PREFEITURA DE TRINDADE

SARGENTO EDYMAR

11 setembro 2017

Cartão digital revoluciona mercado devolvendo dinheiro

A fintech Trigg revoluciona mercado de plástico ao criar benefício que garante desconto na fatura
Segundo Marcela, consumidor quer ter acesso a benefícios
Segundo Marcela, consumidor quer ter acesso a benefíciosFoto: Divulgação
As fintechs, startups do ramo financeiro, vêm chamando a atenção dos brasileiros por oferecer serviços monetários com taxas menores e menos burocracia que os bancos. A Nubank, por exemplo, conquistou milhares de usuários no início do ano ao lançar um cartão de crédito que não cobra anuidade. E agora outra empresa está revolucionando o ‘dinheiro de plástico’. É a Trigg, cartão de crédito digital que ‘devolve’ parte do dinheiro gasto em compras na fatura seguinte. 

“Não queríamos ser só mais um cartão gerenciado por aplicativos. Por isso, fizemos uma série de pesquisas para encontrar um diferencial e chegamos a este modelo que oferece cashback, ou seja, dinheiro de volta”, explicou a head e fundadora da Trigg, Marcela Miranda, contando que essa ideia também atende ao desejo dos clientes de receber um benefício fácil de ser usado. “Nas nossas pesquisas, constatamos que 80% das pessoas achavam importante que o cartão tivesse algum tipo de benefício. Só que apenas 15% delas já tinham usado esse benefício, seja porque as milhas venciam ou não eram suficientes para a compra de uma passagem aérea”, justificou Marcela, dizendo que, na Trigg, o benefício funciona como um desconto na fatura seguinte.

Há cinco meses no mercado, a Trigg já recebeu solicitações para 228 mil cartões. Mas é preciso lembrar que o valor de cashbak corresponde aos gastos de cada cliente. “De tudo que você compra no cartão, volta um percentual. Mas esse percentual varia de 0,55% a 1,3% de acordo com os seus gastos. Quem usa até R$ 600 por mês, por exemplo, vai receber um cashback de 0,55%. Mas, se eu gastar R$ 1 mil, eu recebo R$ 7 de cashback.

E se a fatura der R$ 3 mil, o cashback é de R$ 30”, detalha Marcela. O cálculo do percentual é feito no site da Trigg. 

Ela admite que o valor só chega a ser representativo se o cliente gastar muito no cartão. Para pagar a anuidade com cashback, por exemplo, é preciso ter fatura média de R$ 1,4 mil. “A anuidade custa R$ 118,80. São R$ 9,90 por mês. Mas há uma isenção nos três primeiros meses”, informou Marcela, dizendo que a Trigg cobra essa taxa para pagar o cashback. “Com anuidade zero, não conseguiríamos oferecer benefícios”, afirmou. 

Os cartões Trigg são solicitados e liberados de forma online, por um aplicativo de celular. Basta baixar o app, informar seus dados e esperar a liberação da empresa. Não é preciso ter conta no banco para ter o cartão, por exemplo.

PF e MPF cumprem mandados na casa de Marcelo Miller e Joesley Batista

Participa da operação a procuradora da República Janice Ascari, que trabalha com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
PF faz buscas na casa de Joesley Batista
PF faz buscas na casa de Joesley BatistaFoto: Sérgio Lima/AFP
A Polícia Federal cumpre um mandado de busca e apreensão no Rio e quatro em São Paulo na manhã desta segunda-feira (11). No Rio, as buscas aconteceram na casa na casa do ex-procurador Marcello Miller. Os agentes chegaram às 6h e deixaram o local por volta das 7h40, com dois malotes de documentos. Ele está envolvido na polêmica que levou à suspensão do acordo de delação da JBS e à prisão do empresário Joesley Batista e do executivo Ricardo Saud.

A PF também realiza buscas na casa de Joesley e de Saud, além da sede da empresa e da casa do delator Francisco Assis e Silva, executivo da J&F - todos os endereços são em São Paulo. As autoridades buscam documentos e áudios que ainda não foram entregues aos investigadores. 

Os pedidos foram feitos pela PGR (Procuradoria-Geral da República) e autorizados pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin. A procuradora Janice Ascari, que trabalha com Janot, também está acompanhando a ação. Segundo envolvidos no caso, ela também estava presente na PF quando os dois executivos se entregaram no domingo (10).

O advogado Antônio Carlos Almeida Castro, o Kakay, afirmou que "as buscas eram esperadas" e que na manhã desta segunda (11) Joesley e Saud serão transferidos para Brasília. Afirmou ainda que se forem chamados a falar sobre a gravação que os levou a prisão irão se manifestar. Joesley, porém, tem um depoimento marcado no âmbito da operação Bullish, que investiga fraudes do BNDES envolvendo a JBS. Caso a oitava se mantenha, o empresário deve ficar em silêncio.

Atraso
A operação desta segunda-feira (11) era para ter acontecido junto com a prisão de Joesley e Saud. Houve um problema, no entanto, com os endereços enviados das residências de ambos para a busca e apreensão. A polícia devolveu o pedido para a PGR para que novas direções fossem dadas. Com isso, deu tempo de a defesa dos dois delatores se antecipar e comunicar que eles se entregariam.

Prisões
Na última sexta-feira (8), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, havia enviado ao STF um pedido de prisão dos delatores da JBS Joesley Batista e Ricardo Saud e também do ex-procurador Miller. O ministro Edson Fachin acatou o pedido de prisão dos delatores, mas não aprovou a detenção do ex-procurador.

O centro da crise é uma gravação, datada de 17 de março, em que Joesley e Saud indicam possível atuação de Miller no acordo de delação quando ainda era procurador -ele deixou o cargo oficialmente em 5 de abril. O áudio foi entregue pelos delatores no dia 31 de agosto.

Em nota divulgada neste domingo (10), Miller repudia o que chama de "conteúdo fantasioso e ofensivo" das menções ao seu nome nas gravações divulgadas na imprensa e diz que "jamais fez jogo duplo ou agiu contra a lei". Diz ainda que "nunca obstruiu investigações de qualquer espécie, nem alegou ou sugeriu poder influenciar qualquer membro do MPF".

Ele afirma que ‘não tinha contato algum’ com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nem atuação na Operação Lava Jato desde, pelo menos, outubro de 2016. Diz que, enquanto foi procurador, "nunca atuou em investigações ou processos relativos ao Grupo J&F, nem buscou dados ou informações nos bancos de dados do Ministério Público Federal sobre essas pessoas e empresas".

Finaliza a nota dizendo que teve uma carreira de quase 20 anos "de total retidão e compromisso com o interesse público e as instituições nas quais trabalhou" e que "sempre acreditou na Justiça e nas instituições, e continua à disposição, como sempre esteve, para prestar qualquer esclarecimento necessário e auxiliar a investigação no restabelecimento da verdade".

Gravação
O pedido de prisão de Miller foi feito após a Procuradoria-Geral da República ouvi-los sobre a gravação. No pedido de prisão, Janot diz que Miller foi usado pela JBS "para manipular fatos e provas, filtrar informações e ajustar depoimentos". "A atitude de Marcello Miller, tal como revelada no diálogo respectivo, configuraria, em tese, participação em organização criminosa, obstrução às investigações e exploração de prestígio", diz o procurador.

O ministro Fachin justificou assim sua decisão de não decretar a prisão de Miller: "Ainda que sejam consistentes os indícios de que pode ter praticado o delito de exploração de prestígio e até mesmo de obstrução às investigações, não há, por ora, elemento indiciário com a consistência necessária à decretação da prisão temporária, de que tenha, tal qual sustentado pelo Procurador-Geral da República, sido cooptado pela organização criminosa".

"O crime do art. 288 do Código Penal (associação criminosa que substituiu o delito de quadrilha ou bando), para sua configuração, exige estabilidade e permanência, elementos que, por ora, diante do que trouxe a este pedido o MPF, não se mostram presentes, para o fim de qualificar o auxílio prestado pelo então Procurador da República Marcello Miller aos colaboradores como pertinência a organização criminosa", ressaltou.

Pesquisa: povo quer Forças Armadas na ruas

Pesquisas causa alerta nos QGs
Do blog Esplanada
Uma pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas, a pedido da Gazeta do Povo (PR), mostrou que 29% (!!) das pessoas entrevistadas suspeitam que há corrupção nas Forças Armadas.
Mas 77% dizem que os militares deveriam ir paras ruas das cidades com poder de polícia.
Uma das principais perguntas da sondagem foi: “Nas Forças Armadas, (Aeronáutica, Exército e Marinha), há mais corrupção, menos corrupção ou a corrupção é igual a outros órgãos brasileiros?”
A maioria (64,7%) respondeu “Menos corrupção”, mas saltou aos olhos dos militares que tiveram acesso aos dados outro número, que os deixou surpresos:  Para 29,4%, “A corrupção é igual”. Para 2% há mais corrupção, e não sabem/não opinaram atingiu 3,9%.
Foram ouvidas 2.452 pessoas entre 4 e 6 de setembro em todo o País, na faixa etária de 16 a mais de 60 anos, com margem de erro de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

05 setembro 2017

Sistema FIEPE aposta nas relações cotidianas para valorizar a presença da indústria pernambucana em nova campanha publicitária

O filme vai ao ar, a partir de hoje, nos intervalos da programação da Globo
Para valorizar e mostrar a presença da indústria pernambucana no cotidiano da população, o Sistema FIEPE, que compreende o SESI, SENAI, IEL, CIEPE e FIEPE, lança, hoje, nova campanha publicitária ancorada num comercial de 30 segundos que será veiculado durante a programação da Globo, em Pernambuco.
O vídeo, criado pela Aliança Comunicação e Cultura e assinado pela Ateliê Produções, foca na relação das pessoas com o setor industrial, reforçando a diversidade de produtos presentes na mesa e na vida do pernambucano.
Para isso, o diretor paulista, Anésio Jr., convidado para dirigir o filme, exibiu na tela uma família fazendo compras em um supermercado e a origem de todos aqueles produtos disponíveis nas prateleiras. Na tela são apresentados os parques fabris automotivos, de alimentos, bebida, têxtil, limpeza e saneantes e mais uma série de imagens das empresas locais responsáveis por gerar empregos, desenvolver a economia do Estado e valorizar a região.
As filmagens aconteceram nos dias 17 e 18 de agosto, onde também foram usadas a Unidade do SESI, em Moreno e o SENAI, em Santo de Amaro como locações, que reforçam a gama de serviços e produtos que o Sistema FIEPE oferece para indústria.
Além da Globo NE, o vídeo será veiculado na TV Asa Branca e Grande Rio. O plano de mídia da campanha contempla ainda o meio digital com a versão online do filme sendo veiculada no portal G1 Pernambuco, Globo.com e no Globoplay.

Roberta Arraes fala sobre da campanha Setembro Amarelo

A presidente da Comissão de Saúde e Assistência Social da Alepe, deputada Roberta Arraes (PSB), fez uso da tribuna na tarde desta segunda-feira (04), para falar sobre a campanha Setembro Amarelo, que tem como objetivo alertar a população sobre a prevenção do suicídio. 
No Brasil, a mobilização acontece desde 2014, sendo um problema de saúde pública, visando chamar a atenção da sociedade com divulgação de informações pertinentes ao tema.

               Em seu discurso, a deputada levou a informação que diariamente cerca de 32 brasileiros tiram a própria vida, e mais de 20 mil pessoas cometem suicídio ao redor do planeta; quase 1 milhão de pessoas se matam por ano, uma a cada 40 segundos. 

                 Segundo Roberta, a sociedade tem uma relutância em falar sobre o assunto, mas permanecer em silêncio pode ser ainda mais grave.
"Para combatermos e prevenirmos é preciso um olhar diferenciado, sem julgamento... é preciso escutar o outro, entender a sua dor, demonstrando empatia e atenção verdadeira, além de desenvolvermos estratégias que reduzam a incidência dos casos. Vamos abraças essa causa!", declarou.

04 setembro 2017

Trindade viveu semana de Promoção à Saúde

A Prefeitura de Trindade, por meio da Secretaria de Saúde e em parceria com a Coordenadoria da Mulher, Projovem, os clubes de serviços Lions e Leo Club, Academia Biofit, viveu a Semana de Promoção à Saúde.
O encontro contou com um dia bem diferente e aconteceu na Avenida Central Sul, local onde conta com um número expressivo de pessoas realizando atividades físicas diariamente ao exemplo de caminhadas, pedal, entre outros. 




O objetivo foi de promover atendimento com nutricionista, aferição de pressão e um Aulão com a educadora física Nadia Soares em parceria com a Biofit, onde disponibilizaram diversos aparelhos para a realização de exercícios físicos.
De acordo com Mikaely, muito em breve o prefeito Dr. Everton Costa estará fazendo funcionar um setor bem no centro da avenida para os atendimentos do NASF, do Programa de Saúde na Escola /PSE e também atendimento com nutricionista.

Da Assessoria de Comunicação / Trindade (Fotos: Edson Vasconcelos).

Programa Ganhe o Mundo abre inscrições para curso de alemão em escolas públicas do Recife

Programa leva estudantes do ensino médio de escolas públicas de Pernambuco para países no exterior. Podem participar alunos do primeiro ano de cinco escolas do Recife.

Programa Ganhe o Mundo leva jovens para estudar no exterior (Foto: Alyne Pinheiro)
Programa Ganhe o Mundo leva jovens para estudar no exterior (Foto: Alyne Pinheiro)
Começam na segunda-feira (4) e terminam na sexta-feira (8) as inscrições para os cursos de alemão oferecidos pelo Programa Ganhe o Mundo (PGM) a estudantes de ensino médio em escolas estaduais de Pernambuco. Pela primeira vez desde a criação do programa, para o idioma, são ofertadas 100 vagas, destinadas a estudantes de cinco escolas da rede pública jurisdicionadas às Gerências Regionais de Educação Recife Norte e Recife Sul.
A previsão de início das aulas é para o dia 21 deste mês, ministradas no contraturno das aulas regulares. As inscrições são feitas manualmente, por meio do preenchimento da ficha de inscrição, disponível no site da Secretaria de Educação, no link do PGM. O curso está disponível para alunos do primeiro ano do ensino médio.
Podem se inscrever estudantes das Escolas de Referência em Ensino Médio (EREMs) Ageu Magalhães, em Casa Amarela e Silva Jardim, no bairro do Monteiro, ambas na Zona Norte; Ginásio Pernambucano (Cabugá e Aurora), no centro da cidade, e Joaquim Távora, na Madalena, Zona Oeste da capital.
De acordo com a Secretaria de Educação, os cursos vão ser inicialmente oferecidos em apenas cinco escolas porque trata-se de um projeto experimental, para verificar a viabilidade futura de oferecer a língua alemã no Programa Ganhe o Mundo em todo o estado, como já acontece com as línguas inglesa e espanhola.
Algumas das escolas selecionadas já possuem parceria com o Instituto Goethe, demanda de estudantes interessados em estudar a língua e estrutura de professores para a realização imediata do curso.
O edital da seleção para o intercâmbio está previsto para ser publicado em dezembro deste ano ou janeiro de 2018.

Caminhão que transportava abacates tomba na BR-232

Acidente aconteceu na tarde deste domingo (3), por volta das 16h, em Bonança
Acidente aconteceu na tarde deste domingo
Acidente aconteceu na tarde deste domingoFoto: Divulgação
Um caminhão que transportava abacates tombou na tarde deste domingo (3), na BR-232, em Bonança, distrito de Moreno, na Região Metropolitana do Recife. O acidente aconteceu no quilômetro 31, no sentido Recife, por volta das 16h, e o veículo interditou uma faixa da via até as 19h50.

Nas imagens, é possível ver que alguns moradores da área recolhiam parte da carga em caixas plásticas. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), metade da carga foi levada por populares e a outra metade foi recuperada. Por conta do acidente, o trânsito ficou complicado no local. 

A equipe da PRF conseguiu um guincho, que retirou o veículo do local. A PRF informou que o motorista do caminhão disse que a carga de abacates pendeu para um lado e o veículo acabou tombando. No entanto, não houve feridos.

PF erradica 634 mil pés de maconha no Sertão

Também foi incinerado 152 plantios, 141 mil mudas da planta, além de 890 quilos da droga pronta para o consumo
Material foi incinerado
Material foi incineradoFoto: Divulgação/PF
A Polícia Federal em Pernambuco, com apoio da Secretaria de Defesa Social, realizou a operação Baraúna III e erradicou 634 mil pés de maconha no Sertão. Também foi incinerado 152 plantios, 141 mil mudas da planta, além de 890 quilos da droga pronta para o consumo. Segundo a PF, foi encontrada uma parede de plantação de milho para esconder o plantio da droga, que foi localizada nos municípios de Orocó, Cabrobó e Belém do São Francisco. 

A operação foi realizada de 22 a 31 de agosto, mas os detalhes só foram divulgados neste domingo (3). A PF informou que o material incinerado supera os anos de 2015 e 2016. Ao todo, 100 policiais, entre federais e militares., participaram dos trabalhos, que foram realizados com incursões terrestres, aéreas e fluviais. 
Caso os 634 mil pés de maconha fossem colhidos e prensados daria para se fazer 210 toneladas de maconha, de acordo com a PF.

Lava Jato declinou ao abonar arapucas de desesperados

Vinicius Mota - Folha de S.Paulo
A Lava Jato começou a declinar em novembro de 2015, quando se soube da operação em que um filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró gravara conversas com Delcídio do Amaral, líder do governo Rousseff no Senado.
Nas gravações, o senador petista aparecia como pivô de uma trama mirabolante. Tentava dissuadir Cerveró da delação, oferecendo em troca influência no Supremo para soltá-lo e a ajuda de um banqueiro, André Esteves, para tirá-lo do país.
O pacote chegou à corte constitucional e embasou a primeira prisão de um senador no exercício do mandato sob a Carta de 1988. O banqueiro foi detido em Bangu pela simples menção a seu nome, sem ter participado das conversas gravadas.
O episódio marcou a eclosão de uma inovação na era das delações. Delinquentes cercados por investigadores não estavam mais restritos a registros do passado para negociar benefícios penais. Poderiam produzir provas novas, atraindo interlocutores graúdos para suas teias e documentando na surdina a reação das presas.
Abriu-se uma rodovia. O próprio Delcídio mais tarde selaria acordo com a Procuradoria na esteira da gravação de uma conversa esquisita entre seu assessor e o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.
Sérgio Machado, ex-chefe da Transpetro asfixiado pelos procuradores, pôs-se a captar à sorrelfa frases inconfessáveis de vultos da República. Escapou e livrou seus filhos da cadeia. Os irmãos Batista seguiram-lhe os passos, transformando o que era artesanato numa linha de produção.
A insuficiência da técnica já ficou patente. Instâncias revisoras na Polícia Federal, no Ministério Público e na Justiça desidratam provas obtidas em situações estimuladas.
A Lava Jato, algoz de políticos e empresários poderosos, esmoreceu ao passar a abonar arapucas armadas por investigados encurralados, a troco de um atalho penal cuja eficácia parece cada vez menor. 

Deputados devem dobrar a fatura ao barrar 2ª denúncia

Leandro Colon - Folha de S.Paulo
O palco está quase pronto na Esplanada para o 7 de setembro. Arquibancada, tribuna para autoridades. Tudo montado para a "festa" da Independência sob o forte calor e a infalível seca que atingem a capital federal nesta época.
Michel Temer, o impopular, chega da China para o evento. Espera-se que esteja com ouvidos dispostos a suportar possíveis vaias no desfile, ao passo que seus olhos devem estar fixados na parada e o pensamento voltado para a Câmara e a Procuradoria-Geral da República.
O peemedebista se prepara para a última flechada de Rodrigo Janot, por obstrução da Justiça e, provavelmente, organização criminosa.
Pelo cronograma traçado nos bastidores, a homologação da delação do operador financeiro Lúcio Funaro será assinada pelo ministro Edson Fachin (STF) até quarta (6). O caminho fica então aberto para Janot denunciar Temer utilizando elementos da colaboração de Funaro, o homem-bomba do chamado PMDB da Câmara. Quem conhece o seu teor diz que não há "batom na cueca" contra Temer, mas uma narrativa detalhada e bem contada de como ele fazia parte do time de beneficiários dos desvios de cofres públicos perpetrados pela trupe de Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves no Brasil e no exterior.
São informações a serem usadas por Janot, por exemplo, para reforçar a convicção da participação de Temer em um grupo criminoso.
O presidente se antecipou e divulgou uma longa nota na sexta-feira (1º) afirmando que a delação do operador financeiro "apresenta inconsistências e incoerências próprias de sua trajetória de crimes".
A Câmara vai analisar a acusação sob o inesgotável roteiro de promessas do paraíso aos deputados. Hoje, Temer tem os votos a seu favor, mas terá de lidar com parlamentares magoados com "calotes" do Planalto após a primeira votação. A fatura deve dobrar. A questão é se o governo terá condições de pagá-la.  

Os gols contra da equipe de Temer

Andrei Meireles – Blog Os Divergentes
Sem querer, mas já sendo repetitivo: mesmo nos raros momentos em que têm o que faturar, Michel Temer e os mais chegados dão um jeito de entornar o caldo.
Nas reuniões anteriores com líderes mundiais, Temer parecia deslocado nas fotos, com pinta de intruso. Na China, beneficiado pelo status de visita de Estado, ele apareceu em destaque com o presidente, o primeiro-ministro, o presidente do parlamento…
Com essa exposição, ganhou musculatura para chegar como um igual na reunião dos Brics. O que fez seu entorno? Vazou que ele voltaria antes da foto final do encontro para se preparar para a nova denúncia de Rodrigo Janot. Pegou mal.
Aí, tentaram corrigir. A volta antecipada de Temer seria para acompanhar votações de interesse do governo, como a nova meta fiscal, no Congresso. Seria desconfiar de quem ficou aqui com essa tarefa. Também não soou bem.
Depois desse bate cabeça, Temer anunciou que ficará até o final da reunião dos Brics. Ainda bem. Afinal, foi para justificar todos esses compromissos que ele levou uma delegação tão grande, repleta de ministros e parlamentares, verdadeiro voo da alegria.
Na manhã da sexta-feira (1), o IBGE anunciou um inesperado PIB positivo no segundo trimestre de 2017. Modesto, é verdade. Mesmo assim foi comemorado como grande notícia. Temer até bateu um bumbo por lá.
Aqui quem puxou o coro foi Henrique Meirelles. Disse que daqui para frente tudo vai ser diferente. Previu até crescimento de 3% ano que vem.
Mas, o Palácio do Planalto de novo resolveu disparar tiros no próprio pé. Já havia escrito aqui sobre as trapalhadas em relação ao decreto para a revogação de uma reserva na Amazônia.
Na noite da mesma sexta-feira, puseram água no chopp da equipe econômica. O Planalto divulgou uma nota, em nome de Michel Temer, que parecia ter sido redigida por adversários. Por vários motivos:
Primeiro, por substituir nas manchetes uma notícia que lhe era favorável por outra ruim, falha primária em qualquer estratégia de comunicação;
Segundo, por rebater em nota oficial a delação ainda em sigilo do operador Lúcio Funaro. Por qualquer ângulo, surreal. Michel Temer reagiu a algo que soube de forma ilegal, refutou no escuro, ou se antecipou justamente por saber de antemão do que se trata;
Terceiro, a linguagem usada em nome de Michel Temer no bate-boca com Joesley Batista é, como diria José Sarney, um atentado à liturgia do cargo. Joesley gravou Temer em uma conversa altamente suspeita. O risco de acusar o interlocutor de ser o grampeador-geral da República é de receber de volta a pecha de ladrão-geral da República.
Como diz o ditado, quem diz o que quer, ouve o que não quer.
A baixaria parece desespero de quem, no topo das elites política e econômica, não consegue explicar tamanha promiscuidade.


Simples assim.