PREFEITURA MUNICIPAL DE TRINDADE

24 março 2021

A derrota não anunciada: a biografia de João Paulo



Na sequência da reedição em versão digital do livro A derrota não anunciada, de autoria deste escriba, recheado de bastidores da eleição de 2000 no Recife, uma biografia inédita e única do ex-prefeito do Recife, João Paulo, eleito pelo PT, hoje militando no PCdoB. Confira abaixo! 

O “peão” que virou prefeito

A vida de João Paulo Lima e Silva é, desde o seu dia de nascimento, em 31 de outubro de 1952, na revolucionária Olinda, um retrato das fortunas e misérias de um País onde, de cada quatro dos seus habitantes, três estão na linha de pobreza.

Por meio da figura do primeiro operário a ser eleito prefeito do Recife, na histórica e surpreendente eleição de 2000, é possível compreender como alguns indivíduos são capazes de mudar radicalmente suas vidas, nas quais trabalho e sofrimento são os binômios centrais.

Numa trajetória política despertada quando atuava na Juventude Operária Católica, centrada na Teologia da Libertação, deixou de ser, como o presidente Lula, um “peão” pouco instruído, tratado com desdém pela sociedade, para ocupar um espaço de grande notoriedade.

Ninguém como ele, aliás, é tão parecido com o presidente da República. Pernambucanos de origem humilde, começaram como metalúrgicos – Lula, torneiro mecânico e ele, serralheiro – presidiram um Sindicato de uma mesma categoria – o de Metalúrgicos (Lula, em São Bernardo, João Paulo, em Pernambuco) e foram forjados na luta sindical, em porta de fábricas, defendendo os trabalhadores, enfrentando o patronato e a burguesia.

Filho de um cobrador de ônibus, Manoel Messias Luna e Silva, e de uma dona-de-casa, Maria de Lourdes Lima e Silva, João Paulo teve uma infância pobre. Desempregado, sem dinheiro para pagar sequer o aluguel, o pai foi obrigado a morar na casa de um irmão, na Vila Naval, entre Recife e Olinda.

O drama do desemprego, pouco tempo depois, levou o pai a se transferir com toda a família – eram quatro filhos – dois homens e duas mulheres – para Maceió, onde, por nove meses trabalhou na padaria de um irmão. Como o movimento era fraco e o dinheiro escasso, arrumou as malas e refez o caminho de volta.


“Quando voltou, meu pai passou a fazer bicos. Passava jogo de bicho, de vez em quando fazia uma rifa, até conseguir o emprego de cobrador na CTU, EM 1967”, diz João Paulo, que destaca uma grande virtude no seu pai: a de um homem que, apesar de semi-analfabeto, tinha a consciência de que os filhos teriam que estudar.

"Ele, apesar das dificuldades, não nos deixava trabalhar, porque queria dedicação exclusiva de nossa parte aos estudos, tanto que só trabalhei quando já tinha 19 anos, após a conclusão do curso técnico”, recorda. João Paulo estudou no Colégio Silva Jardim e na Escola Técnica Professor Agamenon Magalhães – Etepam – onde tirou o diploma de serralheiro.

Mais tarde, já um político bem conhecido, ainda tendo como referência os ensinamentos do pai, fez o vestibular para tentar uma vaga em Economia, na Faculdade de Boa Viagem. Aprovado, cursou um ano, mas devido à campanha para prefeito, trancou a matrícula, com a esperança de reabrir ao final da maratona política. Eleito prefeito, os planos, porém, não vingaram, diante dos encargos da função, bem maiores do que imaginava.

Da mãe, Maria de Lourdes, já falecida, como o pai, João Paulo guarda a imagem de uma heroína. “Quando papai estava desempregado, o que era uma rotina em sua vida, minha mãe lavou roupa para fora e, nos momentos mais difíceis, vendeu uma geladeira, para não deixar os filhos morrerem de fome”, desabafa.

Num País violento como o Brasil, a família Lima e Silva foi atingida por tragédias que nunca saem da memória do prefeito, como a do avô, pai da sua mãe, assassinado em circunstâncias misteriosas em terras do município de Ipojuca. Mais tarde, assistiu de perto a uma outra fatalidade: a morte de um irmão menor, Manuel Filho, de apenas 7 anos, atropelado no trânsito, em Jaboatão.

Os pais desapareceram em meados da década de 90. Seu Manuel, fumante inveterado, morreu primeiro, em conseqüência de complicações decorrentes do vício, enquanto dona Lourdes, hipertensa e diabética – de problemas coronários.

As primeiras lembranças da adolescência também formam um conjunto de histórias repletas de sacrifícios. Até, claro, um dia João Paulo despertar para o movimento embrionário da Juventude Operária Católica. A figura emblemática era o padre Romano, de origem suíça, que chegou em Pernambuco no início dos anos 60 para difundir e massificar a Teologia da Libertação.

Na UR-6, no Ibura, onde morava, João Paulo se integrou a um grupo da Ação Católica, do qual fazia parte também Luzia Jeanne, com quem selou uma grande amizade, namorou e acabou casando. A família de Jeanne também era pobre. O pai, Severino Pereira, já falecido, trabalhava na agricultura e mal sabia escrever o nome. Maria, a mãe, é doméstica e mora em João Pessoa.

“A Juventude Católica acendeu uma luz dentro de mim, porque até 1971, quando conheci o padre Romano, eu era completamente alienado”, admite o prefeito. O tempo se encarregou de selar uma forte amizade com o líder religioso, a ponto dele se transformar na grande referência para os embates da nova vida que João Paulo começava no meio sindical, de conscientização política, de combate às injustiças e às desigualdades sociais. 

A teologia da libertação foi um paradigma na vida do ex-metalúrgico.

E o padre Romano, o seu grande guru, segundo Jorge César, ex-metalúrgico e dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos. Atual secretário-adjunto do Orçamento Participativo, na Prefeitura do Recife, Jorge era uma espécie de braço direito de João Paulo no movimento sindical e na Juventude Católica. Jorge lembra que o missionário suíço era um refinado intelectual, defensor dos pobres e humildes, do tipo que acompanhava João Paulo na peregrinação em portas de fábricas. “Seu poder de sedução impressionava. Quando ele pegava o microfone em assembléias, era um silêncio total. Todo grande líder tem uma capacidade enorme de sedução”, lembra o sindicalista.

Outra figura, também lendária, nesse período, foi Lorena Araújo, uma leiga no Movimento Trabalhador Cristão, o MTC, sucedâneo da Ação Católica Operária. “João Paulo é, hoje, o que sempre foi. Sério, engajado nas lutas sociais. É o filho que não tive”, afirma dona Lorena. Ela recorda que, durante o processo de expulsão do padre Romano, João Paulo, já na condição de presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, fez uma grande mobilização das massas em favor da sua permanência no Brasil.

O movimento acabou num grande ato, no final da década de 70, reunindo mais de dois mil trabalhadores, no colégio Marista. Numa defesa brilhante do advogado Eduardo Pandolfi, que o Diário de Pernambuco publicou na íntegra, o padre escapou do processo.

Militante aplicado da Ação Católica, João Paulo foi premiado, em 1978, pelo Centro de Estudos da América Latina, com um curso de capacitação política e sindical no Exterior. Seus estudos começaram pela França e se estenderam a mais outros quatro países – Itália, Bélgica, Espanha e Portugal. Em Madri, passou 30 dias numa comunidade de base que se destacava na luta popular. “Foi uma experiência inesquecível. Eu me embriagava com as aulas de história do professor Roberto Lares”, lembra.

Na volta ao Brasil, João Paulo se engajou de vez no movimento sindical, se filiou ao PCR – Partido Comunista Revolucionário – e leu, pela primeira vez, o Manifesto Comunista. Começou, em seguida, a montar comissões sindicais clandestinas, ao lado de companheiros que depois se juntaram a ele na chapa de oposição que arrebatou dos pelegos o Sindicato dos Metalúrgicos, elegendo-se presidente.

A experiência inesquecível que João Paulo teve no Exterior mudou radicalmente o curso de sua vida e os seus conceitos. “Ele mergulhou de vez nos movimentos sociais”, revela Angelina Pereira, irmã de Luzia Jeanne, que, na época, como dirigente internacional da Juventude Operária Católica, deu uma forcinha para o dedicado e disciplinado militante ser selecionado para o curso na Europa.

“Aprendi muito, principalmente a montar estratégias de organização de greves, de mobilização”, recorda João Paulo. Com a filosofia de que classe subalterna não anda em companhia de classe dominante, não freqüenta os mesmos lugares e não fala a mesma língua, o jovem sindicalista passou, então, a ensinar ao operário a exigir os seus direitos.

Mas, não era daquele tipo que, se não atendido em seus direitos, estimulava o trabalhador a fazer greve. “João Paulo se revelou um notável negociador como presidente do Sindicado dos Metalúrgicos”, constata Jorge César, que foi o tesoureiro auxiliar na sua gestão. “João era do tipo que negociava muito, mas, na hora de endurecer, ninguém era mais firme do que ele”, acrescenta.

E foi com essa liderança, um estilo muito parecido com Luís Inácio Lula da Silva, quando presidiu o Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André, que João Paulo liderou inesquecíveis greves, à frente de uma das maiores entidades sindicais do Estado. No ápice do milagre econômico brasileiro, entre o fim dos anos 70 e início dos anos 80, o Sindicato dos Metalúrgicos de Pernambuco chegou a ter 10 mil filiados, num universo de 40 mil operários.

O movimento sindical vitorioso que florescia no Estado foi batizado de “Operação Zé Ferrugem”. O boneco, que simbolizava a luta, era um operário bem magro, de capacete e bigode, que lembrava muito a figura de João Paulo. “João adorava andar de capacete. Era magro que nem um faquir”, observa Jorge César.

Dentro do movimento sindical, João Paulo ganhou um nome de guerra. Era o Janjão. “Nenhum “peão” se dirigia a ele tratando-o de João Paulo”, revela Siqueira, outro integrante da diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos na época em que era comandado pelo hoje prefeito do Recife.

Não era fácil a rotina do sindicalista: João Paulo acordava às quatro da manhã, pegava o “Papa Greve” ou “Besouro Verde”, como era conhecido o seu fusquinha, ano 67, e saía recolhendo os companheiros para percorrer as portas de fábricas no Recife, Cabo, Prazeres, Curado, Paulista, Abreu e Lima, Igarassu e Itapissuma.

Firme na defesa dos trabalhadores, começou a ser perseguido pelos patrões, que confundiam as assembléias com agitação política. De tanto comandar greves e manifestações por melhores salários e condições de vida, a repressão batia à sua porta em forma de processos judiciais.

"João respondeu a muitos processos, mas nunca foi condenado em nenhuma instância”, confirma o advogado Bruno Ariosto, que começou a assessorá-lo quando ele se elegeu vereador e, hoje, comanda na Prefeitura do Recife, a Secretaria de Assuntos Jurídicos. Bruno convive há muito tempo com João Paulo e admira bastante a sua capacidade de trabalho. “Ele não dorme. Tem costume de ligar já tarde da noite para se inteirar de providências que pediu ao longo do dia”, diz.

Com o tempo praticamente tomado pelas lutas sociais, João Paulo  quase não tinha lazer. “Às vezes, ele batia uma peladinha com a gente, mas sempre foi de trabalhar muito. Também nunca bebeu nem foi chegado aos embalos da Jovem Guarda”, confessa Jorge César, o quase irmão do prefeito.

Na adolescência, entretanto, João Paulo adquiriu um vício: o fumo. Era daqueles que devoravam um maço de cigarro por dia. Mas, depois de assistir a um documentário aterrorizante sobre os malefícios provocados pela droga, que o chocou, criou coragem, largou e nunca mais tocou num cigarro.

Sem espaço na sua agenda para o lazer, João Paulo conheceu, já como deputado, o segredo da meditação transcendental. Para relaxar, também faz natação e hidroginástica. “Descobri que a meditação é um caminho que pode dar ao homem o contato direto com as forças invisíveis que governam a natureza”, confessa.

Também velho companheiro de João Paulo, o hoje secretário de Cultura da PCR, João Peixe, cassado pela Revolução, criou tamanha identidade com o líder operário que, no seu ingresso definitivo na política, acabou, como designer, criando a sua marca de campanha. “Procuramos identificá-lo como um produto dos movimentos sociais, um político de massas”, diz.

No enfrentamento aos patrões, João Paulo agiu com bravura. Destemido, chegou a apanhar da polícia e ser preso. Em 1998, já eleito o primeiro vereador do PT no Recife, quando participava de um ato durante a decretação de uma greve geral dos trabalhadores, foi agredido por PMs, jogado num camburão e recolhido a uma delegacia, onde, mais tarde, foi liberado, graças à interferência do então presidente da Câmara, Miguel Batista.

Dois anos depois, João Paulo era vítima de outra brutalidade num conflito com 200 policiais armados, que, enfurecidos, agiam atirando bombas de gás lacrimogêneo e dando tiros de bala de borracha em direção aos políticos e sindicalistas que se solidarizavam com moradores numa área em litígio, no Sítio Grande. Ali, foi espancado por policiais.

Quebrou três costelas, perfurou um dos pulmões e, por pouco, não perdeu a vida. Socorrido às pressas, para o Hospital da Restauração, recebeu os primeiros socorros do médico Gilberto Abreu, que, mais tarde, revelaria, ao próprio paciente, que se o atendimento tivesse demorado um pouco mais, ele, certamente, teria sofrido complicações seríssimas, em conseqüência de um dos pulmões que havia sido perfurado na pancadaria.

“Lembro muito bem das palavras do médico. Eu corri risco de vida”, revela João Paulo. Na tentativa de reparar a ação da PM, o então governador Joaquim Francisco visitou o deputado ainda no hospital.

Os movimentos sociais levaram João Paulo a participar ativamente da fundação do PT no Estado e a ser escolhido, cinco anos depois, nos anos de chumbo da década de 80, o primeiro presidente da CUT – a Central Única dos Trabalhadores. Ali, começava sua ascensão política de fato, depois da experiência de dirigente dos Metalúrgicos e da Associação dos Moradores da UR-6, no Ibura, onde morava numa desconfortável casa de Cohab, de apenas dois cômodos, que havia adquirido pelo sistema financeiro de habitação.

No primeiro dia que pisou na Assembléia Legislativa, como deputado mais votado nas eleições de 1990, passou por um grande constrangimento. Acostumado a receber políticos vestidos impecavelmente, o ascensorista barrou a entrada do novo parlamentar no elevador privativo. “O do povo é aquele outro”, bradou, apontando para uma fila onde populares aguardavam a chegada do elevador público.

O fato entrou para o folclore político, mas João Paulo, investido do primeiro mandato popular, continuou levando uma vida singela, na mesma vila operária da UR-6, onde, adolescente, fincou raízes, conheceu sua mulher e constituiu família, Tem três filhos: Hélder, João Paulo Filho e Pedro.

A popularidade, o carisma e a simpatia foram traços marcantes para a conquista do seu primeiro mandato, em 1988. Naquele ano, foi eleito vereador do Recife com 2.723 votos. Dois anos depois teve 11 mil votos e se elegeu deputado estadual. Mas, em 1992, sofreu a segunda derrota na política, ao tentar a Prefeitura de Jaboatão. A primeira havia sido em 1986, quando teve uma boa votação, mas não se elegeu deputado por causa do voto de legenda (o PT não atingiu o coeficiente eleitoral).

O insucesso, entretanto, não atrapalhou sua carreira. Em 1994 saiu das urnas como o deputado estadual mais votado da história de Pernambuco. A votação beirou 50 mil votos. Em 1996 foi candidato, pela primeira vez, a prefeito do Recife, mas não chegou ao segundo turno, ficando em terceiro lugar, abaixo de João Braga (PSDB).

Ganhou projeção e notabilidade, o que permitiu garantir sua reeleição como, mais uma vez, o mais votado do Estado, dois anos depois. Ultrapassou a marca dos 50 mil votos. Chegar um dia a prefeito do Recife era seu grande sonho. Mas isso não podia ser uma obra desvinculada das suas origens. No parlamento, desde a época de vereador, João Paulo nunca se divorciou dos operários.

"Nós nos diferenciávamos. Enquanto eu fazia mais política partidária, ele preferia os movimentos sociais”, atesta Humberto Costa, que foi seu companheiro petista na Câmara e na Assembléia. Também colega de parlamento, tanto na Câmara quanto na Assembléia, o hoje secretário de Defesa Social, João Braga, lembra que João Paulo não se desvinculava um só instante das classes trabalhadoras.

“Ele já chegava na Câmara acompanhado de sindicalistas. Foi um parlamentar assíduo, daqueles de não faltar sequer a reunião de comissão em que era suplente”, diz. Na Câmara, João Paulo conquistou, ainda, a simpatia e o respeito dos adversários.

Magro, ganhou o apelido de “Macarrão”. Na eleição de 88, ano em que o jogo democrático ainda era incipiente, nomes notáveis tentaram um mandato, que iria proporcionar também a oportunidade de discutir e elaborar a nova Lei Orgânica do Município, uma espécie de Constituinte Municipal.

No exercício do mandato, lá estavam Gustavo Krause, que havia sido prefeito do Recife e vice-governador; o deputado Carlos Eduardo Cadoca, adversário do prefeito nas eleições que se aproximavam; João Braga, secretário da Defesa Social; o deputado federal Romildo Calheiros; André de Paula, deputado federal e presidente estadual do PFL; Geralda Farias, presidente da Cruzada de Ação Social; o ex-deputado comunista Byron Sarinho e Miguel Batista, que fez carreira ao lado de Miguel Arraes.

“João Paulo tem muitas semelhanças com Lula. É um político que veio de baixo, um vitorioso”, observa o ex-senador Carlos Wilson, hoje presidente da Infraero. “A capacidade de diálogo e a paciência são as virtudes que mais admiro nele”, revela o vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira. Outra marca do prefeito é a fidelidade aos amigos e aliados. O núcleo forte do seu Governo é formado por Dilson Peixoto, Lygia Falcão, João da Costa, Sheila Oliveira, Múcio Magalhães e Bruno Ariosto. Com exceção de Dilson e Sheila, os demais acompanham João Paulo desde o início da sua trajetória política, há 18 anos.

Ao enfrentar o desafio de governar, o prefeito João Paulo encarou as dificuldades inerentes à gestão de uma metrópole do porte do Recife, com todos os graves problemas decorrentes do mundo urbano contemporâneo. As avaliações da sua administração, feitas pelos mais variados institutos de pesquisas, não têm sido, até o momento, muito favoráveis. Todavia, como político obstinado, que acredita em tudo que faz, seu grande desafio é superar as dificuldades e tentar emplacar um novo mandato nas eleições deste ano.

Nenhum comentário:

Postar um comentário