A taxa de desemprego caiu no Brasil em 15 das 27 unidades da federação (UF) no segundo trimestre de 2024 em relação ao anterior, aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em nova edição da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral, divulgada nesta quinta-feira (15).
Em 11 estados e no Distrito Federal, o índice de desemprego ficou estável. Pernambuco (11,5%), Bahia (11,1%) e Distrito Federal (9,7%) tiveram as maiores taxas de desemprego, enquanto as menores foram verificadas em Santa Catarina (3,2%), Mato Grosso (3,3%) e Rondônia (3,3%).
Como o IBGE já havia apontado no fim de julho, no País, a taxa de desocupação no segundo trimestre deste ano registrou 6,9%, com queda de 1 ponto percentual (p.p.) em relação ao primeiro semestre (7,9%) e 1,1 p.p. na comparação com o mesmo período de 2023 (8%).
Taxa por sexo e cor ou raça
Por sexo, no segundo semestre de 2024, a taxa de desemprego marcou 5,6% entre homens e 8,6% para mulheres. Já por cor ou raça, o índice ficou abaixo da média nacional para brancos (5,5%) e acima para pretos (8,5%) e pardos (7,8%).
Escolaridade
A taxa de para quem tem ensino médio incompleto ficou em 11,5%, a maior na comparação com outros níveis de instrução analisados: nível superior incompleto (7,1%) e superior completo (3,6%).
Subutilização da força de trabalho
O IBGE também traz recorde de dados por subutilização da força de trabalho, “percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada”. No país, ficou em 16,4% no segundo semestre de 2024.
Entre estados, Piauí registrou a maior taxa (33%), seguido por Bahia (29,5%) e Alagoas (26,6%). Menores índices foram verificados em Santa Catarina (5,8%), Rondônia (7,1%) e Mato Grosso (8,2%).
Informalidade
No segundo semestre de 2024, a taxa de informalidade alcançou 38,6% da população ocupada no Brasil. Maiores foram registradas no Pará (55,9%), Maranhão (55,7%) e Piauí (54,6%). Já as menores ficaram com Santa Catarina (27,1%), Distrito Federal (29,8%) e São Paulo (31,2%).
“Para o cálculo da taxa de informalidade da população ocupada, são considerados os empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada, os empregados domésticos sem carteira de trabalho assinada, os empregadores sem registro no CNPJ, os trabalhadores por conta própria sem registro no CNPJ e os trabalhadores familiares auxiliares”, explica o IBGE.
Rendimento médio
Na comparação com o primeiro trimestre de 2024, o rendimento médio real da população ocupada cresceu no Sul (R$ 3.528) e no Nordeste (R$ 2.238). Ficou estável nas outras regiões. Na comparação anual, houve altas no Sul, Nordeste e Sudeste (R$ 3.627), com estabilidade no Norte (R$ 2.508) e Centro-Oeste (R$ 3.641).
No país, o rendimento médio real mensal habitual foi de R$ 3.214, com crescimento em relação ao primeiro tri de 2023 (R$ 3.158) e frente ao segundo tri do ano passado (R$ 3.037).
Trabalho por conta própria e iniciativa privada
No segundo trimestre de 2024, o percentual da população ocupada brasileira que trabalha por conta própria alcançou 25,1%. Rondônia (34,6%), Amapá (32,1%) e Maranhão (31,2%) respondem pelas maiores taxas, enquanto as menores ficam com Distrito Federal (19,1%), Mato Grosso do Sul (19,9%) e Goiás (21,6%).
Também nesse período, 73,6% dos empregados do setor privado tinham carteira de trabalho assinada. Entre as UFs, maiores índices ficaram com Santa Catarina (87,0%), Paraná (81,6%) e São Paulo (80,5%). Já os menores, no Piauí (50,1%), Maranhão (52,4%) e Paraíba (54,7%).
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