PREFEITURA MUNICIPAL DE TRINDADE

09 julho 2018

Petistas criticam juízes e vão ao CNJ contra Moro

Aliados de Lula dizem que ele estava cético quanto à soltura e voltam a falar em golpe contra petista
Folha de S.Paulo
Ao ser informado pelo deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) de que o TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) havia determinado sua soltura, no fim da manhã deste domingo (8), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que “nunca acreditou” que a decisão fosse cumprida.
O petista estava cético quanto a deixar a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, segundo correligionários próximos a ele.
Diante da batalha judicial, a ordem no PT ao longo do dia era insistir nos recursos para que a determinação do juiz plantonista Rogério Favreto fosse cumprida e Lula, solto.
A estratégia do PT de impetrar um habeas corpus diretamente no TRF-4 se deu diante da dificuldade que a defesa de Lula tem encontrado em instâncias superiores, como o STJ (Superior Tribunal de Justiça) e o STF (Supremo Tribunal Federal).
Os juízes desses tribunais têm dado a maior parte de suas decisões contra réus da Operação Lava Jato.
Com a queda de braço dos magistrados, Damous disse que pretende abrir um processo contra o juiz federal Sergio Moro no CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
Para o parlamentar, o magistrado cometeu prevaricação ao emitir uma decisão que manteve Lula preso.
A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), usou as redes sociais para chamar a decisão de golpe.
PERSEGUIÇÃO
Para o advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, Moro extrapola suas funções.
“É incompatível com a atuação de um juiz agir estrategicamente para impedir a soltura de um jurisdicionado privado de sua liberdade”, afirmou, em nota.
Segundo Zanin, as respostas de Moro e do MPF (Ministério Público Federal) mostram que “Lula é vítima de ‘lawfare’, que consiste no abuso e na má utilização das leis e dos procedimentos jurídicos para fins de perseguição política”.

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