas que, na véspera do recesso de julho, aprovaram uma pauta-bomba para as contas públicas. Mas não surpreenderá um veto deles à proposta fora de hora dos ministros do STF para aumentar os próprios salários. 
Os parlamentares têm razões de sobra para ignorar o lobby dos magistrados. As duas mais óbvias são a falta de dinheiro para conceder o reajuste de 16,4% no contracheque em todo o país e a inexistência de um ambiente político favorável para levar adiante uma pauta extremamente impopular em período eleitoral.
Reportagem de Bernardo Caram, publicada na Folha neste domingo (12), mostra que o Judiciário é o único dos três Poderes que não tem respeitado a regra de limite de gasto para o crescimento com despesas. 
De acordo com dados do Tesouro Nacional, os desembolsos  do Judiciário já foram ampliados em 8,8% no primeiro semestre passado, uma variação que supera os 7,2% aceitáveis para o teto de gastos de 2018.
E tem mais: cálculos de consultorias do Congresso apontam que a subida salarial pretendida terá um impacto de R$ 4 bilhões nas contas.
Não dá para levar a sério o argumento do ministro Ricardo Lewandowski, militante pró-aumento, de que juízes ajudam com a recuperação de verba pública desviada, como o valor de R$ 1 bilhão da Petrobras. 
Derrotada entre os ministros na votação que aprovou na quarta (8) a proposta de reajuste, a presidente Cármen Lúcia afirmou, em seminário  no dia seguinte, que “não gostaria de ficar ao lado dos vencedores”.
A ministra que diz ser contra os penduricalhos da categoria deixou para o apagar das luzes de sua gestão o julgamento da aberração que virou o auxílio-moradia de juízes.
Os ministros do STF querem elevar os seus salários de R$ 33,8 mil para R$ 39,3 mil. Deveriam, no mínimo, abrir mão das regalias dos 88 dias de folgas do ano (além dos fins de semana), da cota de passagens aéreas de R$ 52 mil anuais e do carro oficial com motorista particular.

Ironias de colegas a Cármen: abra mão do seu aumento

As repetidas críticas da presidente do STF, Cármen Lúcia, à proposta de reajuste aprovada pela corte foram alvo de intenso debate entre ministros do Supremo no fim de semana.
Um deles chegou a dizer a um grupo de amigos que ela deveria abrir mão do aumento de salário, caso ele seja aprovado pelo Congresso.
Outro integrante do STF diz que o Congresso poderia provocar o Supremo a rever decisão do CNJ que desobrigou tribunais de Justiça estaduais de obterem aprovação de lei específica para replicar reajustes cedidos à cúpula do Judiciário.
O meio adequado seria uma Ação Direta de Inconstitucionalidade.(Folha Painel)

Triste ocaso

Ascânio Seleme - O Globo
Importante cacique do PSDB diz que a candidatura de João Doria representa uma estratégia política que “vai marcar melancolicamente o começo do fim do partido”.
Mesmo que Doria ganhe a eleição, o PSDB será lembrado no futuro como o partido que abriu mão da coerência em nome da luta política.
Não será o primeiro nessa categoria.
BARATA TONTA
Um dos seus aliados mais próximos diz que Ciro Gomes age como um suicida, que faz coisas absurdas mesmo sabendo que seus resultados podem significar sua morte. Pior, ele não representa perigo a si próprio apenas quando fala, suas ações políticas têm lances que parecem jogo de cabra-cega na beira do abismo. Para onde aponta seu nariz, Ciro atira. Como tem rodado perdidão, seus tiros são aleatórios. O candidato, que já havia flertado com o PT e depois com o Centrão, tentou Manuela do PCdoB para vice e acabou fechando com a senadora ruralista Kátia Abreu.

No Brasil: Pentágono quer deter influência militar da China

Visita de secretário de Defesa é permeada por incômodo dos EUA com alta nas atividades de Pequim com países na América do Sul
Henrique Gomes Batista –O Globo (Enviado Especial)
Enviado especial a WASHINGTON E BRASÍLIA - A crescente influência não só econômica, mas militar da China na América Latina marca o início da primeira viagem de James Mattis, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, à América do Sul. Com a visita que começa em Brasília, ele encontra uma região muito diferente da existente em 2014, quando Chuck Hagel foi o último chefe militar americano recebido na América do Sul.
Os asiáticos já contam com uma base de monitoramento de satélites na Argentina e negociam o fornecimento de insumos à indústria bélica brasileira. Embora oficialmente o objetivo da viagem a Brasil, Argentina, Chile e Colômbia seja reforçar laços com parceiros históricos, o debate sobre Pequim esteve presente já de cara.
— Temos visto China e Rússia atuando dentro da América Latina. Existe mais de uma maneira de perder soberania no mundo. Isso ocorre não apenas com a violência, pode ser com presentes e grandes empréstimos — afirmou Mattis a jornalistas que o acompanhavam em seu voo a Brasília, quando disse que quer países “livres, democráticos e independentes” no continente. — Eu não estou olhando o que as outras nações fazem como algum tipo de ataque contra nós. Estas são decisões soberanas, e eu somente me preocuparia se estes países (latino-americanos) estiverem perdendo certo grau de soberania por causa das decisões próprias ou de outras nações.
Mas o alinhamento ideológico dos principais países da região pode ajudar os Estados Unidos a reafirmarem sua influência, se Mattis conseguir avançar em propostas concretas de parcerias, compras e desenvolvimento tecnológico. O apelo pelos laços históricos esteve presente na conversa que ele manteve na viagem de Washington a Brasília.
— Não estou interessado em reconquistar o controle destes países (da América do Sul) pois acredito que isso nunca existiu. Eu acredito na parceria, e não em controle — garantiu. — Mas citando a Argentina, gostaria de lembrá-los de quem os ajudou quando eles tiveram o submarino desaparecido (no fim do ano passado): os americanos. Fomos os mais rápidos e com a melhor tecnologia do mundo, agimos da mesma forma que se este fosse um submarino americano.
A maior prova desta influência chinesa está na Patagônia. O país asiático tem em Quintuco, na província de Neuquén, uma estação para controle de satélites e missões espaciais. A base, que começou a operar em março e oficialmente não tem fins militares, é vista com desconfiança pelos americanos. Herança dos anos de Cristina Kirchner no poder, a instalação foi negociada em segredo com Pequim e causa estranhamentos na relação bilateral entre Buenos Aires e Washington.

ESFORÇO POR NOVOS CANAIS DE COOPERAÇÃO
No Brasil, além de dominar cada vez mais setores estratégicos como a geração de energia elétrica, a China está se preparando para fornecer insumos militares à indústria bélica brasileira. Atualmente o Brasil não tem autorização para comprar produtos como combustíveis sólidos para foguetes dos americanos e, caso não se avance em um acordo, as empresas terão que buscar esses e outros componentes químicos de chineses ou até de russos.
As demandas devem ser altas. Os brasileiros, segundo fontes envolvidas nos preparativos para a visita de Mattis, pedirão, além de acesso a produtos e tecnologias, mais integração, com a ampliação dos exercícios militares conjuntos. O objetivo é criar novos canais e ampliar a “operabilidade” entre os dois países. Além disso, temas como o acordo para a base de lançamento de satélite de Alcântara, considerado fundamental para que o Brasil tenha acesso ao mercado bilionário do envio de satélites ao espaço. Parado desde 2003, o acordo recebeu no início do ano o sinal verde das autoridades americanas. As negociações estarão entre os temas que serão debatidos na segunda-feira nos encontros de Mattis com Aloysio Nunes Ferreira, ministro das Relações Exteriores, e com o ministro da Defesa, o general de reserva Joaquim Silva e Luna, em Brasília.
Mattis prometeu ouvir de forma aberta as demandas de todos os países. Elogiando o Brasil, lembrou da histórica parceria entre as duas nações, citando a luta conjunta na Segunda Guerra Mundial.
— Em países como o Brasil não há dúvidas de que nossa relação militar é forte e transparente e que não nos vemos como competidores, mas como parceiros — disse.
Para Peter Hakim, brasilianista e presidente emérito do centro de estudos Inter-American Dialogue, o que se vê dos americanos é uma preocupação semelhante à vivida nos anos 1960 após a revolução socialista em Cuba, mas agora focada nos chineses:
— Não está claro o que os americanos podem oferecer melhor que os chineses. Não há avanço no comércio, na infraestrutura ou em linhas de financiamento como foram feitos naquela época — avaliou ao GLOBO.
IMPASSES EM ECONOMIA E NARCOTRÁFICO
O americano, contudo, também deverá ser muito questionado sobre o tema e sobre a proposta da compra da Embraer pela Boeing na terça-feira, quando dará uma palestra e responderá a perguntas de estudantes da Escola Superior de Guerra na Urca, no Rio.
Também é esperado que ele fale mais da situação da Venezuela — tema presente em todos os países da visita — e do combate a narcotraficantes pelas Forças Armadas. O tema ganhou importância depois que a Argentina aprovou uma lei que permite que os militares enfrentem o tráfico internacional, e deverá ser tratado nas reuniões de quarta-feira em Buenos Aires.
‘O secretário vem propor integração e parcerias, e o resto do governo, principalmente o presidente, acena com muros e sobretaxas de produtos. Isso mostra como o governo americano está sem foco na América Latina’
- ERICK LANGERprofessor do Centro de Estudos Latino-americanos da Georgetown University
— Em ambos os assuntos, Mattis deve apresentar alguma proposta, mas sem que isso faça parte de uma estratégia maior. O secretário vem propor integração e parcerias, e o resto do governo, principalmente o presidente, acena com muros e sobretaxas de produtos. Isso mostra como o governo americano está sem foco na América Latina — afirma Erick Langer, professor e ex-diretor do Centro de Estudos Latino-americanos da Georgetown University.
No Chile, país que cada vez mais tem intensificado exercícios militares — sobretudo da Marinha — no Pacífico, há a tentativa de criar um novo nível de relação com os EUA. O modelo sonhado pelo presidente Sebastián Piñera, segundo fontes próximas das negociações, é repetir o modelo colombiano, onde os americanos colocam recursos pesados para o combate ao narcotráfico e às guerrilhas. O presidente chileno deverá se encontrar com Mattis na quinta-feira.
E, numa Colômbia agora governada por Iván Duque, novas tensões devem surgir: apesar de o país ter entrado na Otan como membro observador — algo sem muita função prática, mas com forte carga simbólica —, há uma maior resistência ao uso de pesticidas pelos americanos para acabar com as plantações de coca no país. Em um novo governo que prometeu rever até o tratado de paz com as Farc, a histórica relação com os EUA, vista como um caso de sucesso, tende a ser cada vez mais questionada.
(*O repórter viajou a convite do Departamento de Defesa)

Lula, um elefante na sala

Bernardo Mello Franco – O Globo
Agora começou para valer. O debate da Bandeirantes deu a largada na corrida dos presidenciáveis. Até outubro, a eleição dominará conversas nas casas, nas ruas e na internet. É bom que seja assim. Quem não gosta de política está condenado a ser governado por quem gosta. E por quem gosta mais ainda de dinheiro, como mostra a experiência brasileira.
No primeiro encontro na TV, o eleitor foi apresentado a oito aspirantes ao Planalto. Faltou o nono, que lidera as pesquisas, mas deve ser barrado pela Justiça Eleitoral. Preso numa cela de 15 metros quadrados, Lula virou um elefante na sala. A maioria dos rivais finge não notá-lo, mas todos sabem que ele será assunto obrigatório na disputa.
Na quinta-feira, só dois candidatos citaram o ex-presidente. O franco-atirador do PSOL, Guilherme Boulos, usou sua fala de abertura para defendê-lo. “Boa noite ao ex-presidente Lula, que deveria estar aqui, mas está preso injustamente em Curitiba, enquanto Temer está solto lá em Brasília”, disparou.
O governista Henrique Meirelles, do MDB, mencionou o petista duas vezes. Lembrou que ele o escolheu para comandar o Banco Central, mas não disse nada sobre a Lava-Jato. Os outros seis presidenciáveis acharam melhor ignorar o homem. Nem Jair Bolsonaro (PSL), que se projetou na onda antipetista, ousou citar o ex-presidente.
Foi um esquecimento calculado. Falar mal de Lula virou mau negócio, pelo menos no primeiro turno. Com 30% das intenções de voto, o ex-presidente ainda é o maior cabo eleitoral do país. Engana-se quem pensa que sua força se deva só ao carisma. A memória positiva de seu governo, marcado por crescimento e distribuição de renda, é o que o sustenta no topo das pesquisas.
Se o petista pudesse concorrer, sua presença no segundo turno seria certa. Como o TSE deve barrá-lo, a disputa pelas duas vagas continua aberta. Ninguém pode dar as costas aos milhões de eleitores do ex-presidente. Nem Bolsonaro, que hoje herdaria uma fração de seu espólio.
Neste momento, a grande pergunta da eleição é a seguinte: para onde vão os votos de Lula? Nas últimas duas disputas, ele conseguiu transferi-los para Dilma Rousseff. Agora a tarefa será mais complicada, e não só porque o ex-presidente está preso. A campanha mais curta, e com menos dinheiro disponível, também deve dificultar a operação.
Na Band, ficou claro que a tática de insistir num candidato fantasma pode virar uma armadilha para o PT. Se ninguém lembrar a existência de Lula, o eleitor se ocupará com outra coisa. No dia seguinte, a pregação exótica do Cabo Daciolo foi mais comentada que a ausência do ex-presidente.


Quando Fernando Haddad for oficializado candidato, o elefante deve voltar para o centro da eleição. Ao que tudo indica, o debate fez os petistas caírem na real. Na sexta-feira, o partido informou que o ex-prefeito recebeu carta branca para viajar o país e falar em nome do padrinho.

Governador visita Casa de Recuperação Cristo Liberta

 Localizada em Igarassu, na RMR, a unidade atua na reabilitação de aproximadamente 200 dependentes químicos 
IGARASSU - O governador Paulo Câmara dedicou a manhã deste domingo (12.08), Dia dos Pais, para conhecer a comunidade terapêutica Cristo Liberta, localizada em Igarassu, na Região Metropolitana do Recife. A casa de recuperação atende, atualmente, 194 dependentes químicos, através de doações dos familiares, sociedade civil e escolas da região, que disponibilizam a merenda excedente. Acompanhado do prefeito de Olinda, professor Lupércio, o chefe do Executivo estadual conheceu as dependências do espaço e conversou com os assistidos. 
"Venho aqui como governador, pai de família e cristão. Tenho acompanhado durante muitos anos o mal e a destruição que as drogas causam nas famílias e na sociedade. E a gente fica muito feliz em poder conhecer projetos como este, que acolhem e dão oportunidades de reabilitação e transformação de vida através da fé. Eu saio daqui com ainda mais convicção de que tenho e vou trabalhar muito para oferecer novas oportunidades, no caminho do bem, para aqueles que desejam e precisam mudar de vida. Eu espero vê-los recuperados, voltando para suas famílias e nos ajudando a trabalhar por um Pernambuco cada vez melhor para todos os pernambucanos", pontuou o governador.
O ex-dependente químico e atual coordenador do espaço, Henrique Rodrigues, de 45 anos, contou como foi fundamental o acolhimento recebido no seu processo de reabilitação. "Cheguei aqui, há nove anos, com o casamento destruído e minha mãe vivendo à base de remédios. Vivia sujo, sem perspectiva nenhuma mais de vida. Mas esse lugar me deu a oportunidade de mudar, de ser outra pessoa. Graças a Deus, meu casamento foi restituído; minha mãe, hoje, tem orgulho de mim. Então, eu sou muito grato por esse lugar e por continuar aqui, ajudando outros homens que passam pela mesma situação que eu passei um dia", declarou. 
CRISTO LIBERTA - Há 10 anos atuando na reabilitação de dependentes químicos, a organização já atendeu cerca de dez mil homens, a partir dos 18 anos. O programa de regeneração de vidas atua com atividades pedagógicas, espirituais e de convivência, visando o resgate da autoestima e dignidade dos assistidos. Além de trabalhar em serviços diversos de manutenção do local, os recuperandos têm a oportunidade de concluir os estudos através das aulas do supletivo, oferecidas na casa de recuperação.

09 agosto 2018

Prefeito de São Caetano apoia vitória de Paulo Câmara em seu município

O governador agradeceu o apoio recebido do prefeito e a acolhida da população de São Caetano, reforçando que continuará trabalhando para o município e toda região
Assessoria de imprensa / Foto: divulgação
Em visita ao município de São Caetano, na noite de ontem, o governador e candidato à reeleição pelo PSB, Paulo Câmara, recebeu o apoio do prefeito Jadiel Braga (PSDB). O tucano, inclusive, fez questão de ressaltar que a recepção calorosa dada pela população a Paulo foi mais uma mostra de que Câmara será o grande vencedor do pleito que se avizinha.
“Quando Paulo se despede daqui, o pessoal fica perguntando quando ele vai voltar”, afirmou Jadiel, para cravar na sequência: “Ele adquiriu, conseguiu e vai vencer em São Caetano por sua simpatia e pelo cidadão que o senhor é”.
O governador agradeceu o apoio recebido do prefeito e a acolhida da população de São Caetano, reforçando que continuará trabalhando para o município e toda região possam se desenvolver cada vez mais. “Fico muito feliz com o carinho da povo e do prefeito Jadiel. Isso me deixa ainda mais compromissado em seguir empenhado em fazer o que é necessário para garantir mais qualidade de vida aos pernambucanos”, pontuou.
Em São Caetano, Paulo acompanhou a missa em celebração ao Santo Padroeiro que dá nome ao município e prestigiou a tradicional festa que marca esse período. “A gente sempre quer estar presente nos municípios e, sempre que eu posso, venho para estar junto da população nos fatos mais importantes de cada cidade”, ressaltou.
Paulo Câmara lembrou que esteve recentemente em São Caetano para vistoriar as obras da Adutora do Agreste. “As águas do rio São Francisco estão chegando ao município em breve. Em setembro, a população já vai poder contar com essa água em suas torneiras”, destacou o governador, pontuando que a obra beneficiará milhares de pessoas que vivem na região.