O líder do PCdoB, deputado federal Márcio Jerry (MA), formalizou, em reunião de bancada nesta quinta-feira (31), o favoritismo de seus postulantes por Hugo Motta (Republicanos-PB) para suceder Arthur Lira (PP-AL) no cargo de presidente da Câmara dos Deputados, nas eleições de fevereiro de 2025. O partido se une a outras seis legendas que manifestaram apoio ao candidato. Segundo Jerry, a decisão já havia sido tomada na quarta (30).
“A bancada dialogou com praticamente todos os postulantes e, depois, na presença do deputado Hugo Motta. Também tivemos, claro, com a Federação Brasil pela Esperança, um debate alinhado e concomitante nas tratativas. De modo que nós chegamos a essa conclusão. Temos uma confiança muito grande de que podemos ampliar ainda mais essa convergência aqui na Casa para, até fevereiro, ter um fortalecimento de governança que assegure a defesa da democracia”, pontuou.
O bloco Federação Brasil pela Esperança é composto por PT, PCdoB e PV e, entre eles, apenas o Partido Verde não se posicionou sobre as eleições no próximo ano. Dos 80 parlamentares, 75 são do PT e do PCdoB, e buscam por um representante que viabilize a governabilidade e bom relacionamento entre Executivo e Legislativo para dar andamento aos “grande temas para o Brasil”, nas palavras do próprio Hugo Motta.
Segundo o republicano, a sua gestão pretende unir os partidos aliados para “um encontro de forças políticas em favor do nosso país para garantir um bom funcionamento da Casa”. “Fazendo com que o Poder Legislativo possa produzir mais e que a Câmara possa ser a grande protagonista de avanço no Brasil no que diz respeito às mudanças legislativas que nós aqui trataremos. Temos que ter a noção que o povo brasileiro espera de nós cada vez mais”, acrescentou.
Após três dias do anúncio de Lira, na terça (29), os partidos de maior expressão da Câmara já se pronunciaram a favor do mesmo candidato. Estão em sintonia com o presidente da Casa o PP, seu partido e membro do maior bloco em número de bancadas, com 50 parlamentares; o MDB (44), o Republicanos (44) e o Podemos (14), integrantes do segundo maior bloco; o PL (92); e o PT (68) e o PCdoB (7) do Federação Brasil pela Esperança. Com isso, em teoria, Motta soma apoio de 319 dos 513 deputados.
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