O processo de reaproximação do PSB com o governo federal - defendida por parte da legenda e pela maioria dos governadores do partido, empossados em 1º de janeiro - ainda está em fase de gestação, mas já assegurou uma vitória para o Palácio do Planalto. Quatro dos seis senadores socialistas não assinarão o requerimento de criação da CPI Mista da Petrobras, o que inviabiliza os esforços conduzidos pelo senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB). Um dos principais artífices da reaproximação do PSB ao governo é o senador Fernando Bezerra Coelho. No entanto, ele nega que tenha condicionado o movimento da bancada de senadores do partido contra a CPMI a uma possível ajuda financeira.
“O senador Fernando Bezerra Coelho não negociou qualquer acordo de apoio ao governo federal”, disse, por meio de nota, acrescentando que “a atração de recursos para Pernambuco é um compromisso do senador e não está sujeito a acordos”. A retomada do namoro também pode trazer benefícios para o PSB. Os governadores do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, e de Pernambuco, Paulo Câmara, torcem por uma ajuda federal para os combalidos cofres estaduais.
Apenas os senadores Roberto Rocha (PSB-MA) e Romário (PSB-RJ) assinarão o requerimento de criação da CPMI. Antônio Carlos Valadares (SE), Lídice da Mata (BA), João Capiberibe (AP) e Fernando Bezerra Coelho (PE) não apoiarão a comissão. “Existem investigações em curso feitas pelo Ministério Público e pela Polícia Federal”, justificou o senador pernambucano. Para o tucano Cássio Cunha Lima, sem o apoio do PSB do Senado para assinar o requerimento, a criação da CPMI da Petrobras tende a naufragar. “Sairemos de 23 assinaturas para 26, porque ainda temos também o apoio do Randolfe (Rodrigues, do PSol-AP), mas o número não será suficiente porque precisaríamos de mais uma assinatura”, lamentou. (Do Correio Braziliense)
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