PREFEITURA DE TRINDADE

SARGENTO EDYMAR

22 março 2021

Proteja as crianças da Covid-19; aceleração da doença e pressão no sistema de saúde acendem o alerta

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Parecia que estava perto de acabar. 2021 chegou com a promessa da vacina contra a Covid-19, a doença que, em um ano, matou mais de 200 mil pessoas só no Brasil. Mas não tardou para a realidade se revelar mais complexa.

O começo lento da vacinação, realizada a conta-gotas em meio a conflitos políticos, coincidiu com uma explosão de contaminações e mortes, que bate recordes diários, impulsionada pelo surgimento de variantes mais transmissíveis que o próprio vírus “original”.

Neste momento de forte pressão sobre o sistema de saúde, chama atenção um público pouco lembrado quando se fala na Covid-19: as crianças e os adolescentes.

Embora não costumem contrair a forma grave da infecção, conhecida por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), os mais jovens devem se cuidar não só pela possibilidade de transmitir o novo coronavírus para os grupos de maior risco, mas porque tem se percebido um aumento no contágio de doenças respiratórias na faixa que vai dos recém-nascidos aos que têm 18 anos.

Por não apresentarem os sintomas graves que afetam mais os mais velhos, eles não foram prioridade nos estudos de desenvolvimento das vacinas. Assim, até que se descubra um imunizante adequado para a faixa etária, os menores de idade, que correspondem a cerca de 25% da população, não podem se imunizar.

Portanto, devem tomar cuidado tanto quanto os adultos. “Mesmo tendo um papel menor na transmissão da Covid-19, é uma população que tem um enfoque importante das medidas preventivas”, ressalta o médico sanitarista e professor de Promoção da Saúde da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Felipe Proenço.

Assim como os pais, tios e avós, as crianças devem sempre higienizar as mãos, seja com água e sabão ou álcool em gel. Já a proteção do nariz e da boca muda conforme o avanço da idade.

O uso constante de máscara é recomendado a todos a partir dos 6 anos. Dos 2 aos 5, a utilização é eventual, dependendo de como o pequeno se mostra adaptado à peça. Aos que têm menos de 2 anos, o uso de máscara não é indicado, por risco de sufocamento.

“É preciso tentar uma máscara que seja adaptada ao rosto da criança, cobrindo bem o nariz e o queixo. Na escola, onde ela fica mais tempo, a Organização Mundial da Saúde diz que não é necessária a máscara para essa faixa etária (com menos de 6 anos)”, explica o professor Felipe Proenço. “Não adianta deixar a criança com períodos muito longos de máscara porque vai haver uma dificuldade de adesão”.

O especialista destaca ainda que os protetores faciais (“face-shields”) são ineficazes quando utilizados sem máscara. O importante é que, nos ambientes, todas as outras pessoas estejam com as vias respiratórias cobertas. Além disso, a criança não deve ser levada a lugares de grande circulação.

Fonte: Folha-PE

Trabalhadores informais poderão consultar auxílio emergencial a partir de abril

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Os trabalhadores informais poderão consultar, a partir de 1º de abril, se receberão a nova rodada do auxílio emergencial, informou hoje (19) a Dataprev, empresa estatal responsável por processar os pedidos.

As consultas poderão ser feitas no site Consulta Auxílio. Bastará o beneficiário digitar nome completo, Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), nome da mãe e data de nascimento.
Na recriação do benefício, o governo não reabriu os pedidos de auxílio emergencial. Foi aproveitada a base de dados do ano passado e a atualização do cadastro no aplicativo Caixa Tem, que começou a ser feita no último domingo (14) e segue até o dia 31. A Dataprev apenas informará se o trabalhador informal que recebeu o auxílio em 2020 se enquadra nos novos critérios para continuar a ganhar o benefício neste ano.


Os participantes do Bolsa Família e os inscritos no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) não precisarão fazer a consulta. Eles receberão a nova rodada do auxílio emergencial automaticamente, desde que se encaixem nas exigências definidos pelo governo. Para o Bolsa Família, será pago o benefício de maior valor: o do programa social ou o auxílio emergencial.


Neste ano, as regras para o auxílio emergencial ficaram mais rígidas. O auxílio será pago em quatro parcelas a famílias com renda per capita (por pessoa) de até meio salário mínimo (R$ 550) e renda mensal total de até três salários mínimos (R$ 3.300). Os benefícios terão três valores: R$ 150 para pessoa que mora sozinha, R$ 250 para famílias geridas por homens ou casais e R$ 375 para famílias geridas por mães solteiras.

Fonte: DP

Petrobras anuncia redução do preço da gasolina nas refinarias

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A Petrobras anunciou hoje (19) que o preço médio da gasolina em suas refinarias terá redução de R$ 0,14 por litro, o que representa uma queda de 4,95%. O reajuste começa a valer a partir de amanhã (20). O preço médio do combustível ficará em R$ 2,69 por litro. O diesel não sofre alteração, permanecendo em R$ 2,86 por litro.

O impacto do reajuste nas refinarias, porém, não repercute de forma imediata no custo da gasolina nos postos de combustível. De acordo com nota divulgada pela estatal, as variações para mais ou para menos estão associadas ao mercado internacional e à taxa de câmbio e têm influência limitada sobre o valor repassado aos consumidores finais.

“Como a legislação brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, a mudança no preço final dependerá de repasses feitos por outros integrantes da cadeia de combustíveis. Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de etanol anidro, além das margens brutas das companhias distribuidoras e dos postos revendedores de combustíveis”, diz a nota.

Esta é a primeira redução anunciada em 2021. Desde janeiro, o preço médio da gasolina já havia sofrido seis aumentos. Com o novo anúncio, o combustível passa a acumular alta de R$ 46,2% desde o início do ano. Já o diesel subiu 41,6%.

A sequência de aumentos gerou críticas públicas do presidente Jair Bolsonaro. No mês passado, ele anunciou mudança no comando da Petrobras, indicando general Joaquim Silva e Luna para a presidência. Ele deverá substituir Roberto Castello Branco, cujo mandato se encerra amanhã (20). O anúncio da troca gerou queda nas ações da empresa.

Na terça-feira (16), o Comitê de Pessoas da Petrobras considerou que Luna preenche os requisitos legais para a indicação e o considerou apto para exercer o cargo. O general precisa ainda ser eleito em assembleia geral dos acionistas convocada para o dia 12 de abril. Em seguida, seu nome deve ser aprovado pelo Conselho de Administração da estatal, composto por 11 membros. Sete deles são indicados pela União que é a acionista majoritária, três pelos demais acionistas e um pelos empregados.

Justiça do Trabalho destina R$ 225 milhões para combate à covid-19

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O Tribunal Superior do Trabalho (TST) informou hoje (19) que foram repassados R$ 225 milhões para o combate à covid-19. O dinheiro foi utilizado para compra de unidades de tratamento intensivo (UTIs), equipamentos hospitalares, testes rápidos, máscaras de proteção e medicamentos. 

Os valores arrecadados pela Justiça do Trabalho vêm das multas aplicadas em decisões judiciais, como condenações em ações civis públicas e termos de ajustamento de conduta. Nesta sexta-feira, o tribunal completa um ano de paralisação das atividades presenciais em função da pandemia do novo coronavírus. 

Durante um ano, áreas essenciais da Justiça do Trabalho continuaram em funcionamento. Foram julgados 352 mil processos, um aumento de 5,98% em relação ao período de março de 2019 a fevereiro de 2020. 

Fonte: EBC

Com 3ª maior marca de contaminados, Pernambuco registra 2.211 casos e 51 mortes por Covid-19 em 24h

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A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) registrou, nesta sexta-feira (19), 2.211 novos casos e 51 óbitos por Covid-19 em Pernambuco. Essa é a terceira maior marca de contaminações e também o terceiro maior número de mortes pelo vírus no Estado em 2021.

Agora Pernambuco totaliza  11.614 mortes pela Covid-19 e 327.526 casos confirmados da doença, sendo 34.247 graves e 293.279, leves.

Entre os novos casos confirmados, 197 (9%) são casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 2.014 (91%) são leves.

Os óbitos registrados nesse boletim ocorreram entre o dia 2 de outubro de 2020 e essa quinta-feira (18).

Os detalhes epidemiológicos serão repassados ao longo do dia pela Secretaria Estadual de Saúde.

Fonte: Folha-PE

Bolsonaro veta lei que dá a estudantes acesso gratuito à internet

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O presidente Jair Bolsonaro vetou, integralmente, o Projeto de Lei nº 3.477/20, que prevê o acesso à internet, com fins educacionais, a alunos e professores da rede pública de educação. O texto, aprovado em fevereiro pelo Congresso, define que o governo federal destine recursos para estados e municípios aplicarem em ações que garantam internet gratuita, em razão da adoção do ensino remoto durante a pandemia de covid-19.

Em mensagem aos parlamentares, publicada hoje (19) no Diário Oficial da União, Bolsonaro diz que a medida é inconstitucional e contraria o interesse público ao aumentar a “alta rigidez do Orçamento, o que dificulta o cumprimento da meta fiscal e da Regra de Ouro”. Além disso, contraria a Lei de Responsabilidade Fiscal, pois o texto não apresenta a estimativa do respectivo impacto orçamentário e financeiro.

“Por fim, o governo federal está empregando esforços para aprimorar e ampliar programas específicos para atender à demanda da sociedade, por meio da contratação de serviços de acesso à internet em banda larga nas escolas públicas de educação básica, a exemplo do Programa de Inovação Educação Conectada (PIEC), instituído pelo Decreto nº 9.204, de 2017, e do Programa Banda Larga nas Escolas (PBLE), bem como do Programa Brasil de Aprendizagem, em fase de elaboração no Ministério da Educação”, diz a mensagem.

Além da internet, a proposta prevê a aquisição de tablets para todos os estudantes do ensino médio da rede pública vinculados ao Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), tomando como referência o preço de R$ 520 por equipamento.

De acordo com o texto, a estimativa do impacto orçamentário e financeiro da proposta é de R$ 26,6 bilhões. Os custos seriam cobertos com recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), doações e outros recursos previstos na lei orçamentária.

O veto ao projeto ainda será analisado pelos parlamentares, que poderão mantê-lo ou derrubá-lo

PF prende hacker suspeito do maior vazamento de dados do Brasil

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O homem suspeito de ser o responsável pelo maior vazamento de dados do Brasil foi preso nesta sexta-feira (19), em Uberlândia, em Minas Gerais, durante a Operação Deepwater, da Polícia Federal (PF). A ação investiga a obtenção, divulgação e comercialização de dados de brasileiros, inclusive de diversas autoridades.

As investigações apuraram que, em janeiro último, por meio da internet, inúmeros dados sigilosos de pessoas físicas e jurídicas – tais como Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e Cadastro de Pessoas Jurídicas  (CNPJ), nome completo e endereço – foram ilicitamente disponibilizados.  

As informações poderiam ser adquiridas por meio do pagamento em criptomoedas. O megavazamento de dados foi revelado pelo Dfndr Lab, laboratório especializado em segurança digital da startup PSafe.

Foram colocados à venda, em fóruns na internet, mais de 223 milhões de CPFs, além de informações detalhadas como nomes, endereços, renda, imposto de renda, fotos, beneficiários do Bolsa Família e scores de crédito.

“Após diversas diligências, a Polícia Federal identificou o suspeito pela prática dos delitos de obtenção, divulgação e comercialização dos dados, bem como um segundo hacker, que estaria vendendo os dados por meio suas redes sociais”, disse a Polícia Federal, em nota. A identidade do preso ainda não foi revelada.

No total, os policiais cumpriram cinco mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva nos municípios de Petrolina (PE). As ordens judiciais foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Fonte: AB

Pernambuco supera a marca de 2.400 leitos para atender à população

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Ontem (18.03), primeiro dia de quarentena rígida em todo o Estado, o secretário estadual de Saúde, André Longo, fez um balanço dos mais recentes esforços do Governo de Pernambuco no enfrentamento à pandemia da Covid-19. Em coletiva de imprensa online, ele destacou como uma das principais estratégias a ampliação recorde de leitos dedicados exclusivamente aos pacientes suspeitos ou confirmados com a doença. Hoje, Pernambuco superou a marca de 2,4 mil leitos, sendo 1.324 de UTI, efetivamente abertos para atender à população. 

“A velocidade de abertura de novas vagas de terapia intensiva em Pernambuco é recorde. Desde a última segunda-feira, foram mais de 73 novos leitos de UTI em todas as regiões do Estado. Para se ter uma ideia, desde o início do mês de março, abrimos 303 novas vagas. Esse número representa cinco vezes a capacidade instalada de UTI no Hospital da Restauração. E é 15 vezes maior que o número de leitos de UTI que tínhamos em todos os hospitais de campanha estaduais desativados no ano passado”, pontuou André Longo.

Das 73 novas vagas, 10 são no Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa, 10 são leitos pediátricos no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), quatro são no Cesac – unidade Prado, 10 no Hospital do Tricentenário, três no Vale do Una, em Palmares, oito no Neurocárdio (Petrolina), oito no Hospital das Clínicas (HC/UFPE), 10 no Jesus Pequenino, em Bezerros, e 10 no Hospital Eduardo Campos, em Serra Talhada. O secretário alertou, no entanto, que mesmo com todos os esforços para ampliar a rede, o sistema de saúde pernambucano está cada vez mais próximo do limite, o que reforça a necessidade de cooperação por parte de todos.

“Quem trabalha na área da saúde sabe que não é uma tarefa simples colocar um leito de UTI para funcionar. Seguimos trabalhando para abrir novos leitos mas, mesmo com os esforços, nosso sistema de saúde está cada vez mais pressionado. A cada dia o vírus se torna mais perigoso e sua propagação, mais rápida. Sabemos que ampliar o número de leitos é essencial para a recuperação de pacientes graves mas, neste momento, o esforço precisa ser ainda maior e de todos. A única medida capaz de frear a curva crescente da Covid-19 é reduzir a circulação de pessoas”, reforçou. 

André Longo também destacou a compra recente de 37 milhões de doses da vacina Sputnik V, por meio do Consórcio Nordeste, explicando que a expectativa é de que os imunizantes comecem a ser entregues entre abril e julho deste ano. Ele também esclareceu que os governadores do Nordeste trataram com o Ministério da Saúde para que todas as doses fiquem, a princípio, à disposição do Plano Nacional de Imunização (PNI), e sejam utilizadas por todos os brasileiros. “Não queremos quebrar a regra da equidade que deve existir. Os governadores do Nordeste querem contribuir para que se tenha mais vacinas e vacinação à disposição. Não é do nosso interesse quebrar o pacto do ponto de vista federativo e passar à frente de outros grupos que não sejam prioritários”, explicou.

MORTALIDADE – Em uma análise do cenário epidemiológico da Covid-19 em Pernambuco, o secretário André Longo fez um comparativo entre a média móvel de mortes registradas nos últimos sete dias para cada 100 mil habitantes em diversos Estados brasileiros. Atualmente, a taxa em Pernambuco está em 0,42 – somente o nosso Estado e o Maranhão registram taxas abaixo de 0,5. “O vírus mata. E mata em uma escala assustadora, como já vemos pelas taxas de outros Estados, como São Paulo (0,9), Paraná (1,4) e Rio Grande do Sul (2,16), onde a mortalidade é de duas a seis vezes maior que a registrada atualmente em Pernambuco. No Rio Grande do Sul, por exemplo, são mais de 200 mortes por dia em média.

Aqui, estamos com uma média de 43 óbitos. Mas se não mudarmos o curso da doença agora, em breve poderemos chegar no mesmo patamar”, alertou o secretário, reforçando, ainda, o cenário nas redes pública e privada. “É preciso lembrar, mais uma vez, que se não nos unirmos em um grande pacto em defesa da vida, vão faltar leitos. As pessoas vão morrer esperando vaga de UTI, e o fato de ter plano de saúde ou dinheiro não vai mudar a situação”, advertiu.

Covid-19 ataca cada vez mais jovens no Brasil

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Nos hospitais brasileiros há cada vez mais rostos sem rugas e menos cabelos grisalhos. O coronavírus, que inicialmente causou estragos na população idosa, está começando a afetar os mais jovens. 
 
Na lotada unidade de terapia intensiva (UTI) do hospital Emilio Ribas, em São Paulo, o Dr. Jaques Sztajnbok conduz a reunião médica matinal. 
 
Na sala estão uma mulher de 53 anos e um homem de 56 anos, ambos entubados. A poucos metros de distância, um rapaz se contorce e parece desorientado, embora respire sozinho. Ele tem 26 anos. 
 
“Estamos vendo uma prevalência de pacientes mais jovens, sem comorbidades, hospitalizados com quadros muito graves”, disse Sztajnbok, supervisor da unidade, à AFP. “Parece uma tendência frequente em todas as UTIs do Brasil”, acrescenta o médico de 55 anos. 
 
Essa parece ser a principal diferença nessa segunda onda da pandemia que desde fevereiro de 2020 já deixou mais de 287 mil mortos e infectou quase 12 milhões de pessoas no país, número superado apenas pelos Estados Unidos. 
 
De resto, “pouco mudou”: equipes de saúde trabalham sem parar e a curva de casos e óbitos aumenta incessantemente, agravada por uma variante mais contagiosa do vírus que surgiu na região amazônica. 
 
Nesta semana, o país atingiu pela primeira vez mais de 2.000 mortes por dia em uma média de sete dias. 
 
O Emilio Ribas ampliou os leitos de terapia intensiva de 12 para 60. Mesmo assim, está com 100% de ocupação.
 
“Perderam o medo”
As mortes de brasileiros de 30 a 59 anos começaram a aumentar em dezembro e em quase três meses passaram de 20% para quase 27% do total. 
 
Concomitantemente, as mortes de maiores de 60 anos, que no final de 2020 giravam em torno de 78%, em março caíram para 71%, segundo dados do Ministério da Saúde. 
 
“Metade dos pacientes internados em nossas enfermarias tem menos de 60 anos”, diz Luiz Carlos Pereira Junior, diretor do Emilio Ribas. Há um ano eram 35%. 
 
Os especialistas atribuem o aumento das internações de jovens ao não cumprimento das regras de distanciamento social, contra as quais se coloca o próprio presidente Jair Bolsonaro. 
 
O presidente incentiva multidões de simpatizantes, desdenha o uso de máscaras e critica os governadores que impõem restrições às atividades econômicas. 
 
Nas ruas de todo o país é comum ver gente sem máscara e o transporte público lotado. Diariamente, há relatos de operações policiais contra festas e bares clandestinos. 
 
“No ano passado, acho que o medo de uma doença desconhecida tinha tamanho impacto que as pessoas aderiram às medidas de proteção, que não estão sendo seguidas agora (…) Os jovens perderam o medo”, diz Sztajnbok.
 
Hospitalizações mais longas
A queda nos casos e mortes de pessoas com mais de 60 anos pode ser atribuída em parte ao impacto de uma campanha de vacinação de dois meses, apesar dos atrasos e interrupções, voltada para idosos e outros grupos prioritários. 


“Em alguns estados, a vacinação dos maiores de 75 anos já acabou. Além disso, a população idosa no geral é mais reclusa que os jovens, que circulam mais”, disse Walter Ramalho, epidemiologista da Universidade de Brasília ao portal Poder 360. 
 
O Brasil, com 212 milhões de habitantes, enfrenta o “maior colapso sanitário e hospitalar” de sua história, segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Entre as 27 unidades federativas – 26 estados e o Distrito Federal -, 25 possuem ocupação igual ou superior a 80% nas UTIs. 
 
A hospitalização de uma população mais jovem aumenta a pressão. São Paulo, por exemplo, registrou nesta quinta-feira o primeiro óbito por falta de vaga em uma UTI. A vítima: um homem de 22 anos. 
 
“A permanência em leitos de UTI quase dobrou (de 15 para 28 dias). Isso se explica porque recebemos mais jovens que resistem à doença mais do que os idosos”, disse Graccho Alvim, presidente da Associação dos Hospitais Privados do Rio de Janeiro, ao jornal O Globo.

19 março 2021

Agências bancárias e shoppings de Pernambuco serão obrigados a atenderem Surdos com tecnologia assistiva


Bancos, shoppings centers e galerias de Pernambuco com mais de 50 lojas precisarão utilizar tecnologia assistiva para atender pessoas Surdas. O Projeto de Lei, de autoria do deputado estadual Professor Paulo Dutra (PSB), foi aprovado pela Alepe na manhã desta quinta-feira (18) e estabelece multas para caso de descumprimento.


Inicialmente, o projeto previa que os estabelecimentos possuíssem funcionários capacitados em Língua Brasileira de Sinais - Libras, para o atendimento personalizado. O texto final, porém, estabelece que sejam utilizados recursos e serviços que objetivem oferecer ou adicionar aptidões funcionais de pessoas com deficiência auditiva, contribuindo com a inclusão e a independência delas, como telas interativas. A alternativa, de acordo com o PL que seguiu para ser sancionado pelo Governador Paulo Câmara, é que as agências bancárias e centros comerciais podem dispor de um funcionário qualificado em Libras. "As alterações no projeto que ocorreram ao longo da tramitação nas Comissões da Alepe não subtraem o objetivo principal que imaginamos quando fizemos a proposição. É necessário que esses grandes espaços proporcionem às pessoas com deficiência a autonomia, a cidadania e a inclusão que ainda é tão deficitária na sociedade como um todo", disse o autor do projeto.


A sinalização de que o local possui tecnologia assistiva ou funcionário qualificado em Libras também é previsto. Cartazes com letras grandes deverão ser afixados em locais de fácil visualização ou mensagens devem ser reproduzidas em painéis eletrônicos e por meio de redes sociais. Após assinatura do Governador do Estado, os estabelecimentos terão 90 dias para se adequarem às novas normas.


O deputado Professor Paulo Dutra criou o primeiro Curso Técnico em Libras do Brasil, em 2005, quando era gestor da Escola Técnica Estadual Almirante Soares Dutra (Recife). "Acredito que é um pequeno avanço, mas que precisa ser celebrado. A garantia e a ampliação dos direitos das pessoas com deficiência é fundamental para a construção de uma sociedade mais inclusiva. As pessoas têm direito à informação independente da limitação que ela possui. Essa é uma pauta que precisa ser tida como prioridade por todas e todos nós", explicou.


Mapas Táteis - Vigorando desde o mês de novembro, a Lei Estadual nº 16.886/20, também de autoria do deputado estadual Professor Paulo Dutra, obriga que, em Pernambuco, shoppings centers e galerias comerciais com mais de 50 lojas possuam mapas táteis com informações em Braile para pessoas com deficiência visual, estando o Poder Executivo responsável por regulamentar e fiscalizar seu cumprimento.

Deputado articula parceria entre Palácio e Água Preta



O deputado estadual Clodoaldo Magalhães (PSB) esteve no Palácio do Campo das Princesas, nesta manhã, para ajudar nas articulações entre Governo do Estado e Prefeitura de Água Preta, para a entrega do Termo de Posse de áreas construídas e remanescente naquela cidade.

Ele acompanhou o prefeito Noé Magalhães, em reunião com o secretário da Casa Civil, Zé Neto. O governo estadual firmou compromisso com o povo aguapretano, e disse estar de portas abertas para discutir as demandas da cidade.

Água Preta foi contemplada pelo governo do Estado com a Operação Reconstrução, após enchentes de 2010 e 2011. Na época, o projeto de urbanização e paisagismo elaborado, foi aprovado pela Caixa Econômica Federal e validado pelo ex-governador Eduardo Campos para execução.

Neste projeto, foram construídas 2.159 casas, 1 hospital, 05 unidades escolares, como Creche, Centro de Reabilitação e escolas. Todas inauguradas e entregues pelo atual governador Paulo Câmara, com exceção do hospital e casas, pois já tinham sido entregues em 2013, pelo ex-governador.

Atualmente, existem várias áreas remanescentes, com terrenos para serem construídos equipamentos públicos, como CRAS e CREAS, Centro de Idosos, praças, igrejas, associações, postos de saúde.

Quebrado o monopólio de 2022, quem vai seduzir eleitor mediano?



Há ainda placas tectônicas a se mover no universo eleitoral depois do resgate do candidato Lula, feito pela decisão do ministro do STF Edson Fachin ao anular as condenações do petista pela justiça de primeira instância de Curitiba. Os efeitos se acumulam: o presidente Jair Bolsonaro trocou o ministro da Saúde, e a vacinação contra a covid-19 passou a constar na lista de prioridades do governo federal.

Outras placas se movem nas pesquisas de intenção de voto, onde alguns cenários já mostram Lula liderando a corrida na disputa presidencial. E isso começa a ser debatido entre os políticos que estão diretamente envolvidos no pleito de 2022, inclusive do sempre atento Centrão que hoje oferece uma base sólida de apoio ao Palácio do Planalto.

Se até duas semanas atrás o presidente Bolsonaro tinha praticamente o monopólio da expectativa de poder na eleição futura, agora tem concorrência significativa na luta pela liderança. A questão é que Lula e Bolsonaro ocupam os extremos, à esquerda e à direita. Quem conseguir seduzir o eleitor mediano, de centro, sem maior apego à ideologia é que levará a vantagem na disputa. Lula já fez isso em 2002.

No discurso do petista após a decisão de Fachin, o movimento neste sentido de agregar o centro pode ser vislumbrado com clareza. O rescaldo das pesquisas indica que ele foi bem-sucedido no primeiro gesto, principalmente junto ao eleitor do Nordeste e Sudeste. Lula enfrenta resistência no Sul, Centro-Oeste e Norte – estados onde Bolsonaro mostra força e lidera a disputa.

O eleitor de centro pode ser decisivo, portanto. Contraditoriamente, os candidatos de centro não aparecem bem nos levantamentos iniciais, mas ainda é cedo para congelar o cenário e dizer que é isso que será servido ao eleitor daqui a um ano e meio. É por isso que o senador Tasso Jereissati identificou uma avenida aberta para esse segmento político.

O que falta então? Um discurso sedutor, atraente, que envolva o eleitor. Sem isso, nada feito. A polarização é apaixonante. E acaba dividindo ainda mais o país.

Além disso, é interessante saber como irá se posicionar o presidente Bolsonaro. Até agora ele mantém sua coerência como bom radical e faz poucas concessões a um estilo que o permita transitar melhor para esse segmento menos ideológico. Ganhou assim a eleição de 2018. Contudo, aquele era um momento onde a rejeição ao petismo e à política era muito acentuada, e Bolsonaro não tinha o desgaste natural de ser governo e tomar decisões.

Agora, ele é avaliado como governante. Recebe notas entre ótimo, bom, regular, ruim e péssimo. Quem escolhe uma dessas avaliações também mostra uma tendência eleitoral. Bolsonaro recebe notas até melhores que seu governo neste momento. E, apesar da pandemia e dos reflexos devastadores na economia, se apresenta sempre de um quarto do eleitorado e, no mais das vezes, com preferência de um terço. Isso com a grave crise sanitária e os impactos no emprego de milhões, já há três meses sem auxílio emergencial.

O desempenho do governo, na pandemia que se acentua, e a condução para minimizar impactos no bolso do eleitor contarão muito a partir de agora. Governos têm muitas ferramentas poderosas, e a máquina pública é muito forte. É preciso que ela ande bem para evitar a desqualificação dos eleitores, que podem pender para as faixas de avaliação entre ruim e péssimo se a coisa não for bem conduzida.

Neste caso, os eleitores se acumulam em outras opções eleitorais, seja no outro extremo, seja num centro que se apresente com melhor roupagem que a atual.

*Analista Político da FSB Comunicação