Por Roberta Soares para o JC*
Um dos projetos de infraestrutura mais esperados do Grande Recife já tem data para ser parcialmente concluído. Pelo menos foi o que garantiu ontem o governo de Pernambuco.
Durante o Seminário “Construindo caminhos para o desenvolvimento”, com foco na infraestrutura econômica do Estado e promovido pela Associação Atitude Pernambuco e a Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), a gestão estadual afirmou que o primeiro trecho do Arco Metropolitano, projeto de infraestrutura rodoviária que há quase 20 anos é discutido para desafogar a Região Metropolitana do Recife, sem nunca ter saído do papel, será concluído até dezembro de 2026.
E a data foi informada pela própria governadora Raquel Lyra (PSDB), que integrou de última hora a programação do evento e chegou a fazer uma apresentação sobre os investimentos e avanços realizados por sua equipe até agora, em um pouco mais de um ano e meio de gestão.
O Arco, inclusive, é um dos investimentos de infraestrutura mais urgentes de Pernambuco e que está virando quase uma lenda urbana no Estado. A primeira etapa a que se referiu a governadora é o Lote 2, conhecido como Trecho Sul, que compreende 27 km ligando o Cabo de Santo Agostinho à BR-232 e, de lá, segue até a BR-408, na altura do município de Paudalho. É considerado o trecho mais simples e menos polêmico do Arco Metropolitano.
Segundo Raquel Lyra, a expectativa é de que o edital de licitação para contratação do projeto do Trecho Sul seja finalizado ainda este mês de julho. Anteriormente, o Estado já tinha dado uma previsão para o início de 2024, o que não se confirmou. A previsão é de que as obras durem dois anos.
“Estamos trabalhando na finalização do projeto, o que deve acontecer nos próximos dias ainda de julho. Nossa meta é conseguir entregar a primeira parte, o chamado Arco Sul, até dezembro de 2026. É com essa data que trabalhamos internamente no governo. Queremos soltar a licitação o mais rápido possível”, disse a governadora.
Raquel Lyra explicou que a obra do Arco Sul tem uma estimativa de custo de R$ 1,4 bilhão, valor que será custeado em parceria com o governo federal. “Metade do valor será custeado pelo Estado e a outra metade pelo governo federal, que vem nos dando um grande apoio, quero registrar aqui, mais uma vez. O Arco está inserido no Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e, por isso, estamos muito confiantes de que vamos tirar esse sonho do papel. Queremos lançar a licitação do projeto e concluí-la ainda este ano para que as obras comecem em 2025”, afirmou.
TRECHO NORTE AINDA SEM PREVISÃO
A governadora ou sua equipe, entretanto, não falaram para a plateia de empresários e investidores presente ao seminário sobre o trecho mais polêmico do Arco Metropolitano – o Lote 1, chamado de Trecho Norte, que segue envolvido num impasse: se o traçado vai “arrodear” ou não a Área de Proteção Ambiental (APA) Aldeia Beberibe.
Pela ausência de informações, o traçado ainda não foi definido pelo governo de Pernambuco. Um estudo segue sendo feito para o Trecho Norte, que compreende uma extensão de 50km da BR-408, em Paudalho, até a BR-101 Norte, em Goiana.
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