PREFEITURA DE TRINDADE

SARGENTO EDYMAR

28 julho 2024

Exército gasta R$ 3,6 mi para construir casa na “fazendinha” dos generais em Brasília

 

O Exército Brasileiro destinou R$ 3,6 milhões para a construção de uma casa de alto padrão para um general no Setor Militar Urbano, em Brasília. O imóvel recém-construído faz parte da Quadra Residencial de Generais, que, na prática, funciona como um condomínio privativo para o Alto-Comando da Força Terrestre. Com perímetro cercado e protegido por guardas, a área militar conta com academia, churrasqueiras, lago ornamental, parque infantil, piscinas, pista de cooper e quadras de tênis e vôlei.

Procurado, o Exército esclareceu, em nota, que a residência de 659 metros quadrados, com sete quartos, sendo quatro suítes, será destinada a generais que estiverem servindo na capital federal. “Trata-se de um Próprio Nacional Residencial (PNR) da União, de uso exclusivo funcional, sendo pago em decorrência da ocupação do imóvel. Há oito outros PNR, funcionais para oficial-general de Exército, em Brasília, no mesmo formato”, diz o texto. O Ministério da Defesa também foi procurado, mas não se manifestou.

Por conta das casas espaçosas, ampla área arborizada e presença de animais, o condomínio é conhecido como “fazendinha” entre os militares de Brasília. Segundo normativa do Comando Militar do Planalto, os imóveis da quadra dos generais são destinados aos oficiais de quatro estrelas, sendo que a residência de número 1 é reservada ao comandante do Exército. A informação da construção de uma nova casa na quadra foi divulgada pela revista Sociedade Militar, e confirmada pelo Estadão, que teve acesso ao contrato da obra.

Ao todo, são nove casas destinadas ao posto mais elevado da hierarquia militar. Nos arredores, há imóveis menores para os assistentes diretos dos generais. Em janeiro de 2021, a Comissão Regional de Obras da 11ª Região Militar abriu processo licitatório para a construção da casa de número 9 para acomodar mais um general no condomínio. No estudo técnico, o órgão justificou a abertura de licitação por conta da “alta demanda” por imóveis funcionais na capital federal.

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