PREFEITURA DE TRINDADE

SARGENTO EDYMAR

19 setembro 2018

Dirceu aposta em vitória petista para presidência

Dirceu lança hoje, no Recife, o livro autobiográfico “Zé Dirceu, Memórias Volume 1” e aproveitou para divulgar suas ideias sobre o processo político-eleitoral
   Foto: Tarsio Alves/Secom PT /PE
O ex-ministro da Casa Civil do Governo Lula José Dirceu, um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores e figura controversa das gestões petistas, afirmou, ontem, em coletiva de imprensa, que o ex-presidente, atualmente preso em Curitiba, não aceitará o indulto de perdão de pena. Dirceu lança hoje, no Recife, o livro autobiográfico “Zé Dirceu, Memórias Volume 1” e aproveitou para divulgar suas ideias e visões sobre o processo político-eleitoral em curso. O ex-ministro também disparou contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) e apostou na vitória do correligionário Fernando Haddad (PT) no segundo turno.

Indagado sobre o debate de concessão de indulto a Lula, Dirceu foi categórico. "A questão do indulto é simples: o Lula não vai aceitar. Lula é inocente e quer que a Justiça o inocente. Ele já disse que não aceita liberdade cautelar com tornozeleira eletrônica; não aceita prisão domiciliar. Aliás, isso não é indulto, é graça, é perdão. Indulto tem que cumprir parte da pena, passar por regime semiaberto e aberto", alegou o petista, reiterando que a eleição sem a presença de Lula é uma contradição.

Dirceu também fez críticas ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), que tem posicionado seu discurso como anti-petista. "Vocês perceberam que o candidato Bolsonaro já está ameaçando não reconhecer o resultado? O PT não pode ganhar a eleição? Eles já falam que não pode ganhar o PT ou Haddad, que a eleição é uma fraude. Mas isso é pretexto dele. Acho que ele está com medo de perder ou quer voto útil pra ele, por isso fica ameaçando."

O ex-ministro aposta que os votos anti-Bolsonaro vão dar a vitória a Haddad no segundo turno. "As ideias dele (Bolsonaro) não são aceitas. Parte do eleitorado está votando nele porque não quer votar em nós, mas o eleitorado que não quer votar nele e que, para não votar nele, prefere votar em nós será maior", avalia.

No livro lançado hoje, o ex-ministro relata histórias dos seus anos de clandestinidade no Brasil e em Cuba, da fundação do PT, do impeachment de Collor e da eleição de Lula como presidente da República, em 2002. Dirceu contou que, nos tempos da ditadura militar, era um militantes do movimento estudantil de maior visibilidade e chegou a ser preso, quando foi preso. Na redemocratização, chegou a ser deputado federal por três vezes, quando deixou o Parlamento para assumir a Casa Civil do Governo Lula, onde foi um dos maiores articuladores políticos.

Dirceu foi condenado a 30 anos e 9 meses de prisão no âmbito da Operação Lava Jato, acusado de praticar os crimes de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro. O petista deixou a prisão em agosto, após ser beneficiado por decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).

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