Por Camila Emerenciano
O empresário Geraldo Lins sofreu um prejuízo significativo após ser vítima de dois furtos de transformadores em Ipubi e Trindade, no Sertão do Araripe. Os crimes, registrados na Delegacia de Polícia Civil de Trindade, configuram a existência de uma onda de furtos semelhantes na região.
O primeiro motivo ocorreu no último dia 22, em uma propriedade de Geraldo na zona rural de Ipubi, próximo à Serra Branca, onde um transformador de 15KVA foi furtado. Dias depois, um segundo furto aconteceu em uma fábrica de gesso desativada do empresário em Trindade.
Em ambos os casos, os transformadores foram derrubados e tiveram suas peças de cobre roubadas. O segundo transformador, de 225KVA, pesava mais de 1000 kg. “Jamais imaginei que isso fosse acontecer, ainda mais com um transformador tão pesado”, comentou Lins.
O empresário relatou que a prática de furtar transformadores para extrair cobre é comum na região, com os criminosos vendendo o material em ferros-velhos. “Os bandidos estão derrubando os transformadores das propriedades rurais, abrem e roubam peças e cabos de cobre que vendem por qualquer tostão”, explicou. A onda de crimes chama a atenção pela similaridade na execução dos furtos, o que indica uma possível organização ou método padronizado.
Além do prejuízo material, que inclui um orçamento de 29 a 30 mil reais para substituir o transformador de 225KVA e cerca de 5 mil reais para o de 15KVA, Geraldo destacou que outras vítimas evitam denúncias por medo. “A polícia me alertou de que existem outros casos, mas as pessoas têm medo de denunciar. É muito bom que os casos sejam registrados, porque, pelo menos, servem de estatística para saber quantos roubos e quem está cometendo esses crimes na região. Eu não tenho medo. Aqui na região o pessoal está assombrado com tanto roubo de transformador”, afirmou.
O empresário cobrou um posicionamento do poder público: “As autoridades deveriam verificar e tomar providências sobre essa situação. As pessoas não denunciam porque fazer um boletim de ocorrência não dá em nada. Nós pagamos o maior imposto do mundo no Brasil e não temos direito a nada”.
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