O Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) realizou, no início da noite passada, no saguão do Museu do Cais do Sertão, no Recife Antigo, local de abertura do 18º Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mais um protesto na agenda pública da governadora Raquel Lyra. O Sindicato reivindica a destinação de parte dos investimentos do Juntos pela Segurança para a estruturação e valorização da Polícia Civil.
Segundo o Anuário de Segurança Pública (2023), Pernambuco é um dos estados mais críticos do Brasil com uma das maiores taxas de mortes violentas intencionais (MVIs): 40,2 por 100 mil habitantes. Atrás do Amapá (69,9) e Bahia (46,5).
“ Superamos o Rio de Janeiro no número de homicídios. No Pernambuco da propaganda de Raquel Lyra temos um anúncio de mais de R$ 1 bilhão para segurança pública, mas no dia a dia, a violência só faz aumentar, as delegacias estão com problemas estruturais com algumas desabando, falta efetivo e os policiais civis recebem o pior salário das polícias judiciárias do país. Onde estão esses investimentos? Em 2023, a governadora investiu R$ 2,87 bilhões, menos do que em 2022 que ficou na casa de R$ 2,94 bilhões .Na Polícia Civil não chegou nenhum centavo do Juntos”, afirma Áureo Cisneiros, presidente do SINPOL.
O SINPOL entregará aos representantes do Fórum Brasileiro de Segurança Pública um documento que contesta a contagem de homicídios feita pelo governo do estado no mês de julho. “Desde o carnaval desse ano que há fortes indícios de manipulação no número de homicídios. Já entregamos esse documento na Assembleia Legislativa para as devidas providências. Houve uma diferença de 18 homicídios não informados, no mês de julho, na divulgação do governo. É importante uma política nacional unificada no registro e divulgação dos indicadores criminais. Não se artificializa a sensação de segurança, como o governo Raquel Lyra tenta fazer”, diz Cisneiros.
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