Diferente do cenário nacional com crescimento no percentual de endividados, Pernambuco apresentou uma diminuição em dezembro após duas altas consecutivas, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) Pernambucano. No mês passado, o percentual de famílias endividadas atingiu 76,7%, ante 77,4% do mês de novembro, resultando em 398.820 famílias, uma redução de 3.142 lares em um mês. Já em relação ao mesmo período de 2019, houve uma alta de 20.096 famílias. O cartão de crédito segue sendo o maior tipo de dívida entre os pernambucanos, atingindo 95,1% das famílias.
Segundo o economista da Fecomércio-PE, Rafael Ramos, alguns fatores auxiliaram na diminuição do percentual. “A gente esperava um crescimento em relação a novembro, devido às festividades e aumento das compras, mas também colocamos na conta alguns acontecimentos importantes. Nós temos dezembro como o último mês do pagamento do auxílio emergencial até então, então isso pode ter criado resistência nas famílias, justamente porque com o fim, elas não poderiam pagar no caso de endividamento em comprar no carnê ou cartão. Nós temos também o encerramento dos contratos temporários, fazendo com que as pessoas que estavam contratadas temporariamente também não consigam consumir, pelo fato da fonte de renda ser encerrada. A gente tem outras questões como a questão do retorno das restrições da Covid-19, que faz com que as pessoas visualizem um curto e médio prazo um pouco mais difícil”, explica o economista.
No caso das famílias que possuem contas em atraso, o percentual atingiu 28,0%, o que representa 144.090 famílias, apresentando queda em relação a novembro e quando comparado a novembro do ano anterior, registrando percentuais de 29,8% e 29,4%, respectivamente. O percentual de famílias nesta situação recuou pela quarta vez consecutiva.
Com relação às famílias que não podem mais pagar as suas dívidas, a pesquisa mostrou um percentual de 11,3%, o que corresponde a 58.085 mil famílias inadimplentes. Em dezembro, este grupo apresentou a segunda queda consecutiva no número de famílias nesta situação, com queda mensal de 6.845 lares. Já na comparação anual, o percentual de famílias inadimplentes mostrou alta e teve aumento de 539 lares.
Fonte: Folha-PE
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