O presidente brasileiro ressaltou a importância de "garantir a democracia" diante da extrema direita
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a importância de "garantir a democracia" frente à extrema direita, que quer ganhar as eleições legislativas na França no domingo (7), e saudou o apelo do craque francês Kylian Mbappé.
"Vocês viram a declaração do Mbappé? Ele convocou o povo francês a não permitir que os fascistas, nazistas e a extrema direita governem a França. Porque ele sabe os problemas de ter extremistas no poder", escreveu o mandatário no X na noite de quinta-feira.
Mbappé, atacante do Real Madrid, declarou, na quinta-feira, em coletiva de imprensa, que era "urgente ir votar" no domingo após os "resultados catastróficos" do primeiro turno das eleições legislativas, nas quais o partido de extrema direita Reagrupamento Nacional, liderados por Marine Le Pen, venceu com um terço dos votos.
"Não podemos deixar o país nas mãos dessa gente, é realmente urgente (votar)", insistiu o capitão da seleção francesa, sem mencionar o RN.
Lula também falou da "importância das decisões políticas que garantem a democracia".
O presidente brasileiro recordou as palavras de Raí, ídolo do São Paulo e PSG e campeão do mundo com a seleção de 1994, que pediu à população que parasse a extrema direita na quarta-feira, durante um discurso na Praça da República de Paris.
"Conheço bem a extrema direita, o melhor que sabem fazer é mentir. Os conheci no poder. A extrema direita no poder é o fim do mundo, o fim dos direitos humanos, do humanismo, da humanidade", disse em francês o ex-jogador.
"No Brasil, vivemos um pesadelo: quatro anos de misoginia, de homofobia, de preconceitos, de desmatamento. A extrema direita é ódio", afirmou.
As eleições legislativas na França também provocam reações nas fileiras de Bolsonaro.
Um de seus filhos, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), celebrou o resultado do primeiro turno no domingo passado.
"Todas as pessoas normais estão na torcida pela vitória deles (do RN), o que representaria o início do resgate da França", disse em uma mensagem republicada pelo seu pai no X.
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