Da Folha de S.Paulo - Débora Álvares e Ranier Bragon
Aliados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), têm procurado nos últimos dias integrantes do Conselho de Ética e líderes das bancadas para tentar assegurar os votos necessários para salvar o mandato do peemedebista. Favores antigos, como cargos, indicações e auxílios financeiros a campanhas, têm sido cobrados. Uma das principais moedas de troca é o apoio em eleições municipais.
A disputa tem sido usada para tentar convencer o relator do caso de Cunha no conselho, Fausto Pinato (PRB-SP), a ser mais brando –ele é correligionário do pré-candidato à Prefeitura de São Paulo Celso Russomanno.
O grupo acena com o apoio do Solidariedade à candidatura do aspirante a prefeito.
A sondagem esbarra, porém, na avaliação de que seria mortal para as pretensões eleitorais de Russomanno que seu partido patrocinasse uma salvação de Cunha.
Publicamente, o PRB nega pressões e conversas e diz que o relatório de Pinato será justo, rigoroso e técnico.
Aliados de Cunha querem convencer Pinato a propor uma pena mais branda, como uma censura ética. Argumentam que o peemedebista não é o único político citado nas investigações dos desvios na Petrobras, e que uma cassação poderia desencadear uma onda de punições contra os demais deputados envolvidos no caso.
Pinato é amigo de André Moura (PSC-SE), outro aliado de Cunha, que foi incumbido de conversar com o relator.
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