Do Diario de Pernambuco – Rosália Rangel
O governador Paulo Câmara (PSB) considerou precipitadas as especulações sobre o afastamento do presidente Michel Temer (PMDB), afirmando que não existe elemento para tal medida. No entanto, reconheceu que as pessoas continuam insatisfeitas com o desemprego gerado pela crise econômica e a falta de reação do governo
“Estamos em um momento confuso. Um momento que a gente pensou que já havia superado, mas que está voltando”, salientou após participar ontem da inauguração da restauração do prédio do Arquivo Público.
Paulo Câmara disse, ainda, ter esperança de que o Brasil volte a ter confiança e expectativa positiva. “Havia uma expectativa de, no segundo semestre, voltar a crescer na área econômica, mas não voltou. Então, começa muita especulação (de ministros) que medidas econômicas não vão ser aprovadas e tudo isso cria um clima de instabilidade que é ruim para o país”, disse.
Na avaliação dele, o país precisa de uma agenda planejada com ações de curto, de médio e longo prazos “para termos condições de dar demonstrações claras de que temos rumo para o país”. Em relação às manifestações do último domingo, salientou que a população tem o direito de protestar, mas que não vê retrocesso no projeto de medidas contra a corrupção. “Ele tem alguns avanços que precisam ser melhor esclarecidos. O Senado tem, agora, como Casa revisora, a oportunidade de discutir alguns pontos que estão na insatisfação da população e buscar melhorar”.
Já sobre as negociações com o governo federal (do ajuste fiscal), disse que vai aguardar um retorno da União. Amanhã, segundo ele, os governadores têm uma reunião com a ministra Rosa Weber, relatora dos processos da multa do programa de repatriação. Questionado sobre a reforma na estrutura do governo, afirmou que mudanças devem acontecer até o final do ano, mas garantiu que não haverá redução no número de secretarias.
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