A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 1,043 bilhão para o grupo de origem cearense Casa dos Ventos. Os recursos serão usados na implantação do Complexo Eólico Ventos do Araripe 3, nos municípios de Araripina (em Pernambuco), Simões e Curral Novo, ambos no Piauí. O investimento total no parque será de R$ 1,7 bilhão, segundo informações do BNDES.
O complexo eólico será composto por 14 parques nos quais serão instalados 156 aerogeradores somando uma capacidade instalada de geração de 357,9 megawatts (MW). Essa energia é suficiente para abastecer 1,14 milhão de residências, considerando o consumo médio do Nordeste.
Os aerogeradores serão produzidos pela GE. A previsão é que o empreendimento comece a produzir energia ainda em 2017. Durante a construção, serão gerados 2,4 mil empregos diretos e indiretos.
O apoio do BNDES inclui a implantação de um sistema de transmissão associado e contempla sub crédito social, no valor de R$ 5,19 milhões. Esses recursos serão usados em investimentos no entorno do projeto.
Criado em 2007, o Grupo Casa dos Ventos pertence ao empresário cearense Mário Araripe, ex-dono da empresa Troller, vendida a uma multinacional americana. A Casa dos Ventos já construiu pelo menos dez grandes parques no Nordeste. Em Pernambuco, implantou o Ventos de Santa Brígida e Ventos de São Clemente, ambos em Caetés e municípios vizinhos. Caetés fica no Agreste do Estado.
O Ventos de Santa Brígida foi vendido, em janeiro último, para a empresa Cubico Sustainable que tem sede em Londres, na Inglaterra. Já o São Clemente continua sendo operado pela companhia cearense.
A empresa também vendeu o parque Araripe I, em janeiro deste ano, para o grupo Cubico Sustainable.
A reportagem do JC procurou a assessoria de imprensa da Casa dos Ventos, mas o diretor da empresa, Lucas Araripe, estava em viagem.
NOVO NEGÓCIO
A Engie Brasil Energia informou que sua controlada Engie Brasil Energias Complementares Participações fechou um acordo para a venda das usinas eólicas Beberibe (25,6 MW), no Ceará, e Pedra do Sal (18 MW), no Piauí, e da Pequena Central Hidrelétrica Areia Branca (19,8 MW), em Minas Gerais, para a Companhia Energética de Petrolina (PE). Inicialmente, a operação foi estimada em R$ 391,768 milhões. (JConline)
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