O deputado federal e presidente estadual do PT, Pedro Eugênio, se reuniu com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), para entregar oficialmente os cargos que o partido possui na administração estadual, na tarde desta segunda-feira (21). O petista argumentou que a decisão tomada tem a ver com mais liberdade para o partido atuar. “E essa liberdade maior requer estarmos fora do governo para não termos nenhum constrangimento podermos fazer essa discussão com mais tranquilidade”, afirmou. A entrega dos cargos foi definida neste domingo (20), em reunião do diretório estadual.
Eugênio também declarou que o partido entende que o processo político evoluiu não só em Pernambuco, mas em âmbito nacional “de tal forma” a partir do afastamento do PSB do governo da presidente Dilma Rousseff (PT), por meio da entrega dos cargos, além da aliança socialista com a ex-senadora Marina Silva (PSB-AC), “onde críticas muito fortes foram feitas ao Partido dos Trabalhadores” e a intensificação do discurso que procura diferenciar-se do do PT, “colocando questões que precisam ser debatidas”.
De acordo com o petista, a conversa foi positiva. “Inclusive marcou a nossa disposição enquanto partido de mantermos o diálogo com o PSB e com o Governo do Estado, termos esse diálogo no interesse do País e do Estado e não rompermos nesse sentido”, afirmou.
Ainda segundo Eugênio, do Estado como um todo, o partido decidiu na reunião do diretório que nos municípios onde ocorreram duas candidaturas – uma do PT e outra do PSB – se confrontando, nesses municípios, que incluem o Recife e Paulista, deveriam também entregar os cargos. “Nos demais municípios, vamos avaliar caso a caso a partir da análise que as direções municipais farão”, garantiu.
O presidente estadual do PT também afirmou que não existe um prazo para a entrega dos cargos. “Nunca vi na história de nenhum País que processos desse tipo determinem prazo e que as pessoas sejam obrigadas a se retirar de um espaço de gestão pública”.
Ao ser questionado sobre uma possível resistência por parte de petistas e se caberia expulsão àqueles que não cumprirem a decisão da legenda, Pedro Eugênio declarou: “Se ficar caracterizado uma falta de observância dessa decisão, evidentemente que não é que serão expulsos, mas estarão se autoexcluindo do partido, porque é uma decisão clara tomada. Se houver uma deliberada intenção de não obedecer, essas pessoas evidentemente já estão se excluindo do partido”.
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