José Maria Rosendo afirma estranhar o fato de a investigação não ter chegado à noiva da vítima
Foto: Rodrigo Carvalho/JC Imagem
Na primeira entrevista que concedeu, desde que se entregou à Polícia Federal (PF), no dia 28 de outubro passado, o fazendeiro José Maria Pedro Rosendo Barbosa, acusado de ser o mandante da morte do promotor Thiago Faria Barbosa, em outubro de 2013, afirmou que é inocente. Em sua fala mais contundente, José Maria sugeriu que a então noiva do promotor, Mysheva Martins, estaria sendo “blindada por gente muito forte” da região de Águas Belas e Itaíba, no Agreste do Estado, e que achava estranho o fato de a investigação não ter chegado a ela.
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José Maria e outros dois acusados de participação no assassinato de Thiago Faria prestaram depoimento durante todo o dia de hoje, na sede da PF, no Cais do Apolo, área central do Recife. José Marisvaldo Vitor da Silva, preso no dia 29 de outubro, na Bahia, e José Maria Cavalcanti Domingos, detido no início do mês, em Buíque, no Agreste do Estado, não falaram com a imprensa.
José Maria Rosendo alegou que toda a região de Itaíba, Águas Belas e Buíque sabe de sua inocência, bem como quem são os culpados pela execução do promotor. “Não posso dar nomes, a investigação é que tem que dizer”, esquivou-se. O fazendeiro também afirmou que não existem contradições em seu depoimento. “Perguntei ao delegado se havia alguma mentira em meus depoimentos desde que me entreguei, e ele ficou calado.”
O advogado de Mysheva Martins, José Augusto Branco, afirma que ela não tem que se defender de nada. “Mysheva é tão vítima quanto Thiago, e quem diz isso é a investigação. Que pessoas seriam essas que conseguiriam blindá-la, inclusive da Polícia Federal?”, questiona. Para Branco, José Maria Rosendo quer confundir a opinião pública, na tentativa de influenciar o futuro júri do julgamento do caso. “É a tática da mentira repetida mil vezes, até que se torne uma verdade. Mas, nesse caso, não vai”, completa.
Segundo o superintendente da Polícia Federal em Pernambuco, Marcello Diniz, as investigações devem ser concluídas até o final do ano, e há novos elementos que depõem contra os acusados. “Descobrimos provas que não constavam na investigação da Polícia Civil. Nosso trabalho está se afunilando”, afirma.
A reconstituição tridimensional do assassinato de Thiago Faria, morto a tiros na PE-300, continua sendo feita por peritos do Instituto Nacional de Criminalística (INC), órgão da PF sediado em Brasília. Os peritos estão em Pernambuco trabalhando na montagem do gráfico, que deverá ficar pronto em três meses. A reconstituição em 3D deverá ser usada no julgamento, uma vez que ficará pronta após o final das investigações.
Ainda segundo o superintendente, a Polícia Federal está procedendo outra perícia – sigilosa – que deve ser de grande valor na elucidação do crime. A prisão do quarto suspeito de participação, José Ivanílson, no último dia 6, na cidade de Parnamirim (RN), ajudou indiretamente nas investigações.
Ivanílson usava uma identidade falsa com o nome de Thiago Faria. “Não podemos divulgar de que forma, mas adianto que essa prisão foi valiosa para o desfecho do caso”, acrescenta Diniz.
O advogado de Mysheva Martins, José Augusto Branco, afirma que ela não tem que se defender de nada. “Mysheva é tão vítima quanto Thiago, e quem diz isso é a investigação. Que pessoas seriam essas que conseguiriam blindá-la, inclusive da Polícia Federal?”, questiona. Para Branco, José Maria Rosendo quer confundir a opinião pública, na tentativa de influenciar o futuro júri do julgamento do caso. “É a tática da mentira repetida mil vezes, até que se torne uma verdade. Mas, nesse caso, não vai”, completa.
Segundo o superintendente da Polícia Federal em Pernambuco, Marcello Diniz, as investigações devem ser concluídas até o final do ano, e há novos elementos que depõem contra os acusados. “Descobrimos provas que não constavam na investigação da Polícia Civil. Nosso trabalho está se afunilando”, afirma.
A reconstituição tridimensional do assassinato de Thiago Faria, morto a tiros na PE-300, continua sendo feita por peritos do Instituto Nacional de Criminalística (INC), órgão da PF sediado em Brasília. Os peritos estão em Pernambuco trabalhando na montagem do gráfico, que deverá ficar pronto em três meses. A reconstituição em 3D deverá ser usada no julgamento, uma vez que ficará pronta após o final das investigações.
Ainda segundo o superintendente, a Polícia Federal está procedendo outra perícia – sigilosa – que deve ser de grande valor na elucidação do crime. A prisão do quarto suspeito de participação, José Ivanílson, no último dia 6, na cidade de Parnamirim (RN), ajudou indiretamente nas investigações.
Ivanílson usava uma identidade falsa com o nome de Thiago Faria. “Não podemos divulgar de que forma, mas adianto que essa prisão foi valiosa para o desfecho do caso”, acrescenta Diniz.
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